Mestrado em Estudos de Linguagens Disciplina: Ambientes Sociotecnicos para Aprendizagem de Línguas Professora: Raquel Bambirra Sandra M. Brito Fevereiro, 2013 A Integração de TICs no Aprendizado de uma Segunda Língua L2 Autores: Maria Noelia Ruiz Madrid Localização: Rael: Revista Eletrônica da LinguísticaAplicada , ISSN 1885-9089, Nº 5, 2006 , págs. 173-198 5, 2006 , p. 173198 Maria Noelia Ruíz Madrid, professora titular da Universitat Jaume I, em Castellón na Espanha, coordenadora do departamento de tradução e interpretação e tradução e comunicação na respectiva universidade. PALAVRAS CHAVES: TIC, autonomia de aprendizado, segunda língua, regras dos estudantes, estratégias de aprendizado. As mudanças tecnológicas que nosso mundo tem sofrido não podem ser ignoradas por nossos professores. A integração destas ferramentas ajudaram nossos estudantes a se integrarem na própria sociedade. É necessário que os professores dominem as ferramentas tecnológicas para que as experiências sejam bem sucedidas. Pesquisadores apontaram o erro em “Ao invés de adaptar a tecnologia para a pedagogia, é a pedagogia que é adaptada para os novos recursos disponíveis no momento.” De que maneira os professores podem usar essas novas ferramentas para favorecer a aprendizagem de línguas? A resposta para a questão pode ser baseada na crença de que enriquecendo o aprendizado em tecnologias o ensino de L2 deve ser baseado nos princípios pedagógicos. Apesar das inúmeras siglas: • CALL (aprendizado de línguas mediado por computador) •TELL (aprendizado de língua por tecnologia avançada) •CMC (comunicação mediada por computador), o autor escolheu o termo •TIC (integração de tecnologias de informação e comunicação). Todas elas englobam rádios, televisão, celular, hardware e software de computadores, sistemas via satélite envolvidos como videoconferências e educação a distância EAD. O que esperar da TIC? A primeira questão a refletir é qual o papel que a tecnologia terá em nossa proposta pedagógica. A este respeito teremos que usar a tecnologia em uma abordagem mais comunicativa. A evolução da CALL segundo Warschauer e Kern 2000: CALL Behaviorista culminou na década de 60 e 70 com programas de computadores que eram desenvolvidos para o ensino de línguas na forma de reforços positivos ou negativos. CALL Comunicativo, final da década de 70, o computador passa a ser uma peça adicional nas aulas. Programas mais simples são criados. Professores passam a ter autonomia na criação dos exercícios. CALL Integrativo abrange o advento da internet e da multimídia. A memorização é de menor importância no aprendizado. Existe o sociointeracionismo entre estudantes de todas as localidades, promovendo uma troca linguística, cultural e novas formas de leitura. Autonomia de Aprendizado pelas Tecnologias O aprendizado tem que ser construído e não simplesmente transmitido ou transferido. O aprendiz terá que se envolver em todo o processo participando de todo o caminho proposto de maneira efetiva. O aluno terá que trilhar um caminho autônomo. O aprendizado autônomo muitas vezes é mal entendido pelos professores . No presente artigo autonomia é entendida como: Um processo de aprendizado em que o aprendiz de L2 não obtém somente habilidades linguísticas, mas também aprende como aprender. Haverá uma redefinição então do papel do professor e do papel do aluno. Com o objetivo de criar a independência do aluno o professor deverá: Fazer com que o aluno entenda o processo de aprendizado (objetivo, conteúdo, caminho do aprendizado, critério de avaliação entre outros) Fazer com que o aluno presuma o seu próprio processo de aprendizado (como a língua é aprendida, o papel do professor e do aluno, as expectativa do professor em uma tarefa) “O diretório geral europeu de educação e cultura” aponta que os estudantes devem assumir as novas responsabilidades e saber escolher seu próprio material para aprendizagem. Além disso, os alunos têm a oportunidade de selecionar e manipular dados da linguagem em múltiplas mídias, que fornece a eles um material bruto que eles podem recriar usando suas próprias linguagens e seus esquemas de organização. Daí surge: “O ALUNO COMO UM SUJEITO AUTÔNOMO” Aceitar suas responsabilidades para seu próprio processo de aprendizagem; Tomar decisões em todos os aspectos relacionados no aprendizado de línguas. “ALUNO COMO PESQUISADOR USUÁRIO DA INFORMAÇÃO COMUNICACIONAL TECNOLÓGICA (TIC)” Adquirir habilidades tecnológicas (computador); Usar Internet como fundamento crítico e pedagógico; Distinguir pesquisas de fundamentos tecnológicos de acordo com sua necessidade de aprendizagem.