ANAIS DO VI FÓRUM IDENTIDADES E ALTERIDADES E II CONGRESSO NACIONAL EDUCAÇÃO E DIVERSIDADE ISSN 2176-7033 28 a 30 de novembro de 2013 UFS–Itabaiana/SE, Brasil. REFLEXÃO DAS AULAS EXPERIMENTAIS DE QUÍMICA NO ENSINO MÉDIO Aline de Oliveira Santos (UFS)1 INTRODUÇÃO Partindo-se do princípio da importância da Química como uma ciência central, que faz parte de todos os aspectos que nos cercam, desde a presença mais particular nas residências, até àquelas mais abrangentes como a composição do ar atmosférico que respiramos, identifica-se a Química como “um dos meios de interpretação e utilização do mundo físico” (BRASIL, 1999, p.31), contribuindo para a formação da cidadania e permitindo “o desenvolvimento de conhecimentos e valores que possam servir de instrumentos mediadores da interação com o mundo” (BRASIL, 1999, p.38). De acordo com as Diretrizes Curriculares Nacionais (DCNEM), o ensino de Química apresenta dentre outras metodologias compreender e avaliar criticamente os aspectos sociais, tecnológicos, ambientais, políticos e éticos relacionados às aplicações da Química na sociedade e a atividade de laboratório e o uso da experimentação em Química como recurso didático. A partir desse entendimento, enfatizamos a adesão de novas metodologias de ensino no currículo da disciplina, como forma de haver realmente uma melhoria na relação ensinoaprendizagem. De acordo com Justie Ruas (1997, p.27), “os alunos não estariam entendendo a química como um todo, mas como pedaços isolados de conhecimento utilizáveis em situações específicas. Eles estariam reproduzindo pedaços de conhecimento, mas não aprendendo química.” Paulo Freire (1998) contribui com nossas reflexões quando afirma que a partir da nossa prática pedagógica que nos corrigimos e nos aperfeiçoamos na busca de repensar nosso trabalho e fazê-lo cada vez melhor. Os conceitos e as novas propostas devem articular-se com a teoria, e os professores trabalhando dessa forma terá uma compreensão de sua função na sociedade contemporânea diante dos novos ideais de ensino. Ao se restringir o ensino a uma abordagem estritamente formal, acaba-se por não contemplar as várias possibilidades para tornar a Química mais “palpável” e perde-se a oportunidade de associá-la com avanços tecnológicos que afetam diretamente a sociedade (Chassot, 1993). 1 Mestranda em Ensino de Ciências e Matemática (NPGECIMA) pela Universidade Federal de Sergipe (UFS). Graduação em Química Licenciatura pela Universidade Federal de Sergipe. E-mail: [email protected]. 1 ANAIS DO VI FÓRUM IDENTIDADES E ALTERIDADES E II CONGRESSO NACIONAL EDUCAÇÃO E DIVERSIDADE ISSN 2176-7033 28 a 30 de novembro de 2013 UFS–Itabaiana/SE, Brasil. Através dessa proposta metodológica os alunos podem participar efetivamente na construção do conhecimento científico, observando, analisando, discutindo no coletivo uma determinada atividade experimental, conforme: No processo coletivo da construção do conhecimento em sala de aula, valores como respeito pela opinião dos colegas, pelo trabalho em grupo, responsabilidade, lealdade e tolerância têm que ser enfatizados, de forma a tornar o ensino de Química mais eficaz, assim como para contribuir para o desenvolvimento dos valores humanos que são objetivos concomitantes do processo educativo. (BRASIL, 2006, p.13) Então, de acordo com o documento curricular, a formação do aluno implica não apenas uma formação intelectual, como também o desenvolvimento da cidadania, formando seres humanos capazes de criticarem e agirem com discernimento sobre qualquer assunto numa determinada situação. Assim, a aprendizagem de Química não deve ser desenvolvida de forma isolada, centralizada ao ambiente