Tipos de Estudos Epidemiológicos
• Estudos descritivos (formula
hipóteses)
• Estudos analíticos (testa hipóteses)
Exposição (fatores de risco ou proteção)
Desfecho (previne ou é causa de uma
doença)
Estudos Descritivos
• Objetivo: informar sobre a distribuição de um
evento na população (pessoa, tempo e lugar), em
termos quantitativos.
• Podem ser de: incidência ou prevalência.
• Úteis para:
– Administradores – alocação de recursos e
elaboração de programas de prevenção
– Epidemiologistas – 1º passo para pesquisas de
fatores determinantes de risco.
Estudos Descritivos
Tipos:
• Estudos de correlação ou ecológicos
• Estudos de séries temporais
• Estudo de caso ou série de casos
• Estudo transversal ou seccional ou
inquérito transversal
Estudos ecológicos
• Utiliza dados de uma população inteira (áreas geográficas bem
delimitadas) para comparar a freqüência de doenças em diferentes
grupos durante um mesmo período de tempo ou de uma mesma
população em diferentes pontos do tempo.
• Descreve a relação entre doenças e alguns fatores de interesse
como idade, sexo, consumo de medicamentos, utilização de
serviços de saúde, etc.
• São um ponto de partida para outros estudos.
Estudos ecológicos
• Objetivo:
– Gerar hipóteses etiológicas
– Avaliar a efetividade de intervenções na população –
testar o nosso conhecimento para prevenir doença ou
promover saúde
• Ex: programa de vacinação, vigilância de gestantes HIV+
Estudos ecológicos
• Unidade de observação: é um grupo de pessoas e não um
indivíduo.
• Grupo pertence a uma área geográfica definida: cidade,
estado, setor censitário, etc.
• Os indicadores de cada área constituem-se em médias
referentes a população total, tomada como um agregado
integral.
• Frequentemente são realizados utilizando arquivos de dados
já existentes (secundários) em grandes populações.
Estudos ecológicos
• Podem ser classificados em 2 subtipos:
• Investigações de base territorial (utilizam uma referência geográfica
para a definição das suas unidades de informação)
• Estudos agregados institucionais (toma organizações coletivas de
qualquer natureza como referencia para definição de sua unidade de
informação) EX: pesquisa comparativa da situação de saúde em uma amostra de
fábricas, análise da distribuição de uma patologia em escolas, perfil epidemiológico
das prisões de uma região.
Estudos ecológicos
• Principal problema deste tipo de estudo - suposição de que os
mesmos indivíduos são simultaneamente portadores do
problema de saúde (efeito) e do atributo associado
(causa/fator de risco).
• Ex:Durkhein: províncias européias predominantemente
protestantes no séc. XIX tinham taxas de suicídios maiores que
em províncias predominantemente católicas. Protestantes
tenderiam mais ao suicídio? Poderiam ser os católicos
residentes em províncias protestantes os que mais se
suicidavam?
Estudos ecológicos
Vantagens:
– Fáceis de serem executados, informações disponíveis
– Baixo custo relativo
– Rapidez na execução
– Bom para mensuração de efeito ecológico: implantação de um
novo programa de saúde ou uma nova legislação em saúde na
melhoria das condições de vida.
Estudos ecológicos
Limitações:
– Inadequado para relacionar exposição e doença a nível individual
– Falta de controle dos potenciais fatores de confundimento, dificuldade na
interpretação dos resultados
– Dados de estudos ecológicos representam níveis de exposição média ao
invés de valores individuais reais
– Não há acesso a dados individuais
– Dados de diferentes fontes, o que pode significar qualidade variável da
informação
– Falta de disponibilidade de informações relevantes é um dos problemas
mais sérios na análise ecológica.
Estudos de séries temporais
• Uma mesma área ou população é investigada
em momentos distintos no tempo.
• É um subtipo do estudo ecológico
Obesity Trends* Among U.S. Adults
BRFSS, 1991, 1996, 2004
(*BMI 30, or about 30 lbs overweight for 5’4” person)
1991
1996
2004
No Data
<10%
10%–14%
15%–19%
20%–24%
≥25%
(Data shown in these maps were collected through CDC’s Behavioral Risk Factor Surveillance System (BRFSS).
Estudo de caso ou série de casos
• Estudo de caso: consiste em um cuidadoso e detalhado
estudo do perfil de um paciente identificado de
características não habituais na doença ou na história de
um paciente. Ex: talidomida
• Estudo de série de casos: consiste na análise de um
conjunto de casos que pode ocorrer em curto período
(comunidade). Ex: AIDS
• Vantagens:
– geração de hipóteses
– baixo custo
• Limitações:
– Não permite testar hipóteses
Estudo Seccionais
ou
Inquéritos transversais
• Acessa ao nível individual a presença tanto da doença
como da exposição de interesse em um determinado
ponto do tempo.
• Medem a prevalência de uma doença.
• A doença e a exposição são acessados em um mesmo
ponto do tempo, não permite distinguir se a exposição
precede o desfecho.
Estudo Seccionais
ou
Inquéritos transversais
• Geralmente utilizam amostras representativas da
população, valorizando o caráter aleatório da amostra;
• É recomendável definir claramente os limites de sua
população, já que precisará dispor de denominadores
para o cálculo da prevalência.
Estudo Seccionais ou Inquéritos
transversais
Exemplo:
• Obesidade
artrite
• Sedentarismo
doença coronariana
• A população do estudo é selecionada por
amostra e pode ser estratificada por grupos
que se deseja comparar
Estudo Seccionais ou Inquéritos
transversais
OBJETIVO
• Comparar taxas de prevalência de diferentes
populações ou grupos populacionais
• Avaliar condições de saúde com fins de política
de saúde
Estudo Seccionais ou Inquéritos
transversais
Vantagens:
• fácil execução,
• relativamente pouco oneroso,
• úteis para estudar características individuais permanentes como
raça, grupo sanguíneo e sexo.
• permite determinar necessidades da população em relação aos
cuidados de saúde.
• Alto potencial descritivo
• Simplicidade analítica
Estudo Seccionais ou Inquéritos
transversais
limitações:
• Vulnerabilidade a vieses, principalmente de seleção
• Baixo poder analítico
Formas de análises:
• Comparação de indicadores de saúde e de exposição
• Testagem de significância estatística
Estudo Seccionais ou Inquéritos
transversais
SUBTIPOS
• Estudos de grupos em tratamento
• Inquéritos na atenção primária
• Estudos em populações especiais (escolas, idosos)
• Inquéritos domiciliares
• Estudos multifásicos
Estudos analíticos
(possuem grupo de comparação)
•Caso – controle (observacionais)
•Coorte (observacionais)
•Experimental ou de intervenção
Estudos analíticos
• Todos os desenhos epidemiológicos envolvem
comparações entre exposições e doença, de forma
implícita (nos estudos descritivos) e explícita (nos estudos
analíticos).
Estudos
Caso-Controle
Estudos caso-controle
• Tipo de estudo observacional analítico
• A seleção dos sujeitos é efetuada em base a presença (caso)
ou ausência (controle) de uma doença particular em estudo.
• Tem grupo de comparação
• A partir de um certo desfecho eu avalio um conjunto de
exposições. Ou seja, verifico se houve diferença de exposição
entre os casos e controles.
retrospectivo
Estudos caso-controle
• Os grupos (casos e controles) são comparados em relação à
proporção daqueles que apresentavam ou não história de
uma exposição ou de uma característica de interesse.
• Indicado para avaliar doenças, principalmente de baixa
incidência, quando o estudo de seguimento se torna
praticamente inviável.
Estudos caso-controle
• Utilizado para testar hipóteses ou para exploração de
certas doenças.
• É extremamente útil nos estágios iniciais de uma
investigação, quando o conhecimento de uma doença
ou de um dado efeito de interesse está sendo elaborado.
Estudos caso-controle
• São eficientes em termos de custo (baixo) e duração.
