V FÓRUM IDENTIDADES E ALTERIDADES I CONGRESSO NACIONAL EDUCAÇÃO E DIVERSIDADE 08 a 10 de setembro de 2011 UFS – Itabaiana/SE, Brasil UMA REFLEXÃO SOBRE A AVALIAÇÃO NO ESTÁGIO SUPERVISIONADO EM ENSINO DE GEOGRAFIA Fábio Ferreira Santos (UFS) 1 Josefa de Lisboa Santos2 INTRODUÇÃO Os aspectos do desempenho dos alunos que as escolas escolhem para avaliar refletem muito claramente as funções requeridas de um sistema educativo especifico. As práticas de avaliação constituem um dos mais claros indicadores da relação entre a escola e a sociedade, pois elas não são apenas as práticas de avaliação pedagógica. São parte de algo mais amplo, pois inclui não só as práticas avaliativas mais diretamente dependentes do professor, e que são direcionadas para o interesse dos alunos, como também as práticas de avaliação de outros atores e do próprio sistema educativo. Segundo Broadfoot apud Afonso (2005), [...] a avaliação deve abranger toda a variedade de atividades avaliativas no contexto do sistema educativo, desde os julgamentos que o professores fazem sobre cada aluno na sala de aula, até aos vários e mais formais modos de julgar o processo dos alunos na escola como um todo, que possibilitam a responsabilidade do professor, da escola, das autoridades locais e, em ultima instancia, de todas as formas de provisão da educação a nível nacional [...] (BROADFOOT apud AFONSO, 2005, p. 198). Partindo dessa perspectiva, podemos verificar dois importantes fatores para a avaliação educacional: o primeiro que se refere às práticas avaliativas que apóiam as aprendizagens dos alunos ou que justificam o poder de avaliar dos professores; o outro diz respeito à problemática da relação praticas de avaliação (pedagógica) com as diferentes formas de prestação de contas do sistema educativo. 1 Universidade Federal de Sergipe; Mestrando em Geografia pelo Núcleo de Pós-Graduação em Geografia, sob orientação da Prof.ª Drª Josefa de Lisboa Santos; [email protected] 2 - Orientadora e Prof.ª Dra. do Departamento de Geografia do Campus Itabaiana. 1 ANAIS DO V FÓRUM IDENTIDADES E ALTERIDADES GEPIADDE/UFS/ITABAIANA ISSN 2176-7033 V FÓRUM IDENTIDADES E ALTERIDADES I CONGRESSO NACIONAL EDUCAÇÃO E DIVERSIDADE 08 a 10 de setembro de 2011 UFS – Itabaiana/SE, Brasil A avaliação dos sistemas educativos aparece associada à responsabilização pelos resultados escolares dos alunos. Esta prática acaba contribuindo para a divulgação de uma associação entre conceitos que são diferenciados: se a prestação de contas pressupõe os resultados obtidos através da avaliação, esta ultima não implica necessariamente a prestação de contas. Sendo assim, a relação avaliação-responsabilidade faz com que a primeira se desenvolva e adquira maior visibilidade em épocas que os movimentos de reforma educacional exigem uma maior participação e controle sobre a implementação das políticas para a educação. I - A AVALIAÇÃO PEDAGÓGICA NO ESTAGIO SUPERVISIONADO EM GEOGRAFIA As discussões recentes sobre a avaliação na escola apontam para a certeza de que avaliar não deve corresponder a determinados momentos da aprendizagem escolar, voltados para a classificação do aluno, geralmente por meio de notas. Neste caso, a avaliação tem o papel apenas de verificar os resultados objetivos dos conteúdos trabalhados e documentar o desempenho escolar, construindo em um fim em si mesmo. Segundo Filho, a avaliação escolar do desempenho dos estudantes tem determinado grande parte das relações que se dão entre professores, alunos, suas famílias e a direção escolar. É o aspecto mais complexo e controverso das praticas pedagógicas (Jordão, 1995). Ela determina e é o coração (centro) de todo o processo de ensino e aprendizagem. (2000, P.14) A avaliação é muito mais do que um momento para a aplicação de um instrumento avaliativo, é um processo. Tratando-se de um universo de aspectos, desde a relação professoraluno até os instrumentos, passando pelos critérios norteadores da avaliação, pela concepção que se tem de ensino, além da abordagem epistemológica da prática pedagógica. Sendo assim, considero a avaliação como um processo contínuo numa perspectiva diagnóstica. Segundo Luckesi “a avaliação da aprendizagem existe