V FÓRUM IDENTIDADES E ALTERIDADES I CONGRESSO NACIONAL EDUCAÇÃO E DIVERSIDADE 08 a 10 de setembro de 2011 UFS – Itabaiana/SE, Brasil ARTES E EDUCAÇÃO: UMA FORMA DE ENTRELAÇAR E RESIGNIFICAR SABERES1 Adriana Cardoso Sampaio 2 3 1 Relato de experiência a partir dos conhecimentos teóricos e práticos adquiridos durante a disciplina Arte e Educação e da apreciação estética do espetáculo João Ninguém, 1ª Mostra Didática da turma de Licenciatura em Artes Cênicas da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia, campus de Jequié, em Julho de 2010. 2 Discente do Curso de Licenciatura em Pedagogia, VIII semestre, da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (Home Page: www.uesb.br), campus de Jequié. Email: [email protected] / [email protected]. 3 Imagens coletadas e cedidas pelos/as discentes que participaram do Espetáculo João Ninguém, 1ª Mostra Didática da turma de Licenciatura em Artes Cênicas da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia, campus de Jequié, em Julho de 2010. 1 ANAIS DO V FÓRUM IDENTIDADES E ALTERIDADES GEPIADDE/UFS/ITABAIANA ISSN 2176-7033 V FÓRUM IDENTIDADES E ALTERIDADES I CONGRESSO NACIONAL EDUCAÇÃO E DIVERSIDADE 08 a 10 de setembro de 2011 UFS – Itabaiana/SE, Brasil INTRODUÇÃO É muito mais fácil ensinar aquilo que já sentimos, pois conhecemos... Há muito se tem tentado conceituar a arte e sua importância na vida das pessoas, como se fosse algo externo à própria existência da vida social. Porém, não há como falar de arte sem situá-la dentro duma cultura e dum tempo histórico, onde sempre ocorrem mudanças, que efetivamente influenciarão a vida das pessoas, sua forma de refletir sobre a vida e, conseqüentemente, a produção artística desenvolvida naquele meio social. Logo, [...] o estatuto da arte não parte de uma definição abstrata, lógica ou teórica, do conceito, mas atribuições feitas por instrumentos de nossa cultura, dignificando os objetos sobre os quais ela recai (COLI, 1982, p. 11). Sendo a arte inspirada na vida cotidiana, – acontecimentos e esta, rica históricos em que influenciam a todo tempo as idéias e comportamentos humanos – possui a característica de relacionar-se com diversas áreas sociais, dentre elas a educação. Porém, durante muito tempo no campo educacional, o ensino de artes foi visto como um “adereço”, um complemento desnecessário, principalmente quando comparado a outras disciplinas situadas como mais difíceis de serem aprendidas pelos alunos/as, como, por exemplo, português, matemática, história, etc. Tourinho aborda sobre esse assunto dizendo que, 2 ANAIS DO V FÓRUM IDENTIDADES E ALTERIDADES GEPIADDE/UFS/ITABAIANA ISSN 2176-7033 V FÓRUM IDENTIDADES E ALTERIDADES I CONGRESSO NACIONAL EDUCAÇÃO E DIVERSIDADE 08 a 10 de setembro de 2011 UFS – Itabaiana/SE, Brasil Disputas por espaço no currículo, horas de aula e importância dentro da estrutura escolar foram e ainda são motivos de batalhas e conflitos, muitas vezes expressos nas discussões e reivindicações de profissionais junto aos poderes municipal, estadual e nacional (Apud BARBOSA, 2003, p. 30). Por isso, ainda hoje o ensino de artes na sala de aula está impregnado de atividades ligadas à produção de desenhos geométricos, produções copiadas ou produção de painéis com temáticas prontas e limitadas (não possibilitando ao aluno exercer sua autenticidade), trabalhando com atividades repetitivas e vazias (pintura e desenho); outras vezes vista como uma disciplina complementar da carga horária incompleta do professor/a (porque, muitas vezes é vista como insignificante, então o professor/a não teria muito com que se preocupar para