Universidade Federal do Pará Campus Universitário do Marajó - Soure Seminário LIBRAS para TODOS Prof(a) Silvia Benchimol Formação Acadêmica Graduação : Letras / Pedagogia Pós Graduação Latu sensu: Linguistica Aplicada ao Ens. Aprendizagem da Língua Inglesa Psicologia Educacional com ênfase em Psicopedagogia Preventiva Assessment in EFL / ESL Mestrado: Linguistica Prof(a) Silvia Benchimol PSICOPEDAGOGIA E INCLUSÃO O QUE É PSICOPEDAGOGIA? DEFINIÇÃO DO TERMO REFLEXÃO SOBRE O CAMPO DE ATUAÇÃO PROFISSIONAL O QUE É? Área do conhecimento que objetiva integrar, conhecimentos e princípios de diferentes Ciências Humanas no intuito de levar a uma ampla compreensão sobre os variados processos de aprendizagem do ser humano e entender as dificuldades envolvidas neste processo Qual a amplitude de sua atuação? educação saúde Ação social clínica Institucional QUEM É O PSICOPEDAGOGO? É o profissional mediador da relação obstacularizada que se estabelece entre o sujeito e o objeto de conhecimento O atendimento psicopedagógico se estabelece através de um fazer que acontece entre o sujeito e o psicopedagogo em uma triangulação, visando o resgate do vínculo entre o sujeito e a aprendizagem. (inclusão) IZA X INTERVENÇÃO PSICOPEDAGOGICA EXISTE UMA DIVERSIDADE DE LINHAS DE INTERVENÇÃO PSICOPEDAGÓGICA ALGUMAS COM FOCO MAIS EDUCACIONAL E OUTRAS COM FOCO MAIS PSICOLÓGICO A INTERVENÇÃO PODE SE DAR POR MEIO CLÍNICO OU INSTITUCIONAL DIFICULDADE DE APRENDIZAGEM CLÍNICA INSTITUCIONAL A atuação do10GGGGG Psicopedagogo clínico a inteligência a serviço da dramática do inconsciente (as manifestações inconscientes implícitas) A atuação do Psicopedagogo Institucional foco no sintoma apresentado, na dificuldade OS PILARES DO ATENDIMENTO PSICOPEDAGÓGICO CLÍNICO 1. A ressignificação das fantasias relacionadas ao ato de aprender 2. A restauração do vínculo que o sujeito estabelece com o objeto do conhecimento 3. A reconstrução da auto imagem do sujeito enquanto aprendente 4. A reparação do vínculo do sujeito com o ensinante NATALIA O PSICOPEDAGOGO E A INCLUSÃO O psicopedagogo quer pautado em pressupostos clínicos ou em pressupostos institucionais, atua com o propósito de possibilitar ao indivíduo seu desenvolvimento potencial atribuindo-lhe autoria do seu processo educacional, constituindo-se cidadão e, conseqüentemente, promovendo sua inclusão social JOÃO O PSICOPEDAGOGO E A EDUCAÇÃO ESPECIAL A atuação do psicopedagogo na área da Educação Especial, torna-se mais desafiadora ao registrar potencialidades e limites do indivíduo e da equipe, no mesmo contexto. O enfoque situacional, ao abranger indivíduos com necessidades especiais, requer planos de . trabalho em parceria máxima com as instituições escolares ANA PAULA Fatores Impactantes no trabalho do Psicopedagogo •Perceber as relações dinâmicas quer objetiva ou subjetivamente •Compreender a existência de estrutura, processo e contexto em cada sistema vivenciado pelo indivíduo •Colaborar a fim de encontrar meios que permitam enfrentar e responder às exigências do contexto – família, escola, sociedade. •Promover mudanças nas situações que obstacularizam a aprendizagem e a participação; tendo como ações: resolver, discutir, interagir com os agentes de promoção da aprendizagem Fatores Impactantes no trabalho do Psicopedagogo Engajar toda a equipe escolar no planejamento do desenvolvimento da escola O Psicopedagogia e Surdez A REALIDADE POSTA 1. Conhece-se pouco a respeito do Surdo e da Comunidade Surda 2. Para os padrões da comunidade ouvinte, em muitos casos o surdo é visto como um “deficiente”, um “inválido” 3. A falta de conhecimento leva a impaciência e resulta em julgamentos preconceituosos e equivocados. O surdo é muitas vezes tido como “retardado mental” ou até “sem inteligência” 4. A sociedade e os profissionais realizam trabalhos na tentativa de fazer o surdo falar e aprender a leitura labial, mas isso nem sempre é possível. 