Agosto Nº 29 5 o n A www.da 2010 sein.com Membro da .br Foto: Vagner Medeiros Destaque Dasein Foto: David Braga Ao completar 14 anos, Dasein amplia atuação no mercado global de Executive Search e reitera rica missão de buscar e desenvolver pessoas . Pág. 3 “O crescimento é fruto do planejamento e da disciplina” Dasein Responde Com a nova ordem econômica mundial, a busca por executivos passou a ser feita em escala global. Qual deve ser a estratégia para dar sustentação ao crescimento empresarial? Pág. 4 Fale Conosco: [email protected] Em entrevista exclusiva ao DNews, Dario de Queiroz Galvão Filho, fundador e atual Presidente do Conselho da Galvão Engenharia, fala sobre liderança e sobre o espetacular crescimento da empresa. Págs. 2 Tendência Economia superaquecida, mercado de trabalho em alta, vagas de sobra e profissionais em falta. Conheça os desafios de se reter e atrair talentos. Pág. 5 e 6 Dasein na Mídia Dasein é capa da BHTi Magazine. Matéria traz um retrato do mercado de TI: carência de profissionais, demanda por capacitação e aumento do número de oportunidades. Pág. 7 Entrevista DNews - Agosto l 2010 Galvão Engenharia: em 14 anos, uma das grandes construtoras do país Foto: Vagner Medeiros Dario de Queiroz Galvão Filho é o fundador da Galvão Engenharia, empresa cujo histórico de crescimento é impressionante. Criada em 1996 na cidade de São Paulo, a companhia foi escolhida como a melhor empresa de construção na edição deste ano da Melhores e Maiores da Revista Exame. Não é para menos: em 2009, o faturamento chegou a US$ 1,2 bilhão, salto de 94% em relação ao ano anterior. Na entrevista a seguir, Dario, atual presidente do Conselho, fala sobre a importância do planejamento e da disciplina e dos diferenciais de um líder. DNEWS - Quando o senhor criou a Galvão, já imaginava alcançar um posicionamento tão definido num curto espaço de tempo, como foi que ocorreu? DARIO GALVÃO - A Galvão Engenharia nasceu de um sonho de um dia por em prática diversos conceitos de gestão e empreendedorismo, originalmente compartilhado com meus irmãos e o Gilberto Valentim, fundadores da empresa, e posteriormente com milhares de companheiros. Inicialmente, tínhamos um sistema de planejamento muito intuitivo, sabíamos onde queríamos chegar, os objetivos eram compartilhados com a equipe, mantínhamos todos muito alinhados. Em 2005, a Galvão estava fazendo dez anos. Então, decidimos fazer um trabalho de planejamento mais estruturado, queríamos parar e fazer um balanço desses primeiros dez anos e, ao mesmo tempo, olhar para os próximos dez. A partir daí, passamos a ter 2 uma visão mais clara do que poderíamos alcançar, começamos a usar a ferramenta de gestão BSC, o que nos deu muita disciplina e confiança para desenvolver a organização de modo balanceado. Na medida em que a organização cresce, é importante dedicar esforço para a comunicação, que tem um papel fundamental no alinhamento das equipes. DNEWS - Como é o homem por trás do empresário? DARIO GALVÃO - Estou sempre em busca de novos desafios, sempre procurando fazer melhor, aberto para o aprendizado. Aliás, isso é fundamental para a evolução. Se tem um tema que sinto necessidade de desenvolver, procuro estudar o assunto, leio sobre, converso com as pessoas que conhecem. Ao mesmo tempo, sou muito disciplinado, sigo planos, assim como na empresa, na minha vida pessoal. Procuro balancear meu tempo entre a dedicação à minha família e a mim também. Nesse ponto, tenho me envolvido regularmente nos esportes, faço triátlon e corridas de rua, em média, oito provas por ano, e, além disso, participo de competições de barcos à vela. Nosso time participa de cinco a seis competições por ano. As competições motivam a rotina dos treinamentos que, por sua vez, proporcionam um modo de vida saudável, levando ao bem-estar físico e mental. Me faz muito bem. cia da nossa empresa se justifica nas próprias pessoas. É por meio das nossas obras que realizamos as aspirações das nossas equipes e de nossos clientes. Acreditamos que engenharia é muito mais do que cálculos e concreto. DNEWS - Quais as qualidades e competências o senhor avalia para um bom executivo, um líder diferenciado? DARIO GALVÃO - Um líder efetivo, acima de tudo, precisa ser capaz de construir com seus pares uma visão para o coletivo, uma visão que seja inspiradora, que as pessoas se identifiquem. Também é necessário ter credibilidade. Isso se constrói com previsibilidade, as pessoas à sua volta precisam entender e saber o que esperar do comportamento do líder. O exercício da liderança demanda também