escolar inserida no entendimento químico em si, mas inerente às transformações que ocorrem no mundo e suas consequências ambientais, políticas e econômicas que atingem toda a sociedade. De acordo com os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNEM) em relação às aulas laboratoriais, o aprendizado “deve reconhecer ou propor a investigação de um problema relacionado à Química, selecionando procedimentos experimentais pertinentes”. Esses documentos oficiais possuem programas que vão além das orientações e sugestões gerais, pois propõem temas geradores a serem entendidos e discutidos no conteúdo químico, como a “metalurgia, solos e sua fertilização, combustíveis e combustão, obtenção, conservação e uso dos alimentos, chuva ácida, tratamento de água” (BRASIL, 1999, p.34). Além de outros, cada vez mais intensos nos tempos atuais, como o aumento do buraco da camada de ozônio, efeito estufa, o lixo, e poluição (ar, solo e água), cada vez mais intensos nos tempos atuais. As atividades experimentais têm como objetivos gerar hipóteses e desenvolver o senso crítico a partir das observações que são feitas, a fim de desenvolver no educando um censo reflexivo, participativo e ativo que alcance um nível de entendimento além daquele construído nos espaços laboratoriais das escolas. Para Giordan (1999, p. 43), não é incomum ouvir de professores a afirmativa de que a experimentação aumenta a capacidade de aprendizado, pois funciona como meio de envolver o aluno nos temas da pauta. Por esse motivo, a existência de laboratórios deve envolver os principais integrantes da comunidade escolar e atingir todas as escolas, nas esferas particulares e públicas. Porém, quando a 2 ANAIS DO VI FÓRUM IDENTIDADES E ALTERIDADES E II CONGRESSO NACIONAL EDUCAÇÃO E DIVERSIDADE ISSN 2176-7033 28 a 30 de novembro de 2013 UFS–Itabaiana/SE, Brasil. instituição não possui esse espaço de produção científica, pode utilizar a própria sala de aula na execução do experimento. Uma vez que as atividades experimentais assumem um papel relevante no processo educativo, tanto à luz do conhecimento científico, quanto na preparação de indivíduos para atuarem em sociedade faz-se necessário que as escolas incluam e efetivem na grade curricular de Ciências essa proposta didática. Nesse sentido, segundo Chassot (1995), o desenvolvimento do processo ensinoaprendizagem de Química deve feito de modo que haja uma contribuição para uma alfabetização científica do cidadão a partir do entendimento dos acontecimentos que ocorrem no mundo; assim, alterando o foco da educação química de um ambiente fechado, restrito da sala de aula ou da escola, para àquele mais amplo e complexo extra escola. Assim, na busca de tornar essa ciência relevante de fato como deve ser, as aulas práticas exercem função ímpar, pois permite que o aluno construa o conhecimento observando-o no real tanto da atividade em si, quanto no contexto da ampliação sócio-cientifico-tecnológicos. Segundo Beltran & Ciscato (1991) as atividades experimentais constituem um ponto crítico prioritário na análise dos problemas e na proposta de alternativas para o ensino. Logo, esse trabalho tem como objetivo apresentar uma reflexão teórica sobre as possibilidades das aulas práticas experimentais de Química como fator contributivo para a qualificação de aprendizagem nas Ciências Naturais-Química. Tal pressuposto teve como referencial de pesquisa revisão bibliográfica em referências acadêmicas sobre a temática, textos da legislação e de orientação oficial da educação brasileira. ENSINO DE QUÍMICA: ENTRE A DIDÁTICA E O CURRÍCULO Recorre então mudança curricular no ensino de Química, de forma que a educação nas escolas