Economia da Segurança Social Unidade 03 Tópicos de economia do bem estar social-1: -Conceitos -Equilíbrio parcial e geral -Custos de transacção -Capital social Carlos Arriaga Costa 1 Resultados de aprendizagem desta unidade . Aquisição de conceitos de economia do bem estar. . Compreender o problema económico da protecção social . Reflectir sobre os equilíbrios numa economia do bem estar social Carlos Arriaga Costa 2 Welfare Economics (economia do bem estar) Welfare economics preocupa-se com o desejo social de estados económicos alternativos. – Distingue uma situação em que os mercados funcionam bem da situação em que a intervenção governamental se encontra garantida. – Apoia-se em instrumentos de microeconomia, respectivamente em curvas de indiferença. Carlos Arriaga Costa 3 General Equilibrium (Welfare Economics) Carlos Arriaga Costa 4 Equilíbrio geral Equilíbrio parcial: Coloca a situação em que mudanças de um mercado afectam outro mercado. Equilíbrio geral: Analisa as situações em que as escolhas dos agentes económicos se encontram coordenadas entre todos os mercados de produtos e de factores. Carlos Arriaga Costa 5 As actividades económicas encontram-se inseridas em instituições, quer formais quer informais Velha Escola classica Economia neo-clássica Carlos Arriaga Costa 6 História da nova economia (North, Fogel, Rutheford) Escolha pública & economia política (Buchanan, Tullock, Olson, Bates) Novas escolas Nova economia social (Becker) Economia dos custos de transacção (Coase, North, Williamson) (capital Social) (Putnam, Coleman) Direitos de propriedade (Alchian, Demsetz) Economia da informação (Akerlof, Stigler, Stiglitz) Teoria da acção colectiva (Ostrom, Olson, Hardin) Direito e economia (Posner) Carlos Arriaga Costa 7 Consumer Surplus Excedente do consumidor Individual = ganho líquido pela compra de um bem = diferença entre o preço máximo que um consumidor deseja adquirir um bem e o preço actual pago. O excedente do consumidor total é a soma de todos os excedentes dos consumidores ganhos por todos os compradores de um bem num mercado. Carlos Arriaga Costa 8 Excedente do consumidor = area acima do preço e abaixo da curva de procura 100 Excedente do consumidor = {400(100-35)}/2 = 13000 Excedente consumidor 35 P = 35 D 0 400 Carlos Arriaga Costa 9 Excedente do consumidor com uma subida de preço 100 Excdente do consumidor = {270(100-60)}/2 = 5400 Excedente do consumidor 60 P = 60 35 D 0 270 Carlos Arriaga Costa 400 10 Excedente total S 100 60 Excedente consumidor Excedente produtor 10 0 D 270 Carlos Arriaga Costa 11 Alocações eficientes de pareto Individual B Total amount of e g Y d Individual A X e and d are also Pareto efficient allocations Total amount of Carlos Arriaga Costa 12 Curva de contrato Individual B Total amount of e g Y d Individual A X Total amount of Carlos Arriaga Costa Joining up these Pareto efficient points yields the contract curve 13 Economia dos custos de transação Definição de custos de transação : – Custos de procura e selecção de um comprador e de um vendedor. – Custos de obtenção de informação sobre um bem ou serviço – Custo de negociação – Custo de controle e de vigilância de um contrato. Carlos Arriaga Costa 14 Economia dos custos de transação Coase (1937) – As trocas de mercado têm um custo. – As empresas empemham-se na redução de custos de transacção. – A fronteira de eficiência de um empresa é determinada pela natureza e extensão desses custos de transacção. Carlos Arriaga Costa 15 Economia dos custos de transação Williamson (1996, 2000) – Combina o conceito de racionalidade da fronteira de eficiência e comportamento oportunista para explicar o contrato, conflito e posse de uma empresa. – Forma organizacional no qual depende em parte os custos de transacção. Carlos Arriaga Costa 16 Economia dos custos de transação North (1986, 1989, 1994) – Instituições que se envolvem em processos de redução de custos de transação são a chave da performance das economias – Nem todas as organizações/instituições que surgem são eficientes. – O papel do governo é fundamental no que respeita ao cumprimento dos contratos. Carlos Arriaga Costa 17 Economia dos custos de transação North (1990) “The inability of societies to develop effective, low-cost enforcement of contracts is the most important source of both historical stagnation and contemporary underdevelopment in the third world.” Carlos Arriaga Costa 18 Economia do bem estar 1º Teorema fundamental da economia do bem estar : Se todos os mercados funcionam em competição perfeita, a alocação de recursos será uma eficiência de pareto. 