XIV SEMANA PEDAGOGICA
FAEST – UNISERRA
20 a 23 de agosto de 2012
Educar – ato de consenso ou de
conflito?
05/11/2015
1
Um novo paradigma na
pacificação de conflitos
escolares.
Prof. Hélder Risler de Oliveira
[email protected]@
(69) 9995.0628
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2
Sumario
• Teoria do Conflito.
• Teoria da Comunicação.
• O novo paradigma (Educação em Direitos
Humanos.
• Mediação em Conflitos Escolares.
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3
Conflito
O conflito é luz e sombra, perigo e oportunidade, estabilidade e
mudança, fortaleza e debilidade, o impulso para avançar e o obstáculo que
se opõe. Todos os conflitos contêm a semente da criação e da destruição.
(Sun Tzu: “A arte da guerra”, 480- a.c.).
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4
Percepção de Conflito
•
•
•
•
•
•
•
DIFERENÇA
DESACORDO
PROBLEMA
DISPUTA
CONFLITO
VIOLÊNCIA
HOMICIDIO
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5
Diferenças
• As pessoas são diferentes por nascimento.
• As diferenças fazem a vida interessante.
• Imagina se todas as pessoas preferissem a
mesma comida, roupa , profissão...
• A diferença por si mesma não é uma causa
de conflito, mas a diferença pode ser uma
fonte de conflito.
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6
Desacordo
• O desacordo surge quando as pessoas
expressam suas preferências e prioridades
em comparação com as preferências e
prioridades de outras pessoas. O desacordo
pode não ter consequências negativas e
pode ocorrer que não haja necessidade de
solucionar o desacordo.
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7
Problema
• Os problemas surgem quando os desacordos e
diferenças têm alguma consequência para, um ou
ambas as partes. Os problemas podem ser evitados
em ocasiões, mas são molestos, custosos ou
ambos.
• Na vida diária da gente há uma série de problemas
a serem resolvidos.
• Os problemas não resolvidos têm o potencial de
escalar e entrar em crise ou de resolver-se.
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8
Disputa
• A disputa ocorre quando uma parte
reconhece ante a outra as diferenças, o
desacordo ou o problema.
• A disputa é a parte pública do conflito.
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9
Conflito
• Num conflito as partes percebem que seus
interesses ou necessidades parecem
incompatíveis.
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Violência
• A violência aparece em situações de
escalada do conflito. É um tipo de resposta
ao mesmo.
• A violência não só é física, ela pode ainda
ser emocional, psicológica, patrimonial,
moral, sexual...
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11
Homicidio
• Neste ponto, a violência escalou até
converte-se no método para ganhar no
conflito, eliminando a parte oponente.
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12
Tipos e Causas de Conflitos
• Muitas e variadas são as definições do
conflito, não o são menos as classificações e
tipologias às que deu lugar seu estudo.
Maori (94), identifica cinco tipos de
conflitos em função de suas causas:
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13
Os Conflitos de Relação
• Devem-se a fortes emoções negativas, percepções falsas ou
estereótipos, a escassa ou nula comunicação, ou a condutas negativas
repetitivas. Estes problemas levam frequentemente ao que se
chamaram conflitos irreais (Coosturar, 1956).
• Ou desnecessários (Moore, 1986), nos quais se pode incorrer ainda
quando não estejam presentes as condições objetivas para um conflito,
tais como recursos limitados ou objetivos mutuamente excludentes.
Os problemas de relação, muitas vezes dão vazão a discussões e
conduzem a uma desnecessária espiral de escala progressiva do
conflito destrutivo.
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14
Os Conflitos de Informação
• Dão-se quando falta às pessoas as informações necessárias
para tomar decisões corretas, estão mal informadas,
diferem sobre que informação é relevante, ou têm critérios
de estimação discrepantes. Alguns conflitos de informação
podem ser desnecessários, como os causados por uma
informação insuficiente entre as pessoas em conflito.
•
Outros conflitos de informação podem ser autênticos ao
não ser compatíveis à informação e/ ou os procedimentos
empregados pelas pessoas para recolher dados.
