Nº 42 Ano 6 - - Outubr www.da o 2011 Membro da sein.com .br Foto: Divulgação Destaque Dasein Foto: David Braga Thelma Teixeira fala sobre a capacidade de um líder coach de fazer as perguntas para que os liderados encontrem as respostas. Pág. 03 Tendência Foto: Divulgação Raise the bar - Traçar uma meta, superá-la e buscar outras ainda mais ambiciosas, por Scher Soares. Pág. 04 ‘O RH do século XXI tem de ser capaz de fazer a diferença’ Na entrevista desta edição, Mônica Longo, Diretora de Recursos Humanos da Nivea Brasil, aborda os cem anos da marca celebrados em 2011, as estratégias de recursos humanos da empresa e o vertiginoso crescimento vivido nos últimos anos. Pág. 02 Artigo Leonardo Grapeia enfatiza a importância dos profissionais capazes de se adaptar a ambientes conturbados na busca de constantes resultados. Pág. 05 Fale Conosco: [email protected] Dasein na Mídia Arquitetura e decoração da Dasein são destaques em matéria do Jornal Hoje em Dia, que abordou o tema ‘identidade corporativa’. Pág. 06 Entrevista DNews - Outubro l 2011 Nivea faz cem anos de história tivéssemos uma empresa totalmente diferente. Esse alto giro de pessoas acarretava elevados custos de recrutamento, treinamento e de integração de colaboradores que, após dois ou três anos, deixavam a empresa levando consigo o aprendizado adquirido. O mais intrigante é que as pessoas saíam elogiando muito a empresa, as pessoas e o ambiente de trabalho. É neste contexto que a marca Nivea comemora em 2011 seus cem anos de existência. No ensejo, o DNews entrevista nesta edição Mônica Longo, Diretora de Recursos Humanos da Nivea Brasil. Ela fala sobre os cem anos da marca, as estratégias de recursos humanos da empresa e o vertiginoso crescimento vivido nos últimos anos. Após uma minuciosa análise via pesquisa interna, grupos de discussão e entrevistas de desligamento, nós conseguimos diagnosticar: mediante uma nova vaga, a empresa buscava no mercado um profissional para ocupar a posição; a pessoa então era contratada, dominava a situação, entregava resultados e, após dois ou três anos, naturalmente começava a se perguntar “e o próximo passo?”. Como não enxergava dentro da empresa uma oportunidade futura, acabava saindo. Nosso turnover era alto porque não existiam possibilidades de desenvolvimento dentro da empresa, apesar de termos um bom clima organizacional. DNEWS - Neste ano, a Nivea completa a histórica marca de cem anos de atuação. O que esse marco representa para a empresa? Fale-nos sobre a atuação da Nivea, sua trajetória, suas diretrizes de gestão e seus projetos. Mônica Longo - O momento de celebração dos cem anos da marca Nivea tem sido muito especial para todos os colaboradores e parceiros do Grupo Beiersdorf, detentor da marca Nivea no mundo inteiro. Não é qualquer marca que tem o privilégio de comemorar cem anos de existência e todos os colaboradores estão muito orgulhosos disso. Entendemos que tal feito só foi possível porque a marca conquistou a confiança do consumidor ao longo dos anos e porque soube manter-se atualizada frente às expectativas de um público cada vez mais exigente. Durante sua existência, a empresa investiu pesadamente na construção de novas tecnologias e buscou expandir sua atuação em mercados em desenvolvimento. Hoje, os produtos do Grupo estão presentes em mais de 150 países e a marca Nivea é líder em diversas categorias e em inúmeros países. Toda esta expansão, contudo, não mudou o principal objetivo: o de entregar produtos que carregam tecnologia de ponta no cuidado com a pele. A Nivea tem o orgulho de ser a marca que mais entende de pele no mundo e a cada ano aumenta os investimentos em pesquisa para gerar itens de qualidade superior e eficácia comprovada no cuidado com a pele. DNEWS - No que diz respeito aos recursos humanos, a Nivea chegou a ter elevados índices de turnover há alguns anos, o que era um problema. Como a empresa lidou com a situação para revertê-la? Mônica Longo - No final de 2005, o nosso índice de turnover ultrapassava 30%. Isso