• Permitem avaliar um conjunto de exposições
potencialmente etiológicas. Ex: fumo, radiação
• É necessário uma caracterização criteriosa do que é
caso:
– critérios diagnósticos,
– estágio da doença,
– tipos clínicos da doença
Estudos caso-controle
• A escolha do grupo de controle ou de comparação deve
obedecer o princípio da máxima similitude entre o grupo de
casos e de controle
• identidade da área geográfica,
• idade,
• sexo,
• raça,
• Fatores: sócio-econômicos-culturais
• De instituições ou serviços de saúde onde tenham sido
atendidos os afetados pela doença – pareamento.
Estudos caso-controle
Seleção de controles da população geral:
• Pode ser feito a partir de listas telefônicas, eleitorais, etc.
• É complicado
• Custoso
• Problemas de viés de memória e não participação
Estudos caso-controle
Seleção de controles em grupos especiais:
•
•
•
•
•
Amigos
Vizinhos
Esposas
Pais
Colegas de trabalho
Estudos caso-controle
• Grupos controles múltiplos
• Número de controles por caso: no máximo 4 controles
por caso
Estudos caso-controle
• Podem ser prospectivos ou retrospectivos
• Desenhos bem feitos podem prover informações úteis
sobre a associação existente entre uma exposição e uma
dada doença.
Estudos caso-controle
Problemas potenciais
• Suscetíveis a um viés de seleção diferencial de casos
e controles. Neste caso a seleção é efetuada com base
ao seu status de exposição.
• Memorização diferencial entre os grupos, em função
do status de doente.
Estudos caso-controle
VANTAGENS
•
•
•
•
•
•
•
Fácil de executar
Curta duração
Baixo custo
Fácil de repetir
Mais eficiente para doenças raras
Permite a análise de vários fatores
Mais adequado para doenças de longo período de
latência
• Pode investigar múltiplas exposições para a
mesma doença
Estudos caso-controle
LIMITAÇÕES
•
Dificuldade para formar um grupo controle aceitável
•
No caso de enfermidades raras, não podemos escolher os
indivíduos aleatoriamente, escolhemos o que existe.
•
A documentação, fonte de pesquisa (prontuários, exames)
com freqüência está incompleta (informação disponível
limitada), não apresentando os detalhes quanto a presença
das variáveis independentes.
•
Não conveniente quando o diagnóstico não é preciso
Estudos caso-controle
LIMITAÇÕES
•
Estudo de uma única doença, apesar de se poder estudar
a sua relação com várias exposições.
•
Ineficiente para exposições raras
•
Pode ser difícil estabelecer relação temporal
•
Mais sujeito a viés de seleção e memória
Exemplo:
• Um estudo epidemiológico foi realizado para avaliar o
papel da enxaqueca como possível fator de risco para o
desenvolvimento de acidente vascular cerebral
isquêmico (AVC). 300 pacientes com AVC e 300
pacientes com outras doenças foram recrutados em três
hospitais. Por intermédio de um questionário
colheram-se diversas informações, entre elas história de
enxaquecas. 70 pacientes com AVC e 50 pacientes com
outras doenças relataram história de enxaqueca. Todos
os outros pacientes negaram essa história.
Exemplo:
ESTUDOS
DE
COORTES
(SEGUIMENTO)
Estudos de Coortes
(Seguimento)
• É um dos principais tipos de estudos observacionais
• Parte de uma população onde se elimina a presença de
casos
• Divide-se o grupo em expostos e não expostos,
seguindo-se esta população durante um determinado
período de tempo, identificando no final um ou mais
desfechos.
Estudos de Coortes
• Exposição = fator de risco para determinada doença
• Mede a incidência – medidas diretas de risco
• Sujeito a menores números de viéses que os estudos
caso-controle
Estudos de Coortes
• No momento em que o status da exposição é definido,
todos os indivíduos potenciais devem estar livres da
doença que esta sendo investigada, e os participantes
elegíveis seriam então seguidos no tempo para
determinar a ocorrência de um dado resultado (doença,
óbito ou agravo à saúde)
• Ideais para avaliar associação entre exposição e doença,
de maneira clara e definida.
Estudos de Coortes
• Podem ser restrospectivos ou prospectivos (minimiza viés
relacionado à exposição)
• Indicados para estudar exposições raras, muito usados
em estudos ocupacionais. Ex: exposição ao Césio em
Goiânia, do efeito do mercúrio em garimpos.
• Não são indicados para eventos raros. Ex: tumor raro.
Estudos de Coortes
• Permite avaliar múltiplos efeitos para uma exposição
• Seqüência temporal – exposição X doença – bem clara e
definida.
Estudos de Coortes
Tipos de estudos:
(em relação ao início do estudo e a ocorrência da doença)
• Coorte histórica – restrospectivo: exposição e doença já
ocorreram quando o estudo é iniciado.
• Coorte clássico – prospectivo: a exposição pode ou não
ter ocorrido quando o estudo se inicia, mas a doença
com certeza ainda não ocorreu.
Estudos de Coortes
VANTAGENS:
•
•
•
•
•
•
O estudo pode ser planejado com exatidão
O risco de chegar a conclusões falsas é menor
Os expostos e não expostos são conhecidos previamente,
antes de saber os resultados
A medição de risco não é influenciada pela presença da
enfermidade
O melhor para estudar incidência e história natural das
doenças
Seqüência temporal, exposição e doença, bem clara e
definida (prospectivo)
Estudos de Coortes
VANTAGENS:
•
A melhor alternativa para estudos experimentais que são
muitas vezes inviáveis em investigação biomédica
•
Especialmente úteis para estudar doenças potencialmente
fatais
•
Úteis para estudar exposições raras
•
Permite avaliar múltiplos efeitos para uma dada exposição.
Estudos de Coortes
LIMITAÇÕES
•
Dificuldade de ser reproduzido
•
Quando retrospectivo requer uma avaliação adequada
das informações
•
Quando prospectivo pode ser extremamente caro e de
longa duração
•
A validade pode ser afetada pela perda de seguimento
•
A composição de grupos varia (abandonos e entradas
complementares)
•
Pouco eficiente para avaliar doenças raras
•
Em geral não é adequado para múltiplas exposições
Exemplo:
• Um grupo de pesquisadores organizou uma investigação que
constituiu no acompanhamento, durante um ano, de indivíduos que
receberam alta de um determinado hospital. Foram identificados
dois grupos, sendo o primeiro de pacientes que haviam recebido
transfusão de sangue e/ou hemoderivado durante a internação. O
grupo-controle era composto por aqueles pacientes internados no
mesmo período e que não haviam recebido transfusão. Ao final do
estudo, observou-se que a incidência de hepatite C foi muito menor
no segundo grupo. Neste caso, o desenho de estudo epidemiológico
planejado foi o de:
• coorte
Exemplo:
• “Em um estudo de coorte para avaliar a associação
entre anticonceptivos orais e tromboflebites, 1000
mulheres usuárias de pílulas anticoncepcionais
foram pareadas com 1000 controles não usuárias.
Ao término do estudo foi observado o
desenvolvimento de 33 casos de tromboflebite,
sendo 30 em usuárias”.
ESTUDOS
DE
INTERVENÇÃO
Estudos de Intervenção
• Os participantes são identificados em base ao status de exposição e são
seguidos para determinar se desenvolvem um dado desfecho.
• São estudos longitudinais.
• O status de exposição de cada participante é determinado pelo
investigador.
• Bom para validar hipóteses que sugerem etiologias para as doenças,
para testar medicamentos, etc.
Estudos de Intervenção
Vantagens
•
Possibilidade de evitar ou pelo menos controlar, erros
sistemáticos através do processo de atribuição
aleatória da intervenção.
•
Comparabilidade quanto ao prognóstico
•
Insuperável nos aspectos teóricos e práticos para
provar uma relação causal.
