As cinco dimensões do investimento para geração de renda mensal de longo prazo no Brasil Econômica – Risco – Utilidade – Conhecimento – Tempo Marcelo Vespoli Takaoka Prof. Dr. João da Rocha Lima Jr. Escola Politécnica da USP VI Seminário da LARES Escola Politécnica - USP - Cidade Universitária - Edf. Administração São Paulo – Brasil / 16-17 de novembro de 2006 Objetivo Complementar a análise sobre o comportamento da demanda por investimentos de longo prazo no Brasil. São levados em consideração os fatores econômicos (macro e micro), os riscos, a utilidade, o tempo (prazos e intervalos). Também fazemos uma reflexão sobre o conhecimento que os potenciais investidores têm ao tomarem uma decisão sobre que tipo de ativo será adquirido. Justificativa A decisão de investimento não é baseada apenas no binômio risco-retorno. É necessário compreender o comportamento do investidor. Há outros fatores que devem ser considerados. A “Teoria da Utilidade Marginal” é um fator explicativo. No entanto, faltam duas outras dimensões que são importantes para a melhor compreensão sobre o comportamento do investidor. Importância do tema Com a tendência de queda nos juros de curto prazo, e com a necessidade de geração de renda de longo prazo há uma necessidade premente de geração de renda estável e homogênea. Principais Conclusões O valor dos ativos imobiliários depende: do conhecimento individual investimentos de longo prazo da oportunidade de investimento em relação às ofertas existentes para a geração de riqueza ou renda da importância da renda para o investidor (utilidade) do tempo (prazos, intervalos) do e do risco percebido pelo investidor investidor sobre As cinco dimensões do investimento utilidade conhecimento risco econômica tempo As cinco dimensões do investimento - Utilidade aspirações Renda / Riqueza sociedade Segurança Conhecimento Prazo / intervalos desejos necessidades tempo As cinco dimensões do investimento - Econômica rentabilidade Segurança homogeneidade Finalidade Percepção de oportunidade Prazo / intervalos resultado investimento tempo As cinco dimensões do investimento - Risco ambientais Perda econômica ou de função sensibilidade ou falta de conhecimento Prazo / intervalos sociais econômicos tempo As cinco dimensões do investimento - Conhecimento informação Tempo Infra-estrutura comunicação compreensão Econômica Riscos Utilidade percepção educação tempo As cinco dimensões do investimento - Tempo intervalo Payback constância Riscos oportunidades Prognósticos prazo início tempo O Leilão das agências Caso I Bases do Leilão Banco ABN Real Bradesco Itaú Santander Banespa Unibanco Prazo de locação (anos) 10 20 20 10 10 Garantia de locação (anos) 5 10 10 5 5 Desconto para pagto a vista 10% 5% 5% 15% 10% 5% 5% Índice de correção anual % sobre o valor da arrematação (comissão) pago ao leiloeiro pelo comprador IGP-M, FGV 5% - 5% Resultados das rentabilidades e das taxas de retornos Data Imóvel Rentabilidade Aluguel / Lance Min. (%am) TIR Aluguel / Invest. (%am) (%am) 1 19/6/2002 13 1,05% 0,69% 0,57% 2 19/6/2002 14 1,16% 0,80% 0,68% 3 19/6/2002 17 1,13% 0,83% 0,70% ... ... ... ... ... ... 167 25/11/2002 32 1,10% 1,12% 0,97% 168 25/11/2002 34 1,26% 1,13% 0,99% 169 25/11/2002 35 1,10% 1,16% 1,01% Média 1,21% 0,93% 0,79% Média (%aa) 15,5% 11,72% 9,96% Distribuição da rentabilidade (Aluguel / Inv.) nas 169 agências Gráfico da Rentabilidade ("yield" ) (aluguel proposto/investimento) 1,60% 10/12/2002 20/11/2002 1,40% 31/10/2002 1,20% 11/10/2002 21/9/2002 0,80% 1/9/2002 12/8/2002 0,60% 23/7/2002 0,40% 3/7/2002 0,20% 13/6/2002 0,00% 0 20 40 60 80 100 120 140 amostra Amostra Média Média - Desvio Média + Desvio data 160 24/5/2002 180 Data %aa 1,00% Rentabilidade dos ativos imobiliários e taxas financeiras Rentabilidade e Taxas 1,80% 1,60% 1,40% 1,20% Mês 1,00% 0,80% 0,60% 0,40% 0,20% 0,00% jun/02 jul/02 ago/02 set/02 out/02 %am 169 Imoveis+ FIIEAB Poupança CDI nov/02 Conclusões Rentabilidade > Individualidade >0,8% ~ 1,1% am Rentabilidade próxima à da poupança Crença na queda da taxa de juros Busca de segurança para o investimento Percepção quanto à escassez Geração de Renda para atender necessidades, desejos e aspirações do investidor Conclusões Investidores do mercado imobiliário entendem que o investimento em imóveis tem caráter conservador e, portanto, estão dispostos a investir para assegurar uma renda de longo prazo e taxas de remuneração do capital mais baixas em relação às taxas oferecidas por outros ativos. Tratar o investimento em imóveis como se fossem aplicações de curto prazo é um erro. Empresários, instituições financeiras e investidores que pensam de modo idêntico, são induzidos a incorrer em perdas. Fundo de Investimento Imobiliário Almirante Barroso Caso II O FIIEAB – Oportunidade de geração de Renda / Riqueza Rentabilidade e Taxas 2,10% 1,90% 1,70% Rendimento das agências leiloadas 1,30% 1,10% Rendimento do FIIEAB 0,90% 0,70% 0,50% ju n/ 02 se t/0 2 de z/ 0 m 2 ar /0 3 ju n/ 03 se t/0 3 de z/ 03 m ar /0 4 ju n/ 04 se t/0 4 de z/ 0 m 4 ar /0 5 ju n/ 05 se t/0 5 de z/ 05 % am 1,50% meses Ativos Imobiliários CDI Poupança Linear (Ativos Imobiliários) Conclusões O fato de o fundo ter uma correlação negativa com as taxas de curto prazo (CDI) pode ser interessante para a formação de carteiras mais eficientes. O FIIEAB é um fundo de investimento imobiliário de longo prazo de maturação e, portanto, ideal para investidores institucionais e pessoas físicas que desejam obter renda a longo prazo. O FIIEAB meses Preço de Mercado (R$) Rendimento (R$) fev-06 dez-05 Rentabilidade (%) 0,0% out-05 0,0 ago-05 0,2% jun-05 200,0 abr-05 0,4% fev-05 400,0 dez-04 0,6% out-04 600,0 ago-04 0,8% jun-04 800,0 abr-04 1,0% fev-04 1.000,0 dez-03 1,2% out-03 1.200,0 ago-03 1,4% jun-03 1.400,0 abr-03 Preço de Mercado (R$) Preço de Mercado e Rentabilidade das Cotas do FIIEAB Conclusões Utilidade da Renda > renda mensal significativa Sensação de escassez no “valuation” e na decisão de investir A rentabilidade de ativos de base imobiliária deve flutuar, em média, entre a remuneração ofertada pela caderneta de poupança e a taxa do CDI, de acordo com oferta, a liquidez desses ativos, a sensação de escassez e a qualidade do produto imobiliário. Formação de Carteira de Poupança para Complemento de Renda Mensal no Brasil Caso III Co-autor Prof. Dr. João da Rocha Lima Jr. Premissas Período da análise: janeiro de 1995 a setembro de 2005 Rentabilidade de 1,13% am (14,38% aa) Correção anual da locação Isenção de IR para FII (mais de 50 inv./ com <10% das cotas) 15% de IR para ações A alíquota inicia em 22,5% para se estabilizar em 15% a partir do terceiro ano de aplicação, para o CDI Saldo dos diferentes Portfólios (R$ nominais) 4000 3500 3000 2500 2000 1500 1000 Portfolio Imobiliário Portfolio Imobiliário em FII Portfolio CDI Portfolio Bovespa Caderneta de Poupança 500 Set-05 Jan-05 Jan-04 Jan-03 Jan-02 Jan-01 Jan-00 Jan-99 Jan-98 Jan-97 Jan-96 Jan-95 0 Saldo dos diferentes Portfólios (R$ da Base) 2000 1800 1600 1400 1200 1000 800 600 Portf olio Imobiliário Portf olio Imobiliário em FII Portf olio CDI Portf olio Bovespa Caderneta de Poupança 400 200 Set-05 Jan-05 Jan-04 Jan-03 Jan-02 Jan-01 Jan-00 Jan-99 Jan-98 Jan-97 Jan-96 Jan-95 0 Conclusão – Securitização O valor da cota do ativo de base imobiliária depende: do prazo e intervalo de pagamento da renda da rentabilidade oferecida da liquidez das cotas do ativo das taxas da poupança e do CDI dos impostos cobrados da capacidade de investimento dos poupadores da utilidade para a renda gerada da percepção do investidor sobre: sua governança seus sistemas de gestão e controles da percepção de segurança e solidez do ativo e da escassez e oportunidade do investimento tempo c econômica o n h e c i m utilidade e n t risco o conhecimento