propriamente para garantir a qualidade da aprendizagem do aluno. Ela tem a função de possibilitar uma qualificação da aprendizagem do educando.” (LUCKESI, 2001, p. 66). Assim, a avaliação é uma apreciação 2 ANAIS DO V FÓRUM IDENTIDADES E ALTERIDADES GEPIADDE/UFS/ITABAIANA ISSN 2176-7033 V FÓRUM IDENTIDADES E ALTERIDADES I CONGRESSO NACIONAL EDUCAÇÃO E DIVERSIDADE 08 a 10 de setembro de 2011 UFS – Itabaiana/SE, Brasil qualitativa sobre dados relevantes do processo de ensino-aprendizagem que auxilia o professor a tomar decisões sobre o seu trabalho. A avaliação qualitativa deve estar alicerçada na qualidade do ensino e pode ser feita para avaliar o aluno como um todo no decorrer do ano letivo, observando a capacidade e o ritmo individual de cada um. Desta forma, para haver uma avaliação qualitativa e não classificatória deve acontecer uma mudança nos paradigmas de ensino em relação à democratização acesso à educação escolar e com isso haverá uma qualidade de ensino do educando onde acontecerá um sentido de evolução produtiva nos processos avaliativos. Nesse ponto Luckesi afirma que, (“...) a atual prática da avaliação escolar tem estado contra a democratização do ensino, na medida em que ela não tem colaboração para a permanência do aluno na escola e a sua promoção qualitativa.” (LUCKESI, 2001, p. 66). Nesse sentido, a avaliação escolar é um componente de ensino que visa, através da verificação e qualificação de resultados obtidos, na qual tende a determinar a correspondências destes com os objetivos propostos, e, por conseguinte orientar a tomada de decisões em relação às diversas atividades didático-pedagógicas. A avaliação deve ser vista não como um fim, mas como um meio de o professor identificar os avanços e as dificuldades do seu trabalho e reorientar sua prática pedagógica em busca dos objetivos da aprendizagem. Para tanto, os resultados produzidos no processo de uma avaliação devem prestar-se para uma “parada”, um tempo para o professor checar sua própria prática. Com isso, os encaminhamentos considerados no planejamento do ensino podem ser revistos e retomados em novas bases, tendo em vista assegurar melhorias na forma de conduzir ou de ensinar um dado conteúdo. De acordo com Luckesi (2001), a avaliação da aprendizagem escolar deve ser um “ato amoroso”, tendo dois objetivos principais: “auxiliar o educando no seu desenvolvimento pessoal, a partir do processo de ensino-aprendizagem e, responder à sociedade pela qualidade do trabalho educativo realizado”. De um lado, a avaliação da aprendizagem corresponde ao auxilio ao educando no seu crescimento, sendo um suporte para o educando no seu processo de assimilação dos conteúdos e no seu processo de constituição como sujeito e cidadão perante a sociedade. 3 ANAIS DO V FÓRUM IDENTIDADES E ALTERIDADES GEPIADDE/UFS/ITABAIANA ISSN 2176-7033 V FÓRUM IDENTIDADES E ALTERIDADES I CONGRESSO NACIONAL EDUCAÇÃO E DIVERSIDADE 08 a 10 de setembro de 2011 UFS – Itabaiana/SE, Brasil Por outro lado, a avaliação da aprendizagem permite uma interação ou a alienação entre professor-aluno na construção da aprendizagem. Aliás, a avaliação da aprendizagem responde a uma necessidade social que se articula com o coletivo para desenvolver um ensino de qualidade na escola. Em relação a essa análise, Luckesi (2001) ressalta que: [...] a avaliação da aprendizagem escolar auxilia o educador e o educando na sua viagem comum de crescimento, e a escola na sua responsabilidade social. Educador e educando, aliados, constroem a aprendizagem, testemunhando-a a escola, e esta á sociedade. A avaliação da aprendizagem neste contexto é um ato amoroso, na medida em que inclui o educando no seu curso de aprendizagem, cada vez com qualidade mais satisfatória, assim como na medida em que o inclui entre os bem-sucedidos, devido ao fato de que esse sucesso foi construído ao longo do processo de ensino-aprendizagem (o sucesso não vem de graça). A construção, para efetivamente ser construção, necessita incluir, seja do educando, seja do ponto de vista coletivo, integrando o educando num grupo de iguais, o todo da sociedade. (LUCKESI, 2001, p.175) Nesse âmbito, observa-se a relação ensino-aprendizagem como meio articulador do saber do educando pode variar conforme as necessidades adquiridas durante o processo de aprendizagem que se faz presente no contexto da avaliação educacional. Conforme ressalta zabala (1998): o conhecimento do que cada aluno sabe, sabe fazer e como é, é o ponto de partida que deve nos permitir, em relação aos objetivos e conteúdos de aprendizagem previstos, estabelecer o tipo de atividades e tarefas que têm que favorecer a aprendizagem de cada menino e menina.