•
Controle dos fatores de confusão
•
Controle dos viéses
Estudos de Intervenção
Limitações
•
Limitada capacidade de generalizar, pois trabalha
com partes da população
•
“Limites éticos”, quando a investigação experimental
se dá com seres humanos.
•
Problemas sociais, legais e éticos
•
Complexos, caros e demorados
•
Pouco eficaz no uso de doenças raras
Exemplo:
• “Uma vacina contra gripe foi testada em um grupo
de voluntários. Dos 100 indivíduos que receberam
a vacina, 4 tiveram a doença e dos 50 que
receberam o placebo, 8 tiveram gripe durante o
período de seguimento. Moderado ou grande mal
estar após a “vacinação” foi referido por 26% que
receberam a vacina e por 24% do grupo controle”.
Exemplo:
• "cento e um pacientes portadores de esquistossomose mansônica
em fase ativa foram distribuídos, aleatoriamente em dois grupos:
um recebeu praziquantel, outro oxamniquine. Os medicamentos
foram administrados em dose única diária, via oral, segundo
técnica duplo cega. O controle parasitológico foi efetuado no
período de seis meses, mediante exames mensais de fezes pelos
métodos Kato-Katz e sedimentação espontânea; não houve
diferença significativa entre as percentagens de cura obtidas com
praziquantel e com oxamniquine".
O desenho desse estudo foi:
• ensaio clínico randomizado
VIÉS
VIÉS
• É UM ERRO SITEMÁTICO EM UM ESTUDO QUE
LEVA A UMA DISTORÇÃO DOS RESULTADOS.
• UM VIÉS É UMA AMEÇA A VALIDADE DE UM
ESTUDO.
• PODE SER DEFINIDO COM A FALTA DE VALIDADE.
VIÉS
•
A CLASSIFICAÇÃO MAIS COMUM DIVIDE O VIÉS EM 3
CATEGORIAS:
1)
VIÉS DE SELEÇÃO
2)
VIÉS DE INFORMAÇÃO
3)
CONFUSÃO
VIÉS DE SELEÇÃO
•REFERE-SE A AMOSTRA.
A AMOSTRA DA POPULAÇÃO ESCOLHIDA NÃO É
REPRESENTATIVA DA POPULAÇÃO EXPOSTA AO RISCO.
•FREQUENTEMENTE OS INDIVÍDUOS SÃO SELECIONADOS DE
FORMA CONVENIENTE AO INVESTIGADOR (ERRADO!).
VIÉS DE SELEÇÃO
•
EM ESTUDO COORTE O PRINCIPAL PROBLEMA DE SELEÇÃO
É A PERDA DE ACOMPANHAMENTO (VOLUNTÁRIA, POR
MIGRAÇÃO OU MORTE).
•
O PROCESSO DE SELAÇÃO POR SI SÓ PODE AUMENTAR OU
DIMINUIR A CHANCE DE UMA RELAÇÃO ENTRE A
EXPOSIÇÃO E A DOENÇA DE INTERESSE SER DETECTADA
•
EX: UM ESTUDO LIMITADO A PESSOAS EMPREGADAS, ESTAS
GERALMENTE SÃO MAIS SADIAS.
VIÉS DE INFORMAÇÃO OU
DE AFERIÇÃO
•
PODE OCORRER QUANDO HÁ UM ERRO SISTEMÁTICO NA
MENSURAÇÃO.
•
EX: AS PESSOAS PODEM RESPONDER UMA QUESTÃO A
RESPEITO DA EXPOSIÇÃO COM UMA RESPOSTA
SOCIALMETNE ACEITÁVEL – NÃO RELATAR QUE CONSOME
DIETA RICA EM GORDURA, POR ACHAR QUE A DIETA POBRE
EM GORDURA É MAIS ACEITÁVEL PELO ENTREVISTADOR.
•
VIÉS DE INFORMAÇÃO OU
DE
AFERIÇÃO
02 TIPOS COMUNS DESTE VIÉS:
•
VIÉS DE RECORDAÇÃO (RESULTA DA CAPACIDADE DA PESSOA EM
LEMBRAR DE ATIVIDADES E EXPOSIÇÕES PRÉVIAS)
•
VIÉS DO ENTREVISTADOR (O ENTREVISTADOR PODE INVESTIGAR
DE MODO MAIS PROFUNDO, A PRESENÇA DE RESPOSTAS MAIS NO
CASO DO QUE NOS CONTROLES, OU DAR INDICIOS CORPORAIS QUE
PREFEREM CERTAS RESPOSTAS.)
VIÉS DE VOLUNTÁRIO
•
VOLUNTÁRIOS (CONCORDAM EM PARTICIPAR DA
PESQUISA) PODEM EXIBIR EXPOSIÇÕES OU
RESULTADOS QUE PODEM DIFERIR DOS NÃO
VOLUNTÁRIOS.
•
EX.VOLUNTÁRIOS TENDEM A SER MAIS
SAUDÁVEIS, OU PODEM DIFERIR EM ASPECTOS
COMO IDADE, SEXO, NÍVEL EDUCACIONAL.
(Medcurso)
VIÉS DE REJEIÇÃO
•
PACIENTES QUE FORAM EXCLUÍDOS DO ESTUDO
PODEM DIFERIR SITEMATICAMENTE DAQUELES
QUE PERMANECERAM NO ESTUDO.
(Medcurso)
VIÉS DE OBSERVAÇÃO
•
OCORRE QUANDO O OBSERVADOR NÃO É “CEGO”
(BLIND). O OBSERVADOR ACREDITA NA
TERAPÊUTICA E NO SEU EFEITO INFLUENCIANDO
OS RESULTADOS E A SUA MEDIÇÃO.
(Medcurso)
VIÉS DE CONFUNDIMENTO
•
OCORRE QUANDO DOIS FATORES SÃO
RESTRITAMENTE ASSOCIADOS E OS EFEITOS DE
UM CONFUNDE OU DISTORCE O EFEITO DO
OUTRO FATOR DE RISCO NO RESULTADO.
FATOR DE
CONFUNDIMENTO
•
É O FATOR QUE, ASSOCIADO A OUTRO
RESTRITAMENTE, DISTORCE OU CONFUNDE O
EFEITO DO FATOR DE RISCO. PARA CONHECÊ-LO E
ISOLÁ-LO DO OUTRO FATOR TORNA-SE
NECESSÁRIO ESTRATIFICAR A ANÁLISE.
Validade dos instrumentos de
medida
Repetitividade ou reprodutibilidade
• Erros relacionados ao ato da aferição. Incluindo aqueles
ligados ao desempenho do teste.
• A repetitividade de uma medida é a sua capacidade de
reproduzir consistentemente a mesma informação quando são
feitos exames repetidos na mesma população.
• Quanto mais confiável for o teste, mais provável que os
resultados sejam repetíveis.
Repetitividade ou reprodutibilidade
• Se houver variabilidade do método os valores poderão
ser sub ou super estimados (viés). É provável obter
conclusões errôneas.
Repetitividade ou reprodutibilidade
A repetitividade de uma medida pode ser afetada pela:
• Variação devida ao observador: pode ser intra-observador (1
pessoa), ou inter-observador (≠ pessoas)
– Ex: presença dos parasitos de malária nas lâminas de sangue.
• Variação devida ao observado:
– Ex: a resposta de um questionário pode ser afetada pela motivação, local da
entrevista, crenças.
• Variação devida ao instrumento e ao método:
– Ex: alguns são obviamente mais confiáveis que outros –
esfigmomanômetro, glicemia capilar x curva glicemica
Validade ou Acurácia
• É a capacidade de um teste diagnosticar corretamente a
presença ou ausência da doença (problema) em estudo.
• A definição clara do caso ou evento em estudo é da maior
importância, para obter-se uma alta validade.
• Ex: palavras podem ter ≠ significados, para distintas pessoas.
