CURSO DE SISTEMAS DE INFORMAÇÃO – 1 SI
Teoria Geral da
Administração
Aula 3 – 30 de outubro
Prof. Gilnei Luiz de Moura
[email protected]
Versão 1.0 - outubro/09
Teoria Geral da Administração
1
Gilnei Luiz de Moura
3.Tecnologia
Teoria Geral da Administração
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Gilnei Luiz de Moura
Conceito:
é a racionalização do processo
decisório, na escolha entre
alternativas de investimento.
Importância:
Ponto de Vista Social
Ponto de Vista do Empresário
Teoria Geral da Administração
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Gilnei Luiz de Moura
Agenda
 Inovação
 Sociedade e Tecnologia
 Tecnologia
 Outros Conceitos Importantes
Teoria Geral da Administração
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Gilnei Luiz de Moura
Conceito de Inovação
Colocação
no
Mercado
Satisfação
Necessidades
Físicas
Econômicas e Sociais
A INOVAÇÃO COMEÇA COM UMA IDEIA, PASSA PELO
DESENVOLVIMENTO DE UM NOVO PRODUTO, PROCESSO
OU SERVIÇO E CHEGA ATE O MERCADO, COMO UM BEM,
QUE SATISFAZ NECESSIDADES FISICAS, ECONOMICAS E
SOCIAS.
Marquis, 1969.
Teoria Geral da Administração
5
Fonte: Roberto Sbragia
PACTo/FIA-USP
Idéia
Desenvolvimento
Novo Produto
Processo
Serviço
Gilnei Luiz de Moura
Maximização
Necessidades
Idéias
Tecnologia
(push)
Inovação
Mercado
(pull)
Fonte: Roberto Sbragia
PACTo/FIA-USP
Teoria Geral da Administração
6
Gilnei Luiz de Moura
Riscos associados à Inovação
ÍNDICE DE
SOBREVIVÊNCIA
E NOVAS IDÉIAS
PESQUISA
BÁSICA
PESQUISA
APLICADA
DESENVOLVIMENTO
INVENÇÃO
ENGENHARIA PRODUÇÃO
SUCESSO
COMERCIAL
INOVAÇÃO
Fonte: Roberto Sbragia
PACTo/FIA-USP
Teoria Geral da Administração
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Gilnei Luiz de Moura
Ciclo de Desenvolvimento de Produtos
Custo Por Idéia
US$ M
Quantidade
64
Seleção de idéias
16
Prova de conceito
8
Desenvolvimento de Produto
4
1
Teste de mercado
Lançamento Nacional
1
20
200
500
5000
Fonte: Kotler – Administração de Marketing
Fonte: Roberto Sbragia
PACTo/FIA-USP
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Os Parâmetros da Sony
Novas linhas de
produtos
Acréscimos às linhas
de produtos já
existentes
80% das receitas
Melhorias / revisões
de produtos
existentes
Reposicionamento
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Risco de Fracasso
9
Fonte: Kotler – Desenvolvimento de Estratégias de Marketing
10 % das receitas
Novos produtos
para o mundo
Gilnei Luiz de Moura
Tecnologia
QUADRO I – IMPACTOS NA SOCIEDADE PROVOCADOS
PELA TECNOLOGIA
1.
2.
3.
4.
5.
6.
7.
Aumenta a capacidade do homem de alcançar objetivos individuais ou
coletivos.
Produz efeitos laterais não intencionais ou não desejados,
proporcionais em magnitude aos seus efeitos desejados.
Proporciona conhecimento sobre seus efeitos colaterais, que muitas
vezes podem passar desapercebidos, e que devem ser levados em
conta na decisão de adotar tal ou qual tecnologia.
Proporciona caminhos alternativos que poderão ser escolhidos na
perseguição dos objetivos da empresa.
Proporciona conscientização sobre novas necessidades e novos
objetivos individuais e empresariais.
Proporciona ferramentas para analisar e compreender sistemas
complexos.
Proporciona conhecimento a respeito das próprias pessoas, permitindo
definir os tempos da condição humana.
Fonte: Adaptação de Herbert Simon, “Technology and Environment”, em Fred Luthans (org.), Contemporary Readings in
Organizational Behavior, New York, McGraw-Hill Book Co., 1977, p.51. In Chiavenato, Idalberto. Administração de empresas: uma
abordagem contingencial. 3ª edição, São Paulo: Makron Books, 1994, p. 153.
Teoria Geral da Administração
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Gilnei Luiz de Moura
Tecnologia
QUADRO II – ADMINISTRAÇÃO DA TECNOLOGIA -
1.