significava que, a cada dois ou três anos, era como se 2 Assim, em 2006, quando avaliamos nossos objetivos para os cinco anos seguintes, percebemos que tínhamos de mudar essa situação. Elaboramos um plano organizacional que cobriu diversas frentes, mas, em especial, era voltado para os seguintes tópicos: revisão do processo de avaliação de desempenho para conseguirmos identificar, de forma mais clara e objetiva, a performance e o potencial dos nossos colaboradores; implementação de uma política de recrutamento que privilegiasse os nossos recursos internos; expansão das nossas atividades de capacitação (treinamentos, expatriações, transferências entre áreas etc.) para preparar os nossos colaboradores para desafios futuros. Como resultado de tais iniciativas, conseguimos reduzir o nosso turnover dos 30% que tínhamos em 2005 para 15% ao final de 2010 - e aumentamos o índice de aproveitamento interno, que era de 5% em 2006, para 60% ao fim do ano passado. DNEWS - A Nivea vem dando incríveis sinais de crescimento, tendo duplicado os seus negócios no país entre 2005 e 2010, e estabeleceu metas ambiciosas para os próximos anos. Quais são as estratégias da empresa para alcançar esses resultados? Mônica Longo - Em 2010, fechamos um ciclo estratégico em que conseguimos entregar todas as principais metas que tínhamos traçado para o período 2006-2010. Dobramos de tamanho, fortalecemos a nossa base finan- Foto: Divulgação Nivea é hoje uma das marcas de cuidado com a pele mais confiáveis em todo o mundo – e a expressão “todo o mundo” é dita em um cenário em que a marca se faz presente em mais de 200 países. Em contrapartida, um de seus orgulhos institucionais é o fato de as pessoas dos vários países em que seus produtos estão presentes verem Nivea como uma marca local. ceira, crescemos em participação de mercado em todas as categorias em que atuamos e conseguimos reduzir o nosso turnover. Para os próximos cinco anos, as metas continuam bem desafiadoras - e dobrar novamente de tamanho faz parte dos objetivos. Vamos intensificar o crescimento nas principais categorias em que estamos presentes. Queremos continuar desenvolvendo as nossas pessoas e almejamos ter papel ainda mais significativo dentro do Grupo Beiersdorf, onde atualmente somos a unidade de negócios com maior ritmo de crescimento. DNEWS - Historicamente, o uso de cosméticos sempre esteve bastante ligado ao público feminino. A Nivea, contudo, dispõe de uma linha voltada para os homens desde a década de 1990 – uma estratégia que vem colaborando para o desenvolvimento da empresa. Esse é um nicho estratégico para a empresa? Mônica Longo - O mercado de produtos para o público masculino vem crescendo significativamente ao longo dos últimos anos. Para atender a esse público que está descobrindo os benefícios do mundo cosmético, aumentamos os investimentos na marca Nivea For Men e intensificamos o seu direcionamento. Concentramos nossa presença na mídia em momentos de campeonatos esportivos e focamos nossas ações presenciais em eventos tipicamente mais frequentados pelo público masculino (Salão do Automóvel; Salão Duas Rodas; Rally etc.). Tais iniciativas aumentaram a nossa visibilidade, mais consumidores masculinos puderam conhecer e experimentar os nossos produtos e o retorno tem sido o crescimento constante em participação de mercado nesta categoria. Destaque Dasein DNews - Outubro l 2011 Era Nasrudin um líder coach? Hodja Nasrudin é um personagem muito célebre e querido na Turquia, onde nasceu em 1208. Desde pequeno tinha reputação de ser muito inteligente e sagaz e também de ter muito senso de humor. Recebeu o título de mulá por ser muito erudito. Suas histórias são contadas como ensinamentos, fábulas, parábolas e histórias de humor. Vejam esta. Grisalho e Branco Quando ainda era criança, Nasrudin perguntou ao pai: “Por que seu cabelo é grisalho?” “Ora Nasrudin, porque filhos que fazem perguntas impossíveis deixam brancos os cabelos de um homem.” “Entendo”, disse Nasrudin. ”Então é por isso que os cabelos do vovô