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15
Os conflitos de interesses
São causados pela competição entre necessidades
incompatíveis ou percebidas como tais. Os conflitos de
interesses resultam quando uma ou mais partes creem que
para satisfazer suas necessidades, devem ser sacrificadas as
de um oponente. Os conflitos com fundamentos em interesses
ocorrem a respeito de questões substâncias (dinheiro,
recursos físicos, tempo, etc...), de procedimento (a maneira
como a disputa deve ser resolvida), ou psicológicos
(percepções de confiança, jogo limpo, desejo de participação,
respeito, etc.). Para que se resolva uma disputa fundamentada
em interesses, em cada uma destas três áreas deve ter-se em
conta e/ou satisfeito um número significativo dos interesses
de cada uma das partes.
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Os conflitos estruturais:
• São causados por estruturas opressivas de relações
humanas (Galtug, 1975). Estas estruturas estão
muitas vezes por forças externas à gente em
conflito. A escassez de recursos físicos ou
autoridade,
condicionamentos
geográficos
(distância ou proximidade), tempo (demasiado ou
pouco), estruturas organizacionais, estruturas
sociais, etc., promovem, com frequência condutas
conflitivas.
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Os conflitos de valores:
• São causados por sistemas de crenças incompatíveis. Os
valores são crenças que as pessoas empregam para dar
sentido as suas vidas. Os valores explicam o que é bom ou
ruim, verdadeiro ou falso, justo ou injusto. Valores
diferentes não tem por que causar conflito. As pessoas
podem viver juntas em harmonia com sistemas de valores
muito diferentes. As disputas de valores surgem somente
quando uns tentam impor pela força um conjunto de
valores a outros, ou pretende que tenha vigência exclusiva
um sistema de valores que não admite crenças divergentes.
(Moore,1994).
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Níveis do conflito
• Conflito intrapessoal ou intrapsíquico neste
nível o conflito ocorre dentro dos
indivíduos. A origem dos conflitos inclui
ideias, pensamentos, emoções, valores,
predisposições, impulsos, que entram em
colisão uns com outros. Dependendo da
origem do conflito intrapsíquico, será um
domínio da psicologia cognitiva, teoria da
personalidade, psicologia clínica, etc.
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19
Conflito interpessoal
• Este tipo de conflito ocorre entre as pessoas
individuais: professor e aluno, marido e
mulher, chefe e subordinado, amigos, etc....
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Conflito intragrupal
• Este tipo de conflito se dá dentro de um
pequeno grupo: sala de aula, dentro das
famílias, corporações, entidades de classe,
etc... Neste nível se analisa como o conflito
afeta a capacidade do grupo para resolver
suas disputas e continuar perseguindo
eficazmente seus objetivos.
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Conflito intergrupal
• Neste último nível o conflito se produz
entre dois grupos: duas escolas, sindicatos e
associações patronal, etc.
• Neste nível o conflito é muito complicado
devido a grande quantidade de pessoas
implicada e às interações entre eles. Os
conflitos podem dar-se simultaneamente
dentro e entre grupos.
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Teoria da comunicação na resolução de conflitos
• A comunicação é um ingrediente essencial para o manejo eficaz dos
conflitos. Não podes resolver um conflito que não entendemos e não
pode entender o conflito até que não tenha a informação completa e
exata. Em geral, uma pobre comunicação costuma estar presente na
raiz do conflito.
• Portanto, a comunicação é um elemento importante na resolução de
conflitos devido a três razões:
• A comunicação objetiva é uma ferramenta necessária para entender aos
outros e aos problemas que podem levar os conflitos.
• Uma comunicação pouco objetiva pode ser a mesma causa do conflito.
• A comunicação nos poderá ajudar a entender as diferenças em valores
culturais e ideológicos que causam ou complicam muitos conflitos.
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Fatores que influenciam a
comunicação
• VALORES
• PERCEPÇÕES
• ASSUNÇÕES
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Valores
• Nossos valores estão baseados em nossas crenças.
Definem quem somos e nos servem para guiar as
decisões que tomamos sobre como viver nossas
vidas.
