Nº
Ano 7 -
49 - Jun
www.da
ho 2012
Membro da
sein.com
.br
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Artigo
Final ou recomeço?
Waleska Farias traz
dicas para os executivos
que desejam ter uma
aposentadoria feliz.
Pág. 04
Tendência
‘As possibilidades
descartadas de imediato
podem ser a engrenagem
que falta para a sua
empresa decolar’, por
Sandra Santos.
Pág. 05
Destaque Dasein
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Wilson Mileris aponta
que os bons líderes
devem inspirar seus
colaboradores a tomar
iniciativas.
Pág. 06
Executivos estrangeiros
no Brasil: peculiaridades
e desafios de mão dupla
Daniel Villas Boas, Gerente Líder de Human Capital, da
Ernst & Young é o entrevistado desta edição. O executivo
fala sobre a atuação dos profissionais estrangeiros no
Brasil, revelando os desafios enfrentados pelas empresas
contratantes e pelos próprios profissionais. Págs. 02 e 03
Dasein na Mídia
Seu emprego está por um
fio? Aprenda alguns truques
e equilibre-se! Matéria do
portal InfoMoney contou com
a participação de Adriana
Prates, Presidente da Dasein.
Pág. 07
Fale Conosco: [email protected]
Dasein na Mídia
“Executivo de Valor 2012”.
Os principais executivos do
país, escolhidos por seleto
grupo de jurados, incluindo
a Dasein, reuniram-se para
premiação em São Paulo.
Pág. 08
Entrevista
DNews - Junho l 2012
Estrangeiros no Brasil: desafio de mão dupla
Nesta edição, o DNews conversou com Daniel
Villas Boas, Gerente Sênior Líder de Human Capital da Ernst & Young Terco na região central, que
compreende os estados de Minas Gerais, Goiás,
Espírito Santo e o Distrito Federal. A entrevista
teve a colaboração de Oliver Kamakura, Gerente
Sênior Executivo Human Capital da empresa. A
entrevista acontece em um momento em que a
Ernst & Young Terco foi escolhida como Apoiadora Oficial dos Jogos Olímpicos Rio 2016 e como
fornecedora exclusiva de serviços de Assessoria
e Auditoria para o Comitê Organizador. A entrevista trata principalmente dos desafios enfrentados tanto pelas empresas que desejam trazer
profissionais para atuar no Brasil quanto por
esses profissionais.
DNEWS - Quais os principais desafios para as
empresas que trazem executivos para o Brasil?
Ernst & Young - Temos acompanhado o mercado de contratação de mão de obra estrangeira por mais de dez anos e podemos afirmar que
os desafios atuais são muitos e demandam gestores cada vez mais capacitados, não apenas
em temas de natureza jurídica, mas, também,
em assuntos de contabilidade, operações e gestão financeira, tudo isso dentro de um ambiente
global de atuação. As dúvidas partem das mais
simples definições como que tipo de visto usar,
como contratar e sobre como remunerar, até
a execução de estruturas complexas de gestão
compartilhada de riscos, custos e qualidade.
De acordo com a legislação brasileira, todas as
ações relacionadas ao trabalho do estrangeiro
partem da definição do visto a ser utilizado.
Nesse sentido, o tipo de visto escolhido - autorização de trabalho com vínculo, sem vínculo,
ou de forma permanente - impacta diretamente
nas obrigações trabalhistas e previdenciárias
devidas pela pessoa jurídica no Brasil, assim
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como as obrigações tributárias a serem observadas pelo próprio estrangeiro sobre seus rendimentos mundiais. Não são raras as ocorrências de “estouros” no planejamento econômico
da expatriação ocasionados pela falta de estrutura adequada para suportar a transferência e
da falta de visibilidade a respeito dos potenciais
impactos trabalhistas e tributários no Brasil.
A autorização mais comum é a com contrato
local. Nessa abordagem, é importante lembrar
que a legislação brasileira para relações de
trabalho é bastante protecionista, mas suas
normas devem ser rigorosamente observadas
pelas empresas interessadas na contratação
de estrangeiros, especialmente para temas de
salários, benefícios e direitos concedidos por
via de acordos coletivos, como a participação
nos lucros e resultados. Vale lembrar que o
total de estrangeiros contratados não deve
exceder um terço do número de empregados,
tanto em termos de headcount [quantidade de
profissionais que trabalham na empresa] como
em termos de folha de pagamentos.
DNEWS - Como se dá esse protecionismo que o
senhor citou?