são brancos feito neve?” Vejam esta outra dele, de quando já adulto: Um discípulo de Nasrudin um dia lhe perguntou: - Nasrudin, por que você sempre responde a uma pergunta com outra? Ao que Nasrudin contestou: - Eu faço isto? O modelo de liderança coaching tem como pressuposto que o ser humano é o agente de transformação e de poder de sua vida e tem internamente todas as possíveis capacidades como potenciais latentes para serem expressadas caso lhe sejam dadas as oportunidades. Vamos analisar os componentes deste pressuposto: 1. Agente de transformação e de poder de sua vida: significa que o ser humano não é o objeto em uma mudança, mas sim o sujeito dela, e que a mudança só ocorrerá se ele assim o desejar. 2. Tem todas as capacidades latentes: estudos da neurociência nos apresentam a capacidade de utilização do cérebro, transformando aptidões em habilidades e competências. últimas palavras do pressuposto: caso lhe sejam dadas as oportunidades. Dar as oportunidades é papel do líder e significa que este tem de acreditar que toda pessoa é capaz de desenvolver-se, e, portanto, deve dar liberdade para que isso aconteça. Foto: David Braga * Thelma Teixeira De acordo com Eugenio Mussak, é “criar seres autônomos e elevar as pessoas para que atinjam um patamar superior.” É construir acesso ao crescimento, desenvolvimento e participação. É distribuir o poder. Infelizmente, poucos líderes são vistos pelos colaboradores como inspiradores, justos e capazes de estimular o seu desenvolvimento. As pesquisas têm nos mostrado que o estilo brasileiro de administrar é ainda baseado no autoritarismo, paternalismo e personalismo. Estes estilos estão em desacordo com o estilo coaching de liderança e é preciso que paradigmas sejam alterados e que os líderes adotem novas condutas e novos papéis. Rhandy di Stéfano, autor de o Líder Coach, ensina-nos que: “O líder efetivo de hoje é aquele que entende o potencial de seus liderados e reconhece o seu papel no desenvolvimento destes”. Ele faz uma comparação entre gestão antiga e gestão de alta performance. A gestão antiga tem as seguintes características: gestor dizia o que fazer e tinha as respostas, gerenciava com foco nas tarefas, e não nas pessoas, comandava e controlava. Na gestão de alta performance, o líder é coach e professor, ou seja, gera desenvolvimento e amadurecimento profissional de sua equipe para que esta se responsabilize por criar alternativas; ajuda a estabelecer visão tornando a equipe uma força criadora, cujos potenciais são utilizados em favor de metas comuns; gerencia pessoas e suas competências, aumentando a base de habilidades e criando situações de aprendizado; fornece feedback para que ajustes sejam feitos e para gerar constante melhoria, e lidera por investigação apreciativa, isto é, exerce o papel de facilitador na análise de fatos e geração de respostas eficientes. 3. Para serem expressadas: pesquisas revelam que o ser humano sente-se motivado por desafios, para lidar com adversidades e por projetos que exigem o uso mais focado de suas competências. No modelo de gestão de alta performance, o líder coach tem os papéis: Se está tudo centrado na própria pessoa segundo o pressuposto da liderança coaching, para que serve o líder? A resposta está nas 2. Transformador de paradigmas - Questionar as crenças e modelos mentais (padrões de pensamento) limitantes e fazer emergir os re- 1. Parceiro estratégico - parceiro para que a equipe encontre as respostas aos problemas, compartilhando conhecimento. cursos internos das pessoas. 