PSICOLOGIA DO DESENVOLVIMENTO O organismo como o conhecemos hoje: - Possibilidades e Limitações A psicologia estuda as características da aprendizagem humana: como se aprende, como esta aprendizagem varia evolutivamente e está condicionada por vários fatores, como se produzem as alterações na aprendizagem, como reconhecê-las, tratá-las e preveni-las. ... Estuda o desenvolvimento do ser humano em todos seus aspectos: físicomotor, intelectual, afetivo-emocional e social –desde o nascimento até a idade adulta, isto é, a idade em que todos estes aspectos atingem o seu mais completo grau de maturidade e estabilidade. As mudanças podem ser biológicas, psicológicas e até social, todas inerentes a nossa condição humana. Assim, o DH está delimitado ao estudo dos processos de mudanças, ou seja, a transição entre os fatores internos e externos que determinam, estimulam ou interferem nessas mudanças. Fatores internos – hereditariedade, biológicos. Fatores externos - meio ambiente. - Conceito de DH: é a caracterização da relação temporal que inclui passado, presente e futuro do ser humano em desenvolvimento. É um processo global, unificado e inter-relacionado. - Verificação do DH: o desenvolvimento pode ser observado através do comportamento humano, enquanto uma resposta, um produto do desenvolvimento. Sociedade Criança Família Escola Quais as condições para o desenvolvimento humano? Adaptação • Resposta de um organismo para determinada variação das condições externas. • Reorganização das capacidades individuais no nível: - orgânico - comportamental Maturação • Conjunto das transformações sucessivas verificadas em tecidos, órgãos ou sistemas, na direção de um estado maturo. • É o resultado da manifestação de características individuais, através de um processo fisiológico, e sob os efeitos do tempo. Crescimento • Modificação quantitativa das estruturas morfológicas. • É o conjunto das transformações relacionadas aumento de tamanho e formas do organismo. Desenvolvimento • É o conjunto dos processos de transformação dos organismos. Consiste numa relação entre a Maturação e a Aprendizagem, expressa numa motricidade mais elaborada e num melhor ajustamento do comportamento às características circunstanciais do envolvimento. Dimensões do Desenvolvimento Humano Identificam-se 4 grandes áreas ou dimensões: físico e motor; social; cognitivo; afetivo. Desenvolvimento físico e motor: inclui os fundamentos genéticos, o crescimento físico de todos os componentes do corpo, as mudanças no desenvolvimento motor, os sentidos e todos os sistemas orgânicos; Desenvolvimento cognitivo: inclui todas as mudanças nos processos intelectuais de pensamento, aprendizagem, memória, julgamento, solução de problemas e comunicação; Desenvolvimento afetivo ou emocional: inclui todas as mudanças no desenvolvimento do apego, confiança, amor, afeição, formação do autoconceito, da imagem corporal, da autoestima, estresse; Desenvolvimento social: inclui todas as mudanças na socialização, na moralidade, nas relações com interpessoais, papéis sociais e trabalho. Teorias sobre o Desenvolvimento Humano Fala-se em duas dimensões para compreender e relacionar as diversas teorias sobre o desenvolvimento. • A primeira dimensão se refere a teorias que propõem estágios de desenvolvimento – sequências. • A segunda se refere à distinção entre mudanças qualitativas e quantitativas. De um lado as teorias que propõem a mudança que ocorre com o aumento de idade não sendo apenas qualitativa, mas tendo uma meta e envolvendo mudança estrutural. Do outro lado, as teorias que entendem as mudanças que ocorrem com a idade como quantitativas, sem possuir uma meta nem mudança estrutural. Um grupo enfatiza uma mera mudança, ao passo que outro, um desenvolvimento, uma reestruturação sistemática das habilidades ou características dos indivíduos, à medida que a idade aumenta. TEORIAS BIOLÓGICAS Os padrões de desenvolvimento e as tendências de comportamento são parciais ou inteiramente programados pelos genes e por alterações fisiológicas; A programação genética é mais importante que a influência ambiental, o que não quer dizer que ela não exista; Trabalham bastante com a idéia de estágios de desenvolvimento, organizados e seqüenciados