lecioná-la). Arte como apoio da aprendizagem e memorização de conteúdos de outras disciplinas, e, finalmente, como benefício ou compensação oferecida para acalmar, resignar e descansar os alunos das disciplinas consideradas “sérias”, importantes e difíceis (TOURINHO, apud BARBOSA, 2003, p. 31). Assim, a disciplina de Artes, é vista pela maioria dos agentes da educação como insignificante, prática que desperta nos alunos/as este mesmo conceito acerca das Artes – a 3 ANAIS DO V FÓRUM IDENTIDADES E ALTERIDADES GEPIADDE/UFS/ITABAIANA ISSN 2176-7033 V FÓRUM IDENTIDADES E ALTERIDADES I CONGRESSO NACIONAL EDUCAÇÃO E DIVERSIDADE 08 a 10 de setembro de 2011 UFS – Itabaiana/SE, Brasil ideia de que não é significativo saber desenvolver habilidades artísticas e/ou conhecer as produções ligadas às Artes. Esta ideia não perpassa somente dentro da escola, mas, assim como boa parte do conhecimento apreendido dentro do espaço escolar, geralmente é levada por toda a vida pelos alunos e alunas, causando assim um abismo que afasta o artista e suas produções do espectador, ou seja, afasta a vida e a história do sujeito que a constrói. EXIGÊNCIAS PARA O ENSINO DE ARTES O ensino de artes na escola deve perpassar por uma série de processos “que compreendem a atividade artística (conceber, fazer/ criar, perceber ler, interpretar), seus produtos (obras, manifestações), ações e reflexões” (TOURINHO, apud BARBOSA, 2003, p. 31). Tais processos precisam ser vistos como relevantes pela gestão e por todo o corpo docente da escola, de forma interdisciplinar, ou seja, eles precisam ser vistos como relevantes em todas as disciplinas e áreas do saber para serem trabalhados de forma interativa. É papel da escola, no seu currículo e em suas práticas didático e pedagógica dar primazia ao “princípio do respeito à corporeidade” (SESI-SP, apud JOSÉ, 2003), e como o respeito é uma das principais relevâncias da interdisciplinaridade, é com base nela que a escola pode ressignificar o ensino de artes dentro da sala de aula. JOSÈ (2003) afirma que, quando um ideal de Educação se configura em princípios como o respeito, a solidariedade e o sentimento de pertença a um grupo, aproxima-se do sonho de poder contribuir com uma sociedade mais humana e fraterna, respeitadora de sua própria História de Vida e da do outro. (...) Torna-se papel da escola, também, proporcionar às crianças a vivência de situações em que o respeito se configure como característica mestra de suas ações. Um caminho possível seria a utilização do lúdico. A brincadeira pode tornar viva a alegria da descoberta, as lembranças dos sonhos que a racionalidade muitas vezes tenta esconder. 4 ANAIS DO V FÓRUM IDENTIDADES E ALTERIDADES GEPIADDE/UFS/ITABAIANA ISSN 2176-7033 V FÓRUM IDENTIDADES E ALTERIDADES I CONGRESSO NACIONAL EDUCAÇÃO E DIVERSIDADE 08 a 10 de setembro de 2011 UFS – Itabaiana/SE, Brasil Desta forma, o/a professor/a da disciplina de Artes, terá grande responsabilidade entro do espaço escolar, pois a partir deste entendimento, o educador/a desenvolverá seu trabalho em sala de aula de forma mais responsável e integrada, possibilitando ao aluno/a uma aprendizagem mais rica, saborosa e significativa. Assim, tendo em vista as mudanças ocorridas nas exigências que a sociedade tem feito à escola, também o ensino de artes precisa ser modificado, reestruturado e readequado, visando atender as diferenças e diversidades presentes dentro da sala de aula atualmente. Segundo Barbosa, O papel da arte na educação é grandemente afetado pelo modo como o professor e o aluno vêem o papel da Arte fora da escola. [...] A estética contemporânea