CURSO DE SISTEMAS DE INFORMAÇÃO – 1 SI Teoria Geral da Administração Aula 5 – 01 de dezembro Prof. Gilnei Luiz de Moura [email protected] Versão 1.0 - outubro/09 Teoria Geral da Administração 1 Gilnei Luiz de Moura Teoria Geral da Administração 2 Gilnei Luiz de Moura PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO SEG. EXTERNO SEG. INTERNO SEG. EXTERNO Oportunidades Restrições internas Ameaças Exame estratégico Hipóteses de ganho e premissas de capacidade ofensiva Hipóteses de ganho e premissas de capacidade ofensiva Negócio (Produtos & Serviços) Missão Políticas Pressupostos básicos Macroobjetivos Diretrizes Exame estratégico Compromissos Projetos Atividades Produtos & Serviços Gilnei de Moura 3instrumento de mudança organizacional. São Fonte: Teoria SILVEIRA Geral JÚNIOR, da A. & Administração VIVACQUA, G. Planejamento estratégico como Paulo:Luiz Atlas, 1999. P. 40. 1. Noções - A “o planejamento é uma das conquistas de liberdade maiores que o homem pode almejar. Porque o plano é a tentativa do homem para criar seu futuro, é lutar contra as tendências e correntes que nos arrastam; é ter espaço para escolher; é mandar nos fatos e nas coisas para impor a vontade humana; é negar-se a aceitar o resultado social que nos oferece, automaticamente, a realidade automatizada de infinitas ações contrapostas; é fugir do imediatismo; é somar a inteligência individual para multiplicá-la, é usar a inteligência coletiva e criadora... Se nos arrastam e conduzem, perdemos a liberdade, perdemos a capacidade de escolher”. Matus (1989:154) Teoria Geral da Administração 4 Gilnei Luiz de Moura 1. Noções - B Planejamento não deve ser confundido com: PREVISÃO - esforço para verificar quais serão os eventos que poderão ocorrer, com base no registro de uma série de probabilidades PROJEÇÃO - situação em que o futuro tende a ser igual ao passado, em sua estrutura básica PREDIÇÃO - situação em que o futuro tende a ser diferente do passado, mas a empresa não tem nenhum controle sobre o seu processo e desenvolvimento RESOLUÇÃO DE PROBLEMAS - aspectos imediatos que procuram tão-somente a correção de certas descontinuidades e desajustes entre a empresa e as forças externas que lhe sejam potencialmente relevantes PLANO - documento formal que se constitui na consolidação das informações e atividades desenvolvidas no processo de planejamento; é uma decisão em que a relação custo-benefício deve ser observada (Oliveira,1988:21) Teoria Geral da Administração 5 Gilnei Luiz de Moura 1. Noções - C PLANEJAR "é estabelecer com antecedência as ações a serem executadas, estimar os recursos a serem empregados e definir as correspondentes atribuições de responsabilidade em relação a um período futuro determinado, para que sejam alcançados satisfatoriamente os objetivos porventura fixados para uma empresa e suas diversas unidades". (Sanvicente, 1983:16) PLANEJAMENTO em seu sentido mais alto é a “atividade de definir prioridades e garantir meios para a ação em função dessas prioridades", entendendo que "a eficiência e eficácia dependerão: a) da disponibilidade de recursos; b) da capacidade administrativa; c) da existência de certo grau de autonomia". (Zélia Carneiro, 1982:229-39) Teoria Geral da Administração 6 Gilnei Luiz de Moura 2. Dimensões do Planejamento 1ª.CORRESPONDE AO ASSUNTO ABORDADO, que pode ser produção, pesquisa, novos produtos, finanças, marketing, instalações, recursos humanos, etc. 2ª.CORRESPONDE AOS ELEMENTOS DO PLANEJAMENTO, entre os quais podem ser citados propósitos, objetivos, estratégias, políticas, programas, orçamentos, normas e procedimentos. 3ª.CORRESPONDE À DIMENSÃO DE TEMPO DO PLANEJAMENTO, pode ser, por exemplo, de longo, médio ou curto prazo. 