UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA INSTITUTO DE SAÚDE COLETIVA - UFBA Departamento Saúde Coletiva I RELATÓRIO ANUAL DE GESTÃO E AVALIAÇÃO DO PLANO Brasil, 2007 QUESTÕES PRELIMINARES Papel estratégico no monitoramento de políticas e planos. Necessidade de romper com uma visão burocrática desta ferramenta. Desafios na integração das três esferas de gestão do SUS. PRINCÍPIOS Trata-se de uma construção coletiva e deve contemplar, portanto, mecanismos de integração entre os diferentes setores. Deverá ser elaborado em conformidade com a Programação e deve considerar as eventuais necessidades de ajustes no Plano de Saúde. Deve ser encarado como uma ferramenta de avaliação contínua que irá subsidiar a tomada de decisão e as práticas de saúde. FUNÇÕES Apresentar o desempenho da execução das ações; Explicitar o grau de cumprimento das metas da Programação Anual de Saúde e das metas do Plano. Fornecer as bases para o ajuste do Plano e indicar os rumos para a programação do ano seguinte; Subsidiar as ações de auditoria e de controle. REQUISITOS Para acompanhar o cumprimento das metas devem ser definidos indicadores que serão apurados ao longo da execução da Programação Anual de Saúde. RELEMBRANDO: Indicador é um índice/valor que reflete uma situação determinada, a partir da relação entre variáveis e permite medir mudanças e determinar o grau de cumprimento das metas. Os indicadores fornecem elementos para o processo de programação. Não pretendem proporcionar um conhecimento completo e exaustivo da situação, mas concentrar informações consideradas críticas em relação aos problemas identificados e objetivos propostos. FLEXIBILIDADE É possível incluir ou excluir indicadores, na medida em que são identificados novos pontos críticos, desde que os pontos básicos e essenciais permaneçam sendo acompanhados, para garantir a coerência e a direcionalidade da programação. Considerar os pactos vigentes, indicando necessidades de revisão, atualização etc. ELABORAÇÃO DO RELATÓRIO Atribuições da equipe de planejamento Criar ferramentas que subsidiem o processo de elaboração; Definir metodologia de trabalho e cronograma; Orientar e apoiar o processo de apuração e análise de resultados pelas áreas técnicas; Sistematizar o trabalho realizado pelas áreas técnicas, conformando o documento final que expressará o Relatório Anual de Gestão. ELABORAÇÃO DO RELATÓRIO Atribuições das áreas técnicas Apuração dos resultados a partir dos indicadores selecionados na Programação; Análise do impacto destes resultados sobre a situação descrita no respectivo Plano de Saúde; Formulação de recomendações que julgarem necessárias e de ajustes na Programação e no Plano de Saúde. RELATÓRIO ANUAL DE GESTÃO ESTRUTURA Deve conter, minimamente Análise da situação de saúde a partir dos indicadores selecionados na Programação Análise do impacto de resultados das ações realizadas sobre a situação descrita no Plano/Programação de Saúde. Análise do cumprimento de metas (Plano e indicadores pactuados) Análise da execução da programação (física e orçamentária/financeira); Recomendações e ajustes considerados necessários na Programação e no Plano de Saúde (p.e.revisão dos indicadores, reprogramação). AVALIAÇÃO DO PLANO Realizada no final da vigência do Plano de Saúde expresso em documento específico. Caberá à equipe de planejamento elaborar uma proposta (metodologia de trabalho, conteúdo etc.) a ser discutida com as áreas técnicas. Após a aprovação pelo gestor, é importante que a avaliação seja apresentada e discutida pelo respectivo Conselho de Saúde. CONCEPÇÃO Análise acerca do processo geral de desenvolvimento do Plano, assinalando os avanços obtidos, os obstáculos que dificultaram o trabalho, bem como as iniciativas ou medidas a serem desencadeadas. Do ponto de vista operacional, a avaliação do Plano de Saúde deve ser um documento que guarde estreita relação com os eixos do Plano de Saúde e com os objetivos e metas definidos em seu escopo. Deve ainda ser abrangente, de modo a facilitar o entendimento não só por parte dos gestores e técnicos envolvidos diretamente, como da sociedade, na medida em que envolve a participação efetiva da população e cujos fóruns privilegiados para tanto são os Conselhos de Saúde. CONTEÚDO Modificações na situação política, econômica, social e institucional; Impacto das ações desenvolvidas sobre as condições de saúde da população; Alterações no acesso a serviços e ações de saúde de acordo com variáveis demográficas e socioeconômicas; Adequação dos mecanismos e instrumentos de gestão; Execução físico-financeira do orçamento e de ações; Demonstração do quantitativo de recursos financeiros próprios aplicados no setor saúde, bem como das transferências recebidas de outras instâncias do SUS. Documento de avaliação do Plano (formato mínimo) Síntese do processo de construção do Plano; Avaliação do cumprimento das metas, da observância das diretrizes e do alcance dos objetivos, segundo cada um dos eixos específicos do Plano de Saúde; Avaliação do impacto da implementação do Plano, a partir dos resultados verificados no item anterior, sobre a situação de saúde descrita no momento de análise situacional; Apresentação de recomendações considerando a avaliação realizada, relativas à construção do novo plano, da reprogramação e das intervenções necessárias. PLANEJA SUS: CAMINHOS Um projeto coletivo em construção Investir no princípio de co-responsabilidade nas relações entre as três esferas de gestão, Construir uma rede solidária de intercâmbios (serviços, universidades etc.) experiências em planejamento e compartilhamento de recursos: tecnológicos, de infraestrutura etc., Investir na produção e inovação tecnológica no campo do planejamento em saúde de modo a responder as necessidades do SUS nesta área. Investir na educação permanente em planejamento em saúde nas três esferas de governo. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS MS. PlanejaSUS. Organização e funcionamento. Caderno 1, Brasília, 2006. MS. PlanejaSUS. Organização e funcionamento. Caderno 2, Brasília, 2006.