se funda na ideia que a Arte é a vinculação entre a forma e o conteúdo... Um dos papéis da Arte é preparar para novos modos de percepção largamente introduzidos pela revolução tecnológica e da comunicação de massa (citada por FRANGE, 2003, p. 91). É pensar que o/a aluno/a que está sendo formado e informado hoje dentro da escola tem referências e valores que estão em plena mudança e reconstrução sóciocultural; este representações novo e aluno possui referências novas, conflituosas e desafiadoras. Sendo assim, o ensino de artes dentro da escola deve contribuir na percepção deste novo mundo, 5 ANAIS DO V FÓRUM IDENTIDADES E ALTERIDADES GEPIADDE/UFS/ITABAIANA ISSN 2176-7033 V FÓRUM IDENTIDADES E ALTERIDADES I CONGRESSO NACIONAL EDUCAÇÃO E DIVERSIDADE 08 a 10 de setembro de 2011 UFS – Itabaiana/SE, Brasil de forma que o/a aluno/a possa compreendê-lo e se encontrar como produtor/a, e não somente como receptor/a da diversidade de linguagens, culturas e valores, das novas criações e novos conhecimentos, pois na medida em se encontra imerso/a nesta variedade de informações, constrói si mesmo/a e suas relações sociais. Por isso, Os tempos em que vivemos hoje exigem investimentos e diversificações, coerências e competências sociais e epistemológicas pra que cada um seja construcional de sua “pessoalidade” coletivizada e que se conheça para que possa, nos Outros e nas Coisas, se reconhecer, quer nas similitudes, quer nas diferenças e/ou nas divergências (FRANGE, apud BARBOSA, 2003, p. 36). Assim sendo, falar de melhorias no ensino de artes é também falar sobre a formação estética do educador/a. Este/a precisa acompanhar as mudanças que no mundo e na história tem ocorrido, para compreender de que forma poderá intervir no espaço onde está inserido, e, principalmente de que forma propiciará um ensino de artes que contemplem as atividades artísticas em sua sala de aula, tendo como ponto crucial a busca contínua de novos saberes para sua formação pessoal e humana, bem como de seus alunos/as. Também se faz necessário que o educador/a conheça as artes e suas manifestações, variações, influências, história, bem como a relevância cultural e social que possui dentro e fora da escola, dentro e fora do artista e da pessoa expectadora que entra em contato com a arte, pois, quando entramos em contato com a obra, também estabelecemos contato com o autor/a: com sua personalidade; com as circunstâncias da época na influenciaram qual ele/a suas viveu ideias; e que com seus conflitos; sua cultura, etc. Enfim, entramos em contato com sua história, e, consequentemente, com nossa história. 6 ANAIS DO V FÓRUM IDENTIDADES E ALTERIDADES GEPIADDE/UFS/ITABAIANA ISSN 2176-7033 V FÓRUM IDENTIDADES E ALTERIDADES I CONGRESSO NACIONAL EDUCAÇÃO E DIVERSIDADE 08 a 10 de setembro de 2011 UFS – Itabaiana/SE, Brasil Ora, não é possível falar do que não se conhece! Muito menos dar-lhe valor merecido e necessário! A/o professora/o precisa ir em busca da arte nos mais diversos lugares e das mais variadas especificidades, e, através de sua mediação na sala de aula propiciar ao aluno/a o contato com as mais diversas manifestações e variações de arte existentes, dentro dum processo de apreciação e reflexão dos infinitos significados que essas manifestações podem representar para sua formação socio-afetiva-cultural. Piaget situa o ser humano como construtor de seu conhecimento através da interação existente entre ele e o meio físico e social, sendo o social que “provoca acomodações ativas dos esquemas de ação por meio da linguagem, dos conteúdos expressos por essa linguagem e das regras de pensamento