Núcleo de Pós-Graduação Pitágoras
Escola Satélite
Curso de Especialização
em Engenharia de Segurança do
Trabalho
Psicologia na Segurança
do Trabalho
Comunicação e Treinamento
Profª Diana Ferreira
Junho/2012
Apresentação
Diana Ferreira
Psicóloga e Administradora
Especialista em Psicologia Organizacional e do
Trabalho
Consultora nas áreas de : Segurança e Saúde
Ocupacional, Gerenciamento de Estresse e
Qualidade de vida no Trabalho.
 Mudanças do mundo do trabalho
 Noções de Psicologia.
 Características de personalidade
 Aspectos psicológicos do trabalho e
do acidente.
MUDANÇAS DO MUNDO DO TRABALHO
PSICOLOGIA DO TRABALHO
O mundo do trabalho vem se modificando,
tornando-se mais complexo, criando situações
de extrema instabilidade e insegurança,
consequentemente,
acidentes.
de
adoecimentos
e
AS MUDANÇAS EXIGIDAS NO NOVO CENÁRIO DO
MUNDO DO TRABALHO, PROVOCAM:
 Sobrecarga de trabalho;
 Incidência de índices elevados de estresse e
fadiga ocupacional;
 Competitividade destrutiva;
 Sofrimento psíquico;
 Baixa-estima afetando a qualidade de vida;
 Adoecimentos e acidentes.
“Por um lado, tem-se o sujeito-trabalhador
mobilizado pelas novas políticas de gestão e
pelas novas tecnologias do mundo do
trabalho revelando seus conflitos, suas
resistências, seus mecanismos de defesa...
... Por outro lado, as organizações com
suas demandas, exigências múltiplas
para inserir-se no mercado de trabalho”
Vieira, 2007
O trabalho vem se tornando cada vez
mais central na vida das pessoas, esta
centralidade
traz
consequências
paradoxais à integridade física, psíquica e
social dos trabalhadores.
“ Mais do que nunca surge a necessidade da
Humanização
das
organizações,
buscando
transformar o trabalho humano numa forma de
construção do sujeito e não numa forma de
alienação do trabalhador.”
Vieira, 2007
O trabalho enquanto atividade mediadora, é
gerador de significações psíquicas, que têm um
papel fundamental no processo psicológico de
construção da identidade e na garantia do
equilíbrio psíquico dos trabalhadores.
O papel da Psicologia na Segurança do
Trabalho, visa fortalecer intervenções que
possibilitem a discussão da relação homem/
trabalho na perspectiva da promoção da saúde,
segurança e qualidade de vida no trabalho.
Busca auxiliar os trabalhadores a resgatarem:
potencialidades e habilidades para tratar com
tensões
físicas,
psicológicas
ou
sociais;
tornando-os mais aptos à adotarem uma atitude
positiva diante do trabalho e da vida.
PSICODINÂMICA DO TRABALHO
Objetiva estudar a influência da organização do
trabalho e das relações sócio-profissionais, no
funcionamento
psíquico
do
trabalhador,
principalmente as vivências de prazer e de sofrimento,
que podem ser elemento tanto de estabilização como
de fragilização e desestabilização da identidade e da
personalidade.
A intensidade com a qual a vivência do
sofrimento
permanece
no
contexto
organizacional, pode ser constatada pelo
elevado índice de acidentes de trabalho
ocasionados
humano.
pelo
comportamento
Face as solicitações de eficiência e de ações de
melhoria contínua nos processos, há um aumento do
desgaste físico e psicológico, consequentemente,
elevação de índices de absenteísmo, fadiga e
estresse
ocupacional,
conflitos
interpessoais,
emocionais e mentais, queda de produtividade e
qualidade, apontados como agentes de ocorrências
de acidentes de trabalho.
“Estatísticas
norte
confirmam
que
-
americanas
insalubridade,
e
européias
periculosidade,
penosidade, excesso de trabalho, mau relacionamento
interpessoal com colegas ou entre trabalhador-chefia,
baixa remuneração e monotonia são os principais
elementos do trabalho associáveis a absenteísmo,
acidentes e transtornos neuróticos”
Sampaio/ Messias, in:.Codo(2002)
“Ocupando lugar de destaque como causa dos acidentes
de
trabalho
compreendendo:
encontra-se
o
fator
humano,
vivências de prazer e sofrimento
interferindo no comportamento de risco, características
psicossociais do trabalhador, atitudes negativas para com
as atividades prevencionistas, aspectos da personalidade,
falta de atenção, entre outras.”