biologicamente; Teoria de maior alcance: Gessel. TEORIAS COMPORTAMENTAIS OU DA APRENDIZAGEM Enfatizam o papel dominante do ambiente sobre o desenvolvimento; O comportamento é determinado através do condicionamento exercido socialmente; A aprendizagem também está envolvida numa ampla gama de comportamentos, através da modelagem uma pessoa pode adquirir atitudes, valores, maneiras de resolver problemas, etc; Trabalham mais com seqüências de desenvolvimento; Teorias de maior alcance: Bandura, Pavlov, Skinner; TEORIAS PSICANALÍTICAS Enfatizam o comportamento humano a partir de seus processos da personalidade; O comportamento é governado por processos inconscientes e conscientes; O desenvolvimento é governado por estágios e cada estágio centrado numa determinada forma de tensão ou tarefa específica a ser superada, para que a pessoa passe para o estágio seguinte; A pessoa se movimenta através dos estágios, resolvendo cada tarefa, reduzindo cada tensão tão bem quanto possível, numa seqüência ideal; O grau de sucesso de uma pessoa em satisfazer as exigências dos vários estágios depende das interações com outras pessoas; Teorias de maior alcance: Freud, Erikson, Jung. TEORIAS COGNITIVISTAS Enfatizam o desenvolvimento da cognição; O desenvolvimento depende, primordialmente, das explorações aos objetos do meio (pessoas e materiais); O comportamento depende tanto dos fatores internos quanto externos; O ser humano é participante ativo em seu processo de desenvolvimento, daí serem chamadas também de construtivistas, pois cada um constrói o seu desenvolvimento; Teorias de maior alcance: Piaget, Vygotsky, Wallon. Concepções sobre a relação desenvolvimento aprendizagem: INATISMO AMBIENTALISMO INTERACIONISMO O que é aprendizagem? Aprendizagem É um tipo particular de adaptação, consistindo numa alteração durável da resposta como conseqüência da prática. A aprendizagem requer condições básicas do organismo para que possa ocorrer. A aprendizagem é uma aquisição de competências devida à prática, mesmo que não se exprima numa melhor performance. Aprendizagem ? Quais critérios para avaliar se houve ou não aprendizagem? Como otimizar o processo de aprendizagem? Aprendizagem: Alterações na forma, padrões de comportamento. DIMENSÕES NO PROCESSO DE APRENDIZAGEM a) EMOCIONAL- está ligada ao desenvolvimento afetivo e sua relação com a construção do conhecimento e a expressão deste através de uma produção gráfica ou escrita. A psicanálise é a área que embasa esta dimensão, trata dos aspectos inconscientes envolvidos no ato de aprender, permitindonos levar em conta a face desejante do sujeito. O não aprender pode expressar uma dificuldade na relação da criança com seu grupo de amigos ou com a sua família, sendo o sintoma de algo que não vai bem nesta dinâmica. B) cognitiva - está relacionada ao desenvolvimento das estruturas cognitivas. No domínio desta dimensão, estão: a memória, a atenção, a percepção e outros fatores que usualmente são classificados como fatores intelectuais. A Epistemologia e a Psicologia Genética são as áreas de pano de fundo para este aspecto. Encarregase de analisar e descrever o processo construtivo do conhecimento pelo sujeito em interação com os outros objetos. C) orgânica --está relacionada à constituição biofisiológica do sujeito que aprende. A medicina e, em especial, algumas áreas específicas contribuem para o embasamento deste aspecto. Sujeitos com alteração nos órgãos sensoriais terão o processo de aprendizagem diferente de outros, pois precisam desenvolver outros recursos para captar material para processar as informações. A Lingüística é a área que atravessa todas as dimensões. Apresenta a língua enquanto código disponível a todos os membros de uma sociedade e a fala como fenômeno subjetivo, evolutivo e historiado de acesso à estrutura simbólica. Nenhuma dessas áreas surgiu para responder especificamente a questões da aprendizagem humana. No entanto, fornecem meios para refletirmos cientificamente e operarmos no campo psicopedagógico. D) SOCIAL E PEDAGÓGICO está relacionada à perspectiva da sociedade, onde estão inseridas a família, o grupo social e a instituição de ensino. Encarrega-se da constituição dos sujeitos, que responde às relações familiares, grupais