Nº 42
Ano 6 -
- Outubr
www.da
o 2011
Membro da
sein.com
.br
Foto: Divulgação
Destaque Dasein
Foto: David Braga
Thelma Teixeira fala
sobre a capacidade de
um líder coach de fazer
as perguntas para que
os liderados encontrem
as respostas. Pág. 03
Tendência
Foto: Divulgação
Raise the bar - Traçar
uma meta, superá-la
e buscar outras ainda
mais ambiciosas,
por Scher Soares.
Pág. 04
‘O RH do século XXI tem
de ser capaz de fazer
a diferença’
Na entrevista desta edição, Mônica Longo,
Diretora de Recursos Humanos da Nivea Brasil, aborda os
cem anos da marca celebrados em 2011, as estratégias
de recursos humanos da empresa e o vertiginoso
crescimento vivido nos últimos anos. Pág. 02
Artigo
Leonardo Grapeia enfatiza
a importância dos
profissionais capazes de
se adaptar a ambientes
conturbados na busca de
constantes resultados.
Pág. 05
Fale Conosco: [email protected]
Dasein na Mídia
Arquitetura e
decoração da Dasein
são destaques em
matéria do Jornal Hoje
em Dia, que abordou
o tema ‘identidade
corporativa’. Pág. 06
Entrevista
DNews - Outubro l 2011
Nivea faz cem anos de história
tivéssemos uma empresa totalmente diferente.
Esse alto giro de pessoas acarretava elevados
custos de recrutamento, treinamento e de integração de colaboradores que, após dois ou
três anos, deixavam a empresa levando consigo o aprendizado adquirido. O mais intrigante
é que as pessoas saíam elogiando muito a empresa, as pessoas e o ambiente de trabalho.
É neste contexto que a marca Nivea comemora
em 2011 seus cem anos de existência. No ensejo,
o DNews entrevista nesta edição Mônica Longo,
Diretora de Recursos Humanos da Nivea Brasil.
Ela fala sobre os cem anos da marca, as estratégias de recursos humanos da empresa e o vertiginoso crescimento vivido nos últimos anos.
Após uma minuciosa análise via pesquisa interna, grupos de discussão e entrevistas de
desligamento, nós conseguimos diagnosticar:
mediante uma nova vaga, a empresa buscava
no mercado um profissional para ocupar a
posição; a pessoa então era contratada, dominava a situação, entregava resultados e, após
dois ou três anos, naturalmente começava a
se perguntar “e o próximo passo?”. Como não
enxergava dentro da empresa uma oportunidade futura, acabava saindo. Nosso turnover
era alto porque não existiam possibilidades de
desenvolvimento dentro da empresa, apesar
de termos um bom clima organizacional.
DNEWS - Neste ano, a Nivea completa a histórica marca de cem anos de atuação. O que esse
marco representa para a empresa? Fale-nos
sobre a atuação da Nivea, sua trajetória, suas
diretrizes de gestão e seus projetos.
Mônica Longo - O momento de celebração
dos cem anos da marca Nivea tem sido muito
especial para todos os colaboradores e parceiros do Grupo Beiersdorf, detentor da marca
Nivea no mundo inteiro. Não é qualquer marca
que tem o privilégio de comemorar cem anos
de existência e todos os colaboradores estão
muito orgulhosos disso. Entendemos que tal
feito só foi possível porque a marca conquistou a confiança do consumidor ao longo dos
anos e porque soube manter-se atualizada
frente às expectativas de um público cada vez
mais exigente. Durante sua existência, a empresa investiu pesadamente na construção
de novas tecnologias e buscou expandir sua
atuação em mercados em desenvolvimento.
Hoje, os produtos do Grupo estão presentes
em mais de 150 países e a marca Nivea é líder
em diversas categorias e em inúmeros países.
Toda esta expansão, contudo, não mudou o
principal objetivo: o de entregar produtos que
carregam tecnologia de ponta no cuidado com
a pele. A Nivea tem o orgulho de ser a marca
que mais entende de pele no mundo e a cada
ano aumenta os investimentos em pesquisa
para gerar itens de qualidade superior e eficácia comprovada no cuidado com a pele.
