Disciplina: Sistemas de Controle 1 - ET76H Prof. Dr. Ismael Chiamenti 2014/2 Aula 5 • CONTATOS PARA DÚVIDAS - Email: [email protected] -Local: DAELT/UTFPR • PLANO DE ENSINO, PLANO DE AULAS E INFORMAÇÕES: https://paginapessoal.utfpr.edu.br/chiamenti 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. 9. 10. 11. 12. 13. 14. 15. 16. Conceitos básicos de sistemas de controle; Sistemas em malha aberta e malha fechada; (Revisão TL) e Simplificação de diagrama de blocos; Funções de transferência ; Modelo na forma de variáveis de estado; Caracterização da resposta de sistemas de primeira ordem, segunda ordem e ordem superior; Erro de estado estacionário; Estabilidade; Introdução a controladores PID; Sintonia de controladores PID; Método do lugar das raízes; Projeto PID via método do lugar das raízes; Resposta em frequência; Margens de ganho e fase e estabilidade relativa; Projeto de controlador por avanço e atraso de fase; Controlabilidade e Observabilidade. Considerando uma entrada conhecida (ok!), e o modelo matemático inserido em cada bloco, pergunta-se: quais os aspectos significativos das respostas dos sistemas de primeira e segunda ordem e de ordem superior ? Estudamos duas formas de modelar matematicamente sistemas: a) Funções de transferência (modelo no domínio da frequência s). b) Espaço de estados, formado pela(s) equação(ões) de estado e pela(s) equação(ões) de saída (modelo no domínio do tempo t). O próximo passo, após os modelos serem obtidos, é analisar os sistemas modelados para verificar o comportamento das suas respostas perante uma (ou mais) entrada(s) conhecida(s) de teste. Na aula de hoje analisaremos, prioritariamente, a resposta transitória dos sistemas, em aulas posteriores a resposta estacionária. A obtenção dos parâmetros das respostas dos sistemas pode ser realizada aplicando-se diferentes entradas no sistema em análise, tipicamente um pequeno rol de sinais bastam: degrau, impulso, rampa, parábola e cossenoidal. A ordem dos sistemas: é determinada pela ordem da equação diferencial que descreve o sistema ou, de forma equivalente, a ordem do denominador da função de transferência após os termos comuns com o numerador serem cancelados, ou ainda, ao número de equações de primeira ordem necessárias para modelar o sistema através de espaço de estados. A resposta dos sistemas: pode ser dividida em duas parcelas: a resposta forçada e a resposta natural. • A resposta forçada também é chamada de resposta de estado estacionário ou solução particular. • A resposta natural é também chamada de resposta homogenia. Técnicas de análise das respostas: podem ser utilizadas: solução da equação diferencial, transformada de Laplace ou pólos e zeros. A que fornecer resultados satisfatórios, no menor tempo, será a melhor. PÓLOS (1) valores da variável da transformada de Laplace, s, que fazem com que a função de transferência assuma valor infinito ou (2) qualquer raiz do denominador que seja comum as raízes do numerador. Exemplo: G(s)  ( s  1)(s  3) ( s  1,5)(s  3)(s  4) p1  1,5; p2  3; p3  4 ZEROS (1) valores da variável da transformada de Laplace, s, que fazem com que a função de transferência assuma valor zero ou (2) qualquer raiz do numerador