• Há 2 aspectos importantes para a validade de um teste
diagnóstico:
– Sensibilidade
– Especificidade
Quando pesquisamos uma doença, as pessoas podem ou não
estar doentes e o resultado do teste diagnóstico pode ser
positivo ou negativo. Assim, podemos encontrar as seguintes
situações:
Sensibilidade
• Capacidade de diagnosticar os verdadeiros positivos.
• Capacidade de detectar todos os indivíduos doentes.
• Se a doença está presente, qual a probabilidade que o teste seja
positivo?
• Ex: um teste tem sensibilidade de 90% quando fornece
acertadamente, resultados positivos em 90% das pessoas que
realmente tem a doença.
Sensibilidade: É a capacidade de um teste de dar positivo entre os
portadores da doença. Para calcular a sensibilidade, basta aplicar
o teste em um grupo de doentes e comparar os resultados com
aqueles de um teste padrão (denominado "padrão ouro").
Especificidade
• Capacidade de diagnosticar os verdadeiros negativos.
• Capacidade de determinar como sendo sadios todos os
indivíduos que estão efetivamente livres da doença em estudo.
• Se a doença não está presente, qual a probabilidade que o teste
seja negativo?
• Ex: um teste tem especificidade de 90% quando fornece
acertadamente, resultados negativos em 90% das pessoas que
realmente não tem a doença.
•
Especificidade: É a capacidade de um teste de dar negativo
quando as pessoas não têm a doença. Para calcular a
especificidade, aplicamos o teste em um grupo de pessoas sãs
(com o "padrão ouro" negativo) e calculamos a porcentagem de
resultados negativos.
Tipos de desenho de investigação em epidemiológica
TIPO OPERATIVO
POSIÇÃO DO
INVESTIGADOR
REFERÊNCIA
TEMPORAL
DENOMINAÇÕES
CORRENTES
AGREGADO
TRANSVERSAL
(são referidos a uma base
geográfica e temporal,
constituindo populações –
determinados social e
culturalmente)
(a produção do dado é
realizado em um único
momento-singular do tempo)
ESTUDOS
ECOLÓGICOS
OBSERVACIONAL
LONGITUDINAL
(qualquer tipo de seguimento
em escala temporal, define o
caráter serial de um estudo)
INTERVENÇÃO
INDIVÍDUO
(particularizados um a um)
Fonte: Rouquayrol, 2003.
LONGITUDINAL
ENSAIOS
COMUNITÁRIOS
TRANSVERSAL
INQUÉRITOS
OU SURVEYS
LONGITUDINAL
ESTUDOS
PROSPECTIVOS
(coortes)
ESTUDOS
RETROSPECTIVOS
(caso controle)
LONGITUDINAL
ENSAIOS CLÍNICOS
OBSERVACIONAL
INTERVENÇÃO
ESTUDOS DE
TENDENCIA
OU SÉRIES
TEMPORAIS
REFERÊNCIAS
• FILHO, N A; ROUQUAYROL, M Z. Elementos da metodologia
epidemiológica.p.149-191. In: ROUQUAYROL, MZ. Epidemiologia e
saúde.Rio de Janeiro: MEDSI, 6ªed. 2003, 728p.
•
GREENBERG, R S et al. Variabilidade e Viés. In: EPIDEMIOLOGIA
CLÍNICA. Ed Porto Alegre: ARTMED, 3ª ed, 2005. p180-193.
• PEREIRA, M G. Métodos empregados em epidemiologia. In:
PEREIRA, M G. Epidemiologia teoria e prática. Guanabara
Koogan.1995.p 269-288
Fonte de dados
Sistemas de Informação
e Construção de
indicadores
Sistemas nacionais de informação
de interesse para a saúde
SIM - 1979
Estatísticas Vitais
DATASUS
SIA-SUS – FAA - 1991
SIH-SUS
AIH - 1981 -> 1994
SIAB
SVS
IBGE*
SINASC - 1994
PACS -PSF - 1998 -> 1999
SINAN - 1996
Censo Demográfico - 2000
Contagem Populacional - 2006
Definições
Dado: uma informação primária sobre um tema
NUM_REG SEMAN UNID INICIAIS DTNASC IDADE SEXO ESCOLAR
10
18 21015 AB
443
1
9
25
45 21015 ACF
19291021
461
2
9
11
19 21015 AJS
446
0
0
14
30 21015 AL
425
1
2
17
29 21015 AMJ
440
1
9
26
41 21015 AMS
429
1
9
12
23 21015 CAF
426
1
9
19
18
0 GMP
433
1
0
23
20 21015 OS
432
1
9
1
23
0 RMC
435
2
9
36
20 21015 RNT
415
1
9
37
20
0 SBA
433
1
9
2
8
0 SJS
19570330
432
1
9
Definições
Banco de dados: conjunto de dados organizados em variáveis
NUM_REG SEMAN UNID INICIAIS DTNASC IDADE SEXO ESCOLAR
10
18 21015 AB
443
1
9
25
45 21015 ACF
19291021
461
2
9
11
19 21015 AJS
446
0
0
14
30 21015 AL
425
1
2
17
29 21015 AMJ
440
1
9
26
41 21015 AMS
429
1
9
12
23 21015 CAF
426
1
9
19
18
0 GMP
433
1
0
23
20 21015 OS
432
1
9
1
23
0 RMC
435
2
9
36
20 21015 RNT
415
1
9
37
20
0 SBA
433
1
9
2
8
0 SJS
19570330
432
1
9
Definições
Guia de VE (1998)
Definições
Entende-se como sistema “ conjunto integrado de partes que
se articulam, para uma finalidade comum”.
Guia de VE (1998)
Definições
Sistema de Informação: conjunto de procedimentos que
permitem armazenar, recuperar e tratar dados para um
determinado contexto.
NUM_REG SEMAN UNID INICIAIS DTNASC IDADE SEXO ESCOLAR
10
18 21015 AB
443
1
9
25
45 21015 ACF
19291021
461
2
9
11
19 21015 AJS
446
0
0
14
30 21015 AL
425
1
2
17
29 21015 AMJ
440
1
9
26
41 21015 AMS
429
1
9
12
23 21015 CAF
426
1
9
19
18
0 GMP
433
1
0
23
20 21015 OS
432
1
9
1
23
0 RMC
435
2
9
36
20 21015 RNT
415
1
9
37
20
0 SBA
433
1
9
2
8
0 SJS
19570330
432
1
9
PROPÓSITO DO SIS
O SIS é parte dos sistemas de saúde, é
constituído por vários subsistemas.
Seu propósito é facilitar a formulação e
avaliação de políticas, planos
e programas de saúde, subsidiando o
processo de tomada de decisões.
Guia de VE ( 2005)
Definições
Registro
NUM_REG SEMAN UNID INICIAIS DTNASC IDADE SEXO ESCOLAR
10
18 21015 AB
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0 SBA
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0 SJS
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Definições
Variável
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0 GMP
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Definições
Dados agregados: Variável secundária que permite identificar
tendências e monitorar situações no tempo e espaço
Sexo
Idade
Prop_esc
1
21,2
34
2
24,5
45
Formas de agregação
•
•
•
•
•
•
Média
Mediana
Proporção
Taxas
Índices
Outras
Características da informação dos Sistemas
Características da informação dos Sistemas
Base de dados
Atualização
Unidade de
Registro
Unidade Espacial de
Referência
Sistema de informação sobre mortalidade
Anual
Óbito
SIM
município, endereço
Sistema de informação sobre nascidos vivos
Anual
Nascimento
SINASC
município, endereço
Sistema de informação de agravos de notificação
Mensal
Agravo
SINAN
município, endereço
Sistema de informações hospitalares
Mensal
Internação
SIH
município, endereço
Censo demográfico
Decenal
CD
município, setor censitário
Domicílio
Fluxo de informações de saúde
Ministério da Saúde (Nacional)
Análise e disseminação
Secretaria de Vigilância em saúde
Secretaria Estadual de Saúde (Estado)
Verificação e consolidação
de dados
Gerência Regional de Saúde
Secretaria Municipal de Saúde (Município)
Outras instituições
Serviço de atenção à saúde
Investigação epidemiológica
Entrada de dados
HOSPITAIS, LABORATORIOS, CONSULTORIOS, CLINICAS, UBS, PSF, ESCOLAS..