DNEWS - No que diz respeito aos recursos humanos, a Nivea chegou a ter elevados índices
de turnover há alguns anos, o que era um problema. Como a empresa lidou com a situação
para revertê-la?
Mônica Longo - No final de 2005, o nosso índice de turnover ultrapassava 30%. Isso significava que, a cada dois ou três anos, era como se
2
Assim, em 2006, quando avaliamos nossos
objetivos para os cinco anos seguintes, percebemos que tínhamos de mudar essa situação. Elaboramos um plano organizacional
que cobriu diversas frentes, mas, em especial, era voltado para os seguintes tópicos:
revisão do processo de avaliação de desempenho para conseguirmos identificar, de
forma mais clara e objetiva, a performance e
o potencial dos nossos colaboradores; implementação de uma política de recrutamento
que privilegiasse os nossos recursos internos; expansão das nossas atividades de capacitação (treinamentos, expatriações, transferências entre áreas etc.) para preparar os
nossos colaboradores para desafios futuros.
Como resultado de tais iniciativas, conseguimos reduzir o nosso turnover dos 30% que
tínhamos em 2005 para 15% ao final de 2010
- e aumentamos o índice de aproveitamento
interno, que era de 5% em 2006, para 60% ao
fim do ano passado.
DNEWS - A Nivea vem dando incríveis sinais
de crescimento, tendo duplicado os seus negócios no país entre 2005 e 2010, e estabeleceu metas ambiciosas para os próximos anos.
Quais são as estratégias da empresa para alcançar esses resultados?
Mônica Longo - Em 2010, fechamos um ciclo
estratégico em que conseguimos entregar
todas as principais metas que tínhamos traçado para o período 2006-2010. Dobramos de
tamanho, fortalecemos a nossa base finan-
Foto: Divulgação
Nivea é hoje uma das marcas de cuidado com
a pele mais confiáveis em todo o mundo – e a
expressão “todo o mundo” é dita em um cenário em que a marca se faz presente em mais
de 200 países. Em contrapartida, um de seus
orgulhos institucionais é o fato de as pessoas
dos vários países em que seus produtos estão
presentes verem Nivea como uma marca local.
ceira, crescemos em participação de mercado em todas as categorias em que atuamos e
conseguimos reduzir o nosso turnover. Para
os próximos cinco anos, as metas continuam
bem desafiadoras - e dobrar novamente de
tamanho faz parte dos objetivos. Vamos intensificar o crescimento nas principais categorias em que estamos presentes. Queremos
continuar desenvolvendo as nossas pessoas
e almejamos ter papel ainda mais significativo dentro do Grupo Beiersdorf, onde atualmente somos a unidade de negócios com
maior ritmo de crescimento.
DNEWS - Historicamente, o uso de cosméticos
sempre esteve bastante ligado ao público feminino. A Nivea, contudo, dispõe de uma linha
voltada para os homens desde a década de
1990 – uma estratégia que vem colaborando
para o desenvolvimento da empresa. Esse é
um nicho estratégico para a empresa?
Mônica Longo - O mercado de produtos para
o público masculino vem crescendo significativamente ao longo dos últimos anos. Para
atender a esse público que está descobrindo os
benefícios do mundo cosmético, aumentamos
os investimentos na marca Nivea For Men e intensificamos o seu direcionamento. Concentramos nossa presença na mídia em momentos
de campeonatos esportivos e focamos nossas
ações presenciais em eventos tipicamente mais
frequentados pelo público masculino (Salão do
Automóvel; Salão Duas Rodas; Rally etc.). Tais
iniciativas aumentaram a nossa visibilidade,
mais consumidores masculinos puderam conhecer e experimentar os nossos produtos e o
retorno tem sido o crescimento constante em
participação de mercado nesta categoria.
Destaque Dasein
DNews - Outubro l 2011
Era Nasrudin um líder coach?
Hodja Nasrudin é um personagem muito célebre e querido na Turquia, onde nasceu em
1208. Desde pequeno tinha reputação de ser
muito inteligente e sagaz e também de ter muito senso de humor. Recebeu o título de mulá
por ser muito erudito. Suas histórias são contadas como ensinamentos, fábulas, parábolas
e histórias de humor. Vejam esta.