(ZABALA, 1998, p.199) No processo de avaliação, o planejamento do ensino torna-se um instrumento importante que transmite ao professor uma maior segurança em conduzir a sua prática educacional. Assim, os objetivos do ensino-aprendizagem podem ser transmitidos de forma esclarecedora e capaz de produzir um ensino de qualidade na escola. 4 ANAIS DO V FÓRUM IDENTIDADES E ALTERIDADES GEPIADDE/UFS/ITABAIANA ISSN 2176-7033 V FÓRUM IDENTIDADES E ALTERIDADES I CONGRESSO NACIONAL EDUCAÇÃO E DIVERSIDADE 08 a 10 de setembro de 2011 UFS – Itabaiana/SE, Brasil 1.1 - Como avaliar o aluno? A avaliação por ser uma atividade constante na vida das pessoas, sejam elas profissionais, como professores, médicos, estudantes, etc. Isso não significa que um professor sempre saiba avaliar o desempenho do aluno. Ristoff mostra que “a avaliação é um processo para determinar até que ponto os objetivos educacionais foram realmente alcançados.” (2003, p.32). Nesse aspecto, a avaliação é algo em construção para a verificação de objetivos, através de processos pré-estabelecidos. Quando os professores praticam a avaliação, a maneira de acolher as informações sobre a aprendizagem dos alunos pode ser realizada por uma pluralidade de métodos e técnicas que inclui desde o recurso à memória que o professor guarda das características dos alunos até as mais diversificadas e conhecidas estratégias como a observação, a autoavaliação, a entrevista, o trabalho de grupo, a pesquisa feita em casa, as tarefas em classe e outras formas diferentes de interação pedagógica. Dessa forma, Afonso salienta que, se o professor pretende identificar problemas sentidos pelos seus alunos, se, em vez de constatar a existência de dificuldades, pretende entendê-las e enfrentá-las, terá que recorrer o mais possível a diferentes estratégias de análise e registro do que se está a passar ma sala de aula. (apud CORTESÃO, 2005, p. 38). Observando esse ponto de vista, se percebe que o campo de avaliação é muito amplo e possibilita o reconhecimento da pluralidade de formas de excelência escolar no âmbito da avaliação pedagógica. A partir dessa concepção percebemos que no ensino de Geografia perpassa diversas modalidades que constituem o processo de avaliação, pelo qual o aluno busca interagir para se inserir no processo de ensino-aprendizagem. No Estágio Supervisionado em Ensino de Geografia, foram usadas varias estratégias para avaliar o aluno, na qual a avaliação ocorria semanalmente como uma forma de auxiliar o ensino-aprendizagem do aluno. 5 ANAIS DO V FÓRUM IDENTIDADES E ALTERIDADES GEPIADDE/UFS/ITABAIANA ISSN 2176-7033 V FÓRUM IDENTIDADES E ALTERIDADES I CONGRESSO NACIONAL EDUCAÇÃO E DIVERSIDADE 08 a 10 de setembro de 2011 UFS – Itabaiana/SE, Brasil A avaliação é um método, na qual alguns procedimento devem ser utilizados no âmbito escolar para diagnosticar o rendimento individual e grupal dos alunos e, conseqüentemente, da escola. Contudo, existem muitos métodos de avaliação, muitas formas de avaliar, dentre as quais a avaliação escrita faz parte, sendo um dos instrumentos mais antigos do processo avaliativo. A prova escrita é uma forma “eficaz” de avaliar se o aluno aprendeu a matéria. Todavia, se deve atentar para as diferentes maneiras de desenvolver o conhecimento em sala de aula. Numa prova escrita onde às questões são dissertativas, verifica-se que o aluno desenvolve a capacidade de expressar suas ideias por escrito, estimulando a criatividade e seu raciocínio. Porém, nesse caso, a avaliação precisa ser mais “elástica”, uma vez que não há uma respostas-padrão, ou seja, o professor deve ficar atento para acolher positivamente as tentativas de explicação do aluno. Já as questões de múltipla escolha devem