O ENSINO DE
MATEMATICA PARA
DEFICIENTES AUDITIVOS
MESTRANDA: RITA SIDMAR
ALENCAR GIL
EDUCAÇÃO ESPECIAL
• Resolução CNE/CEB Nº 02 /Artigo 3º - modalidade de
educação
escolar,
entende-se
um
processo
educacional definido por uma proposta pedagógica que
assegure recursos e serviços educacionais especiais,
organizados
institucionalmente
para
apoiar,
complementar, suplementar e, em alguns casos,
substituir os serviços educacionais comuns, de modo a
garantir a educação escolar e promover o
desenvolvimento das potencialidades dos educandos
que apresentam necessidades educacionais especiais,
em todas as etapas e modalidades da educação básica.
LEGISLAÇÃO PARA A
EDUCAÇÃO ESPECIAL
• Constituição de 1988/ artigo 208/inciso III – definem
como dever do estado “ o atendimento educacional
especializado aos portadores de deficiência,
preferencialmente na rede regular de ensino”;
• Convenção sobre os Direitos da Criança (1989);
• Declaração de Salamanca, resultante da “Conferência
Mundial sobre Necessidades Educataivas Especiais:
Acesso e Qualidade (1994);
• Politica Nacional de Educação Especial (1994);
• Plano Decenal de Educação para Todos (1994;
• Lei 9394/96/Artigo 4º - É dever do Estado “ o
atendimento educacional especializado gratuito aos
educandos com necessidades especiais,
preferencialmnente na rede regular de ensino.
LEGISLAÇÃO PARA A
EDUCAÇÃO ESPECIAL
• Lei 9394/96 – Capítulo V da Educação Especial/
Artigo 58 à 60.
• Portaria Nº 1.679 de 02.12 99 – Dispõe sobre os
requisitos de acessibilidade de pessoas
portadoras de deficiências, para instruir os
processos de reconhecimentos de cursos pelo
MEC.
• Resolução CNE/CEB Nº 02, de 11.09.01- Institui
as Diretrizes Nacionais para a Educação
Especial na Educação Básica.
História da Educação dos Surdos
• No final do século XV
- Não havia escolas especializada para surdos;
pessoas ouvintes tentaram ensinar os surdos;
- Giralamo Cardano, um italiano que utilizava
sinais e linguagem escrita;
- Pedro Ponce de Leon, um monge beneditino
espanhol que utilizava além de sinais,
treinamento da voz e leitura dos lábios
História da Educação dos Surdos
• Nos séculos seguintes:
- Alguns professores dedicaram-se à educação dos
surdos. Entre eles, destacam-se:
Ivan Pablo Bonet (Espanha)
Abbé Charles Miclel de L’Épée (França)
Samuel Heinicke e Moritz Hill(Alemanha)
Alexandre Graham Bell (Canadá e EUA)
Ovide Decroly (Bélgica)
Divergiam sobre os métodos se deveriam priorizar lingua
falada (método oral puro) ou a língua de sinais e o
ensino da fala (método combinado)
1880 , no Congresso Mundial de Professores de Surdos
(Milão – Itália) chegou-se a conclusão que todos os
surdos deveriam ser ensinados pelo método oral puro.
História da Educação dos Surdos
• Século XX
Aumentou o número de escolas para surdos em todo
mundo;
No Brasil, surgiram o Instituto Santa Terezinha para
meninas surdas (SP), A Escola Concórdia (Porto Alegre
– RS), A Escola de Surdos de Vitória, O Centro de
Audição e Linguagem Ludoivico Pavoni –CEAL/LP (DF),
Instituto ~Felipe Smaldone (PA) que passaram a adotar
o método oral;
A garantia do direito de todos à educação, a propagãção
das idéias de normalização e integração dos PNE e o
aprimoramento das próteses otofônicas fizeram com que
as crianças surdas de diversos países passassem a ser
encaminhados para as escolas regulares
História da Educação dos Surdos
• Com a organização das minorias em nível mundial, por
terem garantido seus direitos de cidadão, os PNE
passaram a apresentar suas reivindicações , no caso
dos surdos, são: o respeito à língua de sinais, um ensino
de qualidade, acesso ao meios de comunicação
(legendas e uso do TDD) e serviços de intérpretes entre
outras;
• Com os estudos avançados sobre surdez , já no final
deste século assumiram a direção da única
Universidade para Surdos do Mundo (Galladeut
University Library – Washington /EUA) e passaram a
divulgar a filosofia da comunicação total.