Grisalho e Branco
Quando ainda era criança, Nasrudin perguntou ao pai:
“Por que seu cabelo é grisalho?”
“Ora Nasrudin, porque filhos que fazem perguntas impossíveis deixam brancos os cabelos de um homem.”
“Entendo”, disse Nasrudin. ”Então é por isso que
os cabelos do vovô são brancos feito neve?”
Vejam esta outra dele, de quando já adulto:
Um discípulo de Nasrudin um dia lhe perguntou:
- Nasrudin, por que você sempre responde a
uma pergunta com outra?
Ao que Nasrudin contestou:
- Eu faço isto?
O modelo de liderança coaching tem como
pressuposto que o ser humano é o agente de
transformação e de poder de sua vida e tem
internamente todas as possíveis capacidades
como potenciais latentes para serem expressadas caso lhe sejam dadas as oportunidades.
Vamos analisar os componentes deste pressuposto:
1. Agente de transformação e de poder de sua
vida: significa que o ser humano não é o objeto
em uma mudança, mas sim o sujeito dela, e que
a mudança só ocorrerá se ele assim o desejar.
2. Tem todas as capacidades latentes: estudos da neurociência nos apresentam a capacidade de utilização do cérebro, transformando aptidões em habilidades e competências.
últimas palavras do pressuposto: caso lhe
sejam dadas as oportunidades. Dar as oportunidades é papel do líder e significa que este
tem de acreditar que toda pessoa é capaz de
desenvolver-se, e, portanto, deve dar liberdade
para que isso aconteça.
Foto: David Braga
* Thelma Teixeira
De acordo com Eugenio Mussak, é “criar seres
autônomos e elevar as pessoas para que atinjam um patamar superior.” É construir acesso
ao crescimento, desenvolvimento e participação. É distribuir o poder. Infelizmente, poucos
líderes são vistos pelos colaboradores como
inspiradores, justos e capazes de estimular o
seu desenvolvimento.
As pesquisas têm nos mostrado que o estilo
brasileiro de administrar é ainda baseado no
autoritarismo, paternalismo e personalismo.
Estes estilos estão em desacordo com o estilo
coaching de liderança e é preciso que paradigmas sejam alterados e que os líderes adotem
novas condutas e novos papéis.
Rhandy di Stéfano, autor de o Líder Coach,
ensina-nos que: “O líder efetivo de hoje é aquele que entende o potencial de seus liderados
e reconhece o seu papel no desenvolvimento
destes”. Ele faz uma comparação entre gestão
antiga e gestão de alta performance.
A gestão antiga tem as seguintes características: gestor dizia o que fazer e tinha as respostas, gerenciava com foco nas tarefas, e não nas
pessoas, comandava e controlava. Na gestão
de alta performance, o líder é coach e professor, ou seja, gera desenvolvimento e amadurecimento profissional de sua equipe para que
esta se responsabilize por criar alternativas;
ajuda a estabelecer visão tornando a equipe
uma força criadora, cujos potenciais são utilizados em favor de metas comuns; gerencia
pessoas e suas competências, aumentando
a base de habilidades e criando situações de
aprendizado; fornece feedback para que ajustes sejam feitos e para gerar constante melhoria, e lidera por investigação apreciativa, isto
é, exerce o papel de facilitador na análise de
fatos e geração de respostas eficientes.
3. Para serem expressadas: pesquisas revelam que o ser humano sente-se motivado por
desafios, para lidar com adversidades e por
projetos que exigem o uso mais focado de
suas competências.
No modelo de gestão de alta performance, o
líder coach tem os papéis:
Se está tudo centrado na própria pessoa segundo o pressuposto da liderança coaching,
para que serve o líder? A resposta está nas
2. Transformador de paradigmas - Questionar
as crenças e modelos mentais (padrões de
pensamento) limitantes e fazer emergir os re-
1. Parceiro estratégico - parceiro para que a
equipe encontre as respostas aos problemas,
compartilhando conhecimento.
cursos internos das pessoas.
3. Desenvolvedor de pessoas - Desenvolvimento
de competências pessoais para resolução de
conflitos, gerenciamento de equipes, capacidade de motivação e adaptabilidade às mudanças.