EY - O Brasil é um país culturalmente evoluído
nesse tema, mas os instrumentos legais que suportam a entrada e a inserção do estrangeiro
no mercado de trabalho local ainda precisam
ser melhorados para alinhar a cultura e a prática. Nos últimos anos, temos observado uma
tendência de desburocratizar os processos imigratórios por meio de ações que vão desde a
instituição de processos mais ágeis para obtenção de vistos de trabalho à eliminação completa dessa exigência para estrangeiros vindos de
países vinculados ao Brasil por via de acordos
específicos, como o Mercosul. Temos notado
também que o setor privado vem atuando ativamente junto ao Congresso Nacional por meio
de sugestões de melhoria das regras aplicáveis
ao trabalho do estrangeiro no Brasil e também
do brasileiro no exterior. Há muito a fazer, mas
acreditamos que estamos no caminho certo.
DNEWS - O profissional que vem de fora, contratado para atuar no mercado brasileiro por uma
empresa de atuação nacional, também precisa
se atentar a questões específicas? Quais?
EY - Precisa sim, especialmente com relação ao
planejamento de sua vida fiscal e a de sua família. Nossas regras tributárias são muito complexas e adotam conceitos que os estrangeiros
normalmente encontram alguma dificuldade
para entender e processar. É o caso da definição de fonte pagadora para efeitos de apuração
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A Ernst & Young é líder global em serviços de
auditoria, consultoria, impostos, transações
corporativas e assessoria. A empresa foi fundada em 1989 a partir da fusão da Ernst & Whinney e Arthur Young & Co., esta última presente
no mercado desde 1849. Hoje a empresa possui
mais de 150 mil colaboradores em 700 escritórios distribuídos por mais de 140 países. No
Brasil, a Ernst anunciou a integração de suas
operações com a Terco em outubro de 2010
buscando a liderança no setor. A empresa resultante é a Ernst & Young Terco, a mais completa organização de auditoria e assessoria do
país, que conta com 4.300 profissionais que dão
suporte e atendimento a 3.400 clientes de pequeno, médio e grande porte.
do imposto de renda devido pela pessoa física.
No geral, o estrangeiro está acostumado com a
ideia de que fonte é o local onde a prestação do
trabalho acontece, o que não é necessariamente verdade do ponto de vista local, que considera como sendo de fonte brasileira todo rendimento recebido na condição de residente fiscal
no Brasil, não importando o local onde o pagamento é realizado. Outros pontos de confusão:
aplicação de tratados internacionais, remessas
de divisas para fora do Brasil ou mesmo para o
Brasil, apuração de ganhos de capital, falta de
flexibilidade para definir as regras do contrato
de trabalho etc. Apesar de serem assuntos ligados à pessoa física, no caso dos estrangeiros,
qualquer situação de não conformidade pode
afetar também a pessoa jurídica. Nessa esfera,
não são somente riscos de penalidades administrativas e econômicas que podem ser levantados, mas principalmente o risco à reputação
da empresa. Por isso, vale o acompanhamento
de uma consultoria especializada.
DNEWS - Também há preocupações significativas para empresas que exportam profissionais
daqui para unidades no exterior? Quais são?
EY - Sim, existem e muitas! Dúvidas relacionadas ao que acontece com o contrato de
trabalho, com os benefícios trabalhistas já
conquistados, com o Fundo de Garantia, com a
continuidade das contribuições às previdências
oficial e privada, à logística da família, à questão
tributária, ao retorno ao país, enfim, inúmeros
temas que as empresas precisam relacionar e
abordar individualmente para assegurar um
processo de transferência tranquilo para as
partes e, sobretudo, transparente com relação
às expectativas dos dois lados. A legislação apli-
DNews - Junho l 2012
cável à transferência de brasileiros ao exterior
possui diversos pontos de incerteza e por isso
muitas das definições que as empresas buscam para promover suas expatriações vêm de
práticas de mercado e de precedentes judiciais.
Nesse ambiente de indefinições, os custos resultantes podem variar significativamente a depender do tipo de indústria e da habilidade da
empresa em tomar benefício de oportunidades
de planejamento tributário por via de tratados e
acordos internacionais, bem como em conviver
com riscos trabalhistas, tributários e de perder
o investimento feito no programa por conta de
perda do recurso para o mercado.
DNEWS - Entre as principais dificuldades que
os estrangeiros enfrentam para atuar em um
país, projeta-se a questão cultural. Que estratégias as empresas podem adotar para integrar
os expatriados à realidade local?
EY - Em primeiro lugar, antecipar o maior número de informações para que o expatriado possa
já ir direcionando suas próprias investigações
sobre o novo ambiente de trabalho. Em segundo lugar, organizar um trabalho preparatório
de imersão na cultura do país, inclusive com visitas periódicas ao país de destino. Muitas empresas estendem esse tipo de programa para
toda a família do expatriado, não apenas para
que todos tenham conhecimento a respeito do
novo ambiente, mas também para que aprendam a se ajudar nesse processo de adaptação.