É O MAIS IMPROTANTE PARA VIGILANCIA EPIDEMIOLÓGICA.
FOI DESENVOLVIDO PARA SANAR AS DIFICULDADES DO SIST.
NOTIFICAÇÃO COMPULSÓRIA, PARA SER OPERADO NAS UBS.
OBJETIVO: COLETAR E PROCESSAR DADOS SOBRE AGRAVOS
DE NOTIFICAÇÃO, EM TODO TERRITORIO NACIONAL, DESDE
O NIVEL LOCAL. É ALIMENTADO PELA NOTIFICAÇÃO E
INVESTIGAÇÃO DE CASOS DE DOENÇAS E AGRAVOS,
QUE CONSTAM NA LISTA NACIONAL.
SINAN
NUM_REG SEMAN UNID INICIAIS DTNASC IDADE SEXO ESCOLAR
10
18 21015 AB
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45 21015 ACF
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0 RMC
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0 SBA
433
1
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2
8
0 SJS
19570330
432
1
9
• Criado em 1975.
• Iniciou sua fase de descentralização desde
1991.
• Dispõe de dados informatizados a partir de
1979.
O registro de óbito deve ser feito no local de ocorrência do evento
• A SMS realizarão busca ativa dessas vias, em todos
os Hospitais e Cartórios, evitando assim a perda do
Registro de óbito no SIM e,
• O mascaramento do perfil de mortalidade na área de
abrangência.
• Nas SMS as primeiras vis são digitadas e enviadas on
line para as Regionais, depois para SES, que envia
para MS.
• A partir das informações deste sistema, podese obter a mortalidade proporcional por causas,
sexo, faixa etária, local de ocorrência e
residência, letalidade, taxas de mortalidade
geral, infantil, materna......
Principais variáveis do SIM
• Cartório, UF, data registro
• Identificação do falecido
nome, filiação, data de
nascimento, idade, sexo,
estado civil, ocupação,
grau de instrução,
raça/cor, naturalidade e
local de residência
• Data e local de ocorrência
do óbito
• Óbito fetal ou menores
de 1 ano - condições da
gestação da mãe
• Causa básica da morte
• Identificação do médico
• Causas externas
descrição das condições
de ocorrência e local do
evento que gerou o óbito
SIM
DO
00000198
00022112
00841185
00806236
00000696
00002985
00003901
00054227
00145105
00875491
01808706
REGISTRO
63929
16284
019196
018960
DATAREG
930108
940505
950824
950710
TIPOBITO
2
2
2
2
2
2
2
2
2
2
2
DATAOBITO
930108
940505
950822
950709
9101
9104
9104
9110
950408
951204
960301
ESTCIVIL
1
1
5
2
2
2
1
1
2
2
2
Indicadores com base no SIM
1979 a 1995 - 9ª CID // 1996 - 10 ª Revisão
Mortalidade proporcional por grandes grupos de causas
número de óbitos devidos a cada grupo X100
total de óbitos por causa determinada
Taxa ou coeficiente de mortalidade por causas específicas
número anual de óbitos pela causa, por sexo e faixa etária de risco X100.000
população ajustada para o meio do ano, sexo e faixa etária
Taxa ou coeficiente de mortalidade infantil
número de óbitos em menores de um ano X 1.000
total de nascidos vivos no mesmo ano
 O número de nascidos vivos podem ser utilizados como
denominadores dos coeficientes de mortalidade infantil e
materna, entre outros.
 Antes da implantação do SINASC em 1990, esta
informação só era conhecida mediante estimativas
censitárias.
 No DATASUS encontra-se disponível dados do SINASC
desde 1994 em diante.
 Só pode ser utilizado como denominador em regiões onde
a sua cobertura é ampla, substituindo as estimativas
censitárias.
 O instrumento padronizado de coleta de dados é a DN,
cuja emissão é de competência do MS.
 Tanto a emissão da DN quanto o seu registro em cartório
serão realizados no município de ocorrência do
nascimento.
 Deve ser preenchida em hospitais e outras instituições de
saúde que realizam partos, e no s cartórios quando o
nascimento da criança ocorre no domicílio.
 Sua implantação ocorreu no país de forma gradual desde
1992.
Principais variáveis do SINASC
•
•
•
•
Identificação da DN
Cartório de Registro
Local de Ocorrência
Recém Nascido
data, hora, sexo, peso,
raça/cor, APGAR
• Gestação e Parto
duração e tipo da
gestação, tipo de parto,
no consultas PN
• Características da mãe
história reprodutiva,
local de residência,
nome
• Nome do pai
• Identificação do
responsável pelo
preenchimento
Indicadores com base no SINASC
Proporção de nascidos vivos de baixo peso
número de nascidos vivos com menos de 2.500g X 1.000
número total de nascidos vivos
Taxa bruta de natalidade
número de nascidos vivos X 1.000
população total
Taxa de fecundidade geral
_________número de nascidos vivos________ X 1.000
população feminina de 15 a 49 anos de idade
SIH
ESPEC
3
3
7
6
3
3
3
3
3
6
3
CGC_HOSP
42498717000902
33609504000162
42498717000589
42429480000401
42498717000902
42498717000589
42498717000589
394544020968
394544020968
42429480000401
29468055000293
N_AIH
IDENT CEP
MUNIC_RES NASC SEXO
1551143440
1 23550370
330455 630911
1
1539813693
1 23520270
330455 610708
3
1569576162
1 23585100
330455 860424
3
1568986287
1 23550250
330455 650621
1
1569561830
1 23550000
330455 380210
3
1569576206
1 23585550
330455 660424
1
1569576646
1 23570120
330455 580803
1
1551999218
1 23530000
330455 601126
3
1552000472
1 23540000
330455 700615
1
1569956267
1 23550270
330455 631030
3
1569171362
1 23550250
330455 730908
1
SISTEMA DE INFORMAÇÕES
AMBULATORIAIS DO SUS – SIA-SUS
A UNIDADE DE REGISTRO DAS INFORMAÇÕES
É O PROCEDIMENTO AMBULATORIAL
OUTRAS IMPORTANTES FONTES
DE DADOS
OUTRAS IMPORTANTES FONTES
DE DADOS
Problemas identificados
• Sistemas de informação múltiplos e
dissociados
• Atraso e subutilização de informações
• Pequena capacidade e grande
dificuldade de análise no nível local
Iniciativas para
a análise de dados
• Padronização nacional de indicadores
• Linkage entre diferentes bases de dados
• Criação de “Salas de situação”
• Geoprocessamento de dados epidemiológicos
Linkage de bases de dados
Mortalidade
Letalidade
SIM
AIH
Atendimento
na rede
Mortalidade
infantil
Nascimento
SINASC
Internação
Morbidade
infantil
Notificação
de doença
SINAM
Monitoramento de situação de saúde
(Sala de situação)
Disseminação das informações
•Distribuição de CD-rom com dados de
mortalidade, nascidos vivos e internação
•Acesso aos dados via Internet
•Relatórios técnicos anuais
Desafios do uso de sistemas de informação
para a vigilância
• Aumentar a cobertura dos sistemas
• Qualidade dos dados
• Aumentar a capacidade de análise no nível
local
• Integrar bases de dados
• Introduzir variáveis sociais e ambientais nos
sistemas
• Georreferenciar eventos de saúde
Para saber mais
• http://www.datasus.gov.br
• http://www.fns.gov.br
• http://www.ibge.gov.br
• Carvalho, D.M. Grandes Sistemas Nacionais de
Informação em Saúde: revisão e discussão da situação
atual. IESUS, V(4):7-46, Out/Dez, 1997.
• Sistemas de Informação em Saúde. In: Guia de
Vigilância epidemiológica, 2005. Ministério da Saúde.
