É Preciso
Conhecer
e Respeitar
Simbologia Braille
& Língua Brasileira
de Sinais – LIBRAS
Émerson E. Santos
Luciane W. Pristch
Micheli A. Rosa
Rita C. F. Messa
Apresentação
É Preciso Conhecer e Respeitar
Devemos compreender que todos somos iguais
perante a lei, porém somos diferentes em nossas
características pessoais, características estas que são
inerentes a cada ser, que o tornam único, e, como um ser
único deve ser respeitado.
Para que possamos respeitar cada ser com suas
características e particularidades, devemos conhecer e
compreender estas características, devemos perceber
que não são as diferenças que dificultam o convívio entre
as pessoas, mas o preconceito perante estas diferenças.
Este livreto visa explicar, de forma breve e
sucinta, alguns conceitos relativos à deficiência visual,
como a cegueira e a baixa visão, assim como sobre a
simbologia Braille. Também serão abordados alguns
conceitos relativos às deficiências auditivas e também
sobre a Língua Brasileira de Sinais – LIBRAS.
Este livreto também contém importantes dicas
para melhorar o convívio com pessoas com deficiências,
facilitando assim os relacionamentos.
Simbologia Braille
Conceitos
A deficiência visual pode ser total ou parcial. A saber: A
deficiência visual total, conhecida como cegueira é a ausência
total da visão, ou a pessoa apenas consegue perceber a luz, sem a
projeção de imagens. A deficiência visual parcial é conhecida
como baixa visão ou visão subnormal, onde a pessoa possui
capacidade de projeção de imagens, porém em condições
adequadas de luz, uso de lentes corretivas, etc.
As deficiências visuais podem ser causadas por vários
motivos, classificados em pré-natal, quando ocorrem antes do
nascimento, perinatal, quando ocorrem durante o parto ou pósnatal, quando ocorrem ao longo da vida. Ou seja, as deficiências
visuais podem ser hereditárias, ou adquiridas (acidentes).
Quando uma pessoa não possui condições de utilizar
algum de seus sentidos plenamente, precisa mais ainda dos sentidos
remanescentes para desempenhar suas tarefas diárias da forma
mais normal possível. Nas pessoas com deficiência visual, o tato
acaba sendo um dos principais sistemas sensoriais.
Neste sentido, o sistema Braille, que é constituído por
uma sequencia de códigos (seis pontos agrupados em duas
colunas verticais de três pontos cada) que representam as letras do
alfabeto, os números, símbolos matemáticos, sinais gramaticais e
notas musicais, representam um importante meio de acesso ao
conhecimento e cultura para as pessoas com deficiência visual.
Simbologia Braille
Dicas
O deficiente visual não consegue adivinhar se você está
perto ou se está falando com ele, então ao conversar com um
deficiente visual, identifique-se e demonstre, com um leve toque,
que você está estabelecendo contato com ele.
Quando for guiar uma pessoa com deficiência visual,
não precisa apertá-la ou puxa-la, apenas ofereça seu braço e
guie-a, orientando sobre obstáculos, evitando dizer “por aqui” ou
“por ali”, mas explicando sobre os obstáculos de forma clara.
Quando terminar uma conversa ou afastar-se de uma
pessoa cega, informe-a, pois ela poderá continuar falando sozinha.
Ao visitar uma pessoa com deficiência visual, não mude
nada de lugar, pois a pessoa cega se localiza através da
lembrança também, e se algo não estiver no lugar onde ela deixou
ficará muito difícil para ela reencontrar o objeto, podendo até
causar acidentes.
Não distraia o cão guia de uma pessoa cega, pois a
segurança dela estará em risco.
Ao conversar com uma pessoa com deficiência visual
não esqueça, ela não pode lhe ver, mas pode lhe ouvir bem , não
é necessário gritar.
LIBRAS
Conceitos
Quando se fala de surdez, a principal dificuldade das
pessoas com deficiência auditiva está relacionada a comunicação,
uma vez que, mesmo a maioria dos surdos tendo capacidade de
emitir sons, não possuem controle sobre os sons emitidos oralmente,
pois não possuem referências de oralidade.
Atualmente a oralidade constitui uma das principais
formas de comunicação entre as pessoas, sendo assim, uma pessoa
com deficiência auditiva possui uma dificuldade enorme de
comunicação.
Para permitir uma comunicação adequada entre
pessoas com deficiência auditiva, a Língua Brasileira de Sinais –
LIBRAS é um referencial.
Devemos compreender que a Língua Brasileira de Sinais
é uma língua como as outras, possuindo características próprias,
sendo diferenciada principalmente por ser visuo-espacial, enquanto
a língua portuguesa é escrita e oral.
A língua portuguesa, por ser a língua mãe em nosso país,
é ensinada em todas as escolas. Assim, as pessoas surdas aprendem
a língua portuguesa e sua gramática em sua modalidade escrita,
porém, para suprir a ausência da comunicação oral, outra língua é
aprendida pelos surdos, a LIBRAS, tornando a comunidade surda
Bilíngue, ou seja, domina e utiliza duas línguas.
LIBRAS
Dicas
A deficiência auditiva pode ser total ou parcial. Se você
for conversar com uma pessoa com deficiência auditiva parcial,
ela poderá lhe ouvir, mesmo que parcialmente, então fale calma e
claramente, e só fale mais alto se ela solicitar. Se você for conversar
com uma pessoa com deficiência auditiva total, uma pessoa surda,
sua comunicação deverá ser, essencialmente por sinais, também
podendo ser através da escrita, mas muitos surdos não dominam a
língua portuguesa tanto quanto os não surdos, então seja claro.
Lembre-se que LIBRAS e português não são a mesma
língua, apesar de suas semelhanças, e como a comunidade surda
utiliza principalmente LIBRAS, mesmo sendo bilíngue, muitos surdos
possuem dificuldades com a língua portuguesa.
As pessoas com pouca audição preferem ser chamadas
de deficientes auditivos. Já as pessoas com total perda de audição
preferem ser chamadas de surdas
Algumas pessoas com deficiência auditiva possuem um
bom domínio de leitura labial, então quando conversar com uma
pessoa com deficiência auditiva ou com um surdo, permita que o
mesmo veja seus movimentos labiais enquanto conversa, sem
esquecer de falar calmamente e claramente.
REFERÊNCIAS
Assembleia Legislativa do Estado do Rio Grande do Sul. Dicas de Convivência com
Pessoas com Deficiência. Porto Alegre. 2011.
BOCK, Geisa L. K. SILVA, Solange C. Simbologia BRAILLE. Caderno Pedagógico.
1ª Edição. DIOESC: UDESC/CEAD/UAB. Florianópolis. 2013.
SELL, Fabíola S. F.; SCHMITT, Deonisio; BECHE, Rose C. E. Língua Brasileira de
Sinais LIBRAS. Caderno Pedagógico. 1ª Edição. DIOESC: UDESC/CEAD.
Florianópolis. 2013.
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