4ª.CORRESPONDE AS UNIDADES ORGANIZACIONAIS ONDE O PLANEJAMENTO É ELABORADO, e nesse caso pode-se ter planejamento corporativo, de subsidiárias, de departamentos, de produtos, etc. grupos funcionais, de divisões, de 5ª.CORRESPONDE ÀS CARACTERÍSTICAS DO PLANEJAMENTO, que podem ser representadas por complexidade ou simplicidade, qualidade ou quantidade, estratégico ou tático, confidencial ou público, formal ou informal, econômico ou caro. Obs.: Essas 5 dimensões permitem visualizar a amplitude do assunto planejamento. Teoria Geral da Administração 7 Gilnei Luiz de Moura 3. Planejamento e Sistema PLANEJAMENTO “MODO DE PENSAR” “INDAGAÇÕES” - O QUE SERÁ FEITO? - COMO? QUANDO? - QUANTO? PARA QUEM? - POR QUE? POR QUEM? - ONDE SERÁ FEITO? Teoria Geral da Administração 8 Gilnei Luiz de Moura 4. Princípios do Planejamento - A Princípios Gerais: A) Contribuição aos objetivos; o planejamento deve sempre visar aos objetivos máximos da empresa. (hierarquização e interligação)Elemento gráfico ou foto à direita B) Precedência do planejamento; correspondendo a uma função administrativa que vem antes das outras (organização, direção e controle) C) Da maior penetração e abrangência; (planejamento provoca modificações nas características e atividades da empresa) D) Da maior eficiência, eficácia e efetividade. O planejamento deve procurar maximizar os resultados e minimizar as deficiências. Teoria Geral da Administração 9 Gilnei Luiz de Moura 4. Princípios do Planejamento - B Princípios Específicos: a) Planejamento Participativo b) Planejamento Coordenado c) Planejamento Integrado d) Planejamento Permanente “O planejamento não diz respeito a decisões futuras, mas às implicações futuras de DECISÕES PRESENTES” Peter Drucker Teoria Geral da Administração 10 Gilnei Luiz de Moura 5. Modificações 1o. Treinamento 2o. Substituição Pessoas 3o. Transferências 4o. Funções, avaliações, etc. 5o. Evolução dos conhecimentos Tecnologia 6o. Novas maneiras de execução Planejamento 7o. Alterações nas responsabilidades 8o. Nível de autoridade Sistemas 9o. Descentralização 10o. Comunicações 11o. Intruções,etc. Teoria Geral da Administração 11 Gilnei Luiz de Moura AGENDA Metodologias de Elaboração e Implantação da Função Planejamento Portfólio de Produtos Modelo BCG Análise SWOT Curva do Ciclo de Vida do Produto Teoria Geral da Administração 12 Gilnei Luiz de Moura FLUXOGRAMA DE PLANO ESTRATÉGICO Teoria Geral da Administração 13 Gilnei Luiz de Moura UM CICLO DE PLANEJAMENTO ANUAL 1 2 3 4 5 6 7 INSTRUÇÃO EXECUTIVA REUNIÃO DA ADMINISTRAÇÃO GERAL REUNIÃO DE AVALIAÇÃO DA ESTRATÉGIA TOMADA GERAL DE PREÇOS DO PLANO REUNIÕES PARA REVER A ESTRATÉGIA INSTRUÇÃO PARA REAPRESENTAR O PLANO APRESENTAÇÃO AO CONSELHO Rever Perspectiva ambiental Rever plano atual Definir tema do Planejamento Reconfirmar Missão corporativa. metas & regras empresariais. Confirmar suposições externas & tema do Planejamento Delinear questões de prioridades & opções Estabelecer políticas de planejamento & diretrizes Desempenho projetado versus metas Exigências de recurso & Disponibilidade Questões & opções Resolver questões Selecionar/ modificar/ planos/ opções Estabelecer metas de Desempenho Revisão final Determinar seguimento do trabalho, i.e. Contingências Novas Questões Documentação Disseminação Diretrizes do orçamento Dezembro Janeiro Feveiro Abril Maio Junho Julho Teoria Geral da Administração 14 Gilnei Luiz de Moura REQUISITOS DO PLANO HIERÁRQUICO Unidade empresarial Nível Missão Corporativo Missão corporativa Objetivos Objetivos corporativos Suposições Específicas para as capacidades, oportunidades, ameaças corporativas Força, fraqueza corporativa Força Competitiva Avaliação da oportunidade de mercado Estratégia do portfólio de mercado Mudanças desejadas em variáveis controláveis