Di Lascio(2001)
“Nas Organizações, há uma mobilização
integral da pessoa, que é exigida para que ela
se encarregue de conciliar o inconciliável:
regularidade, velocidade, qualidade,
segurança.”
[CLOT, 2006]
A intensidade dessa mobilização e as restrições
impostas pela organização do trabalho, geram
vivências de sofrimento que permanecem no
contexto organizacional, e são constatadas
pelo elevado índice de acidentes de trabalho
ocasionados pelo comportamento humano.
“A saúde de uma organização pode ser definida
não somente pelo seu desempenho econômico
e financeiro, mas, sobretudo, por sua constante
capacidade de manutenção e monitoramento
da segurança no ambiente, de forma a abranger
todas as pessoas expostas às atividades do local
de trabalho” (OSHAS 18.001)
De acordo com as Diretrizes da OSHAS 18001,
a identificação de riscos deve levar em conta
tanto o ambiente e as condições de trabalho,
como o comportamento humano.
Ocupacional Health and Safety Assessment Series
(OSHAS 18001)
É nesse contexto, que o Psicólogo do Trabalho
atua e desenvolve intervenções diferenciadas,
propiciando a interface com as demais ciências
do
trabalho,
interagindo
em
equipes
multidisciplinares, visando a construção de
ambientes de trabalho e comportamentos mais
seguros e saudáveis.
PSICOLOGIA NA SEGURANÇA DO
TRABALHO
A Psicologia na Segurança no Trabalho, é
definida por Meliá (1998) como: “aquela parte
da psicologia que se ocupa do componente de
segurança da conduta humana. Pode ser vista,
inicialmente
impossibilidade
como
de
plenamente seguros”
o
se
resultado
criar
da
ambientes
Características de Personalidade e sua
relação com o trabalho e os acidentes
“ A personalidade, pode ser compreendida
como um padrão
de traços relativamente
permanentes e de características singulares,
que confere, ao mesmo tempo consistência e
individualidade ao comportamento de uma
pessoa.
Feist (2008)
“ As características de personalidade dão as
qualidades singulares de um indivíduo, e
incluem
atributos
como
temperamento,
psique (afetos, emoções), inteligência.”
Feist (2008)
Alguns estudiosos da Personalidade
Sigmund Freud
A
motivação
decorre
de
impulsos
inconscientes sexuais e de agressividade, a
maior parte dos quais se origina durante a
infância.
Freud dividia a mente em três níveis
(consciência, pré-consciência e inconsciência)
e três instâncias (id, ego, superego).
Alfred Adler
A motivação é unificada na direção de metas não
saudáveis (superioridade pessoal) ou meta saudáveis
(sucesso para todos).
O empenho por metas saudáveis está associado ao
interesse social ou a um sentimento de unificação com
a humanidade.
O poder criativo e as percepções individuais e não a
hereditariedade e o ambiente são responsáveis pelo
estilo de vida de um individuo.
Karen Horney
São as influências sociais e culturais e não as
biológicas que moldam a personalidade.
Quando as necessidades de afeição não são
satisfeitas durante a infância as pessoas sofrem
uma ansiedade básica, que as impede de agir
espontaneamente em relação aos outros ou em
uma direção favorável, contrária ou esquiva.
Abraham Maslow
A motivação é unificada, continuamente
complexa e com freqüência inconsciente.
As pessoas em diferentes culturas seguem a
mesma hierarquia de necessidades (fisiológicas,
de segurança, de amor, de pertencimento, de
estima e de auto realização.
B. F. Skinner
O comportamento humano é moldado pela
seleção natural, pelas práticas culturais e pelo
condicionamento operante do indivíduo.
Gordon Alport
Um sistema aberto oferece espaço para o
crescimento e a troca, enquanto enfatiza a
noção de que as pessoas são motivadas para
reduzir e para buscar novas tensões.
As
disposições
pessoais
são
traços
individualizados exclusivos, os quais motivam e
orientam comportamentos.
A diversidade de características de Personalidade
existentes, interferem e motivam a conduta, explicam as
diferenças do comportamento humano, e devem ser
consideradas em processos de defesa e valorização da
vida no contexto onde estiver inserida, seja no trabalho,
na família ou na sociedade.
ASPECTOS PSICOLÓGICOS DO
ACIDENTE E DO TRABALHO
“Os índices de acidentes de trabalho no Brasil ainda
são bastante preocupantes, deixando vítimas,
provocando sequelas graves aos trabalhadores,
perdas materiais para as organizações, encargos
sociais à Nação e sofrimento às famílias das vítimas”
Dela Coleta (1991)
ASPECTOS PSICOLÓGICOS DO ACIDENTE
O instinto de segurança faz parte da natureza
Humana, o que instiga o questionamento sobre o que
leva o trabalhador a quebrar uma norma ou
desrespeitar um procedimento operacional, até
mesmo de segurança e se acidentar?