autoridade que se conquista com autodisciplina na execução dos planos que levam à visão. DNEWS - Como justificar um crescimento tão significativo ano a ano? DARIO GALVÃO - Vivemos atualmente no Brasil um forte crescimento do mercado de infraestrutura. Além disso, a Galvão tem crescido seu market share consistentemente. Não tenho dúvidas de que o crescimento é fruto de um planejamento bem elaborado e, acima de tudo, muito bem comunicado e aliado a uma grande disciplina na sua execução. DNEWS - Num mercado tão competitivo, em que a guerra por talentos nunca esteve tão voraz, o que o senhor tem feito para identificar e reter os melhores profissionais? DARIO GALVÃO - Primeiramente, temos um projeto bem definido, sabemos o que queremos para o futuro, onde queremos chegar. Isso é fundamental para a atração e para a retenção de valores. Como já citei anteriormente nesta entrevista, os nossos valores e objetivos estão intrinsecamente ligados às aspirações das pessoas com quem nos relacionamos. A engenharia e as construções são um meio para a realização dessas aspirações. Isso certamente é um ponto importante para a atração. Dedicamos um enorme esforço para comunicar os nossos objetivos e metas, nossos valores e cultura, tanto internamente quanto externamente, o que facilita o alinhamento das equipes e o entendimento da nossa organização por parte do meio externo. DNEWS - Qual a parcela desse crescimento o senhor atribui ao comprometimento de seus executivos? DARIO GALVÃO - O sucesso que temos tido se deve totalmente ao comprometimento não só dos nossos executivos, mas de toda a equipe. Mais do que isso, as nossas equipes fazem com garra e paixão porque a existên- * Dario de Queiroz Galvão Filho é arquiteto formado pela Universidade Federal do Ceará (UFC), com especialização no curso Owners and Presidents Management Program, da Harvard Business School (EUA). Atuou na Construtora Queiroz Galvão S.A. Foi diretor-presidente da Galvão Engenharia desde 1996 até 2009 e, a partir de 2010, assumiu o cargo de presidente do Conselho do Grupo Galvão. Destaque Dasein DNews - Agosto l 2010 Dasein 14 anos: evolução na rica missão de buscar e desenvolver pessoas Mais do que planejar ser uma empresa de sucesso, a Dasein Executive Search sempre teve como ponto central ser uma organização que pudesse agregar valor ao ser humano. Ao analisar o timeline da Dasein, fica evidente que a construção da empresa não se deu por mero acaso, mas por todos os passos e decisões da fundadora Adriana Prates, que, juntamente com a equipe, antecipou-se às tendências e ofereceu ao mercado soluções que contemplassem os fatores: pessoas, tecnologia e respeito à singularidade do cliente. Isso somente se tornou possível devido aos valores-chave da Dasein que traduzem um estilo de ser e agir: responsabilidade, lealdade, disciplina e perseverança. O nome da empresa, “Dasein”, também não foi criado por acaso, mas sim fundamentado na obra do filósofo alemão Heidegger que significa: “Poder ser”. A força desse nome é demonstrada pela capacidade que a Dasein tem de entender profundamente de gente e de relações humanas, construindo pontes entre os melhores executivos e as empresas bem-sucedidas. Acompanhando a evolução do tempo em busca de diferenciais competitivos, a Dasein utiliza em todos os processos de Executive Search uma metodologia precisa, consistente e inovadora de Assessment. É uma metodologia própria que engloba, além das tendências, os fundamentos essenciais de grandes pensadores, tais como: Skinner, Freud e Carl Rogers. A investigação é profunda e respeitosa, gerando resultados de alta assertividade. A Dasein entende que a estratégia para resultados excepcionais em Executive Search transcende o conceito de considerar apenas os cases do mercado. Afinal, este é apenas um indicador de sucesso de um processo mais complexo que visa identificar se o resultado alcançado numa determinada empresa também será atingido em outra, uma vez que cultura organizacional, Foto: Keity Danielle * David Braga modelo de gestão e condições de trabalho interferem na adaptação de um profissional. Para a Dasein, “O homem certo no lugar certo” é um conceito que não mais corresponde às expectativas de um mercado tão competitivo, todavia “o momento certo na vida de um homem, poderá confluir com o momento certo da vida de uma empresa” e é nesse aspecto que a “Dasein” utiliza a máxima do “poder ser”, compreendendo o homem na dimensão das suas potencialidades, atual e futuramente, associado às expectativas da empresa e do executivo. Nessa escalada sempre para