3. Desenvolvedor de pessoas - Desenvolvimento de competências pessoais para resolução de conflitos, gerenciamento de equipes, capacidade de motivação e adaptabilidade às mudanças. “A empresa com a cultura de alta performance usando o coaching como estilo de liderança cria condições para que suas equipes se tornem learning teams (equipes que aprendem), aumentando o índice de adaptabilidade e sua resiliência (capacidade de lidar com adversidade).” (Rhandy di Stéfano) Observa-se que o líder coach não é aquele que dá respostas, mas, ao contrário, faz perguntas contribuindo para que os liderados encontrem as respostas. Esta atitude faz com que os liderados aprendam a pensar e encontrar as soluções por si mesmos, usando seu potencial e tornando-se agente de transformação de si e das organizações às quais pertencem. Não é isso que o Nasrudin fazia? E também não era isso que o papa da administração pregava para o líder do futuro? “O líder do passado era uma pessoa que sabia como dizer. O líder do futuro será uma pessoa que sabe como perguntar.” (Peter Drucker) * Thelma M. Teixeira é consultora de Projetos da Dasein Executive Search. Para falar com ela, escreva para [email protected]. 3 Tendência DNews - Outubro l 2011 Raise the bar Você conhece aquela modalidade esportiva chamada “salto em altura”? Quando um saltador supera a marca estabelecida e salta mais alto do que os demais, ele ganha o direito a quê? Talvez você esteja pensando: quando ele salta mais alto, ele ganha reconhecimento, status, prêmios, visibilidade. Sem dúvida alguma, o saltador que salta mais alto ganha tudo isso. Mas, além disso, ele ganha o direito a quê? Você vai concordar comigo que todo saltador que supera uma determinada marca ganha o direito de saltar mais alto ainda. Essa é a recompensa do recordista. Toda vez que ele supera sua meta, ganha o direito de buscar uma meta superior e é assim que eles se tornam atletas de altíssima performance, sempre buscando saltar mais alto. O aspecto cultural por detrás desse modelo de ver as coisas está no conceito que os americanos chamam de raise the bar. Que, em tradução livre, seria algo como: subir a barra, aumentar o sarrafo. Assim, saltadores profissionais estão sempre obcecados pela ideia de elevar a altura da sua barra e superar suas próprias metas, e, assim que o conseguem, ganham o direito de saltar mais alto ainda. “ Elevar a barra de exigência é exigir mais de si mesmo, superar-se ” Como sabemos, o mundo corporativo se beneficia muito de lições que o esporte ensina. Nesse caso específico, podemos observar que, se queremos ser grandes atletas corporativos e medalhistas profissionais, devemos incorporar essa filosofia dos saltadores profissionais e buscar sempre aumentar a nossa barra e elevar o nosso sarrafo. Ou seja; os verdadeiros campeões no salto em altura na carreira e no mundo profissional são aquelas pessoas que estão sempre de olho em sua meta e buscando superar sua Foto: Divulgação * Scher Soares própria marca para em seguida ganhar o direito de saltar ainda mais alto. São profissionais que não barganham com o propósito de reduzir as suas metas e diminuir seu desafio. Os verdadeiros atletas corporativos são homens e mulheres que possuem o legítimo brio, ímpeto e competitividade dos esportistas de alta performance e como tal possuem uma barra de exigência alta - e tendem a não se conformar com resultados medianos e pequenos desafios. Esses atletas corporativos combatem com todas as suas forças qualquer tendência à autobenevolência e à autocomplacência com resultados de baixa performance. Se ainda não dão grandes saltos, estão engajados no processo de desenvolvimento objetivando superar suas marcas atuais e conquistar o direito de saltar ainda mais alto. Você reconhece e diferencia facilmente um atleta, seja esportivo ou corporativo, de alta e baixa performance. Coloque o sarrafo um pouco mais alto e o atleta de baixa performance irá reclamar, tentar reduzir a altura e barganhar a favor da diminuição da altura do salto. Já o atleta de alta performance se denunciará com um brilho nos olhos típico de quem é apaixonado por desafios e pela busca de superar a si mesmo. Saltadores de alta performance, seja no esporte ou no mundo corporativo, são pessoas que possuem barras de exigência elevadas, pessoas inconformadas com baixos resultados, que querem saltar mais alto todos os dias, que buscam, mais do que esperar o reconhecimento dos outros, alcançar seu próprio autorreconhecimento e superar a si mesmas. Um saltador