Epidemiologia
Das Doenças Infecciosas
ENDEMIA E EPIDEMIA
ENDEMIA
Endemia - qualquer doença espacialmente
localizada, temporalmente ilimitada,
habitualmente presente entre os membros de
uma população
SÃO DOENÇAS ENDÊMICAS?
DENGUE
DOENÇA DE CHAGAS
AMEBÍASE
MALÁRIA
ESQUISTOSSOMOSE
LEISHMANIOSE
•Pode-se entender por endémica, uma doença, que
persiste durante um tempo determinado num lugar
concreto e que afeta ou pode afetar a um número
importante de pessoas.
DOENÇAS ENDÊMICAS
1. Em grande parte são transmitidas por um vetor;
2. Têm como determinantes o ambiente físico e social em que
ocorrem;
3. Afetam quase sempre grupos populacionais de menor poder
aquisitivo, sujeitos a más condições de habitação, desnutrição e
desinformação;
4. Afetam por muitos anos populações, predominantemente
rurais, apesar da tendência de urbanização que vem sendo
observada, produto não só da migração campo-cidade, mas do
crescente empobrecimento das populações já residentes nos
centros urbanos.
EPIDEMIA
• Nos momentos em que essas variações
aumentam de forma irregular, temos
uma epidemia, que pode ser definida
como: a ocorrência de um claro
excesso de casos de uma doença ou
síndrome clínica em relação ao
esperado, para uma determinada área
ou grupo específico de pessoas, num
particular período de tempo.
EPIDEMIA
É uma alteração espacial e cronologicamente
delimitada, do estado de saúde/doença de
uma população, caracterizada por uma
evolução progressivamente crescente e
inesperada dos coeficientes de incidência
de determinada doença, ultrapassando
valores acima do limiar epidêmico préestabelecido.
CONSIDERAÇÕES SOBRE O CONCEITO
DE EPIDEMIA
População
Conjunto de indivíduos expostos ao
risco
O número de casos registrados excede
o número médio de casos observados.
Curva Epidêmica
nível nível
endêmico epidêmico
coef. incidência
incidência máxima
limiar epidêmico
progressão
regressão
egressão
tempo
SÃO DOENÇAS EPIDÊMICAS?
AIDS
DENGUE
CÓLERA
TUBERCULOSE
SURTO EPIDÊMICO
• Ou simplesmente surto, é uma ocorrência
epidêmica restrita a um espaço
extremamente delimitado: colégio, quartel,
edifício, bairro, etc.
• Ex: Surto de febre tifóide ocorrido no bairro
São Benedito – Rio de Janeiro, a análise da
água do abastecimento local evidenciou a
presença de contaminação fecal .
ENDEMIA X EPIDEMIA
• Quando se indaga sobre a diferença entre
epidemia e endemia, ocorre-nos, imediatamente, a
idéia de que a epidemia se caracteriza pela
incidência, em curto período de tempo, de grande
número de casos de uma doença;
• A endemia se traduz pelo aparecimento de menor
número de casos ao longo do tempo.
O que define o caráter endêmico de uma doença é
o fato de ser a mesma peculiar a um povo, país ou
região.
TIPOS DE EPIDEMIAS
• Epidemia Explosiva: Apresenta uma rápida
progressão, até atingir a incidência máxima num
curto espaço de tempo. Exs: Intoxicações
decorrentes da ingestão de água, leite ou
outros alimentos contaminados.
• Epidemia lenta: A velocidade é lenta, a
ocorrência é gradualizada e progride durante
um longo tempo. Ex: AIDS
Epidemia Explosiva
No. de Casos
Surto de Intoxicação Alimentar
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13
Horas
TIPOS DE EPIDEMIAS
• Epidemia Progressiva ou propagada: O critério
diferenciador é a existência de um mecanismo
de transmissão de hospedeiro a hospedeiro. A
doença é difundida de pessoa a pessoa por via
respiratória, anal, oral, genital ou outra, ou por
vetores.
• Ex. Meningite meningocócica, doenças
transmissíveis respiratórias, transmitidas por
insetos, as DSTs.
PANDEMIA
PANDEMIA
• Pandemia, palavra de origem grega,
formada com o prefixo neutro pan e
demos, povo, foi pela primeira vez
empregada por Platão, em seu livro Das
Leis. Platão usou-a no sentido genérico,
referindo-se a qualquer acontecimento
capaz de alcançar toda a população.
PANDEMIA
• O conceito moderno de pandemia é o de
uma epidemia de grandes proporções,
que se espalha a vários países e a mais
de um continente. Exemplo tantas vezes
citado é o da chamada "gripe espanhola",
que se seguiu à primeira Guerra Mundial,
nos anos de 1918-1919, e que causou a
morte de cerca de 20 milhões de
pessoas em todo o mundo.
PANDEMIA
• É a ocorrência epidêmica caracterizada por uma larga
distribuição espacial, atingindo várias nações, podendo passar
de um continente a outro.
• Trata-se de um processo de massa limitado no tempo mas
ilimitado no espaço.
Ex. Sétima pandemia de cólera:
(Austrália-1961)India(1964)  Oriente Médio
(1965)Africa (1970) Europa (1970) EUA (1991)
América Latina (1991)
VIGILÂNCIA
EPIDEMIOLÓGICA
• A descrição do comportamento das
endemias e elaboração de seus diagramas
de controle são funções de grande
importância da vigilância epidemiológica,
sendo necessário para isso a efetiva
notificação, por parte dos profissionais de
saúde, dos casos (confirmados ou
suspeitos) de agravos passíveis de surtos
ou epidemias.
VIGILÂNCIA
EPIDEMIOLÓGICA
• Ao identificar precocemente uma epidemia
(ou uma suspeita) torna-se possível diminuir
os danos da doença na população através de
várias medidas de controle (isolamento,
quarentena, atenção aos contactantes),
além de medidas de prevenção de novas
epidemias (vacinação, melhorias sanitárias,
controle de vetores, campanhas
educacionais, etc).
Um sistema de VE
• Funções de um sistema de VE:
–
–
–
–
–
coleta de dados
processamento dos dados coletados
recomendação de medidas apropriadas
promoções de ações de controle indicadas
avaliação da eficácia e efetividade das medidas
adotadas
– divulgação das informações pertinentes.
Tipos de dados em VE
• Tipos de dados:
–
–
–
–
demográficos
ambientais
sócio-econômicos
dados de morbidade
• notificação de casos/surtos
– dados de mortalidade
Roteiro de Investigação em VE
•
•
•
•
•
Dados de identificação
Dados de anamnese e exame físico
Diagnóstico (suspeitas diagnósticas)
Informações sobre o meio ambiente (exposições)
Informações sobre o ambiente de trabalho
(exposições)
• Exposições
• Busca ativa de casos
• Busca de pistas
Objetivos de um Sistema de
Vigilância Epidemiológica
• Prevenção, controle, eliminação ou
erradicação de uma doença.
Processamento e Análise de
dados
• Pessoas
• Tempo
• Lugar
– Freqüências absolutas
– Indicadores Epidemiológicos (taxas de
incidência, prevalência, letalidade, mortalidade)
– “Quanto mais oportuna for a análise , mais
eficiente será o sistema de Vigilância
Epidemiológica” (MS, 1996)
Exemplo de uma investigação em
saúde ocupacional
• Histórico: (Evento sentinela)
– 1990 - 2 óbitos por doenças hematológicas em
uma empresa do pólo petroquímico de
Camaçari, BA.
– O 10 de um médico, com diagnóstico de aplasia
medular, o 20 um operador de processo com
leucemia mielóide crônica.
– Exposição: a empresa processa benzeno,
matéria prima na indústria do plástico, tinta,
etc...
A intoxicação pelo benzeno
• A intoxicação pelo benzeno ocorre por três
vias:
– respiratória (principal)
– cutânea
– digestiva
O ambiente
• A empresa que notificou os dois óbitos
situava-se em um complexo petroquímico
integrado, na época com aproximadamente
47 indústrias, com cerca de 50 mil
empregados.