“A empresa com a cultura de alta performance usando o coaching como estilo de liderança
cria condições para que suas equipes se tornem learning teams (equipes que aprendem),
aumentando o índice de adaptabilidade e sua
resiliência (capacidade de lidar com adversidade).” (Rhandy di Stéfano)
Observa-se que o líder coach não é aquele que
dá respostas, mas, ao contrário, faz perguntas
contribuindo para que os liderados encontrem as respostas. Esta atitude faz com que os
liderados aprendam a pensar e encontrar as
soluções por si mesmos, usando seu potencial
e tornando-se agente de transformação de si e
das organizações às quais pertencem.
Não é isso que o Nasrudin fazia?
E também não era isso que o papa da administração pregava para o líder do futuro? “O líder
do passado era uma pessoa que sabia como
dizer. O líder do futuro será uma pessoa que
sabe como perguntar.” (Peter Drucker)
* Thelma M. Teixeira é consultora de Projetos da Dasein Executive Search. Para falar com ela, escreva
para [email protected].
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Tendência
DNews - Outubro l 2011
Raise the bar
Você conhece aquela modalidade esportiva chamada “salto em altura”? Quando um saltador
supera a marca estabelecida e salta mais alto
do que os demais, ele ganha o direito a quê?
Talvez você esteja pensando: quando ele salta
mais alto, ele ganha reconhecimento, status,
prêmios, visibilidade. Sem dúvida alguma, o
saltador que salta mais alto ganha tudo isso.
Mas, além disso, ele ganha o direito a quê?
Você vai concordar comigo que todo saltador
que supera uma determinada marca ganha o
direito de saltar mais alto ainda. Essa é a recompensa do recordista. Toda vez que ele supera sua meta, ganha o direito de buscar uma
meta superior e é assim que eles se tornam
atletas de altíssima performance, sempre buscando saltar mais alto.
O aspecto cultural por detrás desse modelo de
ver as coisas está no conceito que os americanos chamam de raise the bar. Que, em tradução
livre, seria algo como: subir a barra, aumentar
o sarrafo. Assim, saltadores profissionais estão
sempre obcecados pela ideia de elevar a altura
da sua barra e superar suas próprias metas, e,
assim que o conseguem, ganham o direito de
saltar mais alto ainda.
“ Elevar a barra de
exigência é exigir
mais de si mesmo,
superar-se
”
Como sabemos, o mundo corporativo se beneficia muito de lições que o esporte ensina. Nesse
caso específico, podemos observar que, se queremos ser grandes atletas corporativos e medalhistas profissionais, devemos incorporar essa
filosofia dos saltadores profissionais e buscar
sempre aumentar a nossa barra e elevar o nosso sarrafo. Ou seja; os verdadeiros campeões no
salto em altura na carreira e no mundo profissional são aquelas pessoas que estão sempre
de olho em sua meta e buscando superar sua
Foto: Divulgação
* Scher Soares
própria marca para em seguida ganhar o direito de saltar ainda mais alto. São profissionais
que não barganham com o propósito de reduzir
as suas metas e diminuir seu desafio.
Os verdadeiros atletas corporativos são homens e mulheres que possuem o legítimo brio,
ímpeto e competitividade dos esportistas de
alta performance e como tal possuem uma
barra de exigência alta - e tendem a não se conformar com resultados medianos e pequenos
desafios. Esses atletas corporativos combatem
com todas as suas forças qualquer tendência
à autobenevolência e à autocomplacência com
resultados de baixa performance. Se ainda não
dão grandes saltos, estão engajados no processo de desenvolvimento objetivando superar
suas marcas atuais e conquistar o direito de
saltar ainda mais alto.
Você reconhece e diferencia facilmente um atleta, seja esportivo ou corporativo, de alta e baixa
performance. Coloque o sarrafo um pouco mais
alto e o atleta de baixa performance irá reclamar, tentar reduzir a altura e barganhar a favor
da diminuição da altura do salto. Já o atleta de
alta performance se denunciará com um brilho
nos olhos típico de quem é apaixonado por desafios e pela busca de superar a si mesmo.