Programas para implementar mudança, específicos para a corporação Resultados financeiros esperados Composto geral corporativo geral, incluindo novas áreas de interesse Planos de ataque para mudança nas capacidades corporativas Específicos para a corporação Mensurações financeiras corporativas Mercados, atividades atribuídas aos limites divisionais Objetivos da UEN apoiando o objetivo corporativo Específicas para o escopo de atividades divisionais Força, fraqueza da UEN Como avaliado e revisto em todos os níveis Composto para os mercados atribuídos para a UEN Nível do segmento de mercado Escopo de atividades atribuídas para desenvolver o segmento de mercado Objetivos do segmento Específicas para o mercado: demanda, concorrência, serviço Participação, força e fraqueza específicas Prioridade de investimento específico para esse segmento Plano de ataque para mudança nas capacidades da UEN Específicos para as capacidades da UEN Planos de ataque para mudar fatores Mensurações financeiras da UEN Mensurações financeiras do segmento Específicos para o segmento Fonte: COOPER, Cary L. & ARGYRIS, Chris (org.). Dicionário enciclopédico de administração. São Paulo: Atlas, 2003, p. 1040. Teoria Geral da Administração 15 Gilnei Luiz de Moura Portfólio de Produtos HAX, Arnoldo C., MAJLUF, Nicolas S. Strategic Management. USA: Prentice Hall, 1984. BETHLEM, Agrícola de Souza. Política e Estratégias de Empresas. Editora Guanabara Dois S.A., 1981. Teoria Geral da Administração 16 Gilnei Luiz de Moura Portfólio de Produtos n O modelo de portfólio de Produtos foi criado pelo Boston Consulting Group e “tem no seu bojo os modelos de ciclo de vida e a correlação entre penetração de mercado e lucratividade - curva de experiência.” Bethlem, A. S. (1981) n Matriz de crescimento-participação - mostra o papel particular desempenhado por cada unidade de negócio. Teoria Geral da Administração 17 Gilnei Luiz de Moura Portfólio de Produtos (Growth-Share Matrix) n n Eixo horizontal - corresponde a participação de mercado relativa do negócio (força da firma naquele negócio). Eixo vertical - indica o crescimento do mercado (atratividade do mercado) Taxa de crescimento do mercado Participação Relativa no Mercado (Market Share) 25% 10% 4.0 Teoria Geral da Administração 2.0 1.0 18 0.5 0.25 Gilnei Luiz de Moura Gráfico Portfólio de Produtos - Interpretação n A disposição gráfica mostra uma visualização compacta e poderosa do portfólio de negócios da organização. n Mecanismo para identificar tanto a capacidade para geração de caixa quanto as necessidades de caixa para cada unidade de negócio. n Devido às características distintas de cada unidade de negócio, este pode sugerir direções estratégicas para cada negócio. Teoria Geral da Administração 19 Gilnei Luiz de Moura ALTA Market Share ALTA Teoria Geral da Administração BAIXA 20 Fonte: Adaptado de STERN, Carl W. & STALK JR., George. Estratégia em perspectiva: do The Boston Consulting Group. Rio de Janeiro: Campus, 2002, p. 67. BAIXA Crescimento Matrix de Crescimento Gilnei Luiz de Moura Sugestões para o posicionamento estratégico n Além da idéia do portfólio balanceado, pode-se selecionar o melhor posicionamento desejado para cada negócio. Categoria do Negócio Participação no Mercado Lucratividade do Negócio Investimento Requerido Fluxo de Caixa Líquido Estrelas Manter / Aumentar Alta Baixo Próximo de zero ou pouco negativo Vaca Leiteira Manter Alta Baixo Altamente Positivo Aumentar Nenhuma ou Negativa Muito Alto Altamente Negativo Colher / Desinvestir Baixa ou Negativa Desinvestir Positivo Colher / Desinvestir Baixa ou Negativa Desinvestir Positivo Pontos de Interrogação Abacaxis Teoria Geral da Administração 21 Gilnei Luiz de Moura ALTA Market Share ALTA