Simone Miranda Rio de Janeiro 2007 Incidência do DPP 12 a 33 % dos derrames líquidos 40% dos pacientes com pneumonia 11% dos DPs em UTI Chibante AMS, Miranda S. Doenças da Pleura. Ed Atheneu, 2001 Fisiopatologia pleura visceral Processo Inflamatório Infeccioso líquido exsudativo camada envoltora em cada pleura que impede o pulmão de se expandir Exsudato estéril Fase fibrinopurulenta contaminação da cavidade com descamação pleural e depósito de fibrina Fase de organização Diagnóstico Clínico Métodos de Imagem Laboratorial Clínico Anamnese Quadro gripal Queda do estado geral Exame Físico Restrição ventilatória Dispnéia Febre Calafrios Cianose Tosse c/ ou s/ expectoração ↓ FTV Hemoptóicos Dor torácica Existência co-morbidades Macicez à percussão Creptações locais e atrito pleural Métodos de Imagem Rx de tórax Ultra-som Tomografia Computadorizada Ressonância Magnética Rx de tórax Pequenos volumes Consolidação pneumônica Loculações (após 2 semanas) Desvio do mediastino Alargamento dos espaços intercostais (formas crônicas) Rx de tórax Imagem clássica (“parábola”) Decúbito lateral ( Laurell ) Ultra-Som Pequenos derrames anecóico ou ↓ ecogenicidade TRANSUDATO Conteúdo, densidade septações ou debris EXSUDATO até EMPIEMA Ponto de toracocentese Ressonância Magnética Características do sinal Diagnóstico diferencial de transudato X exsudato Tomografia Computadorizada Identifica particularidades Auxilia no diagnóstico diferencial Identifica linfadenopatia Laboratorial Escarro Sangue Líquido Pleural Líquido Pleural Características Citologia Bioquímica Imunologia Bacterioscopia e Cultura Líquido Pleural Características Amarelo-citrino Concentrado Espesso, claro, esverdeado Pus Odor fétido Líquido Pleural Elevação do número total de leucócitos ( > 1.000/mL DPP > 10.000/mL) Predominância franca de neutrófilos ( > 60%) Líquido Pleural Bioquímica DLH 3x valor sérico > 1.000 UI/dL Imunologia PCR-t > 4mg/dL Elastase PMN (PMN-E) > 230mg/L Glicose < 60mg/dL pH < 7,2 (atividade exsudativa) < 7,0 (empiema) Fator Necrose Tumoral-α > 10pg/ml IL-8 > 4.000pg/ml Chibante AMS, Miranda S. Doenças da Pleura. Ed Atheneu, 2001 Líquido Pleural Bacterioscopia e culturas - Análise bacterioscópica tem baixo rendimento - Agentes anaeróbios (17 a 76%) - Agentes aeróbios S. pneumoniae (36%) S. aureus E. coli K. pneumoniae H. influenzae Civen, R et al.. Clin Infect Dis, 20:S224-229, 1995 Organismos isolados no DPP Organismos n % Gram-positivos 229 100 S. aureus 82 36 S. pneumoniae 81 35 S. pyogenes 18 8 E. faecalis 13 6 S. epidermides 8 3 Outros Streptococcus 27 12 Gram-negativos 108 100 E. coli 32 30 Pseudomonas spp. 27 25 Klebisiella spp 23 21 H. influenzae 13 12 Proteus spp. 8 7 Enterobacter spp. 3 3 Outros 2 2 Anaeróbios 313 100 Bacteróides spp. 62 20 Peptostreptococcus spp. 62 20 Fusobacterium spp. 43 14 Prevotella spp. 40 13 Streptococcus sp. 31 10 Clostridium spp. 23 7 Outros 52 16 Light, RW. Pleural Diseases, 3rd ed.(p.133), Baltimore, Williams & Williams, 1995 Diagnóstico diferencial Embolia Pulmonar Pancreatite aguda Tuberculose Pulmonar Abscesso subfrênico Sd. Dressler Classificação dos Derrames Parapneumônicos RW Light A new classification of parapneumonic effusions and empyema Chest, Aug 1995; 108: 299 - 301. Não-significativos (<10mm) DP típico não-complicados (ou não loculados, com pH.7,2, glicose >40mg dL e Gram e cultura -) DP complicados – limítrofes – simples – complexo e empiema • empiema simples • empiema complicado Classificação dos Derrames Parapneumônicos Immediate drainage is not required for all patients with complicated parapneumonic effusions HA Berger and ML Morganroth Department of Internal Medicine, University of Michigan, Ann Arbor. Chest, 97:731-735, 