e institucionais, em condições socioculturais e econômicas específicas e que contextualizam toda a aprendizagem Para quem estamos ensinando? PERFIL DO JOVEM ATUAL (Geração Digital) • Não tem paciência para estudar/trabalhar; • Dificuldade para aprendizagem linear; • Hiperatividade: executa múltiplas tarefas simultaneamente; • Possui uma mente seletiva para um excesso de informações; • Utiliza várias mídias com grande desenvoltura: TV; Celular; Computador; Internet; Orkut; MSN; Facebook; Google talk;Twiter, etc; • Usa controle remoto como uma metralhadora; • Não sabe obedecer ordens; • Possui a “síndrome do motorista de táxi”: SABE TUDO!! • Dificuldade em comunicação oral, escrita e conhecimentos gerais. • • • • “Atualmente temos que preparar os estudantes: para empregos que ainda não existem... para usar tecnologias que ainda não foram inventadas... para solucionar problemas que ainda nem sabemos que são problemas...” Richard Riley, 2001 - (Secretário de Educação – Governo Clinton) • Luiz Carlos de Campos LCC - ENCEP – NATAL - RN - 16/05/2012 Qual a relação da aprendizagem e do desenvolvimento ? TEORIAS COGNITIVISTAS • A criança: • se desenvolve interagindo com o meio social. • Constrói sua identidade e personalidade na relação com o outro. • Aprende por meio da interação com os objetos de conhecimento. • Produz cultura e conhecimento a partir de sua realidade. • Compreende e ressignifica a realidade vivida por meio das brincadeiras. Abordagem Histórico-cultural Aprendizagem – apropriação das práticas da cultura em INTERAÇÕES sujeito-meio social Apropriação: internalização – reconstrução interna (individual) Social: intervenção de outro mais experiente (cultura) Simbólica: pelo signo – linguagem significação Motor: necessidade-motivo individual – significação sócio-cultural Lev S. Vygotsky Abordagem Histórico-cultural Rússia Base: conhecimentos/funções existentes e em formação (maturação + aprendizagem) e condições objetivas de interação Aprendizagem – Desenvolvimento Desenvolvimento real Desenvolvimento potencial Zona de Desenvolvimento Proximal (ZDP) Aprendizagem e desenvolvimento • aprendizagem essencial ao ser social • desenvolvimento: maturação biológica (depende do sistema nervoso); e aprendizagem (necessária para o desenvolvimento das funções psicológicas superiores – consciência, intenção, planejamento, ações voluntárias). • aprendizagem produz desenvolvimento de um esquema intelectual. Vigotsky apresenta o pressuposto básico de que a origem das formas superiores de comportamento consciente – pensamento, memória, atenção voluntária, etc.devem ser achadas nas relações sociais que o homem mantém; Através da mediação dos adultos os processos psicológicos mais complexos tomam forma. Inicialmente, são interpsíquicos. A medida que a criança cresce acabam por ser executados dentro dela, - intrapsíquicos. Abordagem Afetiva Valoriza o corpo e as emoções da criança, fundamentando suas idéias em quatro elementos: - Afetividade - Movimento - Inteligência e - Formação do eu como pessoa Afirma que é por meio das emoções que o ser interioriza seus desejos e vontades, formando um universo perceptível que deve ser estimulado pelas escolas e seus métodos de ensino. Wallon: Trata o ambiente escolar como ideal para compreendermos como pode se formar a personalidade da criança, também busca entender como a emoção influi no cotidiano do ser humano. Estágios de desenvolvimento: Piaget Wallon 1. Estágio Sensório-motor: 0 a 2 anos 1. Impulsivo-emocional: 0 a 1anos 2. Estágio Pré-operatório: 2 a 6 anos 2. Sensório-motor e projetivo: 1 a 3 anos 3. Estágio das Operações Concretas: 7 a 11 anos 3. Personalismo: 3 a 6 anos 5. Estágio das Operações Formais: 12 anos em diante 4. Categorial: 6 a 11 anos 5. Estágio da puberdade e adolescência: 11 anos em diante Abordagem Psicanalista Freud Fase Oral Nessa fase, que compreende a faixa etária de 0 aos 18 meses, aproximadamente, a energia sexual se manifesta pela boca, ou seja, é através da boca que o bebê descobre o mundo e tem seus primeiros contatos afetivos. A alimentação o contato com o seio da mãe, o sugar, o chorar – as principais manifestações se dão via oral. Fase Anal É a fase seguinte, compreendendo de 1 a 3 anos, marcada pelo