ser acompanhadas de pedido de justificativas, com o propósito de o aluno expressar suas ideias claramente. A avaliação escrita é um importante momento de verificar-se a aplicação do conhecimento construído. É um conhecimento que deveria ser articulado de acordo com o que o aluno aprendeu e ele carrega consigo. O que é preciso obter do aluno para uma avaliação escrita é justamente fazer com que os mesmos utilizem o seu potencial explicativo e conscientize da necessidade de aplicar o seu conhecimento dos conteúdos para solucionar um determinado problema numa situação especifica. Dessa forma, passaríamos a ter uma vantajosa avaliação escrita capaz de avaliar a verdadeira compreensão do conhecimento do assunto que o aluno adquiriu. A prova oral pode ser desenvolvida através de variadas maneiras. Uma delas é a entrevista, na qual o aluno desenvolve a sua capacidade de formular suas perguntas a respeito de determinados assuntos e tenham a oportunidade expressar-se oralmente. Outras formas de aplicar a prova oral podem ser através de questões respondidas oralmente, avaliando conhecimentos e habilidades de expressão oral. Por não haver registro e por ser uma avaliação imediata, a prova oral se caracteriza, em relação às demais modalidades de avaliação, pela maior subjetividade. Outra modalidade de avaliação é a auto-avaliação. Essa modalidade estimula o aluno a refletir sobre seu próprio desempenho. Para Lima , 6 ANAIS DO V FÓRUM IDENTIDADES E ALTERIDADES GEPIADDE/UFS/ITABAIANA ISSN 2176-7033 V FÓRUM IDENTIDADES E ALTERIDADES I CONGRESSO NACIONAL EDUCAÇÃO E DIVERSIDADE 08 a 10 de setembro de 2011 UFS – Itabaiana/SE, Brasil a auto-avaliação deve estar presente em todos os momentos da vida, uma vez que é o ato de julgar o próprio desempenho de aluno e professores. O educador deve se auto-avaliar, revendo as metodologias utilizadas na sua prática pedagógica. E a auto-avaliação do aluno para avaliar o professor deve servir como subsídio para a sua própria auto-avaliação, momento este que servirá para refletir sobre a relação e interação entre educando e educador. Portanto, o professor deve utilizar instrumentos avaliativos vinculados à necessidade de dinamizar, problematizar e refletir sobre a ação educativa / avaliativa da instituição. Propicia, portanto, condições para o aluno refletir sobre si mesmo e o que tem construído ao longo da vida. (2008, p. 4) Nesse sentido, a auto-avaliação para se tornar mais eficaz, deve ser orientada pelo professor, que poderá sugerir alguns itens para o aluno responder sobre si mesmo. Ela não deve ter mais peso que as outras notas da avaliação, uma vez que seu objetivo maior é treinar a reflexão crítica do aluno sobre suas próprias atitudes, e não medir o conhecimento formal. Já o trabalho de pesquisa feito em casa, deve ser avaliado com reserva, pois nem sempre é o aluno quem executa o trabalho, ou às vezes executa de forma errônea, através de colagens pela internet sem ler o tema proposto na atividade de pesquisa. Sendo assim, são interessantes que, após a entrega, o aluno ou o grupo descreva as etapas do trabalho, as dificuldades, as fontes, etc., ou ainda debata na sala de aula as principais ideias contidas no assunto de sua pesquisa. O processo de participação está relacionado a um complemento da avaliação que poderá ser atribuída pontuação ou conceitos sobre a participação do aluno em sala de aula, em trabalhos experimentais, em feiras de ciências, em pesquisa de campo, etc. Essa modalidade vem sendo inserida na escola como um meio eficaz de inibir a reprovação dos alunos, pois na maioria das vezes os alunos se destacam nas atividades de participação como meio de ajudar na sua nota. Desta forma, as diversas modalidades de avaliação permitem ao professor correlacionar às inúmeras situações de execução de avaliar o aluno, nas quais esses procedimentos possam desenvolver a capacidade dos educando compreenderem o conteúdo proposto, e avançar na sua aprendizagem. No estágio Supervisionado em Ensino de Geografia, a avaliação foi feita constantemente a partir de atividades como exercício, pesquisa, discussões em sala de aula e 7 ANAIS DO V FÓRUM IDENTIDADES E ALTERIDADES GEPIADDE/UFS/ITABAIANA