Adicionalmente, muitas empresas adotam programas institucionais de acompanhamento e
integração por meio de almoços, happy hours e
aconselhamentos periódicos. Enfim, o mercado
está cheio de estratégias boas, mas não existem regras para facilitar a inserção.
DNEWS - Há diferenças tributárias para expatriados em relação a profissionais brasileiros? Como as empresas podem lidar com
estes custos e a burocracia de forma a evitar
a inviabilidade de uma contratação desse tipo?
EY - Existem diferenças tributárias com relação
a contribuintes residentes e não residentes,
classificações que podem ou não ser atribuídas
aos expatriados. Regra geral, o contribuinte residente deve declarar e tributar seus rendimentos em bases mundiais, não importando o local
onde o rendimento é percebido e tampouco
quem é o pagador. O imposto resultante é calculado com base na tabela progressiva de alíquotas, podendo chegar ao valor facial de 27,5%
sobre o valor bruto do rendimento recebido.
Por outro lado, os contribuintes não residentes
são tributados apenas sobre os rendimentos
creditados ou entregues por fontes fisicamente
situadas no Brasil. O valor do imposto é calculado pela alíquota definitiva de 25%, exceto se
houver previsão específica para o tipo de ren-
dimento recebido. Muitas vezes, o percentual
de 25% é superior ao valor da alíquota nominal
a ser considerada pelo contribuinte residente pelo simples fato de o não residente ter de
desconsiderar toda e qualquer situação pessoal que poderia reduzir a sua carga tributária
como, por exemplo, dependentes e deduções.
Um ponto que pode desequilibrar a balança na
comparação entre expatriados e profissionais
brasileiros é o custo trabalhista incidente sobre
folha de pagamentos. Apesar dos percentuais
brutos serem os mesmos, discute-se hoje a
questão da base de cálculo a ser considerada
em nível de empregador. A definição ainda está
por ser alcançada e o mercado tampouco demonstra linearidade de atuação, mas podemos
antecipar que os valores envolvidos são absolutamente elásticos a depender da construção teórica utilizada, da indústria e do perfil de risco
da empresa. Não existem segredos para lidar
com esses custos e a burocracia envolvida, mas
muito estudo, avaliações e planejamento.
“No Brasil, a
possibilidade de
interagir com diversos
perfis culturais
dentro de um mesmo
ambiente é real e nos
coloca em vantagem
quando o tema é
aprimorar o perfil de
nossos profissionais
”
DNEWS - Quais são as principais documentações relativas a esse tipo de contratação?
EY - De forma geral, o estrangeiro que queira
trabalhar no Brasil precisa comprovar sua
formação ou sua habilidade técnica para desempenhar uma atividade pouco encontrada
no mercado local, demonstrar a ausência de
antecedentes criminais, seu estado civil e suas
informações de nascimento. A empresa interessada deve, entre outros requisitos, demonstrar
a necessidade de ter um profissional no perfil
pretendido, bem como a ausência de candidatos locais para o preenchimento da vaga e formalizar o contrato de trabalho correspondente
dentro das exigências da legislação brasileira.
O processo de autorização do visto de trabalho
normalmente leva entre 45 e 60 dias e é realiza-
do pela Secretaria Geral de Imigração do Ministério do Trabalho. Os requisitos para a transferência de brasileiro ao exterior dependem do
país de destino considerado.
DNEWS - O que o senhor destacaria no que diz
respeito às idiossincrasias dos perfis dos executivos brasileiro, americano, europeu, chinês
e japonês, por exemplo? O que o Brasil pode
aprender com essas outras culturas?
EY - Podemos dizer que são perfis distintos e
cada um deles carrega aspectos positivos e
negativos. O executivo brasileiro é reconhecido
por sua capacidade de adaptação, flexibilidade
e criatividade, mas pouco admirado com relação à atenção a horários e compromissos. Os
americanos, europeus e japoneses possuem
perfis semelhantes na parte de planejamento
e cronogramas, muito organizados e comprometidos, mas pouco flexíveis e abertos a modificações. Os chineses e os japoneses valorizam
muito a palavra, mais do que o próprio contrato
escrito, mas não comunicam suas emoções de
forma clara para o perfil ocidental, o que pode
levar a mal-entendidos por conta do desalinhamento entre o que foi dito e o gesto feito. Todos
temos muito a aprender uns com os outros,
com a vantagem de que no Brasil a possibilidade de interagir com diversos perfis culturais
dentro de um mesmo ambiente é real e nos coloca em vantagem quando o tema é aprimorar
o perfil executivo de nossos profissionais.