5. Os surdos que conseguem são, por vezes, discriminados entre os próprios surdos, por se tornarem uma “ameaça” à integridade da Cultura Surda, que expressa valores peculiares e específicos de seus membros. Essa dificuldade em compreender a importância da existência da Cultura Surda, e de se aceitar a presença do surdo, se reflete também no ambiente escolar são fortes e persistentes as restrições e barreiras aos surdos, enquanto grupo minoritário, em nosso sistema educacional, que valoriza o ouvinte como IDEAL Essa situação discriminatória se reflete também na sociedade, marginalizando e excluindo os surdos, e prejudicando as oportunidades de inclusão social da qual os alunos ouvintes poderiam desfrutar, ao conhecer a LIBRAS e aprender a respeitar a Comunidade Surda. VIVÊNCIAS DE INCLUSÃO DO ALUNO SURDO . AULA EM SALA DE Para VYGOTSKY (2001), a linguagem é um elemento constitutivo do sujeito, na medida em que permeia as interações fundamentais para a construção do conhecimento e dos processos cognitivos. VIVÊNCIAS DE INCLUSÃO DO ALUNO SURDO . AULA EM SALA DE Em consequencia disto, o aluno surdo apresenta defasagens linguísticas importantes, o que pode lhe causar consequências emocionais, sociais e cognitivas. Sabe-se também, que as propostas de educação inclusiva para alunos surdos vêm apresentando resultados aquém do esperado. VIVÊNCIAS DE INCLUSÃO DO ALUNO SURDO . AULA EM SALA DE Quando o aluno surdo é inserido na classe regular, as dificuldades inerentes à sua deficiência exigem acompanhamento pedagógico especializado, com vistas à garantia da assimilação do conteúdo escolar e que depende de professor preparado para tal (BUENO, 1993) Contribuições da Psicopedagogia: . Propostas psicopedagógicas de inclusão. O Psicopedagogo no âmbito clínico se ocupará de observar os processos cognitivos e psicológicos que permeiam o processo de aprendizagem da criança/adolescente surdo, considerando-se sua auto-imagem e auto-estima como ser “diferente”, “deficiente” ou “inválido”. No âmbito Institucional o profissional psicopedagogo se ocupará em elaborar estratégias junto aos professores, gestores e demais funcionários da escola, para preparação e qualificação dos docentes para acolher o aluno surdo – e isso envolve o destaque à figura do professor e do intérprete em LIBRAS, para evitar a evasão escolar do aluno surdo. “Em ambas as áreas de atuação, a Psicopedagogia irá focar seu interesse na construção da subjetividade do sujeito surdo, inserido em uma família de ouvintes ou de surdos, qual a . dinâmica familiar envolvida na surdez, e é assim que irá se constituir a identidade individual e cultural da criança/adolescente surdo ...a formação do psicopedagogo deve voltar-se para exercer as tarefas clínicas e/ou institucionais de atendimento ao aluno surdo, considerando-se que, diante da inadequação de certas propostas que se intitulam “inclusivas” mas que não fornecem a infra-estrutura suficiente para a inclusão, o aluno surdo pode apresentar dificuldades de aprendizagem e de auto-estima como qualquer outro aluno – e esse atendimento psicopedagógico clínico não permite a presença de intérpretes como terceiro na relação para não violar o sigilo, o que exige o conhecimento da LIBRAS pelo psicopedagogo”. (Silva, 2010) REFERÊNCIAS BUENO, J.G.S. A educação especial nas Universidades brasileiras. Brasília (DF): Ministério da Educação/Secretaria de Educação Especial, 2002. Disponível em: <http://www.dominiopublico.gov.br>. Acesso em nov. 2008. DORZIAT, A. O outro da educação. Pensando a surdez com base nos temas identidade, diferença, currículo e inclusão. Rio de Janeiro: Vozes, 2009. . IBGE. IBGE e CORDE abrem encontro internacional de estatísticas sobre pessoas com deficiência. Comunicação Social, 16 de setembro de 2005. Disponível em: 11 <http://www.ibge.gov.br/home/presidencia/noticias/noticia_visualiza.php?id_noticia=438&id_pagina=1>. Acesso em 17 nov. 2009. KAUCHAKJE, S. “Comunidade Surda”: As demandas identitárias no campo dos direitos, da inclusão e da participação social. In: SILVA, I.R.; KAUCHAKJE, S; GESUELI, Z.M. Cidadania, Surdez e Linguagem. São Paulo: Plexus, 2003. LACERDA, C.B.F. 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