A
Epidemiologia é uma disciplina
básica da saúde pública voltada
para a compreensão do processo
saúde-doença
no
âmbito
de
populações.
 Vinte
e
três
definições
de
epidemiologia
encontradas
na
literatura no período de 1927-1976


“Epidemiologia é o estudo dos fatores
que determinam a frequência e a
distribuição
das
doenças
nas
coletividades humanas”
“ Ramo das ciências da saúde que
estuda, na população, a ocorrência, a
distribuição e os fatores determinantes
dos eventos relacionados com a
saúde”.
Os agravos à saúde não ocorrem, ao
acaso, na população.
 A distribuição desigual dos agravos à
saúde é produto da ação de fatores
que se distribuem desigualmente na
população;
O
conhecimento
dos
fatores
determinantes das doenças permite a
aplicação de medidas, preventivas e
curativas.
1.

Descritiva: Informam sobre a frequência
e a distribuição de um evento. Tem o
objetivo de descrever os dados colhidos
na população.

Analítica: Tem o objetivo de investigar a
associação entre dois eventos, no intuito
de estabelecer explicações para uma
eventual relação observada entre eles.
Descrever as condições de saúde da
população
2. Investigar os fatores determinantes da
situação de saúde
3. Avaliar o impacto das ações
para
alterar a situação de saúde.
1.
Pilares: Ciências biológicas, ciências sociais
e estatística.

Auxiliar no controle dos problemas de
saúde da população, através do melhor
conhecimento da situação, de seus
fatores determinantes e das melhores
oportunidades de prevenção, cura e de
reabilitação.

Fornece os conceitos, o raciocínio e as
técnicas para estudos populacionais, no
campo da saúde.

O cerne da epidemiologia descritiva
consiste em bem definir o evento e
especificar adequadamente as suas
frequências
em
relação
às
características das pessoas atingidas
pelo evento (“QUEM”), dos lugares
(“ONDE”) e do tempo onde isso se deu
(“QUANDO”) .
QUEM?
QUANDO?
ONDE?
- Quem adoeceu? – distribuição das doenças
segundo características da pessoa como sexo, idade,
raça, situação socioeconômica, etc.
- Onde a doença ocorreu? – analisa a existência de
algum padrão espacial na distribuição de doenças.
- Quando a doença ocorreu? – avalia as tendências e
os períodos de maior ocorrência de doenças.
DADO: é a matéria prima para gerar a
informação.
 INFORMAÇÃO: um dado agregado ou
estatístico
 CONHECIMENTO: o inter-relacionamento
das informações.
 VARIÁVEL: é tudo aquilo que pode ter
ou assumir diferentes valores.

Número de
casos , de
óbitos, de
nascimentos
Coeficientes
de
Morbidade e
de
Mortalidade
Valores
absolutos
DADO
INFORMAÇÃO
CONHECIMENTO
AÇÃO
INVESTIGAÇÃO
Valores
relativos
1. conhecer a situação de saúde de
subgrupos populacionais
 2. definir prioridades de intervenção, de
modo a influenciar a direção das medidas
de prevenção e controle, com vistas a
proteger os grupos enfermos ou em maior
risco de adoecer.


Exemplos :
Idade
Sexo
Grupo étnico
Estado civil
Renda
Ocupação
Grau de instrução
Hábito de fumar
Consumo alimentar
Uso de drogas
1. Indicar os riscos a que a população
está exposta
 2. Acompanhar a disseminação dos
eventos
 3. Fornecer subsídios para explicações
causais
 4. Definir as prioridades de intervenção
 5. Avaliar o impacto das intervenções


A distribuição dos casos de determinada
doença, por períodos de tempo (semanal,
mensal, anual) permite verificar como a doença
evolui no tempo.

Pode-se observar qual a semana, o mês em que
geralmente ocorre o maior número de casos.

Para saber se houve mudanças, é necessária a
existência de dados anteriores (série histórica).

A distribuição dos casos por períodos de tempo
serve para orientar as medidas de controle.
1. Indicar os riscos a que as pessoas
estão sujeitas
 2. Monitorar a saúde da população
 3. Prever a ocorrência de eventos
 4. Fornecer subsídios para explicações
causais
 5. Auxiliar o planejamento de saúde
 6. Avaliar o impacto das intervenções


Tipos de variações relativas a tempo
Geral (histórica ou secular) – série
histórica
2. Cíclica
3. Sazonal
4. Irregular
1.
1. Série histórica
O estudo é feito com o propósito de
detectar e interpretar a evolução da
incidência do evento.

2. Variações cíclicas
Caracteriza as oscilações periódicas de
frequências.

3. Variações sazonais
A denominação é usada para designar
oscilações periódicas de frequências,
cujos ciclos configuram ciclo sazonal.

4. Variações irregulares - Epidemias
São alterações nas frequências
agravos à saúde não-previsíveis.

de

Uma epidemia ou surto pode surgir a partir das
seguintes situações:
1. Quando inexiste uma doença em determinado
lugar aí se introduz uma fonte de infecção ou
contaminação (por exemplo, um caso de cólera
ou um alimento contaminado), dando início ao
aparecimento de casos ou epidemia.
2. Quando ocorrem casos esporádicos de uma
determinada doença e começa a haver aumento
na incidência além do esperado.
3. A partir de uma doença que ocorre
endemicamente e alguns fatores desequilibram a
sua estabilidade, iniciando uma epidemia.

Epidemia x Endemia
“Epidemia” é a concentração de casos de
uma mesma doença em determinado local e
época, claramente em excesso ao que seria
teoricamente esperado.
“Endemia” é o número de casos esperados
de uma doença em determinado local e
época.
Epidemia explosiva (ou por fonte
comum)
Há um aumento no número de casos, em
curto período. Esse aumento é compatível
com o período de incubação da doença.
Exemplo: surto de intoxicação alimentar,
em que, em uma dada refeição, muitas
pessoas são contaminadas ao mesmo
tempo.

Epidemia progressiva (ou por fontes
múltiplas)
Na epidemia “progressiva” ou de
“contato” entre pessoa doente e sadia,
ocorre um aumento gradativo do número
de casos, mas a fonte de infecção não é
única, sendo representada por exposições
sucessivas.
Exemplos: surtos de varicela, epidemias de
dengue


“Pandemia” é uma epidemia de
grandes
proporções,
envolvendo
extensas áreas e um número elevado de
pessoas. Aplica-se geralmente a uma
doença que passa de um continente
para o outro.

Surto
Quando dois ou mais casos de uma
determinada doença ocorrem em locais
circunscritos, como instituições, escolas,
domicílios, edifícios, cozinhas coletivas, bairros
ou comunidades, aliados à hipótese de que
tiveram, como relação entre eles, a mesma
fonte de infecção ou de contaminação, o
mesmo quadro clínico e ocorreram ao mesmo
tempo.
As epidemias ou surtos são ocasionados, em
geral, por dois fatores:
a) aumento no número de suscetíveis
b) alterações no meio ambiente
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Epidemiologia - Enfermagem 2014 FAC 3