DNEWS - A recessão na Europa faz com que
profissionais de lá procurem mercados emergentes, como o do Brasil?
EY - Percebe-se alguns movimentos em direção
ao Brasil e a outros países emergentes. Um
deles é a atenção que as empresas estrangeiras têm dado a novos negócios no Brasil, tendo
em vista os grandes investimentos anunciados
para a Copa do Mundo, Jogos Olímpicos etc.
Há ainda as notícias de que uma fatia representativa da população foi inserida na classe
média vinda de classes mais baixas, aumentado a faixa de consumidores no país, e de que
o Brasil enfrenta um déficit por mão de obra
especializada, principalmente na construção
civil. Assim, tem-se percebido que muitos executivos brasileiros que atuam ou dirigem multinacionais no exterior são alvos de propostas
para retornarem ao Brasil. Esses profissionais
são uma excelente opção de contratação, já
que conhecem nosso mercado, nossa língua
e consequentemente terão a oportunidade de
aplicar a experiência acumulada no exterior,
inovando neste mercado. As oportunidades no
Brasil não se limitam a executivos brasileiros. O
país apresenta oportunidades também para os
executivos estrangeiros especializados.
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Artigo
DNews - Junho l 2012
Carreira e aposentadoria: fim ou recomeço?
Há dois momentos cruciais na vida: o primeiro é quando nascemos. O segundo é
quando descobrimos o motivo pelo qual
viemos ao mundo e, a partir daí, enfrentamos o desafio de traçar contínuos objetivos
e nos posicionar de modo convergente com
quem somos e com o que, realmente, queremos até o fim de nossas empreitadas.
No plano de gestão de carreira, com a
proximidade da aposentadoria, muitos
profissionais sofrem um dilema: definir
um norte e tomar a decisão de construir
uma nova realidade, ou, viver reféns de
um futuro indefinido, convivendo com um
fluxo contínuo de preocupações diversas.
Muitos registram esse momento como
perda de uma condição alcançada e acabam padecendo de grande sofrimento e
desgaste emocional.
“Independente
da configuração,
aposentar-se é
uma certeza em
qualquer trajetória
profissional. Se você
deseja ter um final
de carreira feliz,
a melhor maneira
de consegui-lo é
preparar-se para
vivê-lo
”
Esse momento, pensar a aposentadoria, requer uma atenção especial para registrar
com maturidade as conquistas alcançadas
e planejar o que se deseja como futuro. O
convívio integral com a família, a redivisão
dos espaços emocionais e físicos, a readequação das disponibilidades financeiras,
além de outros aspectos são de fundamental importância e devem ser repactuados.
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Independente da configuração, aposentar-se é uma certeza em qualquer trajetória
profissional. Se você deseja ter um final de
carreira feliz, a melhor maneira de consegui-lo é preparar-se para vivê-lo. Com base
nas vivências do coaching, em linha com o
plano de futuro dos profissionais, listamos
algumas dicas que o ajudarão na construção dessa nova realidade:
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* Waleska Farias
“ Preparar-se no
contexto físico,
emocional e financeiro,
visualizando as
mudanças por meio
de perspectivas
positivas, ajudará
você a desenvolver as
condições necessárias
para readaptar-se a
essa nova fase
”
• Desde já defina qual a vida que você quer
ter quando se aposentar. O seu futuro precisa ser desenhado com requinte de detalhes desde agora. Quanto melhor definido o
sonho, mais provável de acontecer. Pessoas previdentes conseguem usufruir melhor
quando o futuro, mais cedo do que se espera, torna-se o presente;
• Não economize nos benefícios e alegrias
que você espera ter quando da sua aposentadoria. Quanto mais você estiver convencido do quão maravilhoso será esse
recomeço, mais propenso a investir nele
estará. Trata-se da máxima de “ação e reação”: sua colheita será compatível com
seu plantio;
• Na fala de David Oman McKay, nenhum sucesso na vida compensa o fracasso no lar.
Portanto, construa elos com sua família.
Fale com seu(ua) parceiro(a) sobre os con-
ceitos de bem-estar e qualidade de vida;
conquistar adesão para os investimentos
comuns ajuda a fortalecer o propósito e
consolidar parcerias;
• Cultive o hábito de poupar e defina o que
gostaria de realizar, considerando o valor
a ser gasto conforme a idade atual, renda
pretendida e objetivos futuros. Disciplina é
fundamental. Resista à tentação de dispor
desse dinheiro para outros propósitos.
Preparar-se no contexto físico, emocional
e financeiro, visualizando as mudanças por
meio de perspectivas positivas, ajudará
você a desenvolver as condições necessárias para readaptar-se a essa nova fase.