• É difícil uma comunicação suave a não ser que
esta diferença de valores seja identificada e que
cada pessoa esteja aberta a apreciar e compreender
os valores do outro e como estes valores afetam à
conduta.
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Percepções
• Os psicólogos sabem que dois indivíduos que
experimentam o mesmo acontecimento ou que olham o
mesmo objeto, podem perceber coisas muito diferentes
(anciã/jovem). A razão de que se deem estas percepções
diferentes é que cada um de nós levamos a cada situação
um marco mental que molda o que vemos e ouvimos. Este
marco está formado a partir de nossos valores, nossa
experiência prévia, nossa cultura e nossas expectativas.
Quando duas pessoas tem diferentes percepções do mesmo
acontecimento pode ter incompreensão e conflito.
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28
Assunções
• Uma assunção é uma afirmação ou juízo cuja veracidade se
aceita sem prova nem demonstração. As assunções a
respeito de outras pessoas ou situações influenciam em
nossos valores e percepções. Assumimos ou inferimos
coisas a respeito dos outros baseados no que cremos e no
que percebemos. As suspeitas que envolvam dúvida ou
desconfiança e os estereótipos que são suposições
mantidas por muita gente, são formas que com frequência
tomam as assunções. Quando duas pessoas entram em
discussão com assunções muito diferentes a respeito do
objeto de discussão ou a respeito de sua relação, há uma
ampla oportunidade para que se de uma má comunicação. 29
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Chaves para uma comunicação
intercultural
•
•
•
•
•
•
Mostrar respeito para com os outros.
Expressar nossas opiniões como pessoais.
Mostrar empatia.
Aceitar o mal-estar.
Escutar abertamente e respeitar os limites.
Evitar expressões de juízo.
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ESCUTA ATIVA
• Escuta Ativa é uma forma de responder que
implica o conhecimento dos pensamentos,
sentimentos e experiências dos outros, em outras
palavras, empatia.
• Isso mostra a crença do ouvinte de que a
comunicação não é um mero processo
unidirecional e que o que se diz merece ser
ouvido, entendido e respeitado.
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Mensagem - EU
Mensagem - VOCÊ
• têm impactos muito diferentes no ouvinte. Em resposta a
uma mensagem-Você, é provável que o ouvinte se sinta
julgado ou culpado, e pode ser que tente, defender-se do
ataque. Dado que uma mensagem-Eu se centra no que o
falante quer, precisa ou lhe preocupa, é menos provável
que o ouvinte se sinta julgado. Deste modo, ele/ela será
mais capaz de escutar o que está dizendo quem fala.
• Ex. José você não gosta da minha aula.
•
José eu acho que você não gosta da minha aula.
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Educação em Direitos Humanos
A Educação em Direitos Humanos busca
formar uma nova mentalidade coletiva para o
exercício da solidariedade, do respeito às
diferenças e da tolerância. Preocupa-se com a
difusão e disseminação do conhecimento que
combatam o preconceito, a discriminação e a
violência e promovam valores como
liberdade,
igualdade
e
justiça.
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Educar em Direitos Humanos
• Educar em Direitos Humanos parte de uma perspectiva multidimensional
que orienta a formação do sujeito de direitos, promovendo, assim, uma
cidadania participativa. Trata-se de uma articulação de várias dimensões
que visam: a) a apreensão de conhecimentos historicamente construídos
sobre Direitos Humanos e a sua relação com os contextos internacional,
nacional e local; b) a afirmação de valores, atitudes e práticas sociais que
expressem a cultura dos Direitos Humanos em todos os espaços da
sociedade; c) a formação de uma consciência cidadã capaz de se fazer
presente nos níveis cognitivo, social, ético e político; d) o
desenvolvimento de processos metodológicos participativos e de
construção coletiva, utilizando linguagens e materiais didáticos
orientados à mudança de mentalidades e de práticas individuais e
coletivas que possam gerar ações e instrumentos em favor da defesa, da
promoção e ampliação dos Direitos Humanos. SEEDDHH/PR
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34
Educação em Direitos Humanos
o novo paradigma da educação.