controle dos esfíncteres, sendo que a maior zona de satisfação é a região do ânus. Esse estágio, de modo geral, representa o início da autonomia da criança. Ela descobre que pode controlar os esfíncteres, e experimenta sensações de independência, controle, escolha e, principalmente, poder. As primeiras noções de higiene começam a ser desenvolvidas. Fase Fálica É a etapa que acontece dos 3 aos 6 anos. A atenção da criança é voltada para os órgãos genitais. É nesta fase que os pequenos começam a descobrir as diferenças entre os sexos. O menino descobre o pênis e suas funções e quer saber porque a menina não tem. A menina pensa que o pênis lhe foi cortado. Assim, as curiosidades sexuais surgem. A partir dos 4 anos, aproximadamente, dúvidas sobre a reprodução começam a aparecer: “de onde vêm os bebês”, “como eu nasci”, e assim por diante. Fase de Latência Período que ocorre a partir dos 7 anos até os 11, aproximadamente. A libido é transferida dos órgãos genitais para o que chamamos de atividades socialmente aceitas. Desse modo, a criança passa a gastar energias em atividades artísticas, escolares, sociais, esportes e seus interesses se deslocam para a aquisição de novos conhecimentos e habilidades. Os vínculos de amizade mostram-se mais fortes e a formação de grupos de identificação contribuem para a experimentação da identidade pessoal, sexual e social. A convivência em grupo favorece o desenvolvimento da opinião, dos gostos, das regras sociais e da construção da personalidade, além de contribuir para a solidificação de sentimentos de auto-estima e segurança. Fase Genital Tem início juntamente com a puberdade e é marcada pela retomada dos impulsos sexuais. É caracterizada também pelas mudanças físicas, psicológicas e novas descobertas. O adolescente perde a identidade infantil e começa a construir e desenvolver, pouco a pouco, a identidade adulta. Abordagem psicológica de Jean Piaget Conhecimento resultante de interações entre o sujeito e o objeto Construções progressivas – reconstrução interna Processo não direto – mediado: ações mentais do aprendiz com o objeto Estruturas mentais Jean Piaget (Suíça 1896-1980) Conhecimento e equilibração Desequilibração Assimilação Acomodação Adaptação Base: conhecimentos prévios Motor: interesse e necessidades – conflitos cognitivos A essência do trabalho de Piaget ensina que ao observarmos cuidadosamente a maneira com que o conhecimento se desenvolve nas crianças, podemos entender melhor a natureza do conhecimento humano. Desequilíbrio Assimilação Acomodação (esquema antigo) Equilíbrio (novo esquema) Adaptação • Processos da adaptação: assimilação e acomodação. • Assimilação – consiste no processo mental pelo qual os dados das experiências se incorporam aos esquemas de ação e aos esquemas operatórios existentes, num movimento de integração do meio no organismo. Para Piaget, o desenvolvimento cognitivo do indivíduo está sempre passando por equilíbrios e desequilíbrios. Este processos são fundamentais para cada estágio de desenvolvimento ao longo da vida. A teoria de desenvolvimento de Jean Piaget • • • • Divide os períodos de acordo com o aparecimento de novas qualidades de pensamento, o que interfere no desenvolvimento global 1º sensório-motor - 0 a 2 anos 2º pré-operatório – 2 a 7 anos 3º operações concretas – 7 a 11-12 anos 4º operações abstratas – 11-12 anos em diante Sensório-Motor (0 a 2 anos) • nascimento até 18/24 meses. Presença da inteligência, mas não do pensamento. • Inteligência – solução de um problema novo (coordenação de um meio para atingir um fim), • Pensamento – inteligência interiorizada, apoiada sobre o simbolismo. • Exemplos: O bebê pega o que está em sua mão; "mama" o que é posto em sua boca; "vê" o que está diante de si. Aprimorando esses esquemas, é capaz de ver um objeto, pegá-lo e levá-lo a boca. Pré-operacionacional (2 a 7 anos) • • • • Se dá o desenvolvimento e a expansão da linguagem Egocentrismo – incapacidade de aceitar idéias do outro Fracasso em conservar quantidade e outras coisas Distingue imagem palavra ou símbolo Exemplos: Mostram-se para a criança, duas bolinhas de massa iguais e dá-se a uma delas a forma de salsicha. A criança nega que a quantidade de massa continue igual, pois as formas