Sua decisão de “como” vivenciar sua nova
realidade pautará o sucesso das suas iniciativas. Acredite!
* Waleska Farias é Coach e Consultora de
Gestão de Carreira e Imagem. Desenvolve
treinamentos, workshops e palestras com
foco nos aspectos comportamentais das relações humanas. Graduada em Comunicação Social com especialização em Relações
Públicas e Marketing, possui formação em
Coaching Integrado - Coaching Executivo,
Life Coaching e Quantum Evolution pelo ICI
Integrated Coaching Institute, Treinamento & Desenvolvimento pela ABTD, Leader
Trainning pelo Instituto Tadashi Kadomoto
e Programação Neurolinguistica pelo INAp.
Contato: http://www.waleskafarias.com.
Tendência
DNews - Junho l 2012
A programação neurolinguística e a arte de negociar
Negociar bem não é uma competência simples. Exige sensibilidade, esforço e conhecimento. Durante as dezenas de reuniões e
contatos com empresários que temos em
nosso dia a dia é fácil perceber que poucos
são os que têm essa habilidade lapidada. E é
justo com ela que se conquista a confiança
dos stakeholders, para firmar parcerias e
se estabelecer no mercado.
Para não perder as oportunidades, o primeiro passo é entender o seu negócio e
reconhecer verdadeiramente os seus benefícios para a sociedade ou para seu público.
É uma etapa bastante filosófica. Conceitos
de Programação Neurolinguística (PNL) provam que evidenciamos nossos julgamentos
durante a comunicação. Nesse sentido, se
você não acredita no seu serviço ou no seu
produto, será difícil que outros acreditem.
Os atores sabem, o brilho nos olhos revela
muito e não tem como ser fabricado.
Isso acontece porque existem algumas
“crenças limitantes” que adquirimos ao
longo da vida. São ideias fixas e afirmações
em que passamos a acreditar por causa de
alguma experiência, mas que não são necessariamente verdadeiras. O repertório é
vasto, envolve profissão, relacionamentos e
até identidade. Muitas vezes se apresentam
com frases feitas como “dinheiro não traz
felicidade”, “quem espera sempre alcança”,
“o peixe morre pela boca”, “eu não consigo
fazer isso” ou mesmo algo relacionado a um
fracasso na juventude ou até na infância.
Muitos casos de falência ou estagnação
profissional acontecem por uma crença ligada a trabalho ou ao tipo de negócio. Se
você carrega essas “verdades”, o seu corpo
falará inconscientemente por você — mesmo que na prática você diga algo positivo.
Coach e treinamentos de autoconhecimento
ajudam muito a descobrir essas amarras e
a redesenhar visões.
Feito isso, é necessário conhecer como a
palma da mão o mercado, seu público-alvo,
perfil de consumo, faixa etária, estilo de vida
e preferências. Essas informações dão foco
às prospecções.
Interessante também é ter em mente a sua
margem de flexibilidade antes mesmo de começar a negociação. Até quanto é possível ajustar
os custos? Seria possível ceder de alguma forma? O que a sua empresa ganha e o que perde?
Noções de comunicação e relacionamento
também são fortes aliadas. Colocar-se no
lugar do cliente ou do futuro parceiro é uma
das características-chave para fazer bons
negócios. E para isso o melhor é exercitar
a escuta. As necessidades vão nortear toda
a negociação. Além de saber fazer boas perguntas, é importante se colocar no lugar do
outro, tentar descobrir o que ele valoriza,
como se sente.
Estudos da PNL mostram que cada pessoa
tem uma forma diferente de captar as informações. Alguns são mais sinestésicos, de
forma que priorizam o conforto, precisam
testar, sentir qualidade e comodidade. Por
sua vez, existem aqueles que são mais auditivos, que escutam a argumentação, ficam
atentos aos sons e comentários vindos de
fora. Outros podem ser mais visuais, precisam “ver para crer”, são cativados pela
estética, observam os detalhes. Saber identificar essas características, que não são
fixas e variam de acordo com o momento,
é uma competência que pode ser adquirida
com estudo e treinamento e coloca o executivo em um oportuno patamar diferenciado
para enfim mostrar, da melhor maneira, as
vantagens de sua proposta.
“Cada pessoa tem
uma forma diferente
de captar informações.