• Pistas: identificadas 9 usinas de produção
que utilizavam benzeno
A investigação epidemiológica
• Início: Solicitado hemograma dos
funcionários dos setores de origem dos
casos (marcador biológico de efeito)
Resultados da investigação
• Dos 7.356 trabalhadores examinados nas 9
indústrias, 850 (12%) apresentaram
leucograma com < de 5.000 leucócitos por
mm3 (e/ou 2.500 neutrófilos).
• Esses casos suspeitos foram submetidos a
mais três exames consecutivos, sendo
também analisados seus prontuários
médicos.
Resultados da Investigação
• Ao final, 216 mantiveram-se com valores
abaixo de 4.000 leucócitos/mm3 (e/ou 2.000
neutrófilos; e/ou série hematológica com
valores decrescentes). Esses casos foram
classificados como “casos
epidemiológicos”.
• Desses, 34 exerciam função administrativa,
indicando uma contaminação ambiental.
Outros Resultados da
investigação
• O tempo médio no emprego era de 9 anos.
• A evidência da exposição ocupacional
determinou o afastamento cautelar dos 216
trabalhadores de suas atividades.
• Emitida CAT com reconhecimento do nexo
causal para benzenismo.
• Os valores do benzeno encontrados no
ambiente estavam acima do estabelecido
pela legislação vigente.
Pontos para a organização de um
SVE de Causas Externas
• Normatização:
– Definição de caso:
• suspeito
• confirmado: laboratorial ou clínico
• Retroalimentação:
– Retorno regular de informações às fontes
geradoras de dados
– consolidação dos dados
– Publicações
Avaliação dos SVEs
•
•
•
•
•
•
•
Situação Epidemiológica
Atualidade da lista de agravos
Pertinência dos instrumentos utilizados
Cobertura da rede de notificação
Funcionamento do fluxo de informações
Oraganização da documentação coletada
Informes analíticos
Avaliação dos SVEs
• Retroalimentação
• Composição e qualificação da equipe
técnica
• Interação com as instâncias responsáveis
pelas ações de controle
• Interação com a comunidade científica
• Condições administrativas e custos
Medidas Quantitativas de
Avaliação
• Sensibilidade (capacidade de detectar casos)
• Especificidade (Capacidade de exluir não
casos)
• Reprodutibilidade
• Oportunidade (agilidade)
Medidas Qualitativas de
avaliação
• Simplicidade
• Flexibilidade
• Aceitabilidade
Perspectivas
• Acompanhamento do desenvolvimento
científico e tecnológico
• Comitês técnicos de assessores
• Incorporação de novas tecnologias
EXERCÍCIOS
• 1- Com base em seus conhecimentos sobre o assunto,
responda:
• Quando a doença aparece constantemente em determinado
local, acometendo um número de indivíduos
• previsto pelos sanitaristas, fala-se em
________________________. Quando a doença, em pouco
tempo
• e no mesmo local, ataca um número de indivíduos que
ultrapassa o esperado, trata-se de _______________.
• As palavras que preenchem corretamente as lacunas são:
•
•
•
•
•
A)
B)
C)
D)
E)
endemia, pandemia.
epidemia, endemia.
pandemia, epidemia.
endemia, epidemia.
epidemia, pandemia.
2- Assinale a alternativa correta:
A- A endemia se caracteriza pela incidência, em
curto período de tempo, de grande número de
casos de uma doença.
B- A epidemia se traduz pelo aparecimento de menor
número de casos ao longo do tempo.
C- A pandemia é o de uma epidemia de grandes
proporções, que se espalha a vários países e a mais
de um continente.
D- Todas estão corretas.
E- Todas estão erradas.
3- Assinale a alternativa incorreta:
A- A pandemia se distingue da epidemia por atingir proporções
muito maiores, enquanto a endemia tem, ao contrário destas
enfermidades, uma incidência mais local, numa determinada
região geográfica.
B- O que define o caráter endêmico de uma doença é o fato de
ser a mesma peculiar a um povo, país ou região.
C- Epidemos, em grego clássico, significa "originário de um país,
indígena", "referente a um país", "encontrado entre os
habitantes de um mesmo país".
D- Epidemiologia, na definição de Rouquayrol, deve ser
conceituada como "a ciência que estuda o processo saúdedoença na comunidade, analisando a distribuição e os fatores
determinantes das enfermidades e dos agravos à saúde
coletiva, sugerindo medidas específicas de prevenção, de
controle ou de erradicação".
4- Um aumento temporário do número de casos de
uma doença acima do limite esperado em uma
determinada população caracteriza:
(A) endemia;
(B) pandemia;
(C) epidemia;
(D) cronicidade;
(E) surto endêmico.
5- Na região Amazônica, a malária é uma das doenças
consideradas como:
a) Endemia
b) Epidemia
c) Pandemia
d) Endemia no interior e epidemia nas regiões
urbanas;
e) Nenhuma das alternativas.
6- O texto está correto ou errado?
•
•
Designa-se como endemia qualquer fator mórbido ou doença
espacialmente localizada, temporalmente ilimitada,
habitualmente presente entre os membros de um população
e cujo nível de incidência se situe sistematicamente nos
limites de uma faixa endêmica que foi previamente
convencionada para uma população e época determinadas.
Difere da epidemia por ser de caráter mais contínuo e
restrito a uma determinada área.
Assim, por exemplo, no Brasil, existem áreas endêmicas de
febre amarela na Amazônia, áreas endêmicas de dengue,
etc. Em Portugal, a hepatite A pode ser considerada como
endemia, já que existem, constantemente, novos casos.
EPIDEMIOLOGIA DAS DOENÇAS
INFECCIOSAS
•Epidemiologia é o estudo da
ocorrência, distribuição e controle
da doença na população.
EPIDEMIOLOGIA DAS DOENÇAS
INFECCIOSAS
•O risco de infecção não é só dependente da
suscetibilidade individual mas também do nível da doença
dentro da população;
•Do grau de miscegenação na população e
da imunidade herdada, assim como de características
específicas tais como: o período de transmissão e a via de
transmissão.
A DOENÇA
“Desajustamento ou uma falha nos
mecanismos de adaptação do organismo ou
uma ausência de reação aos estímulos a
cuja ação está exposto”.
DOENÇA INFECCIOSA
Doença Transmissível – qualquer doença causada
por agente infecciosos específico, ou seus
produtos tóxicos, que se manifesta pela
transmissão desse agente ou de seus produtos, de
uma pessoa ou animal infectado ou de um
reservatório a um hospedeiro suscetível, direta ou
indiretamente por meio de um hospedeiro
intermediário, de natureza vegetal ou animal, de
um vetor ou do meio-ambiente inanimado.
- Trata-se de uma doença cujo agente etiológico é
vivo e transmissível.
DOENÇAS DE ISOLAMENTO
• São doenças que exigem isolamento dos indivíduos
doentes durante o período de transmissibilidade
da doença;
• Tuberculose - isolamento respiratório (uso de
máscara adequada);
• Difteria – total – (luvas, máscara, gorro, capote)
• Infecção estafilocóccica cutânea – contato (uso de
luvas e capote)
PERÍODO DE INCUBAÇÃO
• É o intervalo de tempo que decorre entre a
exposição a um agente infeccioso e o
aparecimento de sinais ou sintomas da
doença;
• É variável:
• Horas – cólera;
• Meses ou anos – AIDS, hanseníase.
PERÍODO DE
TRANSMISSIBILIDADE
• O agente infeccioso pode ser transferido,
direta ou indiretamente, de uma pessoa
infectada a outra, ou de um animal
infectado ao homem, ou de um homem
infectado a um animal (artrópodes).
CADEIA DE TRANSMISSÃO DE UMA
DOENÇA
CADEIA EPIDEMIOLÓGICA
1.
2.
3.
4.
5.
