Universidade Federal do Rio Grande do Sul Instituto de Matemática Programa de Pós-Graduação em Ensino de Matemática Mestrado Profissionalizante em Ensino de Matemática Tópicos de Educação Matemática A • Relato do Trabalho Formação de Professores de Matemática: uma educação de qualidade para alunos surdos De Daiana Cristina Ballen e Ivone Cella Silva Universidade do Estado de Mato Grosso – UNEMAT, Campus de Sinop – MT Por Elizandro de Almeida Esquiam Pergunta Norteadora: A formação de professores da área de matemática tem contribuído na educação dos alunos com necessidades educacionais especiais, em especial os alunos com Deficiência Auditiva? Interesse surgiu após um debate sobre: Políticas de Práticas de Ensino e Perspectivas Contemporâneas diante das Diversidades. Local do debate: III Mosaico de Trabalhos – Departamento de Matemática – UNEMAT Universidade do Estado de Mato Grosso – Campus de Sinop – MT Pesquisa: Entrevista com professores de matemática que atuam com alunos com deficiência auditiva nas escolas da rede pública. (acadêmicos do curso, professor intérprete e técnica da Secretaria Municipal de Educação) Instrumento: Coleta de dados em forma de perguntas gravadas 7 questões – professores da rede pública e intérprete 5 questões – professor universitário e acadêmicos Objetivos Analisar a formação inicial e continuada dos professores de matemática Objetivo específico Verificar os currículos escritos dos cursos de Licenciatura; Se o município tem suporte para qualificar o professor, e quais são; Identificar as escolas que atendem DA; Identificar se as Políticas Públicas comtemplam cursos de qualificação; Pontos em Destaque: A inclusão na rede regular é muito recente; O educador deve estar preparado para fazer adaptações curriculares; O educador deve estar preparado para aceitar as diferenças entre os alunos, bem como as diversidades culturais exixtentes; A importância de oferecimento de apoio e amparo aos educandos com NE e aos professores, que a qualidade no atendimento seja o melhor possível; A importância do acadêmico ter o conhecimento matemático e de ter o conhecimento pedagógico; Em 2002, não aprovaram a obrigatoriedade das disciplinas de educação especial; Apenas uma professora possui especialização na área, não atende todos; Na Pedagogia, a preocupação é cada vez maior; Formação dos professores, pessoal de apoio e até diretor ou administrador, interferem diretamente na aprendizagem dos alunos; A falta de profissionais para a qualificação; Relatos das Entrevistas Todos disseram sobre a dificuldade do professor em dar aula paa o aluno surdo, “o impacto maior é a comunicação”. Os professores da rede pública garantem que trabalham com material e atividade visual durante suas aulas. Para um professor, além de utilizar material visual, utiliza repetição de exercícios, ele afirma que ajuda o aluno a compreender o conteúdo. A universidade vem preparando os acadêmicos com palestras e debates, complementa que “a inclusão da língua de sinais não está acontecendo de forma linear, mas oferece disciplina optativa, embora não esteja contemplada na matriz curricular vigente”. Após estágio em uma turma com DA, a professora sentiu a necessidade de buscar qualificação na área, através de um curso de LIBRAS. Conhecimentos Classificação de perda auditiva (“The children’s society” apud Dória, 1958, p.8) Perdas Auditivas db (decibéis) Conceito Perda auditiva ligeira 20 a 40 db Pequena perda auditiva que começa a ser notada confundindo-se com a audição normal Perda auditiva media 40 a 70 db Dificuldade de audição Perda auditiva severa 70 a 90 db Audição parcial ou parcialmente surdo Perda auditiva profunda Acima de 90 db Surdez profunda ou profundamente surdo LIBRAS – Língua Brasileira de Sinais Números Alfabeto Presidência da República Casa Civil Subchefia para Assuntos Jurídicos DECRETO Nº 5.626, DE 22 DE DEZEMBRO DE 2005. Regulamenta a Lei no 10.436, de 24 de abril de 2002, que dispõe sobre a Língua Brasileira de Sinais - Libras, e o art. 18 da Lei no 10.098, de 19 de dezembro de 2000. O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso das atribuições que lhe confere o art. 84, inciso IV, da Constituição, e tendo em vista o disposto na Lei no 10.436, de 24 de abril de 2002, e no art. 18 da Lei no 10.098, de 19 de dezembro de 2000, DECRETA: CAPÍTULO II DA INCLUSÃO DA LIBRAS COMO DISCIPLINA CURRICULAR Art. 3o A Libras deve ser inserida como disciplina curricular obrigatória nos cursos de formação de professores para o exercício do magistério, em nível médio e superior, e nos cursos de Fonoaudiologia, de instituições de ensino, públicas e privadas, do sistema federal de ensino e dos sistemas de ensino dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios. § 1o Todos os cursos de licenciatura, nas diferentes áreas do conhecimento, o curso normal de nível médio, o curso normal superior, o curso de Pedagogia e o curso de Educação Especial são considerados cursos de formação de professores e profissionais da educação para o exercício do magistério. § 2o A Libras constituir-se-á em disciplina curricular optativa nos demais cursos de educação superior e na educação profissional, a partir de um ano da publicação deste Decreto. Currículo LICENCIATURA EM MATEMÁTICA - UFRGS EDU01013 - INTERVENÇÃO PEDAGÓGICA E NECESSIDADES EDUCATIVAS ESPECIAIS Carga Horária: 30h Créditos: 2 Obrigatória A disciplina visa à reflexão crítica de questões ético – político – educacionais da ação docente quanto à integração/inclusão escolar de pessoas com necessidades educativas especiais. Analisa a evolução conceitual, na área da educação especial, assim como as mudanças paradigmáticas e as propostas de intervenção. Discute as atuais tendências, considerando a relação entre a prática pedagógica e a pesquisa em âmbito educacional. EDU03071 - LÍNGUA BRASILEIRA DE SINAIS (LIBRAS) Carga Horária: 30h Créditos: 2 Obrigatória Aspectos linguísticos da Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS). História das comunidades surdas, da cultura e das identidades surdas. Ensino básico da LIBRAS. Políticas linguísticas e educacionais para surdos.