níveis mais elevados de performance, a Dasein foi certificada internacionalmente pela maior associação mundial que padroniza o mercado de Executive Search - AESC (Association of Executive Search Consultants). Dentro dessa perspectiva global de atuação, foi realizado um cuidadoso processo de branding, que traduzisse de forma mais universal tudo aquilo que é conduzido na prática. O novo web site (www.dasein.com.br), lançado neste mês de agosto, apresenta uma dimensão mais global na forma de comunicação e interação com os visitantes, que saem ganhando, uma vez que diariamente as principais notícias e reports com tendências de mercado e análises econômico-financeiras, ligadas ao “ A força do nome Dasein é demonstrada pela capacidade que nossa equipe tem de entender profundamente de gente e de relações humanas ” segmento, ficam disponibilizados. Não poderia faltar a integração com as principais mídias sociais: Linkedin, Twitter, Facebook, SlideShare, Orkut e um blog personalizado, onde são apresentadas dicas para a construção de um bom alicerce no tocante à carreira profissional. É importante destacar que, além dessas inovações, desenvolvemos a nova versão do sistema D-Competencies®, uma solução on-line exclusiva da Dasein para nossos clientes, a fim de facilitar a gestão dos processos de Assessment (mapeamento de potencial e competência profissional), com simplicidade e segurança. Todas essas iniciativas foram realizadas com o objetivo de trazer integração entre o que acreditamos, praticamos e oferecemos: valor a empresas e profissionais que buscam sucesso! * David Braga é formado em Relações Públicas, com pós em Marketing Estratégico pela FGV-SP, tendo desenvolvido diversos trabalhos no Brasil e no exterior. Atualmente, é Gerente de Planejamento e Desenvolvimento (P&D) e Marketing da Dasein Executive Search. Para falar com David, mande um e-mail para: [email protected] Ganhe Visibilidade Internacional Associe-se, cadastre seu currículo e seja considerado para posições executivas por mais de 6.000 consultores de executive search em mais de 70 países. BlueSteps é um serviço exclusivo da reconhecida Association of Executive Search Consultants (AESC), a associação mundial de empresas de executive search. Acesse e saiba mais sobre o BlueSteps: https://www.bluesteps.com/regions/brasil.aspx 3 Dasein Responde DNews - Agosto l 2010 O Brasil se posiciona competitivamente entre os países emergentes. O que muda quanto à busca de executivos, quando se compete em escala global? Um indicador de que uma economia em desenvolvimento poderá efetivamente definir o seu posicionamento global, seguramente, é a qualidade da educação e a consistência gerencial que os seus executivos devem ter. O Brasil está sendo analisado pelas lentes de diversos investidores. Muitos deles têm projetos arrojados. Afinal, temos eventos importantes nos próximos anos, o que assegura que determinados segmentos se manterão em alta e interferirão para que toda a cadeia produtiva se mantenha aquecida. Portanto, é imprescindível fazer esse tipo de questionamento. Os países que souberam compreender e atuar proativamente diante da captação, gestão e retenção de executivos possuem uma liderança em seus segmentos, excelente exemplo para nós que vivemos agora essa mesma oportunidade. É necessário esclarecer vários aspectos quanto à importância de se fazer um recrutamento eficaz; ainda vemos que embora a máxima “o foco são as pessoas” vigore nos jargões de muitas empresas, há uma banalização dos processos de recrutamento e, mais do que isso, um desconhecimento das empresas quanto às opções de recrutamento e às respectivas diferenças que elas têm no segmento geral, considerando que ter os executivoschave é uma questão de sobrevivência. Se o recrutamento é interno, entendemos que a empresa se organizou e criou programas de atração, formação e de sucessão consistentes que permitem, em situações de expansão ou de reposição de profissionais, uma rápida solução. Se o recrutamento é externo, é importante compreender quais são as razões para que seja adotado. Podemos destacar a necessidade de se ter executivos que adaptem rapidamente às exigências em face de uma nova economia e que saibam responder ativamente às demandas da empresa, conseguindo lidar com as adversidades, considerar o relacionamento em todas as instâncias e cuidar para que a empresa esteja orientada para resultados, com sustentabilidade. 