MBA em Gestão de Projetos - Professor: Ronaldo Barbosa - Disciplina: Gestão do Conhecimento - Aula: 1 - Tema: " Introdução à Gestão do Conhecimento" DIFICULDADE Ansiedade FAIXA DO FLUIR Desafio Desinteresse HABILIDADE Disciplina Gestão do Conhecimento Aula 1 Mudança global Dado, Informação e conhecimento Tipos de conhecimento Espiral do conhecimento Ativo tangível e intangível Aula 2 Capital intelectual nas empresas Organizações que aprendem Disciplina Gestão do Conhecimento Aula 3 Capital humano Gestão por competências Aprendizagem organizacional Aula 4 Medir e gerenciar Balanced Scorecard Inovação e Gestão do Conhecimento Avaliação Obrigatória à distância (AD) e WebQuest da disciplina Gestão do Conhecimento Parte I Mudança global Cenário ambiental da evolução dos modelos e gestão http://www1.serpro.gov.br/publicacoes/gco_site/m_capitulo04.htm A Lata Projeto 10 Conhecimento: A Mudança Peter Drucker Escreveu "Uma Era da Descontinuidade" (1970) ( texto cola sobre Sociedade Conhecimento) Novas Tecnologias, novas indústrias Indústrias modernas logo se tornam obsoletas Mundo mercado O conhecimento é o capital principal, recurso motor da economia. Altera forças produtivas, o ensino e o aprendizado Criam-se responsabilidades aos novos detentores do poder, chamados Homens do Conhecimento Conhecimento é essencial, demais fatores são restrições para que o conhecimento possa existir Revolução da Produtividade requer aplicação do conhecimento ao conhecimento Outras Mudanças • Novos mercados, fim de outros; • novos players (concorrentes); • novas tecnologias disponíveis; • novas necessidades, novos empregos; • fim de outras necessidades, fim de empregos. Revolução: Transformação radical e violenta de uma estrutura; Sentimento é o mesmo da passagem do século XIX para XX. Era do Conhecimento Barões da Era Industrial 20 1ª Diretoria da CIESP - 1928 Novos Barões Bill Gates MICROSOFT Steve Jobs APPLE e PIXAR Novos Barões Alex Dias - Presidente da GOOGLE BRASIL Alexandre Hohagen Diretor Executivo da GOOGLE AMÉRICA LATINA Movimento: materialização da visão de Peter Drucker Globalização, Informatização, Desintermediação, Intangibilização. Tudo em movimento! Rapidez: Negócios, adaptação Questão: como o Capital Intelectual deve agir e qual o seu papel ? Afeta países, empresas e indivíduos Conhecimento Exemplo: Patentes, habilidades, processos tecnologias, informação. Capital Intelectual Síntese: é o que vendemos hoje e com o que produzimos riqueza. Chave: como produzir e como gerenciar conhecimento ? Nas Empresas: maior aplicação em TI e em pesquisas. • Da produção para o pensamento • Melhoria do existente • Só automatizar não é a solução • Informação passa a ser “quase tangível" Mudança no perfil dos empregados Ano Gerência e Técnicos e Operário Área Serviços Profissionais Produção Pessoal Administrativos Universitários Total 1900 74 9 13 4 100 1940 57 11 24 8 100 1980 34 14 36 16 100 Nota: dados em porcentagem. Dados do Departamento Nacional de Padrões – EVA Mercado de Trabalho Exigências maiores Avaliação por resultado Sempre haverá espaço para trabalho mecânico ? O mercado já não é para todos Inteligência organizacional é o destaque Como fica a inteligência organizacional quando o gerenciamento é inadequado ? 30 Como medir o valor do conhecimento ? Como mostrar que o conhecimento gera riqueza ? Metáfora do iceberg Capital intelectual é o material que foi formalizado, capturado e alavancado a fim de produzir um ativo de maior valor . Thomaz Stewart E onde está o conhecimento ? • pessoas, clientes, sistemas (TI, laboratórios, outros)... • Por exemplo, entre clientes: Relacionamento, Troca de conhecimento, Confiança, Credibilidade, Retorno financeiro. A Carreira na Era do Conhecimento Era Industrial: hierarquia Era do Conhecimento: eterno deslocamento, muita escada, parece nunca acabar. Não há mais segurança Carreira Mercado passa a definir; Cresce importância do capital intelectual (especialistas e técnicos); Automatização; Horizontalização das estruturas Relação Gerentes por Cem Empregados ANO NÚMERO DE GERENTES 1983 12,5 1994 11,2 Fonte: Equal Employment Opportunity Commission - 1995 Projetos - tendência é o trabalho em projetos Projeto: tarefa com começo, escopo e fim definido Pessoas: avaliadas por sua competência, alocadas aos projetos em função de especialidade e não da hierarquia Carreira - novas implicações: • quatro níveis: estratégico, provedores de recursos, gerente do projeto, talentos 40 Plano de carreira: tendência a deixar de existir nos moldes de hoje. Exemplo: contínuo virar presidente, será cada vez mais difícil. Gerência de Projetos: forja de carreiras, antes era o beijo da viúva negra, agora é a redenção; é a gerência de mudança, “saímos daqui e chegamos lá”. Gerente deve ter expertise, reputação, atrair talentos, ser empreendedor. Restrição: Liderar não é para todos, os ônus são grandes, não há muletas. Tese: "Quem segue uma única especialidade, está colocando seu dinheiro em uma única ação“. Antítese: Empresas precisam de especialistas - são recursos escassos. Muitas vezes viram consultores. A Escolha de uma Carreira Progresso - riqueza do seu conteúdo e o impacto na empresa Diferença entre “estrela no firmamento” e “lâmpada” será a complexidade e o valor dos projetos Síntese: Escolha baseada em auto avaliação. Especialista deve estar voltado longo prazo; Buscar estar entre os melhores e assumir os riscos desta escolha. Empregabilidade Capacidade profissional - estar apto a atender segmento de mercado, vem acompanhada da adaptabilidade (exigência do cliente o empregador) e da disponibilidade (agir, prontidão) Termo surge no final do século XX. Competência deve estar alinhada com necessidade do mercado. Emprego não é para vida toda, mas sim a empregabilidade. Foco é manter-se atualizado e administrar carreira. Dá para avaliar? Se você trabalha, significa boa empregabilidade. Se sai mas volta logo, significa boa empregabilidade. Mercado de trabalho: Um olho no trabalho e outro no mercado. Quem se acomoda corre o risco de não manter a empregabilidade. Reflexão de Thomaz Stewart Somos nossos próprios agentes, temos uma carteira de ativos a gerenciar. Somos livres para ir onde pudermos obter o melhor retorno desses ativos. Numa economia onde o principal recurso somos nós, devemos ser mais capazes do que nunca de buscar nosso próprio destino. 50 Parte II Dado, Informação e conhecimento Tipos de conhecimento Espiral do conhecimento Ativo tangível e intangível Cultura Organizacional, Gestão do Conhecimento e Inovação Cultura Organizacional Aprendizado Organizacional e Gestão de Conhecimento Práticas, Métodos e Processos de Inovação Baseado em http://www.terraforum.com.br – artigo Cultura da Informação Reconhecimento e Mensuração Conhecimento organizacional é a base para as inovações. A capacidade de adquirir e aplicar o conhecimento está se tornando fator estratégico para o êxito na transição de uma economia industrial para uma economia de informação. NONAKA, Ikujiro, e TAKEUCHI, Hirotake. Criação de Conhecimento na Empresa: Como as Empresas Japonesas Geram a DinÊmica. Rio de Janeiro: Campus/; Elsevier, 1997. Mercado e Concorrência Tecnologia Consumidores e Clientes Alta Gerência Empresa Corpo Técnico e Administrativo ? ? Ambiente Externo Mercado e Concorrência Tecnologia Consumidores e Clientes Ambiente Interno Alta Gerência Empresa Corpo Técnico e Administrativo Ambiente Externo Práticas de Gestão Ambiente Interno Gestão do Conhecimento GESTÃO DO CONHECIMENTO • Aprendizagem Organizacional • Gestão de Competências • Gestão do Capital intelectual • Inteligência Empresarial • Educação Corporativa Aprendizagem Organizacional Gestão de Competências Gestão do Capital Intelectual O que é Capital ? Ativos Tangíveis Capital no sentido tradicional: equipamentos, prédios, demonstrativos financeiros… Ativos Intangíveis Capital no sentido moderno: associado a conhecimento Capital Intelectual 60 Físico Clientes Terra Edifícios Equipamentos Estoque Clientes Canais Afiliados Organização Liderança Inovação Estratégia Conhecimento Estrutura Sistemas Cultura Processos Marcas PI * Funcionários & Fornecedores Financeiro Caixa Capital Investimento Dívida Recebíveis Funcionários Parceiros Fornecedores * Propriedade Industrial Modelo de Dinâmica de Valor - Ativos mais Significativos Fonte: Boulton, Libert e Samek (2000), adaptado Capital Intelectual (ativos intelectuais) Capital Humano Capital em Clientes Capital Estrutural STEWART, Thomas. Capital Intelectual – A Nova Vantagem Competitiva nas Empresas. Rio de Janeiro: Campuas/ Elsevier, 1998. Stewart: Não é possível definir e administrar ativos intelectuais, a menos que se saiba o que fazer com eles. Onde está o conhecimento ? Como prosperar o conhecimento ? . . . O que é conhecimento ? Compare os textos: Trecho 1 Havia outrora um velho peruano que ficava olhando sua mulher cozinhar Mas uma vez, por engano, num forno ela pôs para assar aquele desventurado peruano. Seis Passeios pelos bosques da ficção – Umberto eco Trecho 2 Lima, 17 de março. Ontem Álvaro González Barreto (41 anos, dois filhos, contador do Banco Industrial do Peru) foi, por engano, cozido numa torta de carne e batata por sua esposa, Lolita Sánchez. Compare os textos: • Os textos falam de um mesmo tema? Qual? • Os textos dão as mesmas informações? Quais são elas? • Os textos provocam o mesmo efeito no leitor? • Qual efeito que cada texto provoca em nós? Dado Informação Conhecimento “INFORMAÇÃO”: em busca de uma definição • “Dados são fatos, Informação é o sentido que os seres humanos atribuem aos dados.” W. Davis • “A informação, como a energia, tende a degenerar em entropia - em ruído, redundância e banalidade à medida que o cavalo veloz da informação ultrapassa o cavalo lento do significado.” Orrin Klap Internet: explosão