Saber identificar
essas características
é competência a ser
adquirida com estudo e
treinamento
”
A fala e a desenvoltura corporal ocupam um
grau de relevância estratégico na negociação. Por isso a PNL é uma ferramenta valiosa. A partir de estudos da neurociência foram estabelecidos modelos de comunicação
verbal e não verbal. Ombros muito curvados
ou o desvio frequente do olhar demonstram
insegurança. Olhar o relógio e ficar virado
para a saída fazem parecer falta de atenção
ou de interesse. Movimentar as pernas ou
Foto: Divulgação
* Sandra Santos
segurar a caneta freneticamente é sinal de
impaciência. Ao observar a postura do outro, é possível perceber um envolvimento
positivo ou sentir a falta dele. Conhecendo
a técnica, é possível passar mais segurança
em uma conversa, entrar em sintonia com
quem você negocia e estabelecer uma relação de confiança. Quando os negociadores
entram em postura espelhada e mais desenvolta, naturalmente é possível perceber
mais fluidez no diálogo.
Durante as negociações, é normal que existam inúmeras objeções, e o empreendedor
de sucesso deve buscar entendê-las. As possibilidades descartadas de imediato podem
ser um dia a engrenagem que falta para a
sua empresa decolar.
Ao encarar o problema com disposição e
escutar ativamente, é possível transformar
desafios em oportunidades. Esse é um momento crucial. É nele que muitos perdem
grandes chances e outros se diferenciam e
garantem a liderança de um mercado.
O executivo que conseguir colocar em prática
essas estratégias e habilidades de comunicação estará entre aqueles que mais escutam a
desejada expressão: “Negócio fechado”.
* Sandra Santos é treinadora do Instituto Nacional de Excelência Humana (Inexh). Formada em
Comunicação Social com habilitação em Jornalismo pela Universidade de Mogi das Cruzes (UMC) e
graduanda em Filosofia Clínica pelo Instituto Lúcio
Packter, é especialista em grafologia há 17 anos.
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Destaque Dasein
DNews - Junho l 2012
O biossistema da inovação exige uma
liderança inspiradora
Inovação significa mudança e mudança exige
uma liderança inspiradora. A liderança está
ligada ao processo de inovação, ao aporte de
novas ideias, métodos ou soluções.
Pesquisas mostram que, nos dias de
hoje, sete entre dez funcionários não se
sentem envolvidos com seu trabalho, disse Dov Seidman, consultor especializado
em construir empresas com princípios.
Pior: 84% deles cumprem suas tarefas
por medo ou coerção, 12% por motivação
e apenas 4% por inspiração, que Seidman acredita ser o único modo de gerar
uma autêntica cultura de inovação.
Para intervir em operações deficitárias,
criar novas unidades de produção, desenvolver novos produtos ou serviços, incorporar novos procedimentos, reerguer
operações ameaçadas de cancelamento
ou liberar o espírito de criatividade sufocado por exigências burocráticas, precisamos de líderes inspiradores que façam
coisas que nunca tinham sido feitas e descubram lugares nunca dantes descobertos. O trabalho do líder é mudar. E toda
mudança exige que os líderes busquem
ativamente formas de tornar as coisas
melhores, crescer, inovar e melhorar.
“As necessidades
pessoais e da
empresa põem as
pessoas cara a cara
com quem elas são
de fato e em quem
são capazes de
tornar-se
”
É preciso que os líderes inspirem seus
colaboradores a tomar iniciativas. Se
há uma empresa que pode ser descrita
como pioneira em inovação, essa empresa é a norte-americana 3M, que começou fabricando lixas e hoje conseguiria
encher um supermercado inteiro só
com seus 55 mil produtos, que incluem
marcas fortes como Durex, Scotch-Brite,
Post-it e Micropore. A 3M contou, desde
o início, com um gestor que encorajava
todos os funcionários a tomar iniciativas.
Seu nome: William McKnight. E foi esse incentivo do líder ao intraempreendedorismo que fez toda a diferença - mais do que
o conhecimento, a cultura, a estrutura ou
qualquer outro ingrediente isolado.
“São os líderes
inspiradores que
fazem as coisas
acontecerem
”
McKnight percebeu que quando as pessoas pensam em suas conquistas, pensam
logo em algum tipo de desafio. Por quê?
Pelo fato de que, quando as coisas são
estáveis e seguras, ninguém é testado
de fato. Podem até apresentar um bom
desempenho, conquistar promoções, até
mesmo adquirir fama e fortuna. Mas a
segurança e a rotina induzem à acomodação. Em contrapartida, as necessidades pessoais e da empresa põem as pessoas cara a cara com quem elas são de
fato e em quem são capazes de tornar-se.