A Escola Regular
• Para integração do aluno surdo em classe comum,recomendamos
que:
A escola se estruture quanto aos recursos humanos, físicos e
materiais;
O processo ocorra após a alfabetização, quando o educando já possui
razoável domínio da língua portuguesa (falada e/ou escrita)
A escola tenha conhecimento da sua forma de comunicação;
A escola somente o receba para inclusão em classe comum quando
houver garantia de complementação curricular em sala de recursos,
com professores itinerantes ou intérprete de LIBRAS;
A escola organize a classe comum de forma que não tenha mais de 25
alunos, incluindo o integrado;
Sua idade cronológica seja compatível com a média do grupo da
classe comum que ira frequentar;
A escola comum mantenha um trabalho sistemático visando à
participação da famiíia no processo educacional.
Os profissionais da escola regular
• Os professores e demais profissionais que atuam junto
ao aluno surdo na escola regular devem ser informados,
dos seguintes aspectos;
Embora ele possa não ter uma linguagem claramente
expressa, poderá ter ter mais chances de integrar-se a
sociedade se estiver frequentando uma escola regualr;
Aceitar o aluno surdo;
Ajudar o aluno surdo a pensar e a raciocinar, não lhe
dando soluções prontas;
Não superproteger;
Tratar o aluno surdo como qualquer outro, sem
discriminação ou distinção;
Os profissionais da escola regular
Não ficar de costas para o aluno, nem de lado, quando estiver falando;
Preparar os colegas para recebê-lo naturalmente, estimulando-os para
que falem com ele;
Ao falar, dirigir-se diretamente ao aluno surdo, usando frases curtas
porém com estrutura completa e com o apoio da escrita;
Falar com o aluno pausadamente, de forma clara, num tom de voz
normal, com boa pronúncia;
Verificar se o aparelho de amplificação sonora está ligado;
Verificar se ele está atento. O surdo precisa “ler” nos lábios para
entender, no contexto da situação, todas as informações
veiculadas;
Chamar sua atnção, por meio de um gesto convencional ou de um
sinal;
Colocar o aluno surdo nas primeiras carteiras da fila central ou colocar
a turma ou grupo em círculo ou semi-circulo, para que ele possa ver
todos os colegas e para que seus colegas contíguas possam servilhe de apoio
Os profissionais da escola regular
Utilizar todos os recursos que facilitem sua compreensão
(dramatizações, mímicas, materiais visuais);
Utilizar a língua escrita e se, possível, a língua brasileira de sinais;
Estimular o aluno a se expressar oralmente, por escrito e por sinais,
cumprimentando-o pelos sucessos alcançados, colocá-lo a par de
tudo o que está acontecendo na comunidade escolar;
Interrogar e pedir sua ajuda para que possa sentir-se um membro ativo
e participante;
Incluir a família em todo o processo educativo;
Avaliar o aluno surdo pela mensagem-comunicação que passa e não
somente pela linguagem que expressa ou pela perfeição estrutural
de suas frases;
Solicitar ajuda da escola especial sempre que for necessário;
Procurar obter informações atualizadas sobre a educação de surdos;
Utilizar, se necessário , os serviços de intérpretes;
E, principalmente, acreditar de fato nas potencialidades do aluno,
observando seu crescimento.
