“O USO DA TECNOLOGIA NO ENSINO DE LÍNGUA ESTRANGEIRA: BREVE HISTÓRICO.” PAIVA, VERA LÚCIA MENEZES DE OLIVEIRA E Apresentação: Germano da Costa Lemos Mestrado em Estudos de Linguagens – CEFET MG INTRODUÇÃO “As máquinas dominam as comunicações no mundo moderno. O ambiente linguístico tem sido recriado artificialmente e o professor e o livro têm sido forçados a se integrarem a esses novos meios de transmissão” (Kelly, 1969) Visão negativa /simplista (demonstra rejeição) Tecnologia = Modernidade “As máquinas dominam as comunicações no mundo moderno. O ambiente linguístico tem sido recriado artificialmente e o professor e o livro têm sido forçados a se integrarem a esses novos meios de transmissão” (Kelly, 1969) Visão negativa /simplista (demonstra rejeição) Visão negativa /simplista (demonstra rejeição) HOMEM FERRAMENTAS TECNOLÓGICAS RELAÇÃO DIALÉTICA - ADESÃO E CRÍTICA - SISTEMA EDUCACIONAL E TECNOLOGIA •O que é novo é estranho ao ambiente escolar, causa medo; •Como e para quê usar? REJEIÇÃO INSERÇÃO •Inicia-se um processo de descobrimento; •A escola (re)cria as utilidades a partir das reflexões pedagógicas. •As ferramentas são apropriadas pela comunidade escolar; •As ferramentas “parecem ser” da e para a escola. NORMALIZAÇÃO A TECNOLOGIA DA ESCRITA A escrita é a primeira tecnologia, inicialmente ela era encontrada no “Volumen”. Século I a.C. Júlio Cesar dobrou uma folha de papiro para enviá-la às tropas em campo de batalha (páginas) = codex. 1442 – Invenção da Imprensa por Gutemberg (primeira revolução tecnológica da história da humanidade). O primeiro livro ilustrado foi o “Orbis Sensualium Pictus” – 1658. O livro passou por tudo o que as outras tecnologias passaram e passam: Comenio o defendia na sala de aula, outros, como Lambert Sauver, propunham proibição. TECNOLOGIAS DE ÁUDIO E VÍDEO As primeiras máquinas produziam som: Fonógrafo – Thomas Edson, 1878. Gramofone (discos); Fita magnética. Primeiro material didático gravado ( The International Correspondence Schools of Scranton) – 1902 / 1903. (Livros de conversação acompanhados pelos cilindros de Thomas Edson) Linguaphone (Jacques Roston)= métodos tradicionais escritos + gravações em áudio. 1930 – estúdios de Walt Disney = cartoons para o ensino de Inglês básico / Centre de Recherche et d’Etude pour la Diffusion du Français= outros vídeos. 1926 – Televisão (1950 no Brasil) = visualização de vídeos gravados que fazem parte dos materiais didáticos de grandes editoras. O COMPUTADOR Surgiu para atender interesses do exército americano = decentralizar as informações e impedir que fossem destruídas. No início, ocupava salas inteiras e, com o tempo, foi encolhendo. 1960 – PLATO (Programmed Logic for Automatic Operations). 1970 – Crescimento do PLATO (início de problemas). Década de 80 – Surgimento dos primeiros PC’s. = Storyboard / Adan & Eve. 1991 – RNP (Rede Nacional de Pesquisa) = Acesso à rede mundial – universidade e professores universitários (Usenet – BBS). 1994 – Acesso público à rede mundial (provedores particulares). 1995 – ESL Café (David Sperling e colaboradores) material gretuito para alunos e estudantes de línguas. 