05/11/2015
35
Se sai pela porta.
Por que
ninguém quer utilizar esta saída?
Confucio.
05/11/2015
36
Sobre adolescencia…
Esta idade não tem compaixão;
separadamente são anjos, porem
todos juntos são impiedosos, sobre
tudo na escuela.
Dostoyevski, Los hermanos Karamazov (Libro IV, Cap. VII)
05/11/2015
37
Se Na sociedade não é suficiente que
hajam regras, pois as vezes são as regras as
causas da violencia. Émile Durkheim.
05/11/2015
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A violência que se exerce
sobre as crianças é devolvida logo a
sociedade… Uma criança castigada
e humilhada em nome da educação
interioriza muito cedo a linguagem
da violência e da hipocresia e a
interpreta como o único meio de
comunicação eficaz.
A. Miller, A origen do ódio (pp.186 y187)
05/11/2015
39
Isso é insuportável.
Da asco entrar em classe..
A situação é infustentável.
Que os aguentem seus pais.
Anónima
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40
O conflito é inerente a condição humana:
Diferença em opiniões.
Diferentes desejos.
Diferentes desafios.
…
são inevitaveis entre as pessoas.
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41
Ante o conflito a cosequencias natural pode
ter duas vertentes:
1).- Gerar violência, destruição, piorar as
relações.
2).- Converter-se em um elemento positivo
que nos permita a evolução e a transformação
das relações entre as partes para uma maior
aproximação, compreensão, respeito e
inclusão
colaborativa
05/11/2015
42
Vai depender de como se enfrenta
e aborde os conflitos para que isso
possa resultar negativo, destrutivo ou
converter-se em uma oportunidade
para aprender mais acerca de si
mesmo e dos demais.
05/11/2015
43
O processo para tomar a 2ª vía não é
outro se não a
MEDIAÇÃO
entendida como:
05/11/2015
44
“Ferramenta de diálogo e de
encontro interpersoal que pode
contribuir na melhora das
relações e a busca satisfatória de
acordos aos conflitos.”
05/11/2015
45
Bases teóricas ou principios em
que se sustenta nosso conceito de
mediação escolar:
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Concessão positiva do conflito.
Uso do diálogo.
Aposta no potencial contextos cooperativos nas
relações interpersoais.
Desenvolvimeto de habilidades de
autorregulação e auto controle.
Pratica de participação democrática.
Desenvolvimento de atitudes de abertura,
compreensão e empatia.
Protagonismo das partes em na resolução de
seus conflitos. (saída vantajosa para as partes).
05/11/2015
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Objetivos a perseguir:
1.- Prevenir a violência.
2.- Ensinar as estrategias e habilidades
necessárias.
3.- Fomentar um clima associativo.
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HABILIDADES SOCIAIS
PARA TRABALHAR
COM OS ESTUDANTES.
05/11/2015
49
1. Escutar.
2. Acalmar-se.
3. Ser positivo e recompensante.
4. Enviar mensajes <<eu>> .
5. Ajudar a pensar e fazer perguntas.
6. Fazer rir.
7. Defender os própios direitos.
8. Receber crítica.
9. Estruturar.
05/11/2015
50
PERSPECTIVAS DE LOS CONFLICTOS
Conflitos
arbitrados
Conflitos
solucionados
por mediação
Conflitos que os estudantes
resolvem com suas
habilidades de resolução de conflitos
Conflitos que nunca ocorrerão devido
ao clima escolar
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(PIRÁMIDE DE COHEN, 1995)
51
Na base da pirâmide se encontrariam os
conflitos potenciais que nunca
chegariam a ocorrer devido a fatores
como:
a melhora do clima escolar,
a utilização do curriculo em DDHH,
um manejo efetivo da aula e
uma estrutura escolar mais democratica.
05/11/2015
52
Em segundo lugar, a maior parte dos
conflitos que ocorrem poderiam ser
solucionados pelos própios estudantes
usando para isso as habilidades
aprendidas de autocontrole, e solução
cooperativa de problemas.