Teoria Geral da Administração BAIXA 22 Fonte: Adaptado de STERN, Carl W. & STALK JR., George. Estratégia em perspectiva: do The Boston Consulting Group. Rio de Janeiro: Campus, 2002, p. 67. BAIXA Crescimento Matrix de Crescimento – Sequência de Sucesso Gilnei Luiz de Moura Refinamentos – análise de portfolio Crescimento Histórico do Mercado (5 anos) Crescimento histórico das Vendas do Negócio (5 anos) PERDA DE PARTICIPAÇÃO n C n E D B A n GANHO DE PARTICIPAÇÃO Teoria Geral da Administração 23 Diagonal - manutenção da participação no mercado; Acima da diagonal perda de participação no mercado nos cinco anos; Abaixo da diagonal ganho de participação no mercado nos cinco anos. Gilnei Luiz de Moura Refinamentos – análise de portfolio n Crescimento Sustentável Máximo – O Crescimento máximo que uma empresa pode suportar usando seus recursos internos e sua capacidade de endividamento. g = p {ROA +[(D/E)(ROA-i)]} – – – – – – g = crescimento sustentável máximo p = percentual de lucros retidos ROA = retorno dos ativos depois dos impostos D = total da dívida E = total de ações i = taxa de juros da dívida depois dos impostos Teoria Geral da Administração 24 Gilnei Luiz de Moura HAX, Arnoldo C., MAJLUF, Nicolas S. Strategic Management. USA: Prentice Hall, 1984 HENDERSON, Bruce D. The Experience Curve Reviewed – IV. The Growth Share Matriz or The Product portfólio. USA: The Boston Consulting Group. 1973. Teoria Geral da Administração 25 Gilnei Luiz de Moura Técnicas Matriciais para Avaliar o Portfolio Diversificado de Negócios Conceitos Visão bidimensional na qual compara a posição estratégica de cada negócio para uma empresa diversificada Indicadores mais utilizados: taxa de crescimento da indústria, participação de mercado, atratividade da indústria a longo prazo, vigor competitivo, estágio evolutivo de produtos / serviços Origem Na Escola do Posicionamento: Schendel, Cooper e Purdue em meados da década de 1970 e Porter nos anos de 1980/85, a partir do conceito utilizado por Sun Tzu (A Arte da Guerra) a 400 a.c. Resume-se a posições genéricas relacionadas através de análises de conjunturas. Tipos de Matrizes Matriz de participação no crescimento (Boston Consulting Group – BGC) Matriz do ciclo de vida da indústria (Arthur D. Little) Teoria Geral da Administração 26 Gilnei Luiz de Moura Matrix de Participação no Crescimento Crescimento BAIXA ALTA Market Share ALTA BAIXA Alta Baixa Alta Alta Alta Baixa Baixa Baixa (Alta - acima 1,0) Conceitos Conhecida por BCG devido aos seus criadores - Boston Consulting Group Dimensões - Objetivo Taxa de crescimento vs. Participação relativa no mercado (Baixa – abaixo de 1,0) •Vantagem: • transferir caixa dos negócios lucrativos, com limitado potencial de crescimento, para aqueles que ofereçam expectativas atrativas para um crescimento futuro, rentável e sustentado. Teoria Geral da Administração 27 Gilnei Luiz de Moura Matrix de Participação no Crescimento Market Share BAIXA Proporcionalidade Posição Crescimento Faturamento Receita Vendas BAIXA ALTA ALTA Posição Relativa de Participação no Mercado Teoria Geral da Administração 28 Gilnei Luiz de Moura Matrix de Participação no Crescimento Market Share ALTA BAIXA Baixa participação relativa do mercado Fracas perspectivas de crescimento Perdedores, não atrativos, fracos Baixas margens de lucro Posição de retaguarda no mercado em relação as líderes Curva de experiência São incapazes de gerar fluxo de caixa atrativo, inclusive a longo prazo, não permitindo suportar uma estratégia de fortificar-defender na retaguarda Possivelmente retendo ativos que poderiam ser re-alocados de forma mais lucrativa Prestes a encerrar, dispostas ou liquidadas Teoria Geral da Administração 29 Crescimento BAIXA ALTA Abacaxis