ISSN 2176-7033 V FÓRUM IDENTIDADES E ALTERIDADES I CONGRESSO NACIONAL EDUCAÇÃO E DIVERSIDADE 08 a 10 de setembro de 2011 UFS – Itabaiana/SE, Brasil uma prova escrita. Todas essas atividades foram pontuadas de acordo com as normas estabelecidas no primeiro dia de aula. o planejamento da avaliação foi elaborado na sala de aula em consonância dos alunos que participaram intensamente nas discussões sobre o processo avaliativo. As diversas atividades propostas no estagio supervisionado em ensino de geografia teve como critério buscar uma adaptação dos alunos e um melhoramento no processo de ensino-aprendizagem, dessa forma optamos por manusear a aula em diferentes posturas metodologias como: aula expositiva, aula dialogada, exercícios em grupo e individual, míniseminário, atividades de pesquisa, entre outras. Ao final do estágio os alunos obteram um bom rendimento escolar, e estavam conscientes dos temas abordados em sala de aula. sendo assim, foi gratificante o resultado obtido da turma, não só do ponto de vista quantitativo (relacionado às notas), mas também do ponto de vista qualitativo, pois a maior parte dos alunos teve um bom rendimento na sua aprendizagem. CONSIDERAÇÕES FINAIS O processo de avaliação é algo complexo, visto que avaliar o ser humano torna-se algo permanentemente em construção. Nesse ponto, o estágio supervisionado em geografia permitiu introduzir diversas maneiras e formas de avaliar o aluno, seja por avaliações tradicionalistas ou por novos métodos de avaliar a aprendizagem. O Estágio Supervisionado permitiu aprimorar não só a teoria sobre determinados conteúdos, mas procurar relacionar a teoria-prática no cotidiano escolar. A prática de ensino proporcionou uma maior aprendizagem na forma de lhe dar com a escola, com a sala de aula, com os alunos. Isso foi o bastante para concluir que o estágio nos remete a analisar os métodos e tentar melhorá-los de acordo com a realidade vivenciada pelos alunos. Desse modo o papel do educador é ensinar com amor, mostrando sempre que é possível fazer a diferença, ser a diferença. Temos o grande desafio de possibilitar aos educandos condições para que eles construam o seu conhecimento. A ação de ensinar e aprender deve ter como base a ética, o amoré, a paixão, a emoção e a autonomia do educando e do educador. 8 ANAIS DO V FÓRUM IDENTIDADES E ALTERIDADES GEPIADDE/UFS/ITABAIANA ISSN 2176-7033 V FÓRUM IDENTIDADES E ALTERIDADES I CONGRESSO NACIONAL EDUCAÇÃO E DIVERSIDADE 08 a 10 de setembro de 2011 UFS – Itabaiana/SE, Brasil Evidentemente que o ensino-aprendizagem decorre do esforço do aluno em aprender determinados conteúdos de ensino. Para tanto, o professor como sujeito que transmite o conhecimento devem-se estar atentado às dificuldades em que o aluno passa no decorrer da sua aprendizagem. Por isso, cabe ao profissional propor metodologias que insira o educando na composição do processo de avaliação. Em suma, é importante ressaltar que todo e qualquer sujeito que está inserido em uma sala de aula passa por inúmeros processos de avaliação, seja através da avaliação por disciplinas ou por estar encarando os desafios existentes no processo de aprendizagem. Portanto, o estágio é algo que proporcionou ao aluno e ao professor está atento às questões de como avaliar o aluno? E como esse aluno obteve a aprendizagem? REFERÊNCIAS AFONSO, Almerindo Janela; Avaliação educacional: regulação e emancipação: para uma sociologia das políticas avaliativas contemporâneas. 3 ed. – são Paulo; Cortez, 2005. FILHO, Jomar Barros; SILVA, Dirceu; Algumas reflexões sobre a avaliação dos estudantes no ensino de ciências. In: Ciências e ensino; dezembro de 2000. LIMA, João do Rozario; A importância da avaliação no ensino fundamental. Artigo científico publicado na USP; São Paulo, 2006. LUCKESI, Cipriano Carlos; Avaliação da aprendizagem escolar: estudos e proposições. – 11. Ed. – São Paulo: Cortez, 2001. RISTOFF, Dilvo, I (org.) Avaliação e compromisso público: Florianópolis: Insular, 2003, 21 – 33. ZABALA, Antoni: A prática Educativa: como ensinar; tradução Ernani F. da F. Rosa— Porto Alegre: Artmed, 1998. 9 ANAIS DO V FÓRUM IDENTIDADES E ALTERIDADES GEPIADDE/UFS/ITABAIANA ISSN 2176-7033