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53
Aqueles problemas que não podem ser
solucionados pelos propios estudantes
iriam a um processo de mediação entre
colegas ou mediação por intermédio de
um adulto.
05/11/2015
54
Por último, um pequeno grupo de
conflitos serían arbitrados por um adulto.
05/11/2015
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CATEGORIZAÇÃO
DOS FENÔMENOS
DE VIOLÊNCIA, E COMPORTAMENTO
ANTISOCIAL, CONVIVÊNCIA E DISCIPLINA
NAS ESCOLAS
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1. Problemas de disciplina (conflitos interpersoal, em
especial entre professor e alunos, relacionados com a
transgressão de normas de convivência.
2. Bullying (asédio moral, intimidação e maus tratos entre
iguais).
3. Vandalismo.
4. Agressão física.
5. Asédio sexual.
6. Absentismo.
7. Fraude (colar, plagio de trabalhos e tráfico de influencias
para melhorar as notas.)
J.M.Moreno y J.C.Torrego
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57
CRITÉRIOS NA HORA DE CONSIDERAR,
AVALIAR E DECIDIR
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58
Os problemas e conflitos de
convivência não se resolvem a curto
prazo com a simple utilização de uma boa
técnica ou a aplicação pactuada de um
determinado programa. Não costuma
haver soluções rápidas e faceis para
problemas deste tipo.
05/11/2015
59
Os problemas e conflitos de
convivência tem um fundo cultural,
familiar e sociocomunitario. Por tanto,
nenhum plano de atuação deve obviar a
análise do mesmo.
05/11/2015
60
Os problemas e conflitos de
convivência não são alheios a tarefa
nuclear dos centros escolares, isso é o
ensino a aprendizagem. Em outras
palavras, as questões metodológicas,
curriculares e de funcionamento da aula
costuma ser em muitas ocasiões a causa
dos problemas com o principal espaço a
considerar para a solução dos conflitos.
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Os problemas de conflitos de convivência
não afetan de maneira exclusiva às pessoas
- alunos, professores, pais, pessoal não
docente – diretamente implicados neles; pelo
contrario, afetan sensivelmente a todos os
<<atores>> da comunidade escolar, e em
consequencia qualquer plano de atuação deverá
contar com a máxima implicação dos ditos
atores.
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FATORES
O PROPIO ALUNO
A FAMILIA
DE RISCO
A ESCOLA
NOS
OS COLEGAS
A SOCIEDADE
ADOLESCENTES
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O PROPIO ALUNO
A. Hábitos de vida inadequados.
B. Falta de autocontrole, de segurança em sí mesmos, e
atitude de desprezo de seus semelhantes.
C. Baixa autoestima.
D. Problemas emocionais e psicológicos em geral.
E. Desprezo aos valores comunmente establecidos.
F. Fracasso Escolar.
G. Falta de vínculos afetivos com a escola.
H. Um comportamento antisocial precoce como mentir,
roubar, agredir, especialmente nos merninos, combinando
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64
muitas vezes com timidez e hiperatividade.
A FAMILIA
A. Conflitos familiares e violência doméstica.
B. Desorganização do vínculo familiar.
C. Falta de coesão familiar.
D. Isolamento social da familia.
E. Aumento del estrés familiar.
F. As atitudes familiares favorecen esses
comportamentos.
G. Normas e castigos pouco eficaz, ambiguos e
incoerentes.
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A ESCOLA
A. Falta de vínculos afetivos na escola.
B. Um costume de tratamento rispidos e ou arbitrario.
C. As regras e castigos sócio-punitivas e não sócioeducativas, ambiguos e incoerentes.
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A SOCIEDADE
A. A pobreza ou necesidades básicas.
B. O desemprego ou sub emprego.
C. A discriminação.
D. As mensagens de fomento da conduta violenta nos
meios de comunicação.
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A COMUNIDADE
A. A desorganização da comunidade.
B. A falta de vínculos afetivos nesta comunidade.
C. A falta de orgulho cultural.
D. Atitudes da comunidade que favorecem os
comportamentos antisociais.