2.
3.
4.
5.
ASPECTOS DE THOMPSON
"A ação instrumental das empresas se fundamenta nos resultados
desejados e nas convicções sobre as relações de causa-e-efeito.
Frente a um resultado desejado, o estado do conhecimento humano dita
os tipos de variáveis necessárias e a maneira de manipulá-las para
alcançar aqueles resultados.
À medida que as atividades assim ditadas pelas convicções do homem
conduzam aos resultados desejados, pode-se falar em tecnologia ou
racionalidade técnica.
A racionalidade técnica pode ser avaliada por critérios vários, dentre os
quais o critério instrumental (que permite conduzir aos resultados
desejados) e o critério econômico (que permite alcançar os resultados
desejados com a mínima despesa de recursos necessários).
A tecnologia instrumentalmente perfeita produziria inevitavelmente o
resultado desejado, enquanto uma tecnologia menos perfeita prometerá
um resultado altamente provável ou menos possível:”
 Tecnologias de acordo com seu arranjo na empresa
 Tecnologia de acordo com o produto ou resultado (juntamente
com Bates).
Fonte: Adaptação de Chiavenato, Idalberto. Administração de empresas: uma abordagem contingencial. 3ª edição, São Paulo: Makron
Books, 1994, p. 159-160.
Teoria Geral da Administração
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Gilnei Luiz de Moura
QUADRO III – ADMINISTRAÇÃO DA TECNOLOGIA ASPECTOS DE PERROW
1.
“Todas as empresas se destinam à realização de algum tipo de trabalho e de que para tanto, necessitam de
técnicas e de tecnologia para poder realizá-lo.
2.
Tecnologia são os meios de transformar as matérias-primas (sejam humanas, simbólicas ou materiais) em bens
ou serviços desejáveis. As máquinas, equipamentos e suprimentos naturalmente podem ser considerados
como componentes da tecnologia; porém, o componente mais importante é o processo pelo qual as matériasprimas são transformadas em resultados desejados.
3.
A tecnologia é basicamente a técnica que habilita essa transformação.
4.
A tecnologia em sentido estrito, pode ser encontrada na mente de cada indivíduo: ela indica a competência
técnica com que cada profissional desempenha o seu cargo ou tarefa. Cada indivíduo recebe estímulos – como
ordens, sinais, instruções, regras e regulamentos etc. – aos quais deve reagir ou se comportar. Trata-se de uma
nítida situação de estímulo a resposta.
5.
Enquanto o estímulo pode ser ampliado para uma situação mais ampla – a matéria-rima – a resposta (como uma
consulta a algum manual de operações, a algum regulamento, ou à máquina) envolve um ’trabalho de pesquisa’
do indivíduo para analisar o estímulo recebido.
6.
Ocorrem duas dimensões, através das quais se pode analisar a tecnologia :
7.

Variabilidade da situação

Reação do indivíduo à situação
Em um nível mais amplo, a análise comparativa das empresas pode ser mais esclarecedora, tomando-se por
base a tecnologia ao invés de outras variáveis, como os objetivos organizacionais, os beneficiários principais,
as estruturas de poder e de obediência etc. Perrow propõe duas dimensões para a análise organizacional:

O grau em que a matéria-prima é percebida como conhecida

O grau em que a matéria-prima é percebida como estável, podendo ser tratada de modo padronizado e rotineiro.”
Teoria Geral da Administração
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Gilnei Luiz de Moura
Fonte: Chiavenato, Idalberto. Administração de empresas: uma abordagem contingencial. 3ª edição,
São Paulo: Makron Books, 1994, p. 167.
Tecnologia
QUADRO IV – ADMINISTRAÇÃO DA TECNOLOGIA ASPECTOS DE WOODWARD
1.
2.
3.
4.
5.
6.
7.
8.
9.
10.
“O desenho da estrutura organizacional da empresa é profundamente afetado pela tecnologia utilizada pela
empresa. A estrutura organizacional e o funcionamento da empresa dependem da tecnologia adotada: há um
imperativo tecnológico que condiciona a estrutura e o comportamento organizacional da empresa. Há uma forte
correlação entre estrutura organizacional e sucesso empresarial, em função da tecnologia adotada pela
empresa.
A tecnologia de produção por processamento contínuo permite elevado grau de previsão de resultados
operacionais, enquanto a tecnologia de produção unitária (oficina) impõe um baixo grau de previsão.