são diferentes. Não relaciona as situações. Operações concretas (7 a 11 anos) • As ações cognitivas, o pensamento lógico está relacionado aos objetos concretos • Seu pensamento ainda é limitado. Não consegue pensar abstratamente sobre as possibilidades futuras. Exemplos: despeja-se a água de dois copos em outros, de formatos diferentes, para que a criança diga se as quantidades continuam iguais. A resposta é afirmativa uma vez que a criança já diferencia aspectos e é capaz de "refazer" a ação. Operações Formais (11 anos em diante) • Atinge o estágio mais avançado de operações cognitivas. • Consegue pensar logicamente sobre coisas abstratas • É capaz de operações mentais sob forma simbólica e são realizadas operações sobre idéias como coisas. • Comparações, contrastes, deduções e inferências a partir de conteúdo educacional, em e de coisas e eventos concretos. Exemplos: Se lhe pedem para analisar um provérbio como "de grão em grão, a galinha enche o papo", a criança trabalha com a lógica da idéia (metáfora) e não com a imagem de uma galinha comendo grãos. • Piaget não aponta respostas sobre o quê e como ensinar, mas permite compreender como a criança e o adolescente aprendem, fornecendo um referencial para a identificação das possibilidades e limitações de crianças e adolescentes. • Qual o papel da Psicopedagogo? • investigar o quê, como e porquê- aprender, e a dimensão da relação entre psicopedagogo e sujeito de forma a favorecer a aprendizagem. Rubinstein (1996) compara o diagnóstico psicopedagógico a um processo de investigação, onde o psicopedagogo assemelha-se um a detetive a procura de pistas, selecionando-as e centrando-se na investigação de todo processo de aprendizagem, levando-se em conta a totalidade dos fatores envolvidos neste processo. O diagnóstico psicopedagógico busca investigar, pesquisar para averiguar quais são os obstáculos que estão levando o sujeito à situação de não aprender, aprender com lentidão e/ou com dificuldade; esclarece uma queixa do próprio sujeito, da família ou da escola. (Weiss apud Scoz, 1991, p. 94). • Portanto, o problema de aprendizagem deve ser diagnosticado, prevenido e curado, a partir dos dois personagens (quem aprende e quem ensina) e no vínculo. (Fernández, 1991, p.99). Níveis da prevenção psicopedagógica na escola • 1º nível, diminuir a frequência dos problemas de aprendizagem. Questões didático-metodológicas, formação e na orientação de professores, e aconselhamento aos pais. • 2º nível, diminuir e tratar dos problemas de aprendizagem já instalados, procura-se avaliar os currículos com os professores para que não se repita tais transtornos. • 3º nível, eliminar os transtornos já instalados, em um procedimento clínico com todas as suas implicações. O caráter preventivo permanece aí, uma vez que, ao eliminarmos um transtorno, estamos prevenindo o aparecimento de outros. É necessário que o psicopedagogo tenha um olhar abrangente sobre as causas das dificuldades de aprendizagem, indo além dos problemas biológicos, rompendo assim com a visão simplista dos problemas de aprendizagem Caracterize as principais causas e as principais variáveis que intervêm nas dificuldades de aprendizagem? Referências: BASSEDAS, Eulália. Intervenção educativa e diagnóstico piscopedagógico. São Paulo: Artmed, 1996 FREITAS, Maria Teresa de Assunção. Vygotsky e Bakhtin. São Paulo: Ática-EDUFJF, 2003. GALVÃO, Izabel. Henri Wallon: uma concepção dialética do desenvolvimento infantil. Petrópolis, RJ: Vozes, 1995. LA TAILLE, Yves de; OLIVEIRA, Marta Kohl De; DANTAS, Heloysa. Piaget, Vygotsky, Wallon: teorias psicogenéticas em discussão. São Paulo: Summus, 1992. OLIVEIRA, Marta Kohl de. Vygotsky: aprendizado e desenvolvimento: um processo sócio-histórico. São Paulo: Scipione, 1993. 111p. (Pensamento e Ação no Magistério) PORTO, Olívia. Psicopedagogia institucional: teoria, prática e assessoramento psicopedagógico. Editora Wak,2006 RUBINSTEIN, E.. A Intervenção Psicopedagógica Clínica, in SCOZ at alii, Psicopedagogia: Contextualização, Formação e Atuação Profissional, Porto Alegre: Artes Médicas, l992. SOUZA, M. T. C.C. Intervenção psicopedagógica: como e o que planejar? In: SISTO, F.F. Atuação psicopedagógica e aprendizagem escolar . Vozes, 2000.