Métodos de observação do comportamento Métodos de observação directa do comportamento • Observações preliminares • Inventariação e descrição dos comportamentos ETOGRAMA • Comportamento dividido nos seus componentes elementares: – Padrões fixos de acção (Lorenz) – Unidades modais de acção (Barlow) O que é o comportamento? • Ponto de vista reducionista: • sequências de movimentos e posturas, ou mudanças de aparência do animal (padrão espacio-temporal) Como reconhecer as unidades elementares do comportamento? • FORMA – Descrição do comportamento • descrição interpretação • elementos a incluir: – sequência de movimentos/posturas – contexto – A quem é dirigido o comportamento? • CONSEQUÊNCIAS • REGRAS DE RESPOSTA / RELAÇÕES ESPACIAIS Quando é que um Etograma se pode considerar terminado? • Nunca! • Número de actos observados é função de: – dimensão do repertório comportamental – raridade de determinados actos – tempo de observação • Regra prática: – terminar quando a frequência cumulativa de novos comportamentos observados em função do tempo tende para uma assíntota. Organização funcional do Etograma • Etograma = inventário (que nunca se considera perfeito e acabado) dos padrões de comportamento estereotipados de uma espécie. • Comportamentos não sociais – Locomoção, alimentação, repouso, limpeza, conforto, etc. • Comportamentos Sociais – Agonísticos (Agressão, combate, ameaça, submissão, fuga) – Reprodutivos (sexuais, parentais e de nidificação) • Outros comportamentos (função incerta) Experimentação (observação sistemática) • • • • • Reconhecimento individual Operacionalização das variáveis a investigar Estratégias de amostragem Efeitos do observador Desenho experimental Reconhecimento individual • Marcas naturais – barbatanas (cetáceos) – padrões de coloração (zebras, tigres) • Técnicas de marcação – anilhas (aves) – “missangas” (peixes) – “transponders” Efeitos do observador • Observar sem ser observado – esconderijos/observatórios (aves) – vidros unidireccionais – camuflagem • Habituação à presença do observador – trabalhos com Primatas (Goodall, Fossey) – comportamento humano (e.g. crianças) – cetáceos Desenho Experimental • Controle – Variáveis independente, dependente e parasita. • Enviezamentos do observador – Experiências cegas e duplamente cegas (evitar enviezamentos no registo e pistas dadas pelo observador) • Replicados • Efeitos de ordem O caso do “Clever Hans” Métodos de amostragem e de registo • Métodos de amostragem – – – – Amostragem ad libitum Amostragem focal Amostragem por varrimento (“scan”) Amostragem por comportamentos • Técnicas de registo – Registo contínuo – Registo temporal • binário (0/1) • instantâneo Tipos de medidas (I) • Latência • Frequência • Duração • Acontecimentos vs estados Tipos de medidas (II) • Intensidade (escalas) • Exemplo: • receptividade deminina em roedores medida por escala de lordose Concordância inter- e intra-observadores • Concordância intra-observador ou consistência do observador • Concordância inter-observadores • Como medir a concordância? – Correlações – Índices de concordância – Coeficiente Kappa K = O-C / 1-C O = acordos verificados C = acordos esperados devido ao acaso Factores que afectam a concordância • Frequência de ocorrência dos comportamentos • Fadiga do observador (concentração) • Definição adequada dos padrões de comportamento – observer drift • Medidas sem confiança