Bioagente patogênico;
Reservatório;
Modo de transmissão;
Via de penetração (porta de entrada);
Novo hospedeiro ou suscetível.
1-BIOAGENTE
PATOGÊNICO
• Organismo vivo (micro ou macro)
capaz de causar uma infecção, ou seja
penetrar num organismo e aí se
multiplicar e ou se desenvolver(vírus,
bactéria, protozoário)
PROPRIEDADES DOS
PATÓGENOS
 INFECTIVIDADE
PATOGENICIDADE
VIRULÊNCIA
PODER IMUNOGÊNICO
INFECTIVIDADE – é o nome que se dá ao
conjunto de qualidades específicas do agente,
que lhe permite vencer barreiras externas e
penetrar
em
outro
organismo
vivo,
aí
multiplicando-se com maior ou menos facilidade.
PATOGENICIDADE – é a capacidade de o
agente infeccioso, uma vez instalado no
organismo do homem ou de outros animais,
produzir sintomas em maior ou menor proporção
dentre os hospedeiros infectados.
VIRULÊNCIA – é a capacidade de um bioagente
produzir casos graves ou fatais. Relaciona-se
com a produção de toxinas e à sua capacidade
de multiplicação no organismo parasitado.
IMUNOGENICIDADE - também chamado poder
imunogênico, é a capacidade que o bioreagente
tem de induzir imunidade no hospedeiro.
2-RESERVATÓRIO DE
BIOAGENTES
• Todo organismo vivo (humano ou animal),
artrópode, planta, solo ou matéria
inanimada que abriga um bioagente e lhe
oferece condições para sobreviver e
reproduzir e do qual ele será transmitido
para um hospedeiro.
3-MODO DE TRANSMISSÃO
1.
De forma horizontal
a)
–
–
Direta:
Imediata (quando o bioagente é transferido do reservatório
para novo hospedeiro sem passar pelo ambiente (ex: via
sexual)
Mediata (quando o bioagente passa por um curtíssimo
intervalo de tempo pelo ambiente (ex:tosse, espirro)
b) Indireta :
•
Ocorre quando existe um veículo ou hospedeiro intermediário ou
quando existe um vetor (ex: Doença de Chagas, cólera).
3-MODO DE TRANSMISSÃO
2. De forma vertical:
•
Da mãe para o feto, intra-útero, ou
durante o parto).
4- PORTA DE ENTRADA OU VIA DE
PENETRAÇÃO
É o local por onde o bioagente penetra quando
infecta um novo hospedeiro.
Mecanismos de penetração
• Invasão e colonização da pele íntegra (micose);
• Penetração ativa do bioagente na pele íntegra
(esquistossomose);
4- PORTA DE ENTRADA OU VIA DE
PENETRAÇÃO
• Ingestão do bioagente (veículos
contaminados) ou ingestão de um
hospedeiro intermediário morto capaz de
liberar o bioagente do organismo humano
(carne mal cozida de porco).
4- PORTA DE ENTRADA
• DIRETAMENTE DE OUTRO INDIVÍDUO
DA MESMA ESPÉCIE ANTERIORMRNTE
INFECTADO – Ex: Contato sexual com
portadores de Neisseria gonorrhoeae;
• DIRETAMENTE DA MÃE PARA O FETO
POR VIA PLACENTÁRIA – Ex: sífilis, aids;
4- PORTA DE ENTRADA
• DIRETAMENTE DE INDIVÍDUOS DE
OUTRA ESPÉCIE, IGUALMENTE
SUSCETÍVEL – Ex: o vírus rábico é passado
ao homem por mordedura de cão raivoso;
• INTRODUZIDO POR AÇÃO DE UM VETOR
BIOLÓGICO INFECTADO – Ex:
Triatomídeos (barbeiro) – Doença de
Chagas);
4- PORTA DE ENTRADA
• MÃOS CONTAMINADAS – INFECÇÕES
HOSPITALARES – Ex: infecções
bacterianas por instrumentos não
esterilizados.
4.1- MECANISMOS DE PENETRAÇÃO
• INGESTÃO – A água. Os alimentos em
geral;
• Mãos e objetos levados à boca – Ex: ovos
de helmintos (Ascaris lumbricoides);
• INALAÇÃO – Através das vias
respiratórias – Ex: Gotículas expelidas da
boca e nariz – gripe, sarampo;
4.1- MECANISMOS DE PENETRAÇÃO
• MÃE PARA FETO – Via placentária –
toxoplasmose;
• PENETRAÇÃO ATRAVÉS DAS MUCOSAS:
Vagina, uretra, olhos, boca – Trypanossoma
cruzi pode penetrar na mucosa ocular e
invadir a corrente sanguínea;
4.1- MECANISMOS DE PENETRAÇÃO
• PENETRAÇÃO ATRAVÉS DE SOLUÇÃO DE
CONTINUIDADE NA PELE – Feridas
cirúrgicas, ferimentos acidentais,
queimaduras – porta de entrada para
agentes infecciosos;
• INTRODUÇÃO NO ORGANISMO, COM
AUXÍLIO DE OBJETOS E
INSTRUMENTOS – Perfurações cirúrgicas
ou acidentais, transfusões de sangue;
4.1- MECANISMOS DE PENETRAÇÃO
• INTRODUÇÃO EM TECIDO MUSCULAR
OU NA CORRENTE SANGÜÍNEA, POR
PICADAS DE INSETO OU MORDEDURA
DE ANIMAIS – Malária, raiva;
5- NOVO HOSPEDEIRO OU
SUSCETÍVEL
• Indivíduo ou animal passível de adquirir a infecção.
Quando ele não oferece resistência à penetração,
multiplicação e desenvolvimento do bioagente, dizse que está suscetível: hospedeiro;
• O hospedeiro pode apresentar manifestações
clínicas decorrentes de uma infecção ou ser apenas
um portador, muitas vezes sem nem saber que
apresenta a doença.
CONCEITOS
• Hospedeiro intermediário: ser vivo que
oferece abrigo ao bioagente e onde esse
desenvolve as formas imaturas ou se
reproduz assexuadamente: caramujos;
• Hospedeiro definitivo: aquele onde o
bioagente atinge a maturidade e se
reproduz sexuadamente: doença de
chagas.
CONTROLE DAS DOENÇAS
TRANSMISSÍVEIS
• Conhecimento de sua cadeia de
transmissão;
• Conhecimento técnico;
• Recursos tecnológicos existentes;
• Disponibilidade de recursos financeiros;
• Adoção de estratégias de controle visando
a eliminação de um ou mais elos da cadeia
epidemiológica.
O DINAMISMO DA TRANSMISSÃO
DA DOENÇA
• Doença humana resulta de uma interação do
hospedeiro (pessoa), o agente (ex: bactéria) e o
meio ambiente (ex: água contaminada).
Hospedeiro
Vetor
Agente
Meio
ambiente
ASPECTOS
EPIDEMIOLÓGICOS
•Abordagem da Comunidade;
•Dificuldades para Controle das Doenças
Infecciosas e Parasitárias:
Pobreza
Saneamento Básico
Educação
Saúde
•Situação das Doenças Transmissíveis no Brasil - Agosto de 2004
Doenças transmissíveis com tendência descendente
Difteria
Coqueluche
Tétano
Poliomielite
Sarampo
Rubéola
Raiva Humana
Doença de Chagas
Hanseníase
Febre Tifóide
•Situação das Doenças Transmissíveis no Brasil - Agosto de
2004
Doenças transmissíveis com quadro de persistência
Malária
Tuberculose
Meningites
Leishmaniose Visceral
Leishmaniose Tegumentar Americana
Febre Amarela
Hepatites
Esquitossomose
Leptospirose
Acidentes por animais peçonhentos
Educação e Saúde
MODOS DE INFECÇÃO
1. Doenças transmitidas por via aérea;
2. Doenças sexualmente transmissíveis;
3. Doenças adquiridas por ingestão;
4. Doenças transmitidas por vetores.
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