As dimensões do homem
em sua facticidade e
transcendência.
Por: Bernardo Goytacazes de Araujo
Três Rios 13 de Fevereiro de 2007
Martin Heidegger
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Martin Heidegger foi um grande Filósofo
Alemão, que nasceu no ano de 1889 e
morreu em 1976.
O grande problema do SER
O SER é aquilo que torna possível que
algo seja. É condição de possibilidade
para tudo.
 O ente é tudo aquilo que se encontra
sendo.
 As ciências trabalham com os entes e a
Filosofia, com o SER.
 O SER transcende o ente.
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O Dasein
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A grande pergunta pelo SER só pode
ser feita pelo ente, no caso o humano –
DASEIN. (Ser – aí).
O homem além de existência é ser – aí.
Ele é um ser no mundo situado no
tempo e no espaço. Não há humano fora
do mundo.
O DASEIN é possibilidade, é poder ser,
que só termina com a morte – O homem
é ser para a morte!
A existência inautêntica
A existência inautêntica é aquela que
vive simplesmente voltada para o
cotidiano, e se compõem de três
aspectos:
* A transcendência;
* A facticidade;
* A ruína;
A transcendência
“De nenhum modo o Dasein é um ente já fixo tal como o
sentido comum se representa o ser da pedra ou de uma mesa.
Ele se caracteriza por uma relação permanente de instabilidade
que mantém em si mesmo. Nunca o ser da existência do
homem é coisa acabada; resultado adquirido, sucesso já
realizado (salvo quando deixa de ser). O Dasein é um existente
cujo ser está sempre posto em jogo. Fundamentalmente ele é
um poder-ser. Ele é sempre mais do que é e sua condição de
ser-mais depende dele. Ele possui necessariamente a liberdade
(...) de superar-se. Esta liberdade necessária não é uma
propriedade do Dasein, mas do ser mesmo de sua existência,
que Heidegger define como sua transcendência.” (STEIN,
Ernildo. Seis estudos sobre Ser e Tempo. RJ: Vozes, 1990, p.30-1.)
A facticidade
A facticidade é o fato do homem estar
jogado no mundo, estar lançado – DASEIN
– sem que sua vontade tenha escolhido tal
situação de “ser – aí”.
Cada pessoa está imersa neste mundo que é
o local onde o conjunto de condições
geográficas, históricas, sociais, econômicas e
políticas se encontram. Nós não tivemos
escolha de não estar aqui!
A ruína
É este grande desvio que o homem fez de
seu projeto essencial, em favor das
preocupações cotidianas. Este desvio o
confunde com a massa (coletividade). O
individual é sacrificado em detrimento do
“eles”! O homem nega a si próprio em
detrimento dos outros, passando por um
anonimato social.
A existência autêntica
* O existir autêntico do homem é aquele
que o faz ser o verdadeiro revelador do
SER, já que este deve emergir da
angústia para se colocar no seu devido
lugar de Dasein.
*Quando nos percebemos enquanto
caminhantes para a morte saímos desta
monotonia das “massas”.
Ser para a morte
“A partir da apreensão da angústia, o homem
perceber-se-ia como um ser-para-morte,
devido ao fato de intuir o absurdo da
existência. Quando isso ocorre, Heidegger
afirma haver duas soluções: ou o homem foge
para a vida cotidiana, "ou supera a angústia,
manifestando seu poder de transcendência
sobre o mundo e sobre si mesmo.”
(CHAUÍ, Marilena. Heidegger, vida e obra - prefácio da coleção Os
Pensadores p.8)
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