que seja comum as raízes do denominador. Exemplo: G(s)  ( s  1)(s  3) ( s  1,5)(s  3)(s  4) z1  1; z2  3 Exemplo: Considere um sistema modelado por G(s): Pólo na entrada → degrau na saída: resposta forçada; Pólo na FT → resposta natural; Zeros e pólos geram amplitudes das respostas nat. e for. Forma geral da função de transferência de sistemas de primeira ordem: C ( s) 1 1/ a G( s)     R( s) s  1 s  1 /  s  a No domínio do tempo:  dc (t )  c(t )  r (t ) dt c(t )  ch (t )  c p (t )  Aet /  c p (t ) constante de tempo: τ Exemplos de sistemas de primeira ordem: Ordem do polinômio do denominador: 1 Representação por diagrama de blocos da forma geral da função de transferência de primeira ordem: C ( s) 1 1/ a G( s)     R( s) s  1 s  1 /  s  a Resposta ao degrau unitário: G (s)   1  1  C ( s )  G ( s ) R( s )      s  1  s  C (s) R( s) Expandindo em frações parciais: a1 a2 C (s)   s s  1 C (s)  a1  sG(s) s0  1 a2  s 1G(s) s1/   1  1 1    s s  1 s s  1 /  c(t )  1  e t / , para t 0 Análise da resposta: c(t )  1  et / G ( s)  1 1/ a   s  1 s  1 /  s  a Para t = 0, temos c(0) = 0 Para t → ∞, temos c(∞ ) = 1 Para t = τ, temos c(τ) = 0,632, 1 uma vez que e  1/ 2,7182818 Tr: tempo de subida (resposta), de 10% até 90% do valor final. 2,31 0,11 2,2    2,2 a a a Quanto menor τ, mais rápida a resposta Tr. Tr  dc(t ) 1  e t /  dt t 0   t 0 1  Ts: tempo de assentamento (estabilização), 2% do valor final (mas pode ser outra %) Ts  4  4 a Determinação experimental da função de transferência de primeira ordem, método útil quando informações detalhadas do sistema não são acessíveis: Considerando a função de transferência na forma G ( s )  K , e aplicando sa uma entrada em degrau unitário: 1 K K /a K /a C (s)    s sa s sa Determinando K e a da resposta experimental, determina-se a função de transferência do sistema. Exemplo: Em um sistema foi aplicada uma entrada do tipo degrau unitário. O gráfico abaixo foi obtido como resposta a tal entrada. Determine o modelo matemático do sistema usando função de transferência.  1  0,25  a  4 a K  18  K  18 * 4  72 a G (s)  72 s4 Resposta do sistema para entrada do tipo rampa: 1 R( s)  2 s  1  1  C ( s )  G ( s ) R( s )    2   s  1  s  1  2 C ( s)  2   s s s  1 c(t )  t   et / , para t 0 e(t )  r (t )  c(t ) e(t )   (1  et / ) e(t ) t    Quanto menor o τ, menor será o erro de estado estacionário. (1o ordem e r(t): rampa) Resposta do sistema para entrada do tipo impulso: R( s )  1 1 1 C ( s)  G ( s) R( s)  s  1 c(t )  1  e t / , para t0 Para sistemas LIT (lineares e invariantes no tempo): t crampa (t )   cdeg rau (t )dt cimpulso (t )  dt d (1  e t / ) cimpulso (t )  dt 1 t / cimpulso (t )  e , para 0 t crampa (t )   (1  e t / )dt 0  crampa (t )  t    e t 0  t /  t 0 crampa (t )  t    e t / , para dcdeg rau (t )  t0 t0 Forma geral da função de transferência de sistemas de segunda ordem:  C ( s)  2 R(s) s  2 n s  n2 2 n d 2c(t ) dc(t ) 2 2  2    c ( t )   n n n r (t ) 2 dt dt n2 C ( s)  K. 2 R( s ) s  2 n s  n2 n : Frequência natural de oscilação;  : Coeficiente de amortecimento; Pólos : p1, 2   n  jn 1   2 Exemplo: Determine a frequência de oscilação natural e o coeficiente de amortecimento do sistema descrito pela seguinte função