ASPECTOS PSICOLÓGICOS DO ACIDENTE
 Excesso de confiança do trabalhador mais experiente;
 Incapacidade do trabalhador em identificar os perigos;
Tendência à “burlar” regras e procedimentos;
 Deficiências das organizações em investir na preservação
da integridade global dos indivíduos que as compõem.
José Augusto Dela Coleta, reuniu diversos
estudos
que
comportamentos
buscaram
e
indivíduos acidentados.
tipificar
características
dos
Adler: 130 operários frequentemente acidentados e
um grupo de controle = sete grupos característicos.







Atitude de revolta contra pais e educadores;
Medo do sucesso e desejo do fracasso;
Existência de processos mentais inconsciente
Sentimento de falta de sorte
Necessidade de ser cercado de cuidados
Alto nível de ambição
Medo à base de ansiedade.
Jenkins aponta sete síndromes que associadas à
acidentabilidade






Distração
Falta de discernimento
Sentimento de independência social
Falta de sensibilidade pelos outros
Atitude pouco racional frente ao dano sofrido
Confiança em si exagerada
 Atitude social agressiva e pouco integrada
Fundação Getúlio Vargas
Um
grupo
comparados
de
à
58
multiacidentados,
população
normal,
quando
apresentava
conflitos e tensões interiores, motivos e pulsões
inconscientes
insegurança,
não
controlados,
desajustamento,
ansiedade,
dificuldades
relacionamento com o meio, contato sociais difíceis.
de
Fundação Getúlio Vargas
Os trabalhadores multiacidentados, apresentavam
ainda:
instabilidade, imaturidade emocional, impulsividade,
emotividade, hetero-agressividade em suas condutas
atuais e tendências auto-agressivas em seus motivos
inconscientes e inteligência prática deficiente.
Estudos de Moraes & Pilatti discutem a relação
das vivências de prazer e sofrimento e os
acidentes no trabalho
Prazer definido a partir de dois fatores
 valorização – sentimento de que o trabalho tem sentido
em si mesmo e é significativo para a Organização e
sociedade.
 reconhecimento do trabalho – sentimento de ser aceito,
admirado no trabalho e ter liberdade de se expressar.
Mendes(1999)
Sofrimento considerado como:
 Uma vivência subjetiva, responsável pelo comprometimento do funcionamento psíquico do trabalhador,
quando do confronto permanente de interesses opostos
e contraditórios, conscientes e inconscientes.
Dejours(1987)
O fundamental é a introdução do autocontrole
como possível estratégia de enfrentamento do
sofrimento, como possível forma de diminuição
dos acidentes no trabalho ocasionados pelo
fator humano.
“O autocontrole é o código social de conduta, ou
padrão
de
comportamento,
gravado
tão
fortemente no indivíduo que se torna um
elemento constituinte do próprio, agindo até
quando o indivíduo se encontra sozinho”
Norbert Elias ( 1994)
ASPECTOS PSICOLÓGICOS
DO TRABALHO
ASPECTOS PSICOLÓGICOS DO TRABALHO
“Os comportamentos, as atitudes e as reações dos
indivíduos em ambiente de trabalho não podem ser
interpretados de maneira válida e completa sem se
considerar a situação total a que eles estão expostos e a
própria organização como um todo.”
Coleta (1991)
ASPECTOS PSICOLÓGICOS DO TRABALHO
• Responsabilidade da empresa pela segurança e
preocupação da alta administração pelo bem- estar.
• Relação entre clima de segurança e comportamento risco
• Indiferença dos trabalhadores em relação aos perigos no
local de trabalho.
ASPECTOS PSICOLÓGICOS DO TRABALHO
• Nível de utilização de canais de comunicação da empresa
• Mudanças em processos de gestão que afetam
diretamente o estilo de liderança exercido.
Adentrar o mundo da segurança ocupacional,
com foco no comportamento humano, significa
harmonizar as relações entre as pessoas que
compõem o contexto de trabalho, tornando-o
saudável, seguro e com melhores meios para se
trabalhar com dignidade e qualidade de vida.