1990. Pleural fluid chemical analysis in parapneumonic effusions. A meta- analysis JE Heffner, LK Brown, C Barbieri and JM DeLeo Department of Medicine, St. Joseph's Hospital and Medical Center, Phoenix, Arizona 85001, USA. J. Respir. Crit. Care Med., Vol 151, No. 6, 1700-1708, 1995. Classificação dos Derrames Parapneumônicos Medical and Surgical Treatment of Parapneumonic Effusions* An Evidence-Based Guideline Gene L. Colice, MD, FCCP; Anne Curtis, MD; Jean Deslauriers, MD; John Heffner, MD, FCCP; Richard Light, MD, FCCP; Benjamin Littenberg, MD; Steven Sahn, MD, FCCP; Robert A. Weinstein, MD; Roger D. Yusen, MD and for the American College of Chest. * From the Pulmonary and Respiratory Services, Washington Hospital Center, Washington, DC (Drs. Colice and Yusen); Department of Radiology, Yale University School of Medicine (Dr. Curtis); Thoracic Surgery Department, Centre de Pneumo-logie de l’Hôpital Laval (Dr. Deslauriers); Department of Medicine, University of South Carolina (Drs. Heffner and Sahn); Department of Medicine, Vanderbilt University (Dr. Light); Department of Medicine, University of Vermont (Dr. Littenberg); and Department of Medicine, Rush Medical College (Dr. Weinstein). Chest, 18:1158-1171, 2000. Anatomia Bacterioscopia Bioquímica Categoria Risco Drenagem DP peq < 10mm cult e gram indeterminados pH indeterminado 1 Muito Baixo Não DP moderado > 10mm < 1/2 HT cult e gram negativos pH ≥ 7,2 2 Baixo Não DP extenso > 1/2 HT loculado espessamento cult e gram positivos pH < 7,2 3 Moderado Sim 4 Alto Sim pus Características dos Derrames Parapneumônicos BTS guidelines for management of pleural infection Davies CWH, Gleeson FV, Davies RJO, on behalf of the BTS Pleural Disease Group, a subgrgoup of the BTS Standards of Care Committee. Thorax 2003; 58 (suppl II):ii18-ii28. Estágios Parapneumônico simples Parapneumônico Complicado Empiema Macroscopia Características do LP Comentários Líquido claro pH > 7,2 LDH < 1.000 IU/L Glicose > 2.2mmol/L Gram e Cultura - Usualmente resolve com AB apenas Drenagem pleural para alívio dos sintomas se necessário Líquido claro ou turvo pH < 7,2 LDH > 1.000 IU/L Glicose > 2.2mmol/L Gram e Cultura + / - Dreno torácico Gram e Cultura + / - Dreno torácico Parâmetros bioquímicos desnecessários Pus Alternativas terapêuticas Antibióticos Toracocentese terapêutica Drenagem pleural Fibrinolíticos Pleuroscopia Toracotomia e decorticação Drenagem aberta e Pleurotomia Antibióticos Ideal: Estabelecimento do diagnóstico bacteriológico Empírico: • Parece não afetar os índices de morbi-mortalidade das pneumonias • Penetração adequada no espaço pleural • Aminoglicosídeos podem ser inativos no empiema • Recomendações do Consenso Brasileiro de Pneumonias em indivíduos adultos imunocompetentes Consenso Brasileiro de Pneumonias em indivíduos adultos imunocompetentes Toracocentese terapêutica Menos invasiva, porém discutível 25-94% de sucesso no tratamento do empiema ACCP: Paciente categoria 2: DP< que a ½ do HT gram e cultura negativa, pH≥7,2 piora na evolução clínica com tratamento conservador Storm, HKR et al. Thorax, 47: 821-824, 1992 Drenagem Pleural Tratamento de escolha nos DPP volumosos Gram e cultura positivos pH< 7,2 Empiema franco DPP recidivado após toracocentese inicial Quadro clínico instável J Bras Pneumol.2006;32(supl 4):S190-S196 Orientação diagnóstica e terapêutica Pneumonia com suspeita de DP DP ausente ou < 10mm DP > 10mm Reavaliar Observação Toracocentese Pus ou Gram/cultura + ou pH < 7,2 S E M R E S P O S T A Drenagem Pleural Fibrinolíticos Pleuroscopia Toracotomia Líquido claro e Gram/cultura e pH > 7,2 Observação e toracocentese de repetição R E S P O S T A Vargas, FS et al. Derrame Pleural. São Paulo: Roca, 2004.