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PRINCIPIOS E PROCESSOS
A SE LEVAR EM CONTA
NA MEDIAÇÃO DE CONFLITOS ESCOLARES
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• Criar atmosfera positiva que permita tratar o conflito.
Deve existir motivação e contar com um procedimento
consensuado
• Formulação de problema.
Conhecimento das diferentes perspectivas do conflito.
Cada pessoa deve deixar explícita sua visão sobre o mesmo.
• Esclarecer e definir as dimensões do conflito.
Seleccionar as dimensões fundamentais do mesmo.
Para isso buscar os elementos de acordo e desacordo.
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70
• Busca de soluções.
Serão soluções assumidas pelas partes litigantes do
conflito.
Terão em conta seus sentimentos, necessidades,
interesses e valores
• Avaliação das soluções.
Reflexão profunda sobre as soluções propostas.
Descartar as que acreditam ser as mais satisfatorias.
Destacar as que existem mais consenso.
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•Seleccionar aquela que seja mais satisfatória para
todos os implicados.
Que seja la mais justa, equilibrada, harmônica e
realizavel.
• Definição de estrategias para a solução dos conflitos.
Relacionar e estruturar a sequencia de decisões que
permita a aplicação pratica da solução (ões) ecolhida
(as).
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Erros comuns que não devem cometer os
mediadores
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1.- Fazer demasiadas peguntas.
2.- Peguntar demasiados porques.
3.- Discutir com uma das partes.
4.- Emitir juízos de valores.
5.- Dar conselhos.
6.- Ameaçar as partes.
7.- Forçar a reconciliação.
8.- Impor a mediação
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1.- Fazer demasiadas peguntas.
Não vamos considerar fundamental dispor de mais
informações, o importante é ter claro que se dispõe das
mais importantes. Se praticará a escuta ativa e
deixamos que as partes se expressem a seu modo.
2.- Peguntar demasiados porques.
No lugar de peguntar “Por que o insultou?”, dezer-lhe
melhor ”conta-me mais sobre oque ocorreu antes de
que houvesse sua reação”.
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3.- Discutir com uma das partes.
Não mostre desgoste nem te oponha ao que diga uma
das partes.
4.- Emitir juízos.
Não diga:
“Um de vocês deve estar mentindo” MAS “ Ambos
tem pontos de vista diferentes sobre o que ocorreu”.
“Isso é bobagem ” DIGA : “ Se isso o interessa
podemos ver em outro momento.
05/11/2015
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5.- Dar conselhos.
No lugar de dizer: “ Você deve recordar como é
importante o respeito mutuo” , pergunte: “ Como
gostaria que fosse sua relação no futuro?”
6.- Ameaçar as partes.
Não diga: “Se não resolverem isto terei que
solucionar com uma suspensão das atividades
escolares”. Pelo contrario se pode dizer. “ É
importante que vocês encontrem uma solução para
este conflito de maneira satisfatória ao interesse de
ambas as partes.”
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7.- Forçar a reconciliação
Quando as partes chegarem a um acordo:
Não lhes peça que sejam amigos outra vez, que peçam
ou deem desculpas ou que se deem as mãos, preguntelhes: “ O que podem fazer para ficarem mais satisfeitos
com o acordo?
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“ Apreciado profesor/a,
Soy un superviviente de un campo de concentración.
Mis ojos vieron lo que ningún hombre debería presenciar:
Cámaras de gas construidas por ingenieros instruidos.
Niños envenenados por médicos profesionales.
Niños muertos por enfermeros profesionales.
Mujeres y recién nacidos muertos a tiros y quemados por
graduados en altas escuelas mayores y universidades.
Por tanto, sospecho de la educación.
Mi petición es: ayuda a tus estudiantes a llegar a ser personas.
Tus esfuerzos nunca deben producir monstruos, hábiles
psicópatas, futuros Eichmans.
Leer, escribir, la aritmética son importantes tan sólo si
sirven para hacer a nuestros hijos más personas.
05/11/2015
79
(Supple,1993). UBC.