4 Foto: David Braga Existem modalidades de recrutamento, tais como: externo e interno, passivo e ativo, garantido e de risco, sistematizado e improvisado, metodológico e circunstancial, dentre várias outras modalidades que podemos listar aqui. Nem sempre é fácil encontrar pessoas assim, principalmente quando muitas empresas estão se expandindo e quase todas elas buscam executivos que possuem um perfil muito parecido, o que gera uma inversão da oferta e da procura e determina a mudança quanto à estratégia de busca de profissionais. Das diversas modalidades existentes, apresentaremos a que consideramos a mais efetiva e usual nessas situações. É o recrutamento fundamentado no alinhamento integral entre as expectativas do cliente e a estratégia desenvolvida a fim de que o alvo seja alcançado com êxito. Essa modalidade é conhecida como Retained Executive Search, que apresenta características muito específicas que geram segurança para o cliente e para os candidatos a uma posição executiva. E como o próprio nome indica, seus honorários são devidos pelo processo de busca e ocorrem no início do trabalho, tendo também como fatores relevantes a exclusividade e o compromisso integral no projeto contratado. É preciso ter fundamentos como a confidencialidade, metodologia funcional e clara, com a demonstração dos indicadores de resultados que fornecem antecipadamente a segurança de que a melhor opção de contratação será apresentada. São necessários ainda profundos conhecimentos dos segmentos empresariais, equipe de consultores com capacidade de analisar mercados e cenários para discernir qual amostragem de profissionais será mais significativa com o objetivo de garantir o resultado final. A indústria de Executive Search está presente nos mercados desenvolvidos e também naqueles em desenvolvimento, como o Brasil. Além das principais multinacionais estrangeiras, existem este ano no Brasil quatro consultorias brasileiras que se destacam mundialmente pela garantia da qualidade respaldada pela AESC - Association of Executive Search Consultants - , a maior e a principal associação do setor. A AESC existe há mais de 50 anos e define normas, procedimentos, padrões altamente profissionais e um código de ética no trato com clientes, executivos, candidatos, a própria consultoria e comunidades em geral, zelando inclusive para que todos os consultores-membros recebam treinamento adequado para atuar em retained executive search. A Dasein é a única empresa brasileira com sede em Minas Gerais a ter a certificação AESC. Por meio desse networking internacional, inseriu os executivos mineiros na rota mundial de Executive Search. Obviamente, além da sede em Minas Gerais e do escritório em São Paulo, a Dasein atende várias empresas no Brasil e no mundo com um padrão de qualidade peculiar, fortemente endossado pelo rigoroso assessment que direciona tanto para a empresa como para o candidato qual o melhor caminho a seguir. Empresas modernas, visionárias ou tradicionais sabem que quando a regra do jogo muda, é preciso mudar a estratégia. Portanto, é essencial ter um excepcional parceiro que dê sustentação ao crescimento empresarial. A seriedade na questão do recrutamento é uma das maneiras prioritárias que contribuirão para que o nosso país possa se consolidar no competitivo ranking do mercado global. * Adriana Prates é Presidente da Dasein Executive Search, empresa membro da Association of Executive Search Consultants (AESC), maior associação do mundo no segmento. Pós-graduada em RH Business pela Fundação Getúlio Vargas e especializada em Psicodrama Empresarial. Coautora do livro “Pontes do Psicodrama”. Formada em coaching executivo nos modelos americano e europeu, sendo uma das pioneiras no uso dessa metodologia no Brasil. É certificada pelo ICI - Integrated Coaching Institute e membro do ICF - International Coach Federation. Tendência DNews - Agosto l 2010 O Brasil é a bola da vez para o mercado de executivos A bola da vez é o superaquecimento da economia. Os números confirmam o que já era consenso entre os analistas: a economia andou em ritmo acelerado nos primeiros meses do ano no Brasil. Muitos analistas preveem que o crescimento em 2010 será de 7%, a maior taxa desde 1986. Nos últimos 16 anos, o Brasil se dispôs a lutar e vencer importantes obstáculos. O regime de metas para inflação, o câmbio flutuante, as reservas cambiais, a formação de um forte mercado interno e a expansão do crédito exerceram papéis de protagonistas no desempenho econômico. O Brasil ocupa a segunda posição entre os países do grupo dos BRICs com crescimento anualizado de 9% nos primeiros meses de 2010, atrás somente da China com 11,9%. Segundo o Ipea, o Brasil pode ser a quinta economia