de transferência: 36 G(s)  2 s  4,2s  36 n2 C ( s)  2 R(s) s  2 n s  n2 n2 C ( s)  K. 2 R( s ) s  2 n s  n2 n2  36  n  6 4,2 2 n  4,2     0,35 12 K 1 Exemplo: Determine a frequência de oscilação natural e o coeficiente de amortecimento do sistema descrito pela seguinte função de transferência: 9 G(s)  2 s  4,2s  36 n2 C ( s)  2 R(s) s  2 n s  n2 n2 C ( s)  K. 2 R( s ) s  2 n s  n2 n2  36  n  6 4,2 2 n  4,2     0,35 12 K  9 2 n 9 K  0,25 36 A resposta dos sistemas de segunda ordem 2 podem ser classificadas em quatro categorias, Pólos : p1, 2   n  jn 1   de acordo com os valores dos seus pólos: A resposta dos sistemas de segunda ordem 2 podem ser classificadas em quatro categorias, Pólos : p1, 2   n  jn 1   de acordo com os valores dos seus pólos: Desempenho do sistema: considerando uma entrada em degrau e 0    1:   1  n2  C ( s)   2 2    s  2 n s  n  s    1  nt 2 c(t )  1  e cos(n 1   t   )u (t ) 2 1          tan  2  1    1 Resposta ao degrau unitário: Resposta ao impulso:  1   n2      n    C ( s)   2 1 c(t )   e 2   s  2 n s  n   2  2  1  2 1 n t   n 2  1 2 e     2 1 n t    u (t )  0   1       n t 2 n c(t )   e sin n 1   t u (t ) 2  1     1   c(t )  n2te nt u (t ) Parâmetros de desempenho: Mp: valor máximo da resposta; Fv: valor final ou valor de regime permanente. Parâmetros de desempenho (resposta ao degrau unitário): 1. Tempo de pico (Tp): tempo para a resposta atingir seu valor máximo. Tp   n 1   2 sendo a magnitude no instante t = Tp calculada por (para entrada em degrau): cmáx . (t )  1  e   1 2 2. Tempo de subida (Tr): tempo para a resposta ir de 10% para 90% do seu valor final. 3. Percentual de Overshoot (PO): valor máximo da resposta, expresso em porcentagem do valor final da resposta.  Mp  Fv  PO%  100 %  Fv  PO%  100e   1 2 %   ln(PO% / 100)  2  ln 2 ( PO% / 100) 4. Tempo de assentamento (Ts): Tempo para que o valor da resposta não oscile mais que 2% do seu valor final (usaremos sempre 2%). Ts  4  n , para 2% Ts  3  n , para 5% Percentual de overshoot versus coeficiente de amortecimento: cos( )   Parâmetros no plano s :   Tp   2 d n 1   Ts  4  n  4 d , para 2%   ln(PO% / 100)  2  ln 2 ( PO% / 100) Exemplo: Desenhar a região no plano complexo para PO < 16 % e Ts < 2,5 s. PO% 16 15 10 zeta 0,503 0,516 0,591 θ 59,7º 58,9º 53,7º Ts 2,5 2,0 1,0 σd 1,6 2,0 4,0 ATIVIDADE (F) Efeitos na resposta dos sistemas de segunda ordem devido a alteração do local dos pólos: Efeitos na resposta dos sistemas de segunda ordem devido a alteração do local dos pólos: Efeitos na resposta dos sistemas de segunda ordem devido a alteração do local dos pólos: p1,2  2  j 4,532 p1, 2  2  j 4,532, p3  10 p1, 2  2  j 4,532, p3  3 Caso o pólo adicional (acima da segunda ordem) esteja distante (no eixo real do plano s) dos pólos de segunda ordem 5 vezes ou mais, o sistema pode ser aproximado como um de 2º ordem. OBSERVAÇÕES: •O princípio de pólos dominantes deve ser utilizado quando não há zeros próximos aos pólos dominantes; • Com zeros próximos, a resposta é alterada significativamente; • Com os pólos de alta ordem DISTANTES dos dominantes, as fórmulas para tempo de pico, percentual de overshoot, tempo de assentamento e tempo de subida continuam válidas. ATIVIDADE (G)