Nos estudos que realizamos ao longo do
tempo sobre liderança, ficou evidente
que o estudo do fenômeno da liderança
é o estudo de como homens e mulheres
guiam outras pessoas por meio da adversidade, da incerteza, da necessidade,
dos transtornos, da transformação, da
Foto: Divulgação
* Wilson Mileris
transição, da recuperação, dos novos
começos e de outros significativos desafios. É o estudo de pessoas que triunfam
sobre formidáveis dificuldades, que tomam a iniciativa diante da inércia, que
confrontam a ordem estabelecida, que
mobilizam pessoas e instituições para
enfrentar severas resistências.
São os líderes inspiradores que fazem
as coisas acontecerem. E, para fazer
com que aconteçam coisas novas, para
encontrar ideias inovadoras, eles têm
de olhar para fora, olhar para além das
fronteiras conhecidas. É preciso que eles
questionem o status quo, o imobilismo e
a acomodação, inspirando todos da sua
equipe para novas possibilidades.
* Wilson Mileris é palestrante profissional,
atua há mais de 30 anos como conferencista,
treinador e consultor de Recursos Humanos.
É autor do livro “O Click do Êxito”, editado pela
Ediouro, e coautor dos livros “Gigantes da Motivação” e “Gigantes da Liderança”. É criador
de vários métodos de treinamento e educação
de executivos, com ênfase nas áreas de Liderança, Motivação, Comunicação e Negociação.
Informações: www.mileris.com.br. Contato:
[email protected].
A Dasein Executive Search é membro da Association of Executive Search Consultants (AESC), a principal associação
mundial para a profissão de executive search, presente em 74 países. Como uma empresa membro da AESC, a Dasein
está comprometida com os altos padrões internacionais de prática profissional. www.aesc.org
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Dasein na Mídia
DNews - Junho l 2012
No último dia 21 de maio, a repórter Eliane Quinalia, do portal InfoMoney, produziu uma matéria sobre como os profissionais podem
reverter situações em que a sua imagem dentro da empresa não é favorável. Adriana Prates, Presidente da Dasein, foi uma das
especialistas entrevistadas. A executiva apresentou uma série de dicas para os profissionais que estão nessa situação. Confira abaixo
a matéria na íntegra:
Seu emprego está por um fio? Aprenda alguns
truques e equilibre-se
Se após algumas atitudes inadequadas da sua
parte você perceber que o clima na empresa
está estranho e que o seu gestor mal fala com
você, é melhor ficar atento: seu emprego pode
estar por um fio. E nada de se desesperar! Talvez com um grande esforço da sua parte, você
ainda possa reverter esse quadro e melhorar
sua imagem na corporação.
formadas com profissionais que tenham
dignidade e profissionalismo, afinal, muitos
colegas tentarão derrubá-lo ao perceber
suas intenções de melhora.
Quem compartilha dessa opinião é a Presidente da Dasein Executive Search, Adriana
Prates. Segundo ela, se o colaborador está
na empresa e não foi demitido, isso significa
que o mesmo ainda tem alguma chance. “Do
contrário, ele já estaria cumprindo o aviso
prévio, não é mesmo?”, diz.
perder o foco e manter
seu objetivo, tentando
sempre estabelecer
boas alianças
Dessa forma, batalhar para mudar a própria
imagem ainda pode se mostrar uma boa
opção. “Conquistar uma imagem positiva na
organização é uma tarefa diária e constante,
mas reconquistar a própria credibilidade não
é tão fácil assim”, lembra a profissional.
“Conquistar uma
imagem positiva
na organização é
uma tarefa diária e
constante
”
Desafios
Pois é, ao que parece, ao tentar reverter um
quadro negativo, o colaborador passará por
diversos tipos de provações, especialmente
por parte dos seus colegas e superiores.
“No começo, ninguém acreditará na mudança
e ele será muito criticado. O importante, no
entanto, é que o mesmo não perca o foco e
mantenha seu objetivo, tentando sempre estabelecer boas alianças com pessoas que cresceram pela meritocracia”, explica Adriana.
Segundo ela, o ideal é que as alianças sejam
“O importante é não
”
A recuperação
E se o colaborador ainda assim se sentir
meio perdido em sua readequação de imagem, cabe ao superior ajudá-lo. “Em uma
conversa franca, o líder deve informar quais
os comportamentos mais inadequados que
o profissional manteve na empresa, orientando-o ainda sobre o que a companhia espera dele dali por diante”, explica Adriana.
O valor do profissional
E não pense você que tamanho esforço não
vale a pena. Para quem não sabe, um profissional ‘recuperado’ costuma ter um valor
“Em uma conversa
franca, o líder deve
informar quais os
comportamentos
mais inadequados
que o profissional
manteve na empresa
extra na empresa em que atua.
“Superar uma fase ruim não é fácil, mas ao
conseguir esse feito o valor do contratado
praticamente triplica, afinal, todos querem
um profissional que foi provado e conseguiu
dar a volta por cima. Isso mostra força e
maturidade”, conta a Presidente da Dasein
Executive Search.