do mundo na próxima década. O País deve se transformar também na quinta melhor sociedade, do ponto de vista do padrão de bem-estar social. É claro que existem alguns gargalos que precisam ser urgentemente solucionados. O bom desempenho da economia foi refletido diretamente no mercado de trabalho. Os estados que apresentaram os maiores aumentos, em termos relativos, foram Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Rio de Janeiro. O Estado de São Paulo teve a maior geração de empregos em números absolutos do Brasil, com 545.743 postos ou aumento de 5,09%. Em seguida vem Minas Gerais, que gerou 232.572 postos, um crescimento de 6,64%. Tradicionalmente, o segundo semestre é mais aquecido e as contratações são maiores neste período. As empresas de Minas Gerais estão otimistas quanto às contratações com expectativa de aumento ainda maior de emprego no Estado. A capacidade instalada da indústria de transformação deve avançar em média 14,6% este ano, o maior percentual de expansão dos últimos oito anos. O setor automotivo vive momento de grande recuperação, com aumento de 10,5% em relação ao ano passado. O Brasil já ocupa a quarta posição no ranking mundial de vendas de carros, superando a Alemanha, que ocupou essa posição por sete anos. A construção civil neste ano deve bater o recorde histórico na criação de vagas, que foi atingido em 2008. O crescimento do PIB mineiro no primeiro trimestre frente a igual período do ano anterior foi de 12,2%, superando, portanto, a alta nacional, que foi de 9%. A demanda por executivos no Brasil dobrou, segundo pesquisas. O dado confirma a expectativa Foto: David Braga * Daniel Rezende de crescimento da economia brasileira. As empresas estão contratando mais diante das perspectivas favoráveis. Os segmentos de infraestrutura, de bens de consumo, de petróleo e gás e mercado de capitais também devem se destacar no mercado de contratação de executivos. Há vagas de sobra e profissionais em falta. A demanda por executivos qualificados está muito acima do que o Brasil é capaz de oferecer. Isso gera uma ultracompetição por talentos, aumentando as compensações oferecidas. Devido à escassez de bons gerentes de média liderança no mercado, há uma disputa acirrada pelos profissionais que se destacam. Entre os principais motivos estão a enorme quantidade de empresas abrindo capital na Bovespa, a corrida pelo etanol, os investimentos no agronegócio, a explosão do setor imobiliário, com a fartura de crédito, o aumento do consumo interno e a demanda crescente por serviços. “ A demanda por executivos no Brasil dobrou, segundo pesquisas. As empresas estão contratando mais diante das perspectivas favoráveis ” Além das dificuldades relacionadas à infraestrutura, à logística, aos altos impostos e à legislação trabalhista atrasada e leis ambientais cada vez mais rígidas, o Brasil é um dos países em que empregadores mais encontram dificuldades na hora de contratar. Nos últimos anos, as empresas e universidades no Brasil não formaram gente suficiente para atender à nova demanda. Para fazer frente a esse cenário, as companhias brasileiras precisam se preparar para reter talentos e criar outros atrativos, além dos financeiros, que mantenham os colaboradores alinhados com o crescimento da empresa. Um dos desafios para os executivos de RH no desenvolvimento de lideranças é garantir a transmissão de conhecimento entre as gerações de executivos. Hoje uma das principais preocupações dos executivos é preparar o sucessor e um fator determinante, na visão das empresas, para o sucesso de seu programa de desenvolvimento de lideranças é o coaching. Houve amadurecimento expressivo nos últimos dez anos na evolução da gestão empresarial no Brasil. Há uma grande disponibilidade das corporações em investir na governança. Diversos estudos mostram que a busca pela inovação, a adoção de práticas transparentes de gestão, a responsabilidade social e a conquista do mercado exterior estão moldando um novo ambiente corporativo, onde o sucesso é perseguido sem abandonar a ética. O fruto dessas melhores práticas é também a geração de mais empregos e oportunidades. O grande desafio passa a ser a atração, a retenção e o desenvolvimento de pessoas que favoreçam a aplicação dos princípios de ética, transparência e confiabilidade. Pessoas que protegem o patrimônio da empresa, maximizam o retorno do investimento e cultivam seus valores, suas crenças e seus propósitos. O Brasil integra o grupo de países emergentes de destaque e no centro desse cenário estão os executivos, que alimentam a exportação