2º Teorema fundamental da economia do bem estar : : Toda a alocação eficiente de pareto pode ser obtida como um resultado de um processo de mercado em competição, efectuado a partir de um conjunto de recursos iniciais que poderão ser redistribuídos através de impostos e subsídios entre os agentes. Carlos Arriaga Costa 19 Economia do bem estar Conceitos Competição perfeita – Bens homogéneos. – Nenhum agente afecta o preço. – Informação perfeita. – Não há custos de transacção. – Não há externalidades : Benefícios privados = benefícios sociais. Custos privados = custo sociais. Carlos Arriaga Costa 20 Benefícios totais Price A P1 B P* 0 1 2 3 4 Q* Quantity Beneficícios recebidos correspondem às áreas dos rectângulos. Benefícios totais correspondem à área total da procura : triangulo AP*B + rectangulo 0P*BQ* Carlos Arriaga Costa 21 Benefícios totais Price A B P* 0 1 2 3 4 Q* Quantity Benefícios totais = área abaixo da curva e que corrsponde à vontade de todos = bem estar Social Carlos Arriaga Costa 22 Benefícios líquidos Price A A B P* B 0 1 2 3 4 Q* Quantity (A+B) benefício total Benefício líquido = (A+B) - B = A = excedente do consumidor (benefício recebido Carlos Arriaga Costa – preço pago) 23 Para além da economia neoclássica O objectivo é modelizar o comportamento Apoio em outras ciências sociais, relações sociais. Necessidade de extender os modelos com recurso a outros campos científicos. Carlos Arriaga Costa 24 Introdução do capital social na economia A economia “standard” não dá respostas suficientes? O que é o capital social ? Como funciona? Como é medido? Carlos Arriaga Costa 25 Definição de capital social “Capital Social refere características da organização social [em particular de associações horizontais] tais como redes, normas sociais que facilitam a coordenação e cooperação para benefício mutuo.” Putnam (1995) “a variety of different entities, with two elements in common: they all consist of some aspect of social structure, and they facilitate certain actions of actors … within the structure” Coleman (1988) Carlos Arriaga Costa 26 ‘Social capital is capital’ Social capital can be understood as networks of social relations characterised by norms of trust & reciprocity ‘Social capital is an essential complement to the concepts of natural, physical and human capital’, and ‘social capital shares some fundamental attributes with other forms of capital while it presents some attributes that differ’. (Ostrom 2000: 172-73) Carlos Arriaga Costa 27 Definição de capital Social “includes the social and political environment that enables norms to develop and shapes social structure. .. Includes the more formalized institutional relationships and structures, such as government, the political regime, the rule of law, the court system and civil an political liberties” Grootaert (1998) “Social capital is defined as the norms and social relations embedded in the social structures of societies that enable people to coordinate action to achieve desired goals.” The World Bank (2000) Carlos Arriaga Costa 28 Capital social: decomposição Normas redes Trust (Trust law, where ownership and management of property is on behalf of another ) Coordenação e cooperação Indivíduo/agregado familiar Local/Comunidade Nacional Internacional Bem privado versus bem público Carlos Arriaga Costa 29 Operacionalização do capital social • Custos de transacção de troca mais baixos. • Melhoramento da difusão da informação e da inovação. • Fortalece os mecanismos de segurança informal. • Aumenta a probabilidade das trocas (sociais) serem realizadas. • Melhora a performamnce da autoridade local através da constituição de redes. Carlos Arriaga Costa 30 É Social? E Capital? é Social? – Social no sentido de sociedade – Mas não significa forçosamente bem público. É Capital? – Analogia com outras formas de capital – Mas limitativo na distinção entre stock e fluxo. Carlos Arriaga Costa 31 Como quantificar o capital social? Contactos e outras medidas de rede Membros e características do grupo Grau de compromisso cívico e social Fortalece as redes familiares Trust measures Carlos Arriaga Costa 32 Capital Social : problemas a ter em conta Aspectos de exclusão – Como conhecer a exclusão? – Pode ser verdadeiro para os mais empobreecidos – Endogeneidade Dificuldades de medição Pode ter efeitos externos negativos Carlos Arriaga Costa 33 Example 1: Traders in Madagascar (Fafchamps & Minten 1998) Social Capital networks of traders have efficiency implications: Larger sales and gross margins. In particular – Relationships with traders lower transactions costs – Relationships with individuals who can help in times of financial difficulties insure against liquidity risk – Relationships with family reduce efficiency, however Carlos Arriaga Costa 34 Example 2: Group membership in South African Households Maluccio, Haddad, May (2000) Household level social capital, as measured by group membership, is an important determinant of income in changing South African economy. After controlling for fixed effects and endogeneity find: – Significant impact in 1998, but less than education – 1993 initial levels matter due to structural shift Spillover effects are weak for non-group members, even in communities with high social capital Carlos Arriaga Costa 35