Há uma forte correlação entre os níveis hierárquicos na estrutura organizacional e o grau de previsibilidade das
técnicas de produção. Assim, quanto menor o grau de previsibilidade das operações, tanto maior deverá ser o
número de níveis hierárquicos na estrutura organizacional e, portanto, mais complexo o processo de tomada
de decisões da empresa.
O número de níveis hierárquicos na estrutura organizacional tende a ser maior nas empresas que utilizam
tecnologia de produção unitária e menor nas empresas baseadas em tecnologia de produção por processo e
automatizado.
O sistema de supervisão e sua amplitude de controle também dependem da tecnologia utilizada pela empresa.
As empresas de produção em massa bem-sucedidas tendem a ser organizadas de acordo com princípios
clássicos da teoria administrativa, com deveres e responsabilidades claramente definidos, unidade de
comando (um só supervisor para cada subordinado), distinção muito clara das funções de linha (comando) e
de staff (assessoria) e amplitude de controle muito ampla.
Nas empresas de produção em massa o modelo burocrático de organização mostrou-se associado ao sucesso
organizacional.
Na medida que a tecnologia é mutável a empresa precisa arranjar-se a cada momento para poder acompanhar
as inovações tecnológicas.
A tecnologia provoca forte impacto sobre os controles administrativos.
A tecnologia adotada também influi na importância relativa concedidas às diversas funções da empresa.“
Teoria Geral da Administração
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Gilnei Luiz de Moura
Fonte: Chiavenato, Idalberto. Administração de empresas: uma abordagem contingencial. 3ª edição, São
Paulo: Makron Books, 1994, p. 173-175.
Tecnologia
Tecnologia
QUADRO II B – A TIPOLOGIA DE TECNOLOGIAS SEGUNDO THOMPSON
Elos em
seqüência
Mediadora
Intensiva
Principais Características
Interdependência serial entre as diferentes tarefas
Ênfase no produto
Tecnologia fixa e estável
Repetitividade do processo produtivo, que é cíclico
Abordagem típica da Administração Científica
Diferentes tarefas padronizadas são distribuídas extensivamente em diferentes locais
Ênfase em clientes separados, mas interdependentes, que são mediados pela
empresa
Tecnologia fixa e estável, produto abstrato
Repetitividade do processo produtivo, que é padronizado e sujeito a normas e
procedimentos
Abordagem típica da Teoria da Burocracia
Diferentes tarefas são focalizadas e convergidas sobre cada cliente tomado
individualmente
Ênfase no cliente
Tecnologia flexível
Processo produtivo envolvendo variedade e heterogeneidade de técnicas que são
determinadas através da retroação fornecida pelo próprio objeto (cliente)
Abordagem típica da Teoria da Contingência
Teoria Geral da Administração
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Gilnei Luiz de Moura
Fonte: Chiavenato, Idalberto. Administração de empresas: uma abordagem
contingencial. 3ª edição, São Paulo: Makron Books, 1994, p. 163.
Tecnologia
QUADRO II C – MATRIZ DE TECNOLOGIA/PRODUTO DE
THOMPSON E BATES
Produto
Concreto
Abstrato
Poucas possibilidades de mudanças:
pouca flexibilidade
Estratégia voltada para a colocação do
produto no mercado
Ênfase na área mercadológica da
empresa
Receio de ter o produto rejeitado pelo
Algumas possibilidades de mudanças,
dentro dos limites impostos pela tecnologia
Estratégia voltada para a obtenção da
aceitação de novos produtos pelo mercado
Ênfase na área de mercadologia
(especialmente promoção e propaganda)
Receio de não obter o suporte ambiental
mercado
necessário
Mudanças relativamente fáceis nos
produtos, através da adaptação ou
mudança tecnológica
Estratégia voltada para a inovação e
criação constante de novos produtos ou
serviços
Ênfase na área de pesquisa e
Grande adaptabilidade ao meio ambiente:
grande flexibilidade
Estratégia voltada para a obtenção de
consenso externo (quanto aos novos
produtos) e consenso interno (quanto aos
novos processos de produção)
Ênfase nas áreas de pesquisa e
desenvolvimento (novos produtos e novos
processos), mercadologia (consenso dos
clientes) e recursos humanos (consenso dos
empregados)
desenvolvimento
Teoria Geral da Administração
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Fonte: Adaptado de James D. Thompson e Frederick L. Bates, Technology, Organizations and
Administration, Administrative Science Quartely, vol. 2, 1957, p.31-32. In Chiavenato, Idalberto.
Administração de empresas: uma abordagem contingencial. 3ª edição, São Paulo: Makron Books,
1994, p. 164.