que evoluem no decorrer das trocas com o outro” (SEBER, 1997, p. 136). Desta forma, sendo a arte um produto sócio-cultural, tomar conhecimento de suas manifestações e seus valores dentro da família e da comunidade colabora com o letramento da criança e, posteriormente, facilita, enriquece e dá mais sabor a aprendizagem dentro da escola. Segundo Suzanne Langer (1966) “a educação artística é a educação do sentimento, e uma sociedade que descuida dela se entrega à emoção disforme” (citada por FRANGE, apud BARBOSA, 2003, p. 38). Assim, ao vivenciar experiências como apreciação estética de obras, espetáculos de dança e teatro, filmes, a partir da mediação da família e da escola, será mais rico, prazeroso e significativo o desenvolvimento da personalidade, da socialização e da aprendizagem da criança e do adolescente. Quando apreciamos uma manifestação artística, não vemos puramente uma obra, mas o artista e o que conseguimos perceber do que ele quer nos dizer. Levando em consideração que tudo o que há na sua obra de arte é fruto de sua vivência humana e histórica, então, está presente também na minha vivência pessoal, pois “a obra de um artista, de certa forma, contém nela toda a história da Arte, porque tratam-se de imagens de uma vida-em-vivência” (FRANGE, apud BARBOSA, 2003, p.40). Assim, o ensino de artes dentro da escola, disciplinar interdisciplinarmente, é e/ou de extrema 7 ANAIS DO V FÓRUM IDENTIDADES E ALTERIDADES GEPIADDE/UFS/ITABAIANA ISSN 2176-7033 V FÓRUM IDENTIDADES E ALTERIDADES I CONGRESSO NACIONAL EDUCAÇÃO E DIVERSIDADE 08 a 10 de setembro de 2011 UFS – Itabaiana/SE, Brasil relevância, pois propicia meios onde o aluno/a realiza encontros consigo mesmo/a ao desvendar na obra sua própria identificação humana e cultural com o artista e sua história, sua mensagem, sua vida. CONCLUSÕES, QUE NÃO SÃO FINAIS... Ainda haverá muita luta por parte dos/as professores/as do ensino de artes dentro da escola, pública e privada para conquistar o respeito e reconhecimento da importância do ensino de artes na educação; ainda há muito que se fazer para reconhecer o valor das Artes como conhecimento cultural universal da humanidade; e muito que se produzir e discutir em diversos espaços sociais sobre o respeito ao trabalho dos/as artistas profissionais que atuam em vários outros espaços sociais e às suas produções artísticas. Percebe-se, pois, que tal empenho alcançará resultados a partir da atuação de educadoras e educadores que estejam plenamente comprometidos e cientes da importância das artes e suas competências na prática pedagógica de cada disciplina existente dentro da escola. Tal empenho também deve existir por parte dos arte-educadores/as, bem como os/as artistas profissionais, pois, quando qualificados e comprometidos em fazer e mostrar o ensino de artes como parte integrante da formação humana, social e cultural da criança e do adolescente, bem como do ser humano e sua história, sociedade, sua cultura, poderá conquistar o respeito e o lugar das artes, de forma igualitária a qualquer outra fonte de conhecimento universal. Acredito que apreciar a arte e suas variações permiti-nos perceber a relação histórica que a humanidade estabelece consigo mesma, sob uma linha 8 ANAIS DO V FÓRUM IDENTIDADES E ALTERIDADES GEPIADDE/UFS/ITABAIANA ISSN 2176-7033 V FÓRUM IDENTIDADES E ALTERIDADES I CONGRESSO NACIONAL EDUCAÇÃO E DIVERSIDADE 08 a 10 de setembro de 2011 UFS – Itabaiana/SE, Brasil tênue e rica em diversidades culturais e sociais. Desta forma, o ensino de artes intensifica e propaga os costumes, valores, sonhos, descobertas e ideias sobre a vida e a