DESAFIOS PARA O ENFRENTAMENTO
DE EPIDEMIAS CONCENTRADAS
ONDE ESTAMOS EM 2011
PERSPECTIVAS GLOBAIS
•
Recrudescimento da epidemia do HIV entre gays nos países centrais (EUA, França,
Inglaterra, entre outros) e países em desenvolvimento;
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Mudança na estrutura e composição da epidemia, há hoje uma distribuição desigual
e combinada de diferentes epidemias que se relacionam entre si (epidemias mais
velhas e novas epidemias, diferentes subtipos virais e diferentes redes de difusão);
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Baixa cobertura das ações de prevenção dirigida as populações mais vulneráveis;
•
Aumento da cobertura em relação ampliação ao tratamento e ao cuidado, mas ainda
persistem iniqüidades relacionadas ao acesso ao tratamento;
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Financiamento insuficiente para conter a expansão da epidemia no mundo;
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Novas evidências e oportunidades no campo do tratamento para prevenção
CONHEÇA SUA EPIDEMIA...
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Epidemias concentradas que afetam mais severamente grupos específicos da população
com taxas de prevalências superiores as observadas na população em geral;
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Mesmo nos países com epidemias generalizadas há que se considerar a importância das
redes de difusão entre populações de maior vulnerabilidade e risco;
•
Temos distribuição desigual e combinada de epidemias velhas e novas com marcadas
diferenças regionais e redes de difusão;
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A via de transmissão sexual é a mais freqüente, mas em algumas regiões a presença da
transmissão por uso de drogas injetáveis está presente;
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A classe de exposição heterossexual, homo e bissexual, são as formas mais prevalentes,
mas entre heterossexuais prevalece taxas mais elevadas entre as mulheres;
COMO RESPONDER PROGRAMATICAMENTE?
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Onde estão ocorrendo as novas infecções?: o planejamento e a aplicação
dos recursos devem estar ancorados no conhecimento das principais redes de
difusão da epidemia [FIQUE SABENDO E QUERO FAZER];
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Combinação de programas de combate a pobreza e prevenção a aids:ações estratégicas que combinem programas estruturados de redução da
pobreza com aqueles que melhoram o acesso ao diagnóstico, aos insumos de
prevenção e ao tratamento resultam em respostas mais efetivas a epidemia
[INTEGRAÇÃO PROGRAMÁTICA TB-HIV];
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Redução das Desigualdades:- Redução das desigualdades de gênero e luta
contra a intolerância relacionada a homofobia são importantes para conter a
epidemia [ESTIGMA, VIOLENCIA E PRECONCEITO SÁO FATORES DE
VULNERABILIDADE];
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Fortalecer a vigilância epidemiológica :- reduzir o impacto da epidemia na
população em geral e nos grupos populacionais que se encontram mais
vulneráveis [COBERTURA E FOCALIZAÇAO] ;
As principais características da epidemia no Brasil
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Epidemia concentrada: atinge principalmente grupos específicos da população com
taxas de prevalência superiores as observadas na população em geral;
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Prevalência da infecção na população 15 a 49 anos: 0,61%
Homens que fazem sexo homens: 10,5%
Mulheres trabalhadoras sexuais: 5,0%
Usuários de drogas: 5,9%
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Distribuição desigual e combinada de epidemias com marcadas diferenças
regionais;
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A via de transmissão sexual é a mais frequente, mas em algumas regiões persiste a
transmissão por uso de drogas injetáveis;
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A classe de exposição homo-bissexuais se apresenta em crescimento na população
de jovens com idade entre 17 e 29 anos;
ALGUMAS PALAVRAS SOBRE QUATRO OPORTUNIDADES PARA A PREVENÇÃO
DA TRANSMISSÃO SEXUAL DO HIV
Cohen et al, JCI, 2008
Cohen IAS 2008
Pré-exposição
exposição
exposição
Infectado
(pré-coito/coito) (pós-coito)
Comportamental,
Estrutural, biomédica
(evitar exposição)
TARV
PPrE
Acesso, informação, educação continuada, Microbicidas
Prevenção das DST, integração com TB,
Ações de base comunitária
Anos
Horas
Imunizações
TARV
PPE
Tratamento do HIV,
Redução na infetividade
72h
Anos
AMPLIAÇÃO DO ACESSO AO DIAGNÓSTICO UMA
OPORTUNIDADE QUE NÃO PODE SER PERDIDA
•
33% da população brasileira já realizou ao menos uma vez o teste HIV e sabe o resultado
do último teste (PCAP:2008);
•
29% dos homens entre 15 a 64 anos realizaram o teste alguma vez na vida contra 47% das
mulheres na mesma faixa etária (PCAP:2008);
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56% dos homens que declararam fazer sexo com homens realizaram teste para HIV nos
últimos doze meses (PCAP: 2008);
•
41% das pessoas iniciam tratamento em fase avançada da doença;
ENTÁO É RAZOÁVEL CONSIDERAR QUE O ACESSO AO DIAGNÒSTICO
É UMA OPORTUNIDADE PARA DETER O AVANÇO DA EPIDEMIA E REDUZIR
O IMPACTO NA MORTALIDADE
ARV para prevenção - multicomponentes
Inscrição no serviço
Teste
Inicio do
ARV
Testagem
HIV Positivo
Prevenção
positiva
Adotar comportamento
seguro
Tratamento
Ligação
com
cuidado
Adesão
ao tto
Manutenção da
supressão viral
Diminuir a transmissão
CUSTOMIZAR AS ESTRATÉGIAS DE PREVENÇÃO PARA
POPULAÇÕES VULNERÁVEIS
Estabelecer referências programáticas para atender as
necessidades e especificidades das populações
vulneráveis
1- No que diz respeito às intervenções
comportamentais e estruturais
2 – No que diz respeito ao cuidado e ao tratamento
3 - No que diz respeito aos direitos humanos
COBERTURA E FOCALIZAÇÃO
EPIDEMIAS CONCENTRADAS – EXEMPLO DO PERU
Novas infecções pelo HIV anualmente (adultos e crianças)
Milhares
Zero cobertura HSH
Cobertura atual HSH
100% cobertura HSH
100% MSM
coverage
Beyrer et al, working paper
Exemplos
QUERO FAZER
AMPLIAÇÃO DA OPORTUNIDADE DO DIAGNÓSTICO PARA HSH
• Oportunizar o diagnóstico a população de gays e travestis nos
locais onde estas populações se encontram;
• Estabelecer vínculos com a estrutura dos serviços de saúde através
da rede de CTA;
• Promover acesso ao diagnóstico em locais e horários que não se
caracterizam como unidades de saúde convencionais;
• Proporcionar um melhor conhecimento das redes de interação das
populações;
Dados
(2009 / 2011)
Dados
(2009 / 2011)
Outros exemplos
• Projetos de intervenção comportamental baseado em
evidência;
• Clínica dirigida as necessidades da população
vulnerável – exemplo de SP;
• Intervenções no território...nos lugares: consultórios de
rua...territórios da cidadania;
• Estabelecer referências técnicas para a adoção de
medidas de prevenção baseadas no tratamento.
Desafios
• Redimensionar os recursos descentralizados para
populações vulneráveis;
• Estabelecer vínculos integrando as ações das
organizações não-governamentais na rede de atenção
através dos “pontos de intervenção”;
• Reestruturar a rede de CTA para que atendam as
demandas