BILINGUISMO: UMA PROPOSTA EDUCACIONAL PARA ALUNOS SURDOS BILINGUISMO: UMA PROPOSTA EDUCACIONAL PARA ALUNOS SURDOS PROBLEMA • ACEITAÇÃO DA CULTURA PRÓPRIA DO SURDO (LÍNGUA VISUAL-GESTUAL) PELA SOCIEDADE • O BILINGUISMO COMO ABORDAGEM EDUCATIVA MAIS IMPORTANTE PARA O DESENVOLVIMENTO DO SURDO OBJETIVOS • PESQUISAR CONCEITOS REFERENTES À AUDIÇÃO E SURDEZ; • CONHECER DIFERENTES ABORDAGENS NA EDUCAÇÃO DO SURDO; • ANALISAR A ABORDAGEM BILINGUE NA EDUCAÇÃO DO SURDO. JUSTIFICATIVA • CONHECER OS PRINCIPAIS CONCEITOS SOBRE A DEFICIÊNCIA AUDITIVA; • DISCUTIR A IMPORTÂNCIA DO BILINGUISMO PARA O SURDO; • ORIENTAR O TRABALHO PEDAGÓGICO DOS PROFISSIONAIS. AUDIÇÃO E SURDEZ • Papel fundamental na comunicação humana; • Audição: sentido pelo qual o sons são percebidos; • Surdez: diminuição da capacidade de ouvir; • Classificação: perda auditiva condutiva, neuro-sensorial e mistas; • Graus de perda auditiva: leve, média, severa e profunda. CAUSAS DA SURDEZ Pré-natais: adquirida através da mãe no período de gestação (rubéola, sífilis, citomegalovírus, toxoplasmose, drogas, remédios ototóxicos, entre outros.) Peri-natais: adquirida durante o parto (anóxia, fórceps, infecção hospitalar, entre outros.) Pós-natais: adquirida após o nascimento (meningite, excesso de remédios, sífilis, sarampo, caxumba, exposição a fortes ruídos, traumatismos cranianos, entre outros.) PREVENÇÃO DA SURDEZ • Prevenção: conjunto de medidas que visam evitar algo; • Formas de prevenção: exames pré-natais, vacinas, acompanhamento médico em casos de dores no ouvido, teste da orelhinha quando bebê, evitar exposições freqüentes a ruídos fortes. DIFERENTES ABORDAGENS NA EDUCAÇÃO DOS SURDOS • Na antigüidade e por quase toda a Idade Média o surdo era visto como incapaz. • Famílias nobres e influentes que tinham filho surdo contratavam professores para ensinar seus filhos a falar e evitar que eles fossem privado de seus direitos. • No século XVI, o monge Ponce de Léon foi considerado o primeiro professor de surdos na Espanha. • Léon criou uma metodologia de educação para surdos. • No século XVII, Juan Pablo Bonet, na Espanha publicou um livro apresentando uma idéia simples para ensinar surdos. DIFERENTES ABORDAGENS NA EDUCAÇÃO DOS SURDOS • Século XVIII – gestualistas e oralistas (correntes) • Alemanha, Samuel Heinicke, defendia o oralismo. • França, Abade L’Epeé foi o primeiro a estudar uma Língua de Sinais usada por surdos, com atenção para as características lingüísticas. • No século XIX, Edward Gallaudet, fundou a primeira universidade para surdos nos Estados Unidos. • Em 1878, realizou-se, em Paris, o I Congresso Internacional sobre Instrução de Surdos, em que foram discutidas algumas experiências de trabalho. DIFERENTES ABORDAGENS NA EDUCAÇÃO DOS SURDOS • Em 1880, na Itália, realizou-se o II Congresso de Internacional, considerado um marco histórico. • Este Congresso, também conhecido mundialmente como “Congresso de Milão” aprovou o método oral como sendo o mais eficaz para a Educação dos Surdos. EDUCAÇÃO DE SURDOS NO BRASIL • Em 1857, D. Pedro II fundou o Instituto Imperial dos Surdos-Mudos dirigido pelo professor Francês Ernest Huet. • Em 1957, O Instituto Imperial dos Surdos – Mudos passa a chamar-se Instituto Nacional de Educação de Surdos em