história da existência humana em suas variações no passado, no futuro e no presente. João Ninguém, espetáculo da primeira turma de Licenciatura em Artes Cênicas da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (UESB), no mês de Julho, em Jequié, abordou as dificuldades que o professor/a de artes enfrenta dentro da escola e fora dela, visto/a por boa parte das pessoas como profissionais despreparados, descompromissados e incapazes de ensinar conteúdos importantes dentro da escola. Espetáculo criado a partir dum processo colaborativo, ou seja, criado por todos os/as discentes da turma de Licenciatura em Artes Cênicas, e dirigido por Roberto de Abreu, professor do corpo docente do Departamento de Ciências Humanas e Letras – UESB, João ninguém, procurou mostrar a face dos profissionais em artes do interior das grandes cidades, que sonha em ter sucesso e respeito através de suas produções e trabalhos artísticos, mas que tem sido em sua maioria, marginalizados e discriminados pela sociedade moderna e seus novos padrões culturais e tecnológicos, que, ao mesmo tempo em que enriquecem o conhecimento das pessoas que estão nela inseridas, exclui aquelas que se encontram à margem da mesma. João Ninguém, além de ter estabelecido um marco histórico na UESB e na cidade de Jequié, sendo o 1º espetáculo do 1º Curso Licenciatura em Artes Cênicas do Sudoeste da Bahia, com apresentações durante três dias na cidade de Jequié e, posteriormente, um dia na cidade de Salvador, mostrou através de seus autores/as e atores/atrizes que a arte faz parte de nossa vida e que através dela ensinar e aprender se torna mais fácil, saboroso e enriquecedor. Que através da arte eu/nós, tornamo-nos pessoas na medida em que nos reencontramos na obra ou espetáculo propiciado pelo/a artista. 9 ANAIS DO V FÓRUM IDENTIDADES E ALTERIDADES GEPIADDE/UFS/ITABAIANA ISSN 2176-7033 V FÓRUM IDENTIDADES E ALTERIDADES I CONGRESSO NACIONAL EDUCAÇÃO E DIVERSIDADE 08 a 10 de setembro de 2011 UFS – Itabaiana/SE, Brasil Realizar a apreciação estética de João Ninguém me possibilitou ressignificar a importância das artes para humanidade e sua história; possibilitou-me perceber a urgência da reestruturação do ensino de artes dentro da escola; e ainda, compreender a discriminação sofrida por todos os artistas do meio popular e a necessidade de ressignificar o valor das artes dentro dos vários espaços e instituições sociais, especialmente na família e na escola. É preciso estar em contato com a arte para compreender o que o/a artista quer falar... E sua mensagem não quer dizer nada mais, nada menos do que um pouco mais de nós mesmos! REFERÊNCIAS COLI, Jorge. O que é Arte. São Paulo: Brasiliense, 1982. FRANGE, Lucimar Bello P. Arte e seu ensino, uma questão ou várias questões? In. BARBOSA, Ana Maria (org.). Inquietações e mudanças no ensino da Arte. São Paulo: Cortez, 2003. JOSÉ, Mariana Aranha Moreira. Interdisciplinaridade: interdisciplinaridade brasileira. São Paulo, 2003. as disciplinas e a NINGUÉM, João. 1ª Mostra Didática da turma de Artes Cênicas da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia, campus de Jequié, Julho de 2010. Todas as imagens foram fornecidas pelos autores e atores do espetáculo. TOURINHO, Irene. Transformações no ensino de Arte: algumas questões para uma reflexão conjunta. In. BARBOSA, Ana Maria (org.). Inquietações e mudanças no ensino da Arte. São Paulo: Cortez, 2003. SEBER, Maria da Glória. Piaget: o diálogo com a criança e o desenvolvimento do raciocínio. São Paulo: Scipione, 1997. 10 ANAIS DO V FÓRUM IDENTIDADES E ALTERIDADES GEPIADDE/UFS/ITABAIANA ISSN 2176-7033