de alta performance estabelece suas próprias marcas. Aumentam o sarrafo a cada salto e levam sua própria vida em um ato contínuo de elevar a sua barra de exigência. Raise the bar. Essa é a mensagem que permeia sua mente e ocupa sua atenção. Elevar a barra de exigência é exigir mais de si mesmo, é expandir-se, superar-se. Independentemente de já contar com o apoio e estímulo dos seus líderes e treinadores, saltadores profissionais gritam para si mesmos a cada salto: raise the bar, raise the bar, e, assim, recrutam o melhor dos seus recursos e saltam cada vez como se aquele fosse o melhor salto das suas vidas criando sua própria realidade. Meu desejo é que você possa saltar ainda mais alto e, para fazê-lo, que comece por aumentar o nível da sua barra de exigência. Aumente o sarrafo e corra, simplesmente corra o melhor que puder e ordene para seu corpo e mente que deem o impulso que você e sua vida merecem. Raise the bar e até o próximo salto! * Scher Soares é presidente do Grupo Triunfo e consultor empresarial. Administrador de empresas com especialização em gestão empresarial; foi diretor da Ampro e é treinador especializado em programação neurolinguística, com formação de trainer. Analista transacional e coach com certificação internacional, é estudioso do comportamento do consumidor e do neuromarketing. Palestrante e consultor de empresas especializado em vendas e varejo, atuou como executivo nas áreas de trade marketing, vendas, marketing e treinamento de empresas multinacionais e nacionais. Como consultor, desenvolveu programas e projetos de consultoria e treinamento para empresas dos segmentos consumo, health care, telecom e financial, como Sadia, Telefônica, Embratel, Eurofarma, Sanofi Aventis, Claro, 3M, Medley, Danone, Santa Helena, Elian e Citibank. A Dasein Executive Search é membro da Association of Executive Search Consultants (AESC), a principal associação mundial para a profissão de executive search, presente em 74 países. Como uma empresa membro da AESC, a Dasein está comprometida com os altos padrões internacionais de prática profissional. www.aesc.org 4 Artigo DNews - Outubro l 2011 Destaque-se, seja resiliente! Hoje, neste mundo globalizado em que as empresas se relacionam num ambiente de extrema competitividade por metas e resultados, o estresse é uma realidade observada nas mais diferentes áreas e setores do mercado de trabalho. Para atender a essa realidade, as corporações vêm buscando profissionais dotados da capacidade de se adaptarem a esse ambiente conturbado na busca de constantes resultados em que destaca-se o chamado “profissional resiliente”. Mas o que é resiliência? Resiliência é um conceito oriundo da Física, que se refere à propriedade de acumular energia quando exigidos ou submetidos a extrema pressão, voltando em seguida ao seu estado original, sem qualquer deformação, como um elástico. O dicionário Aurélio a descreve como sendo “a capacidade pela qual a energia armazenada em um corpo deformado é devolvida quando cessa a tensão causadora de uma deformação elástica”. No mundo corporativo, podemos definir resiliência como a capacidade do indivíduo de lidar com serenidade com o estresse e com as adversidades do dia a dia, decorrentes do ambiente de trabalho, moldando-se a cada situação e, da mesma forma, recuperando o seu estado original. superar problemas e adversidades de maneira racional, buscando as soluções mais adequadas. Um profissional resiliente, quando submetido a uma situação de estresse, tem a capacidade de se adaptar a ela. Ele a administrará de maneira sensata, sem impulsividade, visualizando o problema como um todo. Certamente a resiliência lhe proporcionará forças para enfrentar a adversidade, apresentando uma solução criativa e eficaz. Todos nós podemos nos tornar resilientes. “ No mundo corporativo, podemos definir resiliência como a capacidade do indivíduo de lidar com serenidade com o estresse e com as adversidades do dia a dia ” Algumas dicas de como: “ Um profissional resiliente, quando submetido