 Seleção de pessoal
 Resiliência
 Estresse ocupacional
 Estratégias prevencionistas
SELEÇÃO DE PESSOAL (II)
Segundo Chiavenato(1999) o que as organizações
precisam entender é que com a globalização dos
negócios, o forte impacto da mudança e o intenso
movimento pela qualidade e produtividade, surge uma
eloquente constatação nas organizações:
o grande diferencial e principal vantagem competitiva
das empresas decorre das pessoas que nela trabalham.
As pessoas diferem entre si na maneira de se comportar,
nos relacionamentos, na capacidade para aprender uma
tarefa e na maneira de executá-la após aprendizagem, na
história pessoal, na inteligência, nas aptidões etc.; se
fossem todas iguais não haveria justificativa para a
aplicação de processos seletivos.
A seleção de pessoal busca:
aqueles que são mais adequados aos cargos existentes
manter ou aumentar a eficiência e o desempenho.
Aumentar a eficácia da Organização.
É um processo complexo e deve ser conduzido por
profissionais habilitados.
A seleção de pessoal é também papel do gestor “mesmo
que ele não participe do processo seletivo, o gestor
deve
conhecer
qual
o
seu
papel
e
a
sua
responsabilidade neste processo, entendendo que a
parceria entre a área de seleção e a área requisitante é
fundamental para a eficácia do trabalho de seleção”
(BISPO, 2003)
“A essência da gestão, da liderança não é
alcançar coisas ou propor visões. É oferecer o
entusiasmo a si e a alguém.”
Lee Bolman e Terrance Deal
ETAPAS DO PROCESSO SELETIVO
 Descrição do cargo
 Requisição de Pessoal
 Recrutamento
 Triagem de Currículos
 Entrevistas, testes diversos
 Entrevista final com o requisitante
 Processo de admissão
O PROCESSO DE SELEÇÃO DE PESSOAL
 Aplicação de provas de conhecimento ou capacidade;
 Aplicação de Testes Psicométricos;
 Aplicação de Testes de Personalidade;
 Entrevista de Seleção;
 Dinâmicas de Seleção;
 Emissão de Laudo Psicológico
Resiliência
RESILIÊNCIA
Termo da física, usado como metáfora nas ciências
humanas.
Representa a capacidade de um ser humano sobreviver a
um trauma, as adversidades pela visão positiva de
reconstruir sua integridade e a vida
Física / Metalurgia - Resiliência
CARACTERÍSTICAS DE UM TRABALHADOR “RESILIENTE”
 Dimensão física/ biológica - Físicas herdadas ou
adquiridas;
 Dimensão psicólogica - Processos afetivos, emocionais
e de raciocínio;
 Dimensão social - Valores, as crenças, o papel na
família, no trabalho, em grupos e comunidades, a
influência do ambiente físico.
Limonge/Rodrigues(2002)
Estresse
Ocupacional
Conceito de Estresse
Conjunto de reações, que ocorrem em um
organismo quando está submetido a um
esforço de adaptação.
HANS SELYE (1936)
Estresse Psicológico
É definido como uma relação particular entre a
pessoa e o ambiente, que é avaliado pela
pessoa como sobrecarregando ou excedendo
seus recursos e ameaçando o seu bem-estar
Lazarus & Folkman (1984) apud Ferreira Júnior (2002)
Estresse Ocupacional
É uma resposta física e emocional nociva que ocorre
quando as exigências do trabalho superam as
habilidades, os recursos e as necessidades do
trabalhador.
Instituto de Saúde e Segurança Ocupacional dos EUA
FATORES LIGADOS COM O ESTRESSE OCUPACIONAL
Trabalho:
(ambiente, condições, relações interpessoais, estilo de
gestão; QVT)
Indivíduo:
(Características de personalidade, expectativas,
satisfação, desempenho)
Extra-trabalho:
(Problemas pessoais e familiares)
Fontes de Estresse nas empresas
 Papeis organizacionais(conflito, ambiguidade,
responsabilidade do papel)
 Relações interpessoais no trabalho(falta de apoio)
 Interface Trabalho-Família (falta de tempo,
contaminação do comportamento em família)
 Desenvolvimento de Carreira(falta de segurança no
emprego, pouca estabilidade etc.)
Tamayo(org.),2008
Estímulos Estressantes








Velocidade das transformações sociais
Cultura
Política
Emprego
Desemprego
Frio, calor, insalubridade, perigo
Angústia, medo, alegria
Etc.