Gilnei Luiz de Moura Matrix de Participação no Crescimento Question Marks Teoria Geral da Administração 30 Crescimento BAIXA ALTA Rápido crescimento do mercado pode torná-las atrativas do ponto de vista da indústria Baixa participação relativa em mercados de alto crescimento (acesso reduzido aos efeitos da curva de experiência), podem levantar a questão sobre o vigor necessário para competir com maior eficiência de custos Necessidades de caixa altas, devido ao grande investimento para financiar o crescimento rápido e o desenvolvimento de um novo produto Baixa geração de caixa devido a participação de mercado Menor acesso aos efeitos da curva de experiência e economias de escala Menores margens de lucro Market Share ALTA BAIXA Gilnei Luiz de Moura Matrix de Participação no Crescimento Market Share ALTA BAIXA Alta participação relativa no mercado de crescimento lento Geram superavits substanciais de caixa, além do necessário, para desenvolvimento, re-investimento e crescimento Tem liderança na indústria Volume de vendas Reputação de mercado Lealdade de marca Teoria Geral da Administração 31 Crescimento BAIXA ALTA Cash Cows Gilnei Luiz de Moura Matrix de Participação no Crescimento Stars Alta posição na participação relativa, em mercados de alto crescimento Proporcionam lucros e oportunidades de crescimento excelentes Tipicamente exigem grandes investimentos para expandir as instalações produtivas e atender às necessidades de capital de giro Tendem a gerar grandes fluxos de caixa interno devido à vantagem de baixo custo das economias de escala e da experiência cumulativa de produção Teoria Geral da Administração 32 Crescimento BAIXA ALTA Market Share ALTA BAIXA Gilnei Luiz de Moura Teoria Geral da Administração 33 Gilnei Luiz de Moura Alguns Indicadores de Desempenho Estratégico e Financeiro (Pontos Fortes e Fracos) Classificação na indústria quanto a sua participação no mercado Margens de lucro em relação ao mercado Tendências do lucro líquido e sobre o investimento da empresa Classificação de créditos da empresa Crescimento ou queda das vendas em relação ao mercado A imagem e reputação da empresa quanto aos seus clientes Liderança da empresa quanto a tecnologia, inovação e qualidade Desempenho Estratégico e Financeiro Fraco Desempenho Estratégico e Financeiro Forte Questionamento da estratégia atual Estratégia e/ou execução fraca Menor probabilidade de mudanças Teoria Geral da Administração 34 Gilnei Luiz de Moura Análise SWOT Oportunidade & Ameaça As empresas precisam monitorar as importantes forças de caráter macro e microambientais (ecologia das empresas) tais como: tecnologias, econômicas, governo, político-legais, socioculturais, clientes, concorrentes, fornecedores, acionistas etc. as quais afetam a capacidade em obter lucros. As empresas com melhor desempenho são aquelas que geram valor para o cliente, as quais sustentarão esse valor ao longo do tempo. Oportunidade Quando a empresa pode lucrar ao atender às necessidades dos consumidores de um determinado segmento Atratividade Probabilidade de Sucesso Ameaça Desafio imposto por uma tendência ou desenvolvimento desfavorável Gravidade Probabilidade de Ocorrência Teoria Geral da Administração 35 Gilnei Luiz de Moura SWOT Matrix de Oportunidades Alta Baixa Atratividade Alta Baixa Probabilidade de Sucesso Teoria Geral da Administração 36 Gilnei Luiz de Moura SWOT Matrix de Ameaças Alta Baixa Gravidade Alta Baixa Probabilidade de Ocorrência Teoria Geral da Administração 37 Gilnei Luiz de Moura Modelo SWOT Strengths (Fortes) Weaknesses (Fracos) •Competência básica em áreas chaves • Recursos financeiros adequados • Líder reconhecido no mercado • Vantagens de custo • Habilidades de inovação dos produtos • Gerência comprovada • Vanguarda ma curva de experiência • Habilidades tecnológicas superiores • Instalações obsoletas Opportunities (Oportunidades) Threats (Ameaças) • Crescimento mais rápido do mercado • Entrada de concorrentes estrangeiros • Concorrência com custos mais agressivos • Elevação de vendas de produtos substitutos • Mudanças cambiais • Exigências legais • Mudanças demográficas • Novas tecnologias • Lucratividade abaixo da média • Ausência de algumas habilidades / competência • Restrita linha de produtos • Incapacidade de financiamento • Custos unitários superiores a concorrência • Falta rede de distribuição • Serve grupos adicionais de clientes • Diversifica em produtos relacionados • Integração vertical • Queda de barreiras comerciais • Expansão da linha de produtos Fonte: Adaptado de THOMPSON, Arthur A. Jr. e STRICKLAND, A. J. III. Planejamento estratégico: elaboração, implementação e execução. São Paulo: Pioneira, 2000, p. 126 Teoria Geral da Administração 38 Gilnei Luiz de Moura HAX, Arnoldo C., MAJLUF, Nicolas S. Strategic management. USA: Prentice Hall, 1984 HENDERSON, Bruce D. The experience curve reviewed – IV. The Growth Share Matriz or The Product portfólio. USA: The Boston Consulting Group. 1973. KOTLER, Philip. Administração de marketing. 10ª. Edição. –São Paulo: Prentice Hall. 2004 Teoria Geral da Administração 39 Gilnei Luiz de Moura Curva do Ciclo de Vida n A Curva do Ciclo de Vida trata de produtos e mercado. “[...] o produto, o mercado e os concorrentes se modificam ao longo do tempo.” Kotler As Curvas do Ciclo de Vida dos Produtos (CVP) podem ser dividas em: 1. 2. 3. 4. Introdução Crescimento Maturidade Declíneo Os produtos podem ser divididos em: 1.Categorias (ex.: bebidas alcoólicas) 2.Formas (ex.: bebidas destiladas) 3.Produtos (ex.: vodca) 4.Marcas (ex.: Smirnoff) • as categorias possuem os ciclos de vida mais longos; • as formas seguem o padrão de CVP mais fielmente; • os produtos seguem o padrão do CVP ou uma de suas muitas variações. Teoria Geral da Administração 40 Gilnei Luiz de Moura Vendas e Lucros ($) Curva do Ciclo de Vida Vendas Lucros Introdução Teoria Geral da Administração Crescimento Maturidade Tempo 41 Declíneo Gilnei Luiz de Moura Curva do Ciclo de Vida n n (a) n “As marcas dos produtos podem ter um CVP curto ou longo.” (KOTLER, 2000, p.327). Os ciclos de vida podem ter padrões diferentes. Padrão de crescimento – queda-maturidade (b) Padrão de ciclo – novo ciclo (c) Padrão de escalonado Kotler (2000) destaca três categorias especiais de ciclos de vida Moda Estilo Teoria Geral da Administração 42 Modismo Gilnei Luiz de Moura Estratégias possíveis para lançar um produto 1. 2. 3. 4. desnatamento rápido: lançamento com preço alto e muita promoção desnatamento lento: lançamento com preço alto e pouca promoção penetração rápida: lançamento do produto a um preço baixo com grande investimento em promoção penetração lenta: lançamento com preço baixo e baixo investimento em promoção Teoria Geral da Administração 43 Gilnei Luiz de Moura Estágio de Crescimento Estratégias para sustentar o crescimento acelerado n n n n n n melhorar o qualidade do produto, acrescentar novas características e melhorar o estilo; acrescentar novos modelos; entrar em novos segmentos de mercado; aumentar a cobertura de distribuição e ingressar em novos canais de distribuição; mudar de campanhas de conscientização para preferência do produto; reduzir preço para atrair compradores sensíveis a preços. Teoria Geral da Administração 44 Gilnei Luiz de Moura Estágio de Maturidade Normalmente estágio mais longo. A maturidade pode ser dividida em: n n n maturidade de crescimento; maturidade estabilizada; maturidade decadente. Estágio de declínio A maioria das empresas não desenvolve