Os truques
E se você ficou curioso para saber como
melhorar sua imagem em uma organização,
fique atento às recomendações da Gerente e
Líder da Prática de Leadership & Talent Hay
Group América Latina, Glaucy Bocci.
“Superar uma fase
ruim não é fácil,
mas ao conseguir
esse feito o valor
do contratado
praticamente triplica
”
Estabeleça uma figura de confiança para
feedbacks: tenha um colaborador da empresa como referência e peça para ele ajudá-lo,
alertando-o sobre suas principais mudanças.
Melhore sua aparência: vista-se melhor e
de acordo com o perfil da sua empresa.
Avalie sua comunicação: se você tem problemas para falar em público, que tal fazer
um curso para melhorar sua apresentação?
Melhore seus relacionamentos: procure
ser mais agradável com os colegas de trabalho e também mais atencioso, especialmente se você já teve problemas nessa área.
”
Não se atrase: lembre-se que pequenos atrasos podem ser perdoados, mas atrasos constantes, não. Por isso, não se atrase!
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Dasein na Mídia
DNews - Junho l 2012
No dia 7 de maio aconteceu a cerimônia de entrega do Prêmio “Executivo de Valor 2012”. A escolha dos premiados foi feita por um
corpo de jurados composto por nove empresas que são referência nacional na seleção de executivos, entre elas a Dasein Executive
Search. Confira abaixo a matéria sobre a premiação no jornal Valor Econômico:
Um prêmio para comandantes de negócios no país
Os melhores dirigentes em 24 setores da economia, escolhidos por nove empresas de seleção
de executivos, reúnem-se em São Paulo
Em seu discurso, Caldini disse que especialmente neste momento em que se
molda um novo modelo de nação, o país
precisa de líderes, também na iniciativa
privada, “que sejam modelos não só de
eficiência, mas sobretudo de ética e humanidade”.
A diretora de Redação do Valor, Vera Brandimarte, falou sobre os investimentos da
empresa na área digital e convidou os
empresários e executivos a experimentar
os novos conteúdos da marca “Valor”, que
serão produzidos especializados em economia, negócios e finanças do país.
Em suas 12 edições, o Executivo de Valor
8
Foto: Cláudio Belli / Valor
“Executivos de Valor são aqueles que buscam seus resultados no mercado, e não
na sonegação. São aqueles que criticam
a corrupção, mas, mais que isso, não
corrompem (...). Em resumo, são aqueles
que compreendem que não há incompatibilidade entre resultado e uma gestão
humanizada, ética e responsável”, disse o
presidente do Valor.
Os executivos foram escolhidos por nove
jurados das empresas de hunting Amrop
Panelli Mota Cabrera, Dasein Executive
Search, Fesa, Heidrick & Struggles; Korn/
Ferry International, Mariaca, Passarelli,
Perfil e Russell Reynolds Associates. Em
sua escolha, os jurados consideraram
não apenas o resultado da empresa, mas
também outros aspectos da gestão, como
ousadia, disciplina e capacidade do executivo de identificar oportunidades de inovação e crescimento.
Foto: Silvia Constanti / Valor
A presidente do Magazine Luiza, Luiza Helena Trajano, Executiva de Valor do setor
Comércio/Varejo e Atacado, foi a mais
aplaudida da noite. Única mulher entre
os premiados, ela disse que sua empresa
saiu do interior de São Paulo, de Franca,
“onde falamos póórta”, para se transformar em um grupo de porte nacional, com
700 lojas e faturamento próximo de R$
8 bilhões. “Abrimos muitas lojas em São
Paulo, mas continuamos dizendo póórta”,
afirmou a empresária.
já premiou 122 dirigentes. Roger Agnelli,
ex-presidente da Vale, foi premiado em
dez edições – neste ano, o eleito do setor de Mineração foi o novo presidente da
Vale, Murilo Ferreira – e o presidente da
CPFL, em oito. Entre os ganhadores desta
edição houve nove estreantes.
Foto: Cláudio Belli / Valor
Mais de 300 executivos representantes de
empresas participaram da solenidade em
que foi entregue o prêmio “Executivo de
Valor” de 2012, na segunda-feira, no Rosa
Rosarum, em São Paulo. Foi uma festa
também para familiares e companheiros
de trabalho dos executivos premiados, de
24 setores da economia, num evento que,
segundo o presidente do Valor Econômico,
Alexandre Caldini Neto, tornou-se um dos
mais “desejados, prestigiados e reconhecidos” do país.
DNews - Junho l 2012
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Executivos estrangeiros no Brasil: peculiaridades e