acompanhe todas essas transformações formando cidadãos capazes de atuarem na sociedade contemporânea; e não meramente fazendo-se uma abordagem tradicional baseado na aprendizagem de teorias, fórmulas e equações químicas. De acordo com as DCNEM, o estudo da Química próximo da rotina do discente defende a necessidade de se contextualizar os conteúdos de ensino na realidade vivenciada pelos alunos, a fim de atribuir-lhes sentido e, assim, contribuir para a aprendizagem (Brasil, 1999). Isso quer dizer que o estudo da Química não apresenta direção única para a compreensão de assuntos científicos, mas deve acompanhar as mudanças tecnológicas e suas implicações na 3 ANAIS DO VI FÓRUM IDENTIDADES E ALTERIDADES E II CONGRESSO NACIONAL EDUCAÇÃO E DIVERSIDADE ISSN 2176-7033 28 a 30 de novembro de 2013 UFS–Itabaiana/SE, Brasil. sociedade no âmbito de atuação no trabalho. Em outras palavras segundo os documentos oficiais curriculares: Esses conhecimentos exigem, entre outras, competências e habilidades de reconhecer o papel da Química no sistema produtivo, reconhecer as relações entre desenvolvimento científico e tecnológico e aspectos sociopolítico-econômicos [...] (Brasil, 1999, p.35) Logo, o ensino de Química e a formação do trabalho devem estar relacionados intrinsicamente com as mudanças sociais e desenvolvimento cientifico-tecnológico e inclusive o entendimento crítico das relações de poder relacionados a produção das diversas ciências. Entendemos assim, o conhecimento científico como algo não neutro, mas centralizado, formulado a partir das transformações que ocorrem no meio social; o poder da ciência não é ditado primariamente pela intensidade das atividades científicas, mas antes pela percepção por parte dos poderes da importância da ciência e da tecnologia para a efetivação do sistema. Uma estratégia pedagógica em consonância com a realidade do discente na busca de uma aprendizagem, de fato, tem inicio em sala de aula quanto a escolha dos recursos didáticos que serão utilizados contribuindo na eficiência do trabalho do professor e qualidade de ensino. Dentre essas escolhas, inclui-se o conteúdo escolar a ser ensinado, o tempo e espaço, para que de fato conduzam uma verdadeira alfabetização cientifica. Considerando também o antagonismo da extensa grade curricular de Química e a reduzida carga horária das aulas que dificultam uma aprendizagem significativa, e portanto questões curriculares da disciplina são colocadas em evidência, pois: ...é necessário escolher, dentre a enorme quantidade de informação gerada, aquela que permita desenvolver as competências requeridas em um mundo cada vez mais cambiante e que pelo menos, prepare melhor para o futuro que não está determinado. (Chamizo, 2007; Izquierdo, 2007). Além disso, é importante uma preparação do professor anterior à realização da aula a ser trabalhada através da escolha adequada dos assuntos cientifico e das práticas experimentais de Química. Pois estas últimas, há algumas não viáveis de serem executadas num ambiente extra laboratório, como os experimentos que liberam gases tóxicos ou descarte de soluções que colocam em risco a vida das pessoas, flora, fauna, enfim, do meio ambiente como um todo. Então, o envolvimento dos conteúdos e ações didáticas também são colocadas nos PCNEM, que diz: 4 ANAIS DO VI FÓRUM IDENTIDADES E ALTERIDADES E II CONGRESSO NACIONAL EDUCAÇÃO E DIVERSIDADE ISSN 2176-7033 28 a 30 de novembro de 2013 UFS–Itabaiana/SE, Brasil. As atividades experimentais podem ser realizadas na sala de aula, por demonstração, em visitas e por outras modalidades. Qualquer que seja a atividade a ser desenvolvida, deve-se ter clara a necessidade de períodos