1997 – “www” nos moldes que conhecemos hoje – experiências linguísticas não artificiais. A EVOLUÇÃO DA TECNOLOGIA DA INFORMÁTICA. Houve uma rápida evolução da Tecnologia da Informática e, a partir de sistemas mais modernos, de surgimento de evoluções do computador e de periféricos essa tecnologia reúne as tecnologias da escrita, áudio e vídeo. No ensino de línguas essa tecnologia propicia uma gama de atividades que aproximam os estudantes da língua nativa, as situações de linguagem podem deixar de ser meramente artificiais. QUADRO COMPARATIVO ANTES 97 APÓS 97 EVOLUÇÃO DA TECNOLOGIA computador LINHA DE TEMPO DA INTERNET RUMO À NORMALIZAÇÃO Pennington (1996)= “o computador se inseriu na sociedade devido à redução de tamanho e custos, à grande variedade de software, ao design cada vez mais atrativo e à mudança de atitude em relação à nova tecnologia causada pela propaganda dos próprios usuários.” Ele entende que a socialização dos computadores e seu uso na educação podem ser divididos em 7 fases: 1 2 3 4 5 6 7 • Cálculos matemáticos por um grupo de cientistas de elite, • Professores e alunos de instituições de prestígio, • Acesso a toda esfera educacional, • Computador em objeto de massa, • Os educadores apoderam do computador e eles fazem parte do processo pedagógico, • As crianças se tornam digitalmente letradas, • Acesso universal à informação e às pessoas. ENSINO DE LÍNGUAS ESTRANGEIRAS (INGLÊS) NAS UNIVERSIDADES: EXTENSÃO ATIVIDADES CURRICULARES PROJETOS OPCIONAIS ALGUNS CASOS DE USO DE TECNOLOGIA NO ENSINO DE LÍNGUAS: Profa. Heloisa Collins: Língua Inglesa (PUCSP), curso de leitura instrumental, via BBS; Surfing & Learning – voltado para adultos que usavam a internet e precisavam de conhecimento básico de língua inglesa para se comunicarem com outros usuários em ferramentas síncronas e assíncronas. Leitura instrumental para professores da rede pública de SP – lançado 4 cursos de extrensão on line. Denise Braga: Read in Web – para alunos de pós graduação interessados em melhorar sua habilidade de leitura para fins acadêmicos. João Telles – UNESP: Teletandem Brasil – pares falantes nativos de diferentes línguas trabalhando, de forma colaborativa, para aprenderem a língua do outro. Vilson Leffa: Pioneiro no desenvolvimento de material online no Brasil – sistema ELO (Ensino de Línguas Online) sistema de autoria para exercícios digitais. CONCLUSÃO Reafirmando a posição assumida desde o início de seu artigo, Vera Lúcia retoma a idéia de que existe uma relação dialética entre homem e tecnologias, mostrando que, no ensino, elas chegaram, foram rejeitadas, depois aceitas e que, rumamos para a normalização dessas novas tecnologias no espaço educacional. Por fim, a autora deixa claro a observação de que nenhuma tecnologia poderá fazer os milagres de aprendizagem com os quais tanto se sonha, é preciso, mostra que o sucesso de aprendizagem de uma língua depende da inserção do aprendiz em atividades de prática social de linguagem. APRECIAÇÃO CRÍTICA Conhecer a história de uso de tecnologias no ensino e relacionar esta história à “relação dialética” proposta no início do artigo nos leva a perceber e a rever posições que tomamos como professores de línguas; É possível estabelecer uma estrita relação ao uso que se faz da tecnologia e os pensamentos vistos no panorama histórico do ensino de línguas (MURPH); Há a necessidade que saibamos refletir sobre o uso de qualquer tecnologia para que não nos tornemos escravos delas e nem as manipulemos em favor de visões antigas de ensino; e Embora lidemos com jovens que usam muito mais a internet que os livros, nós, professores, precisamos compreeder todas as relações que seu uso estabelece para que não continuemos a ser repetidores de técnicas antigas em tecnologias novas (nos escritos de Lèvy: as TIC’S mudam o modo de pensar e, consequentemente, o modeo de ensinar). BIBLIOGRAFIA PAIVA, V. L. M. O. Uso da tecnologia no ensino de línguas estrangeiras: breve retrospectiva histórica. 2008, no prelo. Disponível em: http://www.veramenezes.com/techist.pdf. Acessado em julho de 2011.