DERIVADAS E DIFERENCIAIS II Nice Maria Americano da Costa DERIVADA DA FUNÇÃO POTÊNCIA Seja y f (x) x n Pela definição da derivada temos que calcular y f (x) x 2 ( x x ) x ( 2 x x x ) f ( x ) l i m l i m l i m 2 x l i m x 2 x x 0 x 0 x 0 x 0 x x 22 2 y f (x) x 3 ( x x ) x( 3 x x 3 x x ) 2 2 f ( x ) l i m l i m l i m 3 x l i m 3 x x 3 x x 0 0 0 x 0 xx x x 3 3 2 2 y f (x) x n n 1 n 2 ( x x ) x ( n x x n x . . . .) x n 1 f ( x ) l i m l i m n x x 0 0 x x x nn 3 n DERIVADA DO SENO Seja y f (x)senx Pela definição da derivada temos que Sabemos da trigonometria que diferença entre dois senos podem ser expressos como x x x x x x 2( s e n ) c o s ( ) 2 2 fx ( )l i m x 0 x x s e n 2 x x f () x l i m 2 l i m c o s ( ) 1 c o s x x 0 0 xx 2 2 DERIVADA DO CO-SENO Seja yf (x)cosx Pela definição da derivada temos que c o s ( x x ) c o s x f ( x ) l i m x 0 x Sabemos da trigonometria que diferença entre dois co-senos podem ser expressos como p q p q c o s p c o s q 2 s e n ( ) s e n ( ) 2 2 x x x x x x 2( s e n ) s e n ( ) 2 2 fx ( )l i m x 0 x x s e n 2 x x f ( x ) l i m 2 l i m s e n ( ) 1 s e n x x 0 0 x x 2 2 DERIVADAS DE ALGUMAS FUNÇÕES ELEMENTARES f (x) x n 1 f ( x ) n x n f ( x ) c o s x f (x) sen x f ( x ) s e n x f (x) cos x f (x) e x 2 2 f ( x ) f (x) cot x f ( x ) ln x sec x cos x f ( x ) tg x f ( x ) lo g 1 f ( x ) a 1 sen x x f ( x ) 1 x f ( x ) 1 x x f ( x ) e co sec x 2 2 lo g a e PROPRIEDADES Teorema. A derivada do produto de uma constante por uma função de x é igual ao produto da constante pela derivada da função; i. e. f (x) ag(x) df (x) a dg(x) dx dx Demonstração usando a definição de derivada, temos df (x) dx df (x) dx df (x) dx df (x) dx lim f (x x) f (x) x x0 lim a[g(x x) g(x)] x x0 lima lim x0 a lim x0 [g(x x) g(x)] x x0 [g(x x) g(x)] x a dg dx Teorema. A derivada da soma de um número finito de funções é a soma das derivas das funções; i. e. f ( x ) g ( x ) h ( x ) . . . . u ( x ) d f ( x ) d g ( x ) d h ( x ) d u ( x ) . . . . d x d x d x d x Demonstração usando a definição de derivada, temos d f() x f( x x ) f() x l im x 0 d x x d f() x [ g (x x ) h (x x ) u ( x x ) ] [ g () x h () x u () x] l im x 0 d x x d f() x [ g (x x ) g () x] [( hx x ) h () x] [( ux x ) u () x] l im l im l im x 0 x 0 x 0 d x x x x d f() x d g () x d h () x d u () x d x d x d x d x Teorema. A derivada do produto de duas funções é igual ao produto da 1a. função pela derivada da 2a. função mais o produto da 2a função pela derivada da 1a. função f() x u ()() xvx d f() x d v () x d u () x u () x v d x d x d x Demonstração usando a definição de derivada, temos y f (x) uv y f ( x x ) f ( x ) u ( x x )v ( x x ) u ( x )v ( x ) m as u(x x) u u e v(x x) v v e n ta o y (u u )(v v ) u v u v u v v u v u u v y u v v u v u y x u v v u v u y li m x 0 x y li m x 0 x x li m u v v u v u x x 0 li m uv x x 0 li m v u x 0 x li m v li m x 0 x 0 u x m as u e v nao dependem de x li m y x 0 dy dx x u u li m x 0 dv dx v v x du dx v li m x 0 u x li m v li m x 0 x 0 u x Teorema. A derivada quociente de duas funções é igual a uma fração, cujo denominador é igual ao quadrado da função dada no denominador e cujo numerador é igual ao produto da função no denominador pela derivada da função no numerador menos o produto da unção no numerador pela derivada da função no denominador d u d v v u u () x d fx () d x fx () ; x2 d Demonstração: u v () x d x v y f (x) v temos u(x x) y f (x x) f (x) v(x x) u(x) v(x) m as u(x x) u u v(x x) v v e e n ta o (u u ) y u (v v ) v u y lim x 0 x y lim x 0 v (v v ) v u v u u v v (v v ) uv x x x v (v v ) v (v v ) x v (u u ) u (v v ) v v u u v y x uv x x v (v v ) lim x 0 v lim u u lim lim v u lim uv x 0 x x lim v ( v v ) x 0 x 0 v v u u x 0 x x lim lim v lim x 0 x 0 x 0 v lim v ( v v ) x x x 0 x 0 m as u e v nao dependem de x e qdo x 0, v 0 dy dx v du u dx dv dx v 2 DERIVADAS DE FUNÇÕES COMPOSTAS Teorema. Seja y=f(x)=F(u), sendo u= (x). Se u(x) tem uma derivada, u’(x)= x’ e y=F(u) tem uma derivada Fu’, a derivada f’(x)= Fu’ (u) x’ (x), Ou seja, a derivada de f(x) em relação a x é igual ao produto de derivada de F em relação a u pela derivada de u em relação a x. y f ( x ) F u ,u ( x ), F u e ( x ) u x dF du y f ( x ) F ux du dx Demonstração: para o acréscimo x , temos os acréscimos correspondentes às funções u ( x x ) ( x ), y F ( u u ) u ( x ), y F ( u ) Além disso, quando x 0, u 0 e y 0. Por hipótese, temos também y dy lim x0 u du Pelo teorema do limite, podemos escrever, y dy com 0 , x 0 udu y dy u u du y x lim x 0 dy u du x y x lim dy x 0 du u x lim x 0 u x lim lim x 0 mas lim x 0 lim x 0 u x y x d dx dy dx x e lim 0 dy d du dx x 0 Fu x x 0 u x Exemplos ysen x 2 y (x1) yF(u), comusenx y F(u), com u x1 yu y u dy dF du 2u cos x2sen xcos x dx dudx 3 3 dy dFdu 2 2 3u 13(x1) dx du dx 2 ysen (x ) 2 x yF(u), comux y e ysen u y F(u), com u x 2 y e u dy dFdu 2 cos( u)2x2xcos( x) dx dudx dy dx dF du du dx x e (1) e u y (lnx) 3 y F(u), com ulnx y u 3 dy dFdu 21 21 3u 3(lnx) dx dudx x x y sen [(ln x )] 3 y F ( v ), com v v ( u ) ue u (x ) ln x 3 y sen v dydF dv du 21 3 21 cos v 3 u cos[(ln x )] 3 (ln x ) dxdv du dx x x DERIVADA DE FUNÇÃO IMPLÍCITA Uma função implícita, y=f(x), é aquela que satisfaz a uma equação da forma F(x,y)=0. Exemplos: 1 yx seny 0 4 x y r 0 2 2 2 y r x 2 y r x 2 2 2 y yx 0 6 2 Note que nem sempre é possível resolver a equação para y, como no primeiro caso. 6 2 Podemos, entretanto calcular a derivada usando a regra y da yfunção x composta. 0 x y r 0 2 2 2 yx 1 4 2 x 2 yy 0 y x y seny 0 1y 1 1 cos y y 0 4 1 y 1 1 4 cos y 5 6 y y 1y 2x 0 y 2x 6 y 1 5 DERIVADAS DE FUNÇÕES INVERSAS Toda funções crescente, ou decrescente, admite uma função inversa. I. e., dado y=f(x) é possível determinar a função que expressa x em função de y, ou x= (y). y f( x ) e x y f (x) x x 3 x ( y ) ln y0 y x(y) 3 y Teorema: Se a função y=f(x0 admite uma inversa, x=(y), cuja derivada ’(y), em um ponto dado é diferente de zero, então a função y=f(x) possui no ponto x correspondente uma derivada f’(x) igual ao inverso da ’(y), I.e: x(y) yf(x) f(x) 1 (y) Demonstração: Se por hipótese: yf(x ) x (y ) derivando a segunda expressão em relação a x, usando a regra da cadeia,temos: x ( y) 1 ( y) yx ( y) df dx y 1 ( y df dx DERIVADAS DE FUNÇÕES TRIGONOMÉTRICASINVERSAS y=arc cosx y=arc senx y arccos y arcsenx x cos y x seny y 1 y mas mas sen 2 y 1 sen 2 y 1 x y 1 x 1 cos y 2 y 1 cos 2 y 1 x 2 seny cos y 1 seny cos y cos x 1 x 2 2 y 1 1 x 1 seny 2 1 1 x 2 2 y=arc tgx y=arc cotx y a r c tg x y arc cot x x tg y x cot y y 1 2 cos ec y 2 sec y m as m as co sec y 1 cot y 2 1 1 tg y 2 2 2 s e c y 1 tg y 2 y 1 y 1 1 x y 2 1 1 cot y 2 1 1 x 2 FUNÇÕES NA FORMA PARAMÉTRICA Função Paramétrica Sejam duas funções da variável t (o tempo, por exemplo), x=(t)e y=(t). Se x e y representam as coordenadas de um ponto no plano, a cada instante t, teremos um ponto no plano. Quando t varia no intervalo, T1<t<T2, o ponto (x,y) descreve uma curva no plano. As funções dadas são chamadas de equação paramétrica desta curva. E t é o parâmetro. x (t ) y y (t ) y(t2) (x(t),y(t)) y(t1) x(t1) x(t2) x Lançamento horizontal x v ht y t vh y y0 g vh y0 y y0 (x(t),y(t)) x vh x x g 2 t 2 2 ( x ) 2 vh 2 g ( y y0) DERIVADA DE FUNÇÕES NA FORMA PARAMÉTRICA Dadas as formas paramétricas, x=(t) e y=(t), de uma curva, isto é, as equações paramétricas da função y de x, é possível calcular a derivada dessa função, yx’. Se a função x=(t) admite uma inversa, isto é, podemos expressar t como uma função de x, t=(x), então a função y=(t), pode ser expressa como y (x) Temos então uma função composta. Podemos aplicar a regra da derivada: y (t ) y x tt x t x d d dt dx mas , pelo teorma da funçao inversa d dx 1 t entao y x tt x d d dt dx t 1 t t t Lançamento horizontal x v ht t vh y y0 g y y0 y x x g 2 gx vh 2 x vht t vh 2 t y y0 g 2 ( x vh ) 2 x t 2 2 dy gt gx d t y x 2 dx vh vh dt