O Ensino de Matemática para
surdos
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Os professores de surdos costumam considerar que a matemática é a
disciplina que menos apresenta dificuldades para as suas crianças à
exceção dos problemas, cujos entraves são atribuídos, não sem razão, às
dificuldades óbvias de interpretação dos enunciados (Nogueira e Machado,
1995)
È dentre todas as disciplinas presentes na estrutura curricular de uma
escola para surdos , a que mais se assemelha em objetivos, conteúdos,
metodologia e forma de avaliação à que é tradicionalmente ofertada aos
ouvintes;
Não é raro encontrar alunos que têm sucesso em matemática e fracassam
nas demais disciplinas;
A adaptabilidade do surdo fica prejudicada em sala de aula por dificuldades
óbvia de comunicação, que os leva a buscar o isolamento e a proteção do
grupo
É possível constatar claramente as dificuldades dos surdos na aquisição
de valores , particularmente, da dependência em relação ao contexto, dos
conceitos de certo ou errado;
Dificuldade em tomar decisões, à dependência dos líderes e a necessidade
de aprovação do grupo
O Ensino de Matemática para
surdos
• As dimensões cognitivas.
Segundo Piaget o conhecimento
estruturado em três tipos:
O conhecimento físico
O conhecimento lógico-matemático
O conhecimento social
está
O Ensino de Matemática para
surdos
• A dimensão afetiva
- Prioriza o desenvolvimento da autonomia do aluno
- Como desenvolver a autonomia:
Trocar pontos de vista;
Negociar soluções
Aprender a conviver com diferentes pontos de vista
- Qual recurso metodológico ideal?
Utilização de jogos para o desenvolvimento da autonomia dos alunos.
Cuidados: As crianças surdas, em geral não lidam bem com situações
de confronto, particularmente, com o fato de “perder”, assim, é
conveniente que o trabalho seja iniciado com jogos que não
apresentem, necessariamente , um ganhador (jogos cooperativos),
posteriormente, introduzir jogos de competição, para ensinar a lidar
com as frustações.
É importante que sejam apresentados jogos em que os elementos
(objetos envolvidos, como peças, tabuleiros, etc) sejam os mesmos
e o que mudam são as regras (baralhos numéricos, dominós, etc).
O Ensino de Matemática para
surdos
• A dimensão inclusiva
Fazer atividades que promovam uma “inclusão ao
contrário”, em que todos os alunos surdos ou
ouvintes, possam interagir.
Professor de matemática precisa de instrumental
teórico a cerca do desenvolvimento do
pensamento
lógico-matemático
e
do
desenvolvimento da autonomia na criança para
possibilitar sua reflexão , no sentido de,
entenderem porque fazem determinadas
atividades e para
terem clareza de quais
objetivos querem alcançar;
O Ensino de Matemática para
surdos
• O Ensino da Geometria
Contribui para a criança adquirir senso de
organização e orientação espacial
Desenvolve a coordenação viso-motora;
Auxilia na leitura e compreensão de
gráficos, mapas e outras informações
típicas da nossa sociedade;
Não deve ser ensinada como um tópico à
parte, mas permeando todo o conteúdo.
O Ensino de Matemática para
surdos
• Exemplos de atividades:
Montar figuras com os blocos lógicos;
Identificar as formas geométricas
Reproduzir graficamente estas figuras;
Classificar as figuras geométricas
Reproduzir com os blocos lógicos a planificação de maquetes
*É necessário aplicar este conhecimento para descobrirem as formas
dos objetos.
Utilizar atividades concretas como: pintar, recortar, montar e etc.
Utilização de atividades com o corpo da criança;
Sempre procurar estar avaliando as atividades e retomar as ações
Construção de sequências usando bloco lógico;
Trabalhar sequências utilizado por semelhança ou diferenças
Trabalhar com sequências, para possibilitarem a construção de
regularidades;
O Ensino de Matemática para
alunos surdos
• Trabalhar com padrões geométricos, permite a
percepção de regularidades e a comprender o que é
ritmo (conceito importantíssimo para a noção de tempo);
• Os padões geométricos permitem “visualizar” o ritmo,
percebendo os conceitos de duração e sucesão;
• A descoberta de um padrão geométrico permite ao
aluno surdo estabelecer relações entre elas;
• Ao serem capazes de descobrir como será a figura
seguinte, os alunos estarão utilizando experiências
anteriores, realizando uma abstração.
• Utilizar vistas de objetos como: o mapa de uma cidade,
a planta de uma residência e o desenho de um trajeto e
etc, pois auxiliam no desenvolvimento da percepçãp
espacial, comunicação visual e etc.
O Ensino de Matemática para
alunos surdos
MUITO OBRIGADO
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Estratégias 3