Tecnologia
Gilnei Luiz de Moura
Tecnologia
QUADRO III B – AS VARIÁVEIS DA TECNOLOGIA SEGUNDO PERROW
Variabilidade dos estímulos
Poucas situações
excepcionais
Reações
do
Indivíduo
Resposta
nãoconhecida
Resposta
conhecida
Muitas situações
excepcionais
Artesanato
Rotina
1
2
3
4
Ausência de
rotina
Engenharia
Fonte: Chiavenato, Idalberto. Administração de empresas: uma abordagem contingencial. 3ª edição, São Paulo: Makron Books, 1994, p. 168.
Teoria Geral da Administração
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Tecnologia
QUADRO III C – AS VARIÁVEIS DA MATÉRIA-PRIMA SEGUNDO
PERROW
Variabilidade Percebida do Trabalho
Uniforme e Estável
Natureza
percebida
da
MatériaPrima
Instituições
Socializantes
(como
algumas
escolas)
Pouco
conhecida
Bastante
conhecida
Instituições
de amparo ou
de orientação
vocacional
Teoria Geral da Administração
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Não-uniforme e Instável
1
2
3
4
Clínicas psiquiátricas
para clientela de
alto nível
Escolas de ensino
dirigido
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QUADRO IV B – A COMPLEXIDADE TÉCNICA CRESCENTE SEGUNDO
WOODWARD
Sistemas de Produção
1.
Produção de unidade para atender requisitos
especiais dos clientes
2.
Produção de protótipos.
3.
Fabricação de grandes equipamentos em estágios
Produção de pequenos lotes
Produção de grandes lotes
Sistemas de
produção
abreviados
Tecnologia
Utilizada
Produção em unidades e
pequenos lotes
Habilidade
manual
Grandes lotes
e em unidade
Operação de
máquinas
6.
Produção de grandes lotes em linhas de montagem
Produção em massa
Produção em grandes
lotes e
em massa
Produção intermitente de produtos químicos em fábricas de
múltiplos propósitos
Produção em grandes
lotes com
processamento
9.
Produção de fluxo contínuo de líquidos, gases e
substâncias cristalinas
10.
Produção de componentes em grandes lotes,
posteriormente montados de diversas maneiras
Produção de substâncias cristalinas e sua posterior
preparação para venda como comprimidos ou
empacotados
Teoria Geral da Administração
Produção em
processamento contínuo
18
Produção em massa
linha de
montagem
Classificação
Produção
unitária ou
oficina
e
Produção em
massa ou
mecanizada
Processos
contínuos
Tecnologia
avançada
Produção
por
processamento
contínuo
ou
automatizada
Fonte: Adaptação de Joan Woodward, Organização Industrial: Teoria e Prática, São Paulo, Editora Atlas, 1977,
p.50 e 69. In Chiavenato, Idalberto. Administração de empresas: uma abordagem contingencial. 3ª edição, São
Paulo: Makron Books, 1994, p. 172.
Tecnologia
Gilnei Luiz de Moura
Tecnologia
QUADRO V – O IMPERATIVO TECNOLÓGICO
Produção
unitária (oficina)
Pouquíssimo
padronizado ou
automatizado
Mão-de-obra
intensiva
Baixa
previsibilidade do
processo
Sistema
orgânico
Produção em
massa
(mecanizada)
Tecnologia
estável
Linhas
de
montagem
Rotina e
estabilidade
do processo
Sistema
mecanístico
Produção em
processo
(automatizada)
Totalmente
padronizado e
automatizado
Tecnologia
intensiva
Elevada
previsibilidade
do processo
Sistema
orgânico
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Engenharia/Produção
a) projetar produtos
b) planejar sua execução
c) coordenar a produção
d) comprar materiais
e) controlar qualidade
f) controlar pessoal
g) fazer manutenção
CRONOGRAMA DE
EXECUÇÃO
Teoria Geral da Administração
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Tamanho e Localização
TAMANHO
– Unidades de Medida do Tamanho
– em termos de unidades ou valor dos bens produzidos.
– quantidades de MP utilizadas.
– número de empregados ou operários.
– montante do investimento total.
– unidades especiais.
LOCALIZAÇÃO
 A - Custos de Transferência ou Conta Fretes
 B - Disponibilidade de Custos
 C - Outros Fatores
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Curiosidades 1
PERFEITO (DES) ENTENDIMENTO!
O que o Marketing solicitou
Como a Fábrica produziu
Teoria Geral da Administração
Como Projetos interpretou
Como Vendas apresentou
22
Como a Engenharia desenhou
O que os Clientes queriam
Gilnei Luiz de Moura
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Aula 4 - TGA - 30 OUTUBRO 2009