uma política bem pensada para lidar com produtos que estão “envelhecendo”. Teoria Geral da Administração 45 Gilnei Luiz de Moura Estágios de Evolução do Mercado Assim como há a evolução do produto, também há a evolução do mercado, podendo ser dividido em: n n n n embrionário crescimento maturidade declíneo as empresas precisam avaliar seus produtos em função do estágio de mercado; quando surgem novos mercados (ex.: DVD), as organizações precisam avaliar as expectativas e lançar um ou mais produtos; a decisão de lançar um produto pode ter como objetivo um produto de massa, com um preço mais competitivo, com variação de preço e de tecnologia. Teoria Geral da Administração 46 Gilnei Luiz de Moura Matrix do Ciclo de Vida Arthur D. Little (ADL) Maturidade Posição Competitiva Embrionário Crescimento Maturidade Declíneo Dominante Forte Favorável Sustentável Fraco Inviável Varias opções estratégicas Atenção: poucas opções Perigo: distante do nicho de mercado ou eliminado Fonte: Adaptado de Hax, 1984, p. 185 Teoria Geral da Administração 47 Para cada um dos cruzamentos da Matriz, pode-se definir: • estratégias para melhorar participação de mercado; • necessidade de investimento; • rentabilidade; • fluxo de caixa. Gilnei Luiz de Moura Critérios para Segmentação do Negócio As pistas que ADL oferece definir um centro de estratégia são: 1. Concorrentes 2. Preços 3. Clientes 4. Qualidade / Estilo 5. Produtos Substitutos 6. Divestimento ou Liquidação Teoria Geral da Administração 48 Gilnei Luiz de Moura Identificando o Estágio de um Negócio em Função do Ciclo de Vida do Mercado n ADL identifica 8 fatores externos que permitem posicionar o estágio de um negócio no ciclo de vida do mercado: • taxa de crescimento do mercado • crescimento potencial de mercado • linha de produtos • nº de concorrentes Teoria Geral da Administração 49 • • • • participação de mercado barreiras tecnológicas barreiras de entrada fidelidade do cliente Gilnei Luiz de Moura Matrix Ciclo de Vida do Mercado para uma Estratégia Central Fatores que afetam o ciclo de vida de mercado para uma estratégia central Estágio de Maturidade do Mercado Embrionário Crescimento Maturidade Declíneo Taxa de Crescimento Potencial da Indústria Linha de Produto Número de Concorrentes Estabilidade da Participação de Mercado Padrão de Compras Facilidade de Entrada Tecnologia TOTAL Teoria Geral da Administração 50 Gilnei Luiz de Moura Análise de Performance Gráfico de Retorno Líquido sobre os Ativos Retorno Líquido sobre os Ativos Negócio C Maturidade Crescimento Negócio B Embrionário Declíneo Negócio A Desinvestimento Lucros 300 200 100 Caixa Neutro Consome Caixa 0 Produz Caixa Fonte: Hax (1984, p. 199) Teoria Geral da Administração 51 Gilnei Luiz de Moura Matrix Força-Atratividade Esta Matriz aborda duas dimensões: 1. a atratividade da indústria 2. a força que a empresa tem para cada negócio Média Baixa Alta Investimento e Crescimento Crescimento Seletivo Selecionar Média Crescimento Seletivo Selecionar Desinvestir Selecionar Desinvestir Desinvestir Teoria Geral da Administração 52 Fonte: GHEMAWAT, 2000: 25. Alta Baixa Força do Negócio Atratividade da Indústria Gilnei Luiz de Moura Forças do Negócio Fatores Internos Participação de mercado Força de Vendas Marketing SAC Produção Distribuição Teoria Geral da Administração 53 Recursos Financeiros Imagem Linha de Produtos Qualidade Competência Gerencial Gilnei Luiz de Moura Atratividade da Indústria Fatores Externos Tamanho de mercado Taxa de crescimento do mercado Sazonalidade Concorrência Barreiras de entrada Tecnologia Teoria Geral da Administração 54 Rentabilidade do segmento Inflação Controles governamentais Questões ambientais Questões políticas Questões legais Gilnei Luiz de Moura