de mão de obra especializada para diferentes países. A carência de profissionais não acontece só aqui. O prolongado período de crescimento mundial, tido como o maior da história, tem espalhado o problema pelo mundo. Isso fez com que os melhores executivos brasileiros passassem a ser procurados por empresas de fora. Segundo pesquisas, nos últimos 40 anos, um milhão de pessoas com formação universitária migrou de países da América do Sul, Central e Caribe 5 para outros de economias mais avançadas. Ou seja, exportamos muitos talentos e ficamos com escassez de mão de obra qualificada. Os anos de turbulências da economia brasileira forjaram executivos fortes, atentos, criativos e flexíveis a situações adversas, um perfil valorizado no atual cenário de profundas mudanças no mercado externo e de globalização da força de trabalho. Entretanto, esse reconhecimento poderá gerar problemas internos, caso as empresas não sejam capazes de reter talentos e reforçar valores éticos. Hoje vários segmentos já demandam mais executivos e talentos do que efetivamente conseguem localizar e contratar no mercado local. As empresas estão tendo dificuldades para preencher posições de alto nível. A crise financeira mundial elevou as exigências corporativas em relação às contratações. As empresas buscam pessoas com competências como forte liderança de equipes e capacidade de influenciar pessoas e conduzir processos de mudança. Além de lideranças, o mercado tem buscado mais especialistas, isto é, profissionais com um perfil técnico e formação específica para realizar determinadas funções, principalmente engenheiros, profissionais de tecnologia da informação e de saúde. A falta de gente qualificada para ocupar algumas posições é tão grande que as empresas de Executive Search estão repatriando executivos brasileiros que trabalham no exterior. Algumas empresas estão trazendo executivos de suas subsidiárias em outros países para o Brasil e em alguns casos, os salários aqui chegam a ser maiores. Os pacotes estão compatíveis com os pagos em Nova Iorque e Londres. Es- tamos importando gente da Argentina, Chile, Peru, Angola, Portugal, Espanha, Itália e agora até gregos estão enviando currículos. Importamos gerentes e executivos. As multinacionais brasileiras que tinham executivos no exterior estão trazendo-os de volta, pois as oportunidades de crescer, faturar, rentabilizar estão mais aqui que lá fora. * Daniel Rezende é graduado em Engenharia Mecânica com ênfase em Engenharia de Produção pela UFMG. Desenvolveu sua carreira como executivo da área comercial. Desde 2005 atua no segmento de Executive Search, tendo forte atuação na identificação de profissionais nas áreas de engenharia, mineração e construção. É o responsável pela área de negócios da Dasein Executive Search, empresa associada à AESC (Association of Executive Search Consultants, instituição mais respeitada do setor). Para falar com Daniel: [email protected] Panorama Você conhece o potencial de sua equipe? *Roberta Rodrigues Como você responderia a alguém que lhe fizesse essa pergunta? Imagine que você tenha de definir qual integrante de sua equipe será seu sucessor ou tenha de escolher entre vários currículos qual será a pessoa certa para integrar sua equipe? Pense, por exemplo, no prejuízo que se tem em uma contratação malsucedida, ou ainda em se promover alguém que não possua o potencial para assumir uma função. Podemos também citar o caso de empresas que buscam profissionais no mercado, quando poderiam dar oportunidade a um profissional da equipe, mas, por não conhecer o potencial desse, toma uma decisão que acarreta custos elevados, tempo para que o novo profissional incorpore a cultura organizacional e, o pior, a desmotivação da equipe. As empresas que atuam dentro das melhores práticas de Gestão de Pessoas recorrem ao Assessment como forma de ter subsídios seguros para a tomada de decisão. Por meio desse processo, é possível realizar um diagnóstico de competências, comportamentos e potencialidades, que vai mapear o conjunto de competências de indivíduos ou grupos de profissionais. Esse processo possibilita a gestão do potencial em face da necessidade de promoções, remanejamentos internos, processos seletivos, processos de sucessão e levantamento das necessidades de treinamento e de da equipe. 