Projeto Político Pedagógico
Por quê ? Para que ? Para quem?
Projeto
Dicionário:
•Projeto: ideia, desejo, intenção de fazer ou
realizar (algo), no futuro, plano.
•É uma descrição escrita e detalhada de um
empreendimento a ser realizado, plano,
delineamento, esquema
Etimologia: (latim)
•projectus: ação de lançar para a frente.
NECESSIDADE DE PLANEJAR PARA
ORGANIZAR O TRABALHO
• Não temos o hábito de planejar;
• É mais comum andar com o “extintor na mão”;
• Planejar em educação exige um pensar e
repensar de concepções;
• Não somos formados para fazer esse exercício;
• Não há incentivo do Estado para que a Escola
pense;
• Escola espera pacotes que diga como ela deve
agir.
Existe, na verdade, dupla negação
1. Dos profissionais da U. E.:
• Em relação ao desenvolvimento educacional;
• Trabalho isolado dos docentes;
• Vêm o PPP como ficção burocrática.
2. Dos governos:
• Administração por imposição de políticas que
descartam as necessidades locais;
• Modelos para homogeneizar o PPP como
formalidade.
Bases Legais: 1) Lei de Diretrizes e Bases da
Educação Nacional (LDB)- Lei nº 9394/96
Artigo 12 - Os estabelecimento de ensino, respeitadas as normas comuns e
as do seu sistema, terão a incumbência de:
• I- elaborar e executar sua proposta pedagógica;
Artigo 14 - Os sistemas de ensino definirão as normas de gestão
democrática do ensino público na educação básica, de acordo com suas
peculiaridades e conforme os seguintes princípios:
• I – participação dos profissionais da educação na elaboração do projeto
pedagógico da escola;
• II – participação das comunidades escolar e local em conselhos
escolares ou equivalentes.
A LDB deixa explícita a ideia de que a escola deve refletir sobre sua
intencionalidade educativa.
2) Estatuto da Criança e do Adolescente
(ECA) – Lei nº 8069/90
Artigo 53 - Parágrafo Único: É direito dos pais ou responsáveis ter
ciência do processo pedagógico, bem como participar da definição das
propostas educacionais.
Artigo 57 – O poder público estimulará pesquisas, experiências e
novas propostas relativas a calendário, seriação, currículo,
metodologia,didática e avaliação, com vistas à inserção de crianças e
adolescentes excluídos do ensino fundamental obrigatório.
Artigo 58 – No processo educacional respeitar-se-ão os valores
culturais, artísticos e históricos próprios do contexto social da criança e
do adolescente, garantindo-se a estes a liberdade de criação e o acesso
às fontes de cultura.
Diretrizes Fundamentais da
Política Educacional
• Democratização do Acesso e da
Permanência
• Democratização da Gestão
• Melhoria da Qualidade de Ensino
•
•
•
O PPP tem três dimensões:
a dimensão política,
a dimensão administrativa,
e a dimensão pedagógica.
A dimensão política está no compromisso com
a formação cidadã para um tipo de sociedade que
se deseja.
A dimensão administrativa se traduz nas
opções de rotinas escolares que contribuem
para a realização dos objetivos da escola.
A dimensão pedagógica se define pela possibilidade
da escola exercer seu papel de formar e capacitar as
pessoas para exercer sua cidadania.
A dimensão política se realiza, portanto, tanto
nas práticas pedagógicas quanto nas práticas
administrativas.
Projeto Político Pedagógico – (PPP)
algumas ideias:
–
como estamos hoje - e futuro – como
queremos estar amanhã – e, portanto,
1) - O projeto é o elo entre presente
um instrumento indispensável da ação e
transformação.
2) - É instrumento e processo de
organização da escola, contribuindo para o
enfrentamento dos desafios do cotidiano,
de maneira refletida, sistematizada e
participativa.
3) O PPP deve se constituir em processo contínuo
de ação e reflexão, expressando a diversidade e o trabalho
realizado pelo conjunto dos profissionais que atuam na escola.
4) Um PPP bem elaborado, dá identidade à escola,
favorecendo o ensino de qualidade.
5) O PPP deve atender às bases legais da educação,
e traduzir as necessidades da região e de cada unidade escolar.
6) O PPP é mais do que uma simples carta de intenções e
do cumprimento de ordem burocrático-administrativa: ele
expressa o compromisso e a responsabilidade de um grupo com
sua própria História!
Instrumentos de viabilização do
PPP
•
Diagnóstico - problematização e leitura da
•
Definição dos objetivos e metas - o que
•
Planejamento e levantamento das
•
realidade – o que temos.
queremos.
prioridades - como e o que faremos.
Avaliação – análise do que fizemos,
definição do que queremos, do que
precisamos mudar ou reafirmar o que foi
feito.
Princípios do PPP
- Participação de todos os segmentos da
comunidade escolar,
- Descentralização do planejamento e da
avaliação das decisões,
- Autonomia do coletivo para propor “o que” e
“como” realizar os objetivos educacionais
definidos.
- Compromisso com a viabilização do projeto
coletivamente definido.
EDUCADORES PRECISAM
TOMAR CONSCIÊNCIA QUE:
• Têm autoridade para tomar decisões técnicas e
políticas;
• É necessário romper com a visão de que a
escola é vítima do sistema;
• A escola produz saberes que contribuem para o
sistema;
• Educadores pensam e fazem. Todos são capazes
de refletir, propor e envolver-se;
EDUCADORES PRECISAM
TOMAR CONSCIÊNCIA QUE:
• A Unidade Educacional é capaz de
propor, influir e induzir políticas;
• As concepções de Educação, do Papel da
Escola enquanto Espaço Educacional e
da Função do Currículo definem suas
ações.
• É urgente desenvolver capacidade de
gestão coletiva, criando uma cultura de
relação democrática na U.E.
Papel de cada um na elaboração e
execução do PPP
• Entender-se enquanto profissional que tem função educativa
mediadora,
• Recuperar o significado de cada tarefa, para ser sujeito de
sua prática,
• Participar das instâncias de representeção e decisão na
escola: Conselho de Escola, APM, reuniões pedagógicas,
estudos coletivos, festas, dentre outras atividades e nas demais
instâncias,
• Expressar suas idéias, ouvindo e considerando as ideias dos
outros,
•Conhecer suas funções e ser flexível no cumprimento delas.
“Quem teve a idéia de cortar o tempo em fatias, a
que se deu o nome de ano, foi um indivíduo genial.
Industrializou a esperança, fazendo-a funcionar no
limite da exaustão.
Doze meses dão para qualquer ser humano se
cansar e entregar os pontos.
Aí entra o milagre da renovação e tudo começa
outra vez, com outro número e outra vontade de
acreditar que daqui pra diante vai ser diferente.”
Carlos Drumond de Andrade
Por isso Paulo Freire nos alertava
• “Pensar que a esperança sozinha transforma o
mundo e atuar movido por tal ingenuidade é um
modo excelente de tombar na desesperança, no
pessimismo (...). O essencial é que a esperança,
enquanto necessidade ontológica precisa
ancorar-se na prática, precisa da prática para se
tornar concretude histórica. É por isso que não
há esperança na pura espera, nem tampouco se
alcança o que se espera, na espera pura, que
vira, assim, espera vã.”
• (Pedagogia da Esperança – p. 11/12)
Que o ano de 2015 seja pleno de
projetos, ousadias e práticas
pedagógicas coletivas!!
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Projeto Político Pedagógico Lisete Arelaro