consonância com os avanços na área da surdez. • Em 1970, surge no Brasil a comunicação total trazida pela professora Ivete Vasconcelos. • Em 1980, a professora Lingüística Lucinda Ferreira Brito pesquisou sobre a Língua Brasileira de Sinais. ABORDAGEM BILINGUE NA EDUCAÇÃO DO SURDO • “O objetivo da educação bilíngüe é que a criança surda possa ter um desenvolvimento cognitivo lingüístico equivalente ao verificado na criança ouvinte, e que possa desenvolver uma relação harmoniosa também com ouvintes, tendo acesso a língua de sinais e a Língua majoritária” (Lacerda, 2000, p74). RECURSOS DIDÁTICOS UTILIZADOS NA EDUCAÇÃO DOS SURDOS • • • • • • • • • • Fichário com figuras e palavras; Dicionário LIBRAS/Português; Caixa de verbos; Mural de LIBRAS/ Português; Dicionário configuração de mãos/Português; Caixa com histórias em seqüência; Calendários; Diário coletivo; Cartaz de aniversário; Canto da leitura. AVALIAÇÃO DO PORTUGUÊS DO SURDO • A perda auditiva interfere o desempenho lingüistico da língua portuguesa e por isso deve ser avaliado a idéia do conteúdo na avaliação; • As provas podem ser realizadas na forma escrita ou mesmo em LIBRAS; • Há compreensão de palavras mais usadas no dia-a-dia do surdo; • As dificuldades na leitura impedem o aumento de seu vocabulário (surdos não conhecem processo de formação de palavras, trocam adjetivos, substantivos, omitem verbos e fazem usos inadequados das palavras); • Os surdos precisam de intérpretes e dicionários no momento da avaliação; • Deve ser considerado conteúdo, coerência e a seqüência lógica das idéias; • A avaliação deve ser uma ferramenta de diagnóstico positivo. A REALIDADE DOS ALUNOS SURDOS INCLUÍDOS NA REDE REGULAR • Aplicação de um texto com interpretação (1ª etapa- uso da leitura labial e do •Português escrito; 2ª etapa – Língua de Sinais e figuras); • Há dificuldade na comunicação porque não há interpretes de Língua de Sinais na rede regular de ensino; • A comunicação fica prejudicada e isso pode se tornar sofrimento para o surdo; • Questionário com professores: afirmam utilizar recursos visuais, mímicas, gestos, figuras, sinais, vídeos com materiais pedagógicos, dicionário digital bilíngüe, entre outros, mas não é o suficiente. Alegam necessitar de capacitações; • Depoimento de uma aluna surda e seus sentimentos em relação à escola; • A condição bilíngüe é uma prática educativa a ser conquistada. METODOLOGIA PESQUISA BIBLIOGRÁFICA REVISTAS, INTERNET...); (LIVROS, PESQUISA À CAMPO: CENTRO DE ATENDIMENTO À PESSOA SURDA DEPOIMENTOS E QUESTIONÁRIOS COM ALUNOS E PESSOAS ENVOLVIDAS NO TRABALHO COM ALUNOS SURDOS INCLUÍDOS NA REDE REGULAR DE ENSINO. CONSIDERAÇÕES FINAIS Surdez ocasiona limitação na área da comunicação; Diagnóstico precoce é fundamental para evitar atrasos no desenvolvimento; As diferentes abordagens na educação dos surdos mostram as dificuldades e conquistas; Conquista da Educação Bilíngüe para o surdo; A inclusão do surdo como grande desafio para os profissionais da Educação; O bilingüismo como uma abordagem educativa mais recomendada e profissionais especializados (intérpretes) para garantir um ensino de qualidade ao surdo. “OLHO DO MESMO MODO COM QUE PODERIA ESCUTAR. MEUS OLHOS SÃO MEUS OUVIDOS. MINHAS MÃOS SÃO BILÍNGÜES” (LABORIT,1994)