6 O processo tem início com uma minuciosa análise das competências; em seguida, são aplicados instrumentos avaliativos, bem como entrevistas visando a identificar a aderência do profissional às expectativas organizacionais. Após o processamento dos resultados, um dossiê com informações sobre o candidato é apresentado ao cliente, que toma a decisão final. É fundamental que o profissional receba um feedback dos principais aspectos levantados nessa análise, tais como força, características e oportunidade de desenvolvimento. Além disso, o profissional define um plano de ação no qual destaca em quais competências investirá prioritariamente. As empresas devem ter consciência de que é de vital importância a análise do fornecedor que conduzirá tal procedimento. A equipe de consultores deve ter domínio das ferramentas e técnicas utilizadas no processo de mapeamento de competências, bem como estar alinhada com o objetivo da ação. Esse cuidado garante a credibilidade do processo e o alcance dos objetivos. Quando esse processo é conduzido de forma criteriosa e responsável, todos são favorecidos - as empresas e seus subordinados -, e podemos comprovar, por meio dos resultados positivos alcançados, que somente as pessoas podem gerar valor às organizações. Toda essa estratégia de Assessment também é utilizada nos casos de avaliação de profissionais externos que assumirão desafios em sua empresa. Entendemos que, mais do que conhecimento e competência, o profissional precisa estar preparado emocionalmente e ter habilidade para adaptar-se à nova cultura organizacional de forma suave, sem trazer desconforto. Portanto, é vital contar com uma metodologia validada e harmonizada com todas as expectativas que a empresa tem quanto a esse profissional. E, por outro lado, deverá analisar se as expectativas que esse profissional tem estão em harmonia com a sua empresa. Dessa forma, o Assessment para a seleção externa contribui fortemente a fim de assegurar os melhores resultados para a empresa. E você, conhece o potencial de sua equipe? Sabe exatamente qual é o perfil esperado quando há necessidade de contratar um profissional? Conheça mais sobre Assessment Center da Dasein Executive Search no web site: www.dasein.com.br * Roberta Rodrigues é administradora de empresas, com especialização em Marketing, é executiva na Dasein Executive Search, com destacada experiência nos diversos segmentos empresariais e foco na busca de profissionais de média e alta gestão. É formada em Coaching Executivo e Psicodrama Empresarial pela Dasein, desenvolve programas de coaching corporativo. Conferencista e palestrante, sendo excepcional analista de tendências de mercado, pesquisas e novos cenários para economias emergentes. Para falar com Roberta: [email protected] Dasein na Mídia DNews - Agosto l 2010 Abaixo, matéria publicada na BHTi Magazine de julho de 2010, escrita pela jornalista Camila Coutinho. Roberta Rodrigues, executiva da Dasein Executive Search, foi capa da revista. Quanto vale uma carreira? O que pensam os profissionais de TI sobre a dança das cadeiras no mercado de trabalho O mercado de trabalho de TI está em plena evolução: carência de profissionais, demanda por capacitação e aumento no número de vagas são características marcantes. Apesar disso, constantemente os profissionais da área se sentem insatisfeitos com as condições do mercado e uma das principais causas apurada pela BHTi Magazine é a falta de consenso de como classificar os papéis e as funções profissionais da área e, assim, determinar o modelo de remuneração e desenvolvimento dos profissionais. Veja a opinião de profissionais da área de TI sobre o assunto, na reportagem da BHTi Magazine: Gestão por projetos O Diretor de Relacionamento da TTY 2000 Tecnologia e Sistemas, Luiz Cláudio Martins, explica que os salários dos recursos de projetos geralmente são mais altos do que dos funcionários fixos, o que pode gerar conflitos, pois as remunerações acabam sendo comparadas. Apesar da remuneração maior, o Presidente da Core Synesis, Nelson Rabello, alerta que aquele que aceita trabalhar por projetos deve estar ciente sobre o risco de ficar sem trabalho no fim do projeto. Outro ponto negativo é a falta de oportunidade de investir na carreira. A Gerente de Operações e Consultora da Dasein Executive Search, Roberta Rodrigues, afirma que também existem profissionais que preferem abrir uma empresa para prestar serviços para vários clientes. O ponto mais atrativo desse modelo é a possibilidade de um rendimento maior. No entanto, a especialista afirma que, antes de tomar a decisão, o profissional deve avaliar se possui perfil empreendedor e tolerância para suportar os riscos e a instabilidade. Importância do salário O salário é muito importante para o profissional que está no início de carreira, porém, as pessoas com mais