Saltadores de alta performance, seja no esporte ou no mundo corporativo, são pessoas que
possuem barras de exigência elevadas, pessoas inconformadas com baixos resultados, que
querem saltar mais alto todos os dias, que buscam, mais do que esperar o reconhecimento
dos outros, alcançar seu próprio autorreconhecimento e superar a si mesmas. Um saltador
de alta performance estabelece suas próprias
marcas. Aumentam o sarrafo a cada salto e levam sua própria vida em um ato contínuo de
elevar a sua barra de exigência.
Raise the bar. Essa é a mensagem que permeia
sua mente e ocupa sua atenção. Elevar a barra de exigência é exigir mais de si mesmo, é
expandir-se, superar-se. Independentemente
de já contar com o apoio e estímulo dos seus
líderes e treinadores, saltadores profissionais
gritam para si mesmos a cada salto: raise the
bar, raise the bar, e, assim, recrutam o melhor
dos seus recursos e saltam cada vez como se
aquele fosse o melhor salto das suas vidas criando sua própria realidade.
Meu desejo é que você possa saltar ainda mais
alto e, para fazê-lo, que comece por aumentar o
nível da sua barra de exigência. Aumente o sarrafo e corra, simplesmente corra o melhor que
puder e ordene para seu corpo e mente que
deem o impulso que você e sua vida merecem.
Raise the bar e até o próximo salto!
* Scher Soares é presidente do Grupo Triunfo e
consultor empresarial. Administrador de empresas com especialização em gestão empresarial;
foi diretor da Ampro e é treinador especializado
em programação neurolinguística, com formação
de trainer. Analista transacional e coach com certificação internacional, é estudioso do comportamento do consumidor e do neuromarketing. Palestrante e consultor de empresas especializado em
vendas e varejo, atuou como executivo nas áreas
de trade marketing, vendas, marketing e treinamento de empresas multinacionais e nacionais.
Como consultor, desenvolveu programas e projetos de consultoria e treinamento para empresas
dos segmentos consumo, health care, telecom e
financial, como Sadia, Telefônica, Embratel, Eurofarma, Sanofi Aventis, Claro, 3M, Medley, Danone,
Santa Helena, Elian e Citibank.
A Dasein Executive Search é membro da Association of Executive Search Consultants (AESC), a principal associação
mundial para a profissão de executive search, presente em 74 países. Como uma empresa membro da AESC, a Dasein
está comprometida com os altos padrões internacionais de prática profissional. www.aesc.org
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Artigo
DNews - Outubro l 2011
Destaque-se, seja resiliente!
Hoje, neste mundo globalizado em que as
empresas se relacionam num ambiente de
extrema competitividade por metas e resultados, o estresse é uma realidade observada nas mais diferentes áreas e setores do
mercado de trabalho.
Para atender a essa realidade, as corporações vêm buscando profissionais dotados da
capacidade de se adaptarem a esse ambiente conturbado na busca de constantes resultados em que destaca-se o chamado “profissional resiliente”. Mas o que é resiliência?
Resiliência é um conceito oriundo da Física,
que se refere à propriedade de acumular
energia quando exigidos ou submetidos a
extrema pressão, voltando em seguida ao
seu estado original, sem qualquer deformação, como um elástico.
O dicionário Aurélio a descreve como sendo
“a capacidade pela qual a energia armazenada em um corpo deformado é devolvida
quando cessa a tensão causadora de uma
deformação elástica”.
No mundo corporativo, podemos definir resiliência como a capacidade do indivíduo de
lidar com serenidade com o estresse e com
as adversidades do dia a dia, decorrentes
do ambiente de trabalho, moldando-se a
cada situação e, da mesma forma, recuperando o seu estado original.
superar problemas e adversidades de maneira racional, buscando as soluções mais
adequadas.
Um profissional resiliente, quando submetido a uma situação de estresse, tem a capacidade de se adaptar a ela. Ele a administrará de maneira sensata, sem impulsividade,
visualizando o problema como um todo.
Certamente a resiliência lhe proporcionará
forças para enfrentar a adversidade, apresentando uma solução criativa e eficaz.
Todos nós podemos nos tornar resilientes.