a uma situação de estresse, tem a capacidade de se adaptar a ela ” O equilíbrio humano é como a estrutura de um edifício, se a pressão for maior que a resistência, aparecerão rachaduras, como doenças psicossomáticas, daí a importância desta flexibilidade, característica principal do profissional resiliente. Assim, pode-se considerar que a resiliência é uma combinação de fatores que propiciam ao ser humano condições para enfrentar e Foto: Divugação *Leonardo Soares Grapeia • Mentalizar seu projeto de vida, mesmo que não possa ser colocado em prática imediatamente. Sonhar com seu projeto é confortante e reduz a ansiedade. • Praticar esporte e métodos de relaxamento e meditação para aumentar o ânimo e a disposição. Os exercícios aumentam endorfinas que, consequentemente, proporcionam sensação de bem-estar. • Procurar manter o lar em harmonia, pois este é o ponto de apoio para recuperar-se. • Aproveitar parte do tempo para ampliar os conhecimentos, pois isso aumenta a autoconfiança. • Transformar-se em um otimista em potencial. • Assumir riscos (ter coragem). • Apurar o senso de humor (desarmar os pessimistas). • Separar bem quem você é e o que faz. • Use a criatividade para quebrar a rotina. • Permitir-se sentir dor, recuar e, às vezes, flexibilizar para em seguida retornar ao estado original. Lembre-se, resiliência é a arte de transformar toda energia de um problema em uma solução criativa. “Resiliência é uma combinação de fatores que propiciam condições para superar problemas e adversidades de maneira racional ” * Leonardo Soares Grapeia: pós-graduado em Certificate in Business Administration pela Insper (IBMEC) - Instituto de Ensino e Pesquisa -, graduado em Administração de Empresas. Sócio-fundador e editor do Portal The Manager. Website: www.themanager.com.br. E-mail: leonardo@ themanager.com.br. 5 Dasein na Mídia DNews - Outubro l 2011 No dia 9 de setembro, o repórter Rosildo Mendes, do jornal mineiro Hoje em Dia, produziu uma matéria sobre identidade corporativa. O texto destaca empresas, como a Dasein, que usam a arquitetura e a decoração como elementos para atrair o interesse dos seus clientes e para deixar clara a sua forma de atuação. Confira abaixo a matéria na íntegra. Identidade corporativa Ações remetem a produtos e serviços da empresa e ajudam o seu posicionamento Foto: David Braga criar algo inovador com diferencial na identidade do produto ou serviço. “Há identidades boas, ruins, diferentes, criativas. É preciso cuidado especial para que a sua criação se diferencie das já existentes no mercado.” Diferenciação nos serviços As empresas estão constantemente buscando diferenciar seus produtos e serviços dos de seus concorrentes. Por isso, precisam repensar características e benefícios para adicionarem valor à marca, a fim de atrair atenção e interesse de consumidores exigentes, que buscam qualidade, atendimento, conforto, praticidade e até preços nos produtos e serviços. O conceito de identidade pode ser considerado um conjunto de características próprias individuais e exclusivas de uma pessoa. Mas na área empresarial esse termo ganha importância ainda mais ampla e se torna, com o cenário cada vez mais competitivo, ferramenta vital na busca por planejamento e posicionamento dos negócios e serviços de uma organização, seja qual for o segmento em que atue. Professor de marketing da Universidade Fumec, Carlos José Barreto orienta que, com posicionamento adequado, torna-se mais fácil criar elementos para contribuir com a construção da identidade, levando-se em consideração os aspectos mercadológicos. E, dessa forma, instituir o conceito que a empresa quer transmitir, o público-alvo que quer atingir e a forma como gostaria de comercializar o seu produto. É importante entender, explica ele, que esses fatores ajudam na construção da imagem corporativa e, consequentemente, a identidade. “Toda empresa chega com uma promessa. Por meio dela e usando estratégias certas para atrair atenção, pode-se ajudar a criar a identidade e conquistar consumidores.” No