Alguns Sintomas do Estresse








Sinais de cansaço
Sudorese intensa
Irritação
Angústia
Impaciência
Esgotamento
Bruxismo
Dor de cabeça intensa
Doenças mais Frequentes








Gastritres
Úlceras digestivas
Crises de hemorróidas
Alteração da pressão arterial
Artrites reumáticas e reumatóides
Doenças renais
Dificuldades emocionais
Perturbações sexuais e Alergia
Consequências do estresse nas empresas






Custo de Assistência Médica
Rotatividade de Pessoal
Absenteísmo
Agressividade no ambiente de trabalho
Baixa Produtividade
Má qualidade dos produtos e serviços
Tipos de Estresse
 Eustress:
Tensão com equilíbrio entre esforço, tempo, realização
e resultados – positivo.
 Distress:
Tensão com rompimento do equilíbrio biopsicossocial
por excesso ou falta de esforço, incompatível com
tempo, resultados e realização – negativo.
Metodologia de Harmonização no
Trabalho
“Copyng
consiste
nos
esforços
cognitivos
e
comportamentais dirigidos para gerenciar demandas
interna e externas que são percebidas como sobrepostas
ou excessivas frente aos recursos da pessoa. Esforços
constantemente mudados em função de uma contínua
avaliação e reavaliação das relações que a pessoa
estabelece com seu ambiente”.
Tamayo(2008)
Síndrome Geral de Adaptação(SGA)
“Um conjunto de respostas inespecíficas que
surgem no organismo diante de qualquer situação
que exija da pessoa esforço para adaptação,
inclusive
psicossociais.”
Hans Seyle
Síndrome Geral de Adaptação(SGA)
Forma de adaptar-se às novas circunstâncias ao qual está
sendo submetido o organismo. Ocorre em três fases:
Reação de alarme
Fase de Resistência
Fase de Exaustão
1ª Fase - Reação de Alarme
 Submissão a estímulos ameaçadores ao equilíbrio
orgânico: medo, fome, dor, raiva, luta ou fuga
(emergência)
 Aumento da freqüência cardíaca
 Aumento da pressão arterial
 Dilatação da pupila
 Ansiedade
 Aumento da freqüência respiratória
2ª Fase - Reação de Resistência






O agente estressor mantêm sua ação;
Ulcerações no aparelho digestivo;
Irritabilidade;
Insônia;
Mudanças no humor;
Diminuição do desejo sexual.
3ª Fase - Exaustão
 Representa muitas vezes a falha dos mecanismos de
adaptação;
 Retorno parcial e breve à Reação de Alarme;
 Esgotamento por sobrecarga fisiológica;
 Burnout- exaustão emocional, desapego ao trabalho,
despersonalização;
 Morte do organismo.
Gerenciamento do Estresse ocupacional
É o esforço cognitivo e comportamental do indivíduo
na tentativa de gerenciar tanto o ambiente como as
demandas internas e os conflitos que possam estar
afetando-o.
Benefícios do gerenciamento do stress
ocupacional
 Humanização das relações e condições de trabalho;
 Redução do número de doenças e afastamentos do
trabalho;
 Otimização dos recursos da empresa;
 Melhor desempenho e maior motivação;
 Melhoria da Qualidade de Vida no Trabalho
na família e na comunidade.
ESTRATÉGIAS PREVENCIONISTAS
ESTRATÉGIAS PREVENCIONISTAS
 Interdisciplinaridade;
 Respeito à integridade biopsicossocial do trabalhador;
 Promover educação contínua e prevencionista.
 Utilização de estímulos positivos e motivacionais.
ESTRATÉGIAS PREVENCIONISTAS
 Participação dos trabalhadores como co-autores
do plano de intervenção prevencionista;
 Capacitar o trabalhador a ser agente direto de
prevenção;
 Desenvolvimento de atividades coletiva, com
foco em cooperação grupal.
AÇÕES DE PREVENÇÃO
 Manter uma visão integral do ser humano;
 Fornecer as trabalhador uma descrição clara
de seu trabalho,papéis e responsabilidades
 Favorecer oportunidades de interação social
 Uso de estímulos positivos para estimular a
participação grupal em eventos de segurança;
AÇÕES DE PREVENÇÃO
 Formar multiplicadores de ações promotoras
de saúde, segurança e qualidade de vida;
 Desenvolver processos de educação contínua
e preventiva, individual e coletiva.
 Conscientizar, sobre a importância do
cumprimento das Normas de Segurança(NRs).
“O grande desafio para o ser humano é
combinar trabalho com cuidado.
Eles não se opõem, mas se compõem, limitamse mutuamente e, ao mesmo tempo, se
complementam.
Juntos
constituem
a
integralidade
experiência humana.”
Leonardo Boff,1999
da
MUITO OBRIGADO !
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aspectos psicológicos do trabalho