Passos para Implementação da Matrix Análise da situação atual Passo 1: Definição dos fatores críticos internos e externos Passo 2: Avaliação dos fatores externos Passo 3: Avaliação dos fatores internos Passo 4: Posicionamento dos negócios na Matriz Teoria Geral da Administração 55 Gilnei Luiz de Moura Passos para Implementação da Matrix Análise da situação futura Passo 5: Previsão de tendência para cada fator externo Passo 6: Posicionamento desejado para cada fator interno Passo 7: Posicionamento desejado para cada negócio na Matriz Passo 8: Formulação de estratégias para cada negócio Teoria Geral da Administração 56 Gilnei Luiz de Moura Passos para Implementação da Matrix Situação Atual Os fatores internos e externos são divididos em função de serem controláveis e incontroláveis Os fatores externos podem ser divididos em: • extremamente não atrativos • não atrativos • neutro • atrativos • extremamente atrativos Os fatores internos podem ser divididos em: • severa desvantagem competitiva • média desvantagem competitiva • neutro • média vantagem competitiva • grande vantagem competitiva Deve-se posicionar cada negócio na Matriz força-atratividade Teoria Geral da Administração 57 Gilnei Luiz de Moura Passos para Implementação da Matrix Situação Futura A previsão de cada fator externo pode definir um maior ou menor esforço da organização em função dos seus negócios. Se há uma expectativa de aumento da concorrência, por exemplo, a empresa deveria avaliar se é vantajoso investir no segmento. A partir do que se é desejado, a empresa pode formular estratégias eficientes. A partir do momento que os fatores internos e externos são identificados, a empresa deve posicionar cada negócio na Matriz força-atratividade, indicando posição atual e posição desejada. Com a definição de todos os itens anteriores, a empresa pode formular estratégias para alcançar os objetivos propostos, reposicionando cada negócio na Matriz força-atratividade. Teoria Geral da Administração 58 Gilnei Luiz de Moura Consistência das Estratégias de Investimento Teoria Geral da Administração 59 Gilnei Luiz de Moura Bibliografia AZEVEDO, Marilena C. de, COSTA, Helder Gomes. Métodos para avaliação da postura estratégica. São Paulo. Caderno de Pesquisas em Administração. V.08, no. 2, abril-junho. 2001. BETHLEM, Agrícola de Souza. Política e Estratégias de Empresas. Editora Guanabara Dois S.A., 1981. BRYSON, John M. Strategic planning for public and nonprofit organizations: a quide to strenghening and sustaining organizational achievement. San Francisco, California: Jossey - Bass, 1988. CARNEIRO, Zélia Maria Renê. O planejamento estadual: uma v.9, n.2, p.229-39, jul./dez. 1982. abordagem. Revista Pernambucana de Desenvolvimento, Recife, HAX, Arnoldo C., MAJLUF, Nicolas S. Strategic Management. USA: Prentice Hall, 1984. HENDERSON, Bruce D. The experience curve reviewed – IV. The growth share matrix or the product portfolio. USA: The Boston Consulting Group. 1973. KOTLER, Philip. Administração de marketing. 10ª. Edição. –São Paulo: Prentice Hall. 2004 MATUS, Carlos. Adeus senhor presidente: planejamento, antiplanejamento e governo. Recife: Litteris, 1989. OLIVEIRA, D. P. Rebouças de. Planejamento estratégico: conceitos, metodologia e práticas. 3.ed. São Paulo: Atlas, 1988. SANVICENTE, A. Zoratto, SANTOS, C. da Costa. Orçamento na administração de empresa: planejamento e controle. São Paulo: Atlas, 1983. SILVEIRA JÚNIOR, A. & VIVACQUA, G. Planejamento estratégico como instrumento de mudança organizacional. São Paulo: Atlas, 1999. THOMPSON, Arthur A. Jr. e STRICKLAND, A. J. III. Planejamento estratégico: elaboração, implementação e execução. São Paulo: Pioneira, 2000. Teoria Geral da Administração 60 Gilnei Luiz de Moura