“ No mundo
corporativo, podemos
definir resiliência
como a capacidade
do indivíduo de lidar
com serenidade com
o estresse e com as
adversidades
do dia a dia
”
Algumas dicas de como:
“ Um profissional
resiliente, quando
submetido a uma
situação de estresse,
tem a capacidade de
se adaptar a ela
”
O equilíbrio humano é como a estrutura de
um edifício, se a pressão for maior que a
resistência, aparecerão rachaduras, como
doenças psicossomáticas, daí a importância
desta flexibilidade, característica principal
do profissional resiliente.
Assim, pode-se considerar que a resiliência
é uma combinação de fatores que propiciam
ao ser humano condições para enfrentar e
Foto: Divugação
*Leonardo Soares Grapeia
• Mentalizar seu projeto de vida, mesmo que
não possa ser colocado em prática imediatamente. Sonhar com seu projeto é confortante e reduz a ansiedade.
• Praticar esporte e métodos de relaxamento e meditação para aumentar o ânimo e a
disposição. Os exercícios aumentam endorfinas que, consequentemente, proporcionam sensação de bem-estar.
• Procurar manter o lar em harmonia, pois
este é o ponto de apoio para recuperar-se.
• Aproveitar parte do tempo para ampliar
os conhecimentos, pois isso aumenta a autoconfiança.
• Transformar-se em um otimista em potencial.
• Assumir riscos (ter coragem).
• Apurar o senso de humor (desarmar os
pessimistas).
• Separar bem quem você é e o que faz.
• Use a criatividade para quebrar a rotina.
• Permitir-se sentir dor, recuar e, às vezes,
flexibilizar para em seguida retornar ao estado original.
Lembre-se, resiliência é a arte de transformar toda energia de um problema em uma
solução criativa.
“Resiliência é uma
combinação de
fatores que propiciam
condições para
superar problemas
e adversidades de
maneira racional
”
* Leonardo Soares Grapeia: pós-graduado em
Certificate in Business Administration pela Insper (IBMEC) - Instituto de Ensino e Pesquisa -,
graduado em Administração de Empresas. Sócio-fundador e editor do Portal The Manager. Website: www.themanager.com.br. E-mail: leonardo@
themanager.com.br.
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Dasein na Mídia
DNews - Outubro l 2011
No dia 9 de setembro, o repórter Rosildo Mendes, do jornal mineiro Hoje em Dia, produziu uma matéria sobre identidade corporativa. O
texto destaca empresas, como a Dasein, que usam a arquitetura e a decoração como elementos para atrair o interesse dos seus clientes
e para deixar clara a sua forma de atuação. Confira abaixo a matéria na íntegra.
Identidade corporativa
Ações remetem a produtos e serviços da empresa e ajudam o seu posicionamento
Foto: David Braga
criar algo inovador com diferencial na identidade do produto ou serviço. “Há identidades
boas, ruins, diferentes, criativas. É preciso cuidado especial para que a sua criação se diferencie das já existentes no mercado.”
Diferenciação nos serviços
As empresas estão constantemente buscando
diferenciar seus produtos e serviços dos de
seus concorrentes. Por isso, precisam repensar características e benefícios para adicionarem valor à marca, a fim de atrair atenção
e interesse de consumidores exigentes, que
buscam qualidade, atendimento, conforto, praticidade e até preços nos produtos e serviços.
O conceito de identidade pode ser considerado
um conjunto de características próprias individuais e exclusivas de uma pessoa. Mas na
área empresarial esse termo ganha importância ainda mais ampla e se torna, com o cenário
cada vez mais competitivo, ferramenta vital na
busca por planejamento e posicionamento dos
negócios e serviços de uma organização, seja
qual for o segmento em que atue.
Professor de marketing da Universidade Fumec,
Carlos José Barreto orienta que, com posicionamento adequado, torna-se mais fácil criar
elementos para contribuir com a construção
da identidade, levando-se em consideração os
aspectos mercadológicos. E, dessa forma, instituir o conceito que a empresa quer transmitir,
o público-alvo que quer atingir e a forma como
gostaria de comercializar o seu produto.
É importante entender, explica ele, que esses
fatores ajudam na construção da imagem
corporativa e, consequentemente, a identidade. “Toda empresa chega com uma promessa. Por meio dela e usando estratégias
certas para atrair atenção, pode-se ajudar
a criar a identidade e conquistar consumidores.” No dia a dia, observa ele, percebe-se
que alguns produtos ou serviços são substituídos por nomes das marcas, o que pode
ser explicado pelos artifícios utilizados pelas organizações para criar identidade com
o seu público. Na decoração, arquitetura,
cheiro, uniforme, qualidade dos produtos e
atendimento às empresas revelam um pouco da essência do seu negócio, sua forma de
6
atuação e constroem a sua marca.