dia a dia, observa ele, percebe-se que alguns produtos ou serviços são substituídos por nomes das marcas, o que pode ser explicado pelos artifícios utilizados pelas organizações para criar identidade com o seu público. Na decoração, arquitetura, cheiro, uniforme, qualidade dos produtos e atendimento às empresas revelam um pouco da essência do seu negócio, sua forma de 6 atuação e constroem a sua marca. Dessa forma, assegura Barreto, toda empresa deve ficar atenta, pois oferecer apenas produto adequado e estratégia correta não são mais garantia de estabilidade dos negócios. Um salão de beleza ou uma escola de idiomas, não importa o setor de atividade, a importância de investir na marca e criar valor para a sua identidade são essenciais no cenário atual. Segundo ele, não existe negócio sem identidade. “É cada vez mais comum empresas mudarem seu comportamento em favor do seu consumidor. Tudo é estratégia”, diz ele. As organizações, dessa forma, complementa o professor, buscam resultados tornando as ações mais direcionadas aos seus clientes mais fieis e dispostos a pagar mais pela marca, funcionários com mais vontade de trabalhar e uma marca que muitas vezes, se bem gerenciada, torna-se o maior ativo da empresa. Para Barreto, a criação da identidade, que também pode ser chamada de posicionamento, é ação fundamental. “Na hora que o consumidor fala, vê, ouve ou degusta o produto ou serviço já tem a identidade da empresa formada em sua mente.” Pode parecer simples, mas criar identidade corporativa é processo complicado, pois há diversos fatores envolvidos, como a cultura da empresa, seu posicionamento, imagem perante o público, objetivos, foco e missão. O professor alerta para um item importante quando o assunto é posicionar a empresa: a saturação informativa, que é a dificuldade de No Celtic Irish Pub, bar típico irlandês, por exemplo, de acordo com o sócio Humberto Dornas Machado, a promessa foi garantir um cardápio característico e com decoração e elementos de origem irlandesa. Na Dasein Executive Search, a arquitetura e decoração deixam clara a sua forma de atuação. Como a metodologia de trabalho foi desenvolvida a partir do conhecimento teórico de grandes pensadores, como Heidegger, Sartre, Freud, Carl Rogers, Skinner e Moreno, ao chegar ao escritório da empresa, o visitante depara-se em cada espaço com rosto e frases de cada um deles. O escritório corporativo da Unidade de Negócio Minério de Ferro Brasil, da Anglo American, reflete a sua imagem corporativa. O ambiente traz modernos conceitos de decoração que buscam mais proximidade e integração das pessoas. As cores remetem às mesmas que compõem a marca da organização, e houve cuidado especial com a comunicação visual da empresa, que é bilíngue. A decoração também recebeu atenção especial no Benvindo, bistrô brasserie, cuja culinária é francesa com influência da gastronomia espanhola de vanguarda. As paredes e as mesas do restaurante são todas decoradas com papel com arabescos que identificam o período da Belle Époque Francesa, do início do século XIX. Para fazer com que o cliente sinta-se bem, todos são recebidos com uma porção de Croqueta da Linguiça, um prato da cozinha espanhola. DNews - Outubro l 2011 Não perca tempo, acesse e faça parte das mídias sociais da Dasein: >> http://twitter.com/dasein_search >> http://www.facebook.com/#!/profile.php?ref=profile&id=100000959608911 >> http://www.youtube.com/user/DaseinExecutive >> http://br.linkedin.com/in/daseinexecutivesearch Expediente Produção Editorial Link Comunicação Empresarial l www.linkcomunicacao.com.br Jornalista responsável: Sílvia Caldeira Costa l Edição: Ewerton Martins e Eron Rodrigues Projeto Gráfico: Danielle Marcussi l Diagramação: Ana Santoro Dolabella Gestão Dasein Executive Search Gerente Geral: David Braga - [email protected] O DNEWS é uma publicação da Dasein Executive Search Avenida Raja Gabaglia, 3117, cj. 116 - São Bento - Belo Horizonte - MG l +55 31 3291-5100 Av. 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