pré e pós atividade, visando à construção dos conceitos. Dessa forma, não se desvinculam “teoria” e “laboratório”. (Brasil, 1999) Diante desses fatos, fica explicito que não pode ter dicotomia entre conteúdo e prática, uma vez que o processo de experimentação tem alvo pedagógico, sendo um momento de formulação de ideias, problematização, discussão e elaboração de novos conceitos. Todos esses termos conectam-se pela convergência na formação de cidadãos críticos, ativos e reflexivos na realidade que vivem. Assim, o ensino de questões integrando os principais conceitos químicos, possibilita uma forma de pensar e interpretar o mundo relacionando ciência, tecnologia e sociedade (CTS). No qual segundo Santos (1999, p. 25) quando diz que. A concepção de CTS de ensino de Ciências aponta para um ensino que ultrapasse a meta de uma aprendizagem de conceitos e de teorias centrados em conteúdos canônicos. Um ensino que tenha uma validade cultural, para além da validade científica, e como meta ensinar a cada cidadão o essencial para chegar a sê-lo de facto aproveitando os contributos de uma educação científica e tecnológica. Percebe-se que esse autor ressalta os conteúdos de maneira globalizada além da vivência escolar, onde de acordo com Santos (1992), a inclusão dos temas sociais é o primeiro passo na utilização dessa estratégia de ensino e também o último, ou seja, parte-se dos temas sociais para os conceitos. Mas, que temas poderiam ser esses? Segundo, Santos e Mortimer (2000) poderia ser abordados saúde, alimentação, recursos energéticos, terra, água e recursos minerais, indústria e tecnologia, ambiente. Temas estes que apresentam aproximação com os PCNEM. Então a elaboração do currículo de ciências acompanhou aspectos sociais. Segundo Krasilchik (1987), o Ensino de Ciências no Brasil, passou por várias mudanças curriculares, influenciadas por diferentes contextos de cada época, e a movimento CTS foi uma delas. Nota-se que mesmo analisando essa linha de estudo há décadas, as instituições escolares modernas ainda trabalham essa ciência de forma isolada, neutra e mecânica, onde os alunos não são sujeitos participantes do processo educativo. EXPERIMENTOS E O CURRÍCULO DE QUÍMICA Assim, as aulas práticas experimentais de Química constituem-se em uma estratégia didática por exercerem um papel relevante no processo educativo dessa ciência, uma vez que permite ao aluno um melhor entendimento e assimilação dos conteúdos estudados em sala de aula possibilitando conciliar teoria e prática. 5 ANAIS DO VI FÓRUM IDENTIDADES E ALTERIDADES E II CONGRESSO NACIONAL EDUCAÇÃO E DIVERSIDADE ISSN 2176-7033 28 a 30 de novembro de 2013 UFS–Itabaiana/SE, Brasil. E uma alternativa para que o professor conduza essa linha pedagógica no contexto das aulas experimentais é utilizando materiais e meios alternativos na execução de tais aulas, substituindo, por exemplo, as vidrarias e reagentes caros, por materiais de baixo custo e de fácil acesso, próxima do cotidiano do aluno. Nesse sentido, o conhecimento cientifico é fundamental, mas não o suficiente, pois também é essencial considerar o desenvolvimento cognitivo dos estudantes, relacionando as suas experiências, sua idade, ou seja, ao seu cotidiano, para que a aprendizagem seja significativa (BRASIL, 1998). Segundo Ausubel et al (1983), essa aprendizagem denominada “Teoria da Aprendizagem Significativa”, é uma continuidade de conteúdos que os indivíduos já possuem na Estrutura Cognitiva, em que a aprendizagem pode ocorrer. Estes conteúdos prévios deverão receber novos conteúdos que, por sua vez, poderão modificar e dar outras significações àquelas pré-existentes. Nas palavras do próprio autor “o fator mais importante que influi na aprendizagem é aquilo que o aluno já sabe. Isto deve ser averiguado e o ensino deve depender desses dados”. Nesse contexto, o aprendizado de ciência enquanto uma prática social indispensável ao desenvolvimento da sociedade constitui uma forma mais eficiente de gerar conhecimento significativo tanto para resolução como para encaminhamento de muitos problemas humanos (VALE, 1998). CONSIDERAÇÕES FINAIS Portanto, o presente estudo evidenciou a Química na centralização das ciências, uma vez que traz conteúdos abrangentes nas diversas áreas de conhecimento: saúde, alimentação, recursos energéticos, indústria e tecnologia e ambiente. Tais aspectos inseridos em situações de acontecimentos globais, como utilização adequada da água, do solo, da utilização de transportes, queimadas, enchentes, e as consequências desses fenômenos para toda espécie de vida do planeta. Tópicos que sintonizam-se com os PCNEM e OCNEM e colocam a importância da referida ciência no contexto escolar. Porém, faz-se imprescindível a utilização de meios didáticos como agentes facilitadores desse processo, uma vez que nos fornece subsídios para tornar uma aprendizagem significativa. E um desses instrumentos pedagógicos consiste na execução de aulas práticas experimentais através da análise, discussão, observação, e problematização. De forma que essa prática pedagógica tem fins não somente no entendimento científico como também na formação de cidadãos ativos e 6 ANAIS DO VI FÓRUM IDENTIDADES E ALTERIDADES E II CONGRESSO NACIONAL EDUCAÇÃO E DIVERSIDADE ISSN 2176-7033 28 a 30 de novembro de 2013 UFS–Itabaiana/SE, Brasil. participativos das questões, sociais, politicas, econômicas que vivenciam no mundo além do âmbito escolar. REFERÊNCIAS AUSUBEL, D. P.; NOVAK, J. D., HANESIAN, H. Psicología Educativa: un punto de vista cognoscitivo. México: Trillas, 1983. CHAMIZO, J.A., IZQUIERO, M.; Avaliação das competências de Pensamento científico – Caderno Temático de Química Nova na Escola, São Paulo: nº 27, fevereiro, 2008. CHASSOT, A. I. (1993): Catalisando transformações na educação. Ijuí: Unijuí. CHASSOT, A. I. Para Quem é Útil o Ensino? Alternativas para um ensino (de Química) mais crítico. Canoas: Ulbra, 1995. CISCATO, C.A. M.e BELTRAN, N. O.; Química, Coleção Magistério 2º Grau – Série Formação Geral. São Paulo: Cortez, 1991. FREIRE, Paulo. Pedagogia do oprimido. 19.ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1987. _____ . Professora sim, tia não: cartas a quem ousa ensinar. 9.ed. São Paulo: Olho d’Água, 1998 GIORDAN, M.(1999): “O Papel da Experimentação no Ensino de Ciências”, in: Química Nova na Escola, n.º 10, pp. 43-49. JUSTI, R. da S.; RUAS, R. M. Aprendizagem de Química: reprodução de pedaços isolados de conhecimento? Química Nova na Escola, n. 5, p. 24-27, maio, 1997. KRASILCHIK, M. O Professor e o Currículo das Ciências. São Paulo : E.P.U./EDUSP, 1987. PARECER CNE/CES 1.303/2001 – HOMOLOGADO Despacho do Ministro em 4/12/2001, publicado no Diário Oficial da União de 7/12/2001, Seção 1, p. 25. SANTOS, M. E. (1999). Encruzilhadas de mudança no limiar do século XXI: co-construção do saber científico e da cidadania via ensino CTS de ciências. In: Atas do II Encontro Nacional de Pesquisa em Educação em Ciências. Valinhos, SP. SANTOS, W. L. P. O Ensino de Química para Formar o Cidadão: Principais Características e Condições para a sua Implantação na Escola Secundária Brasileira. 1992. Dissertação de Mestrado. Faculdade de Educação/ UNICAMP, Campinas, São Paulo. VALE, J. M. F. Educação científica e sociedade. In: NARDI, R. (Org.). Questões atuais no ensino de ciências. São Paulo: Escrituras, 1998. p. 1-7. 7