maturidade também avaliam a oportunidade, a qualidade de vida e o ambiente de trabalho. A Consultora de Executive Search afirma que se o dinheiro fosse um valor tão importante para os profissionais, não haveria casos de uma pessoa sair de uma empresa para ganhar menos. “Ela pode estar em busca de desafios.” Cargos e salários Para Nelson Rabello, na área de TI há uma confusão com relação à classificação dos profissionais, pois cada empresa adota uma nomenclatura. “O importante não é o nome da função, mas as habilidades profissionais, as atribuições na corporação.” Para ele, a melhor forma de corrigir essas distorções é a gestão por competências, em que o desempenho profissional é analisado a partir de resultados. De acordo com a Gerente da Dasein, a remuneração da área de TI está vinculada, principalmente, ao nível de especialização. Por causa da alta rotatividade, muitas vezes as empresas valorizam aqueles que dão importância para a estabilidade, e não apenas para a remuneração. Ela destaca que muitas vezes o profissional que não avalia outros aspectos, como a possibilidade de crescimento, acaba perdendo a oportunidade de assumir uma função gerencial. Retenção de profissionais O Diretor da TTY 2000 informa que os profissionais entre 16 e 30 anos são mais propensos a trocar de empresa, pois são atraídos pela novidade. Os que possuem entre 35 e 50 anos valorizam mais a estabilidade. Mas a rotatividade pode não ser um bom negócio. O Presidente da Core Synesis diz que “quando permanece na empresa, a pessoa estabelece uma progressão de carreira. Aos poucos, ela consegue impor o salário que deseja”. Plano de cargos e salários Uma solução para minimizar a ansiedade do profissional, na avaliação de Martins, é estabelecer um plano de cargos e salários claro e divulgá-lo aos profissionais, mantendo-os motivados por saberem que serão recompensados. De acordo com Roberta Rodrigues, como na área de TI existe carência de profissionais, há uma sobrevalorização de algumas funções, o que gera um problema institucional. “Dificilmente se consegue contratar um analista sem pagar o salário de gerente.” Para lidar com isso, as empresas precisam en- contrar formas de enquadrar essa condição na sua estrutura organizacional ou reduzir o nível de exigência com relação à experiência e à qualificação. Reclamações fundamentadas Muitos profissionais, principalmente os da área técnica, reclamam sobre como as empresas não desenvolvem políticas efetivas de valorização dos empregados. “Em lugares em que há milhares de funcionários, muitas vezes eles são tratados como número. Não há capilaridade para multiplicar boas práticas. Esperamos que essa situação mude. As empresas que não evoluírem perderão profissionais e espaço”, afirma a Consultora da Dasein, que completa: “não se deve ter uma visão romântica. Se o empregado deseja aumentar seu salário, precisa fundamentar esse desejo com capacitação e qualificação”. Carência de profissionais de TI É consenso entre as empresas de TI que faltam profissionais. No entanto, o Diretor de Relacionamento da TTY 2000 acredita que o grande problema é a oferta de pessoas qualificadas. O Presidente da Core Synesis acredita que, como está sendo amplamente divulgado que existem vagas em TI, a tendência é a de que em breve várias pessoas procurem se formar na área, havendo assim estabilização do mercado. Roberta Rodrigues destaca que a área de TI é relativamente recente e nos últimos anos registrou expansão. Por causa disso, está ocorrendo um desequilíbrio entre oferta e demanda, já que a valorização do profissional é diretamente ligada à raridade daquela especialização. 7 DNews - Agosto l 2010 Não perca tempo, acesse e faça parte das mídias sociais da Dasein: >> Twitter: http://twitter.com/dasein_search >> Blog: www.dasein-executive-search.blogspot.com >> Facebook: http://www.facebook.com/#!/profile.php?ref=profile&id=100000959608911 >> Orkut: http://www.orkut.com.br/Main#Community?cmm=100481706&refresh=1 >> Youtube: http://www.youtube.com/user/DaseinExecutive >> Linkedin: http://br.linkedin.com/in/daseinexecutivesearch Expediente Produção Editorial Link Comunicação Empresarial l www.linkcomunicacao.com.br Jornalista responsável: Sílvia Caldeira Costa l Redação: Ewerton Martins Gestão Dasein Executive Search Gerente de P&D e Marketing: David Braga l Assessora de Marketing: Keity Daniele O DNEWS é uma publicação da Dasein Executive Search Avenida Raja Gabaglia, 3117, cj. 116 - São Bento - Belo Horizonte - MG l +55 31 3291-5100 Av. 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