Dessa forma, assegura Barreto, toda empresa
deve ficar atenta, pois oferecer apenas produto adequado e estratégia correta não são mais
garantia de estabilidade dos negócios. Um salão de beleza ou uma escola de idiomas, não
importa o setor de atividade, a importância de
investir na marca e criar valor para a sua identidade são essenciais no cenário atual.
Segundo ele, não existe negócio sem identidade. “É cada vez mais comum empresas mudarem seu comportamento em favor do seu
consumidor. Tudo é estratégia”, diz ele. As organizações, dessa forma, complementa o professor, buscam resultados tornando as ações
mais direcionadas aos seus clientes mais fieis
e dispostos a pagar mais pela marca, funcionários com mais vontade de trabalhar e uma
marca que muitas vezes, se bem gerenciada,
torna-se o maior ativo da empresa.
Para Barreto, a criação da identidade, que também pode ser chamada de posicionamento, é
ação fundamental. “Na hora que o consumidor
fala, vê, ouve ou degusta o produto ou serviço já
tem a identidade da empresa formada em sua
mente.” Pode parecer simples, mas criar identidade corporativa é processo complicado, pois
há diversos fatores envolvidos, como a cultura
da empresa, seu posicionamento, imagem perante o público, objetivos, foco e missão.
O professor alerta para um item importante
quando o assunto é posicionar a empresa: a
saturação informativa, que é a dificuldade de
No Celtic Irish Pub, bar típico irlandês, por
exemplo, de acordo com o sócio Humberto
Dornas Machado, a promessa foi garantir um
cardápio característico e com decoração e
elementos de origem irlandesa.
Na Dasein Executive Search, a arquitetura e decoração deixam clara a sua forma de atuação.
Como a metodologia de trabalho foi desenvolvida a partir do conhecimento teórico de grandes
pensadores, como Heidegger, Sartre, Freud, Carl
Rogers, Skinner e Moreno, ao chegar ao escritório da empresa, o visitante depara-se em cada
espaço com rosto e frases de cada um deles.
O escritório corporativo da Unidade de Negócio Minério de Ferro Brasil, da Anglo American,
reflete a sua imagem corporativa. O ambiente
traz modernos conceitos de decoração que
buscam mais proximidade e integração das
pessoas. As cores remetem às mesmas que
compõem a marca da organização, e houve
cuidado especial com a comunicação visual da
empresa, que é bilíngue.
A decoração também recebeu atenção especial no Benvindo, bistrô brasserie, cuja culinária é francesa com influência da gastronomia
espanhola de vanguarda. As paredes e as
mesas do restaurante são todas decoradas
com papel com arabescos que identificam o
período da Belle Époque Francesa, do início
do século XIX. Para fazer com que o cliente
sinta-se bem, todos são recebidos com uma
porção de Croqueta da Linguiça, um prato da
cozinha espanhola.
DNews - Outubro l 2011
Não perca tempo, acesse
e faça parte das mídias sociais da Dasein:
>> http://twitter.com/dasein_search
>> http://www.facebook.com/#!/profile.php?ref=profile&id=100000959608911
>> http://www.youtube.com/user/DaseinExecutive
>> http://br.linkedin.com/in/daseinexecutivesearch
Expediente
Produção Editorial
Link Comunicação Empresarial l www.linkcomunicacao.com.br
Jornalista responsável: Sílvia Caldeira Costa l Edição: Ewerton Martins e Eron Rodrigues
Projeto Gráfico: Danielle Marcussi l Diagramação: Ana Santoro Dolabella
Gestão
Dasein Executive Search
Gerente Geral: David Braga - [email protected]
O DNEWS é uma publicação da Dasein Executive Search
Avenida Raja Gabaglia, 3117, cj. 116 - São Bento - Belo Horizonte - MG l +55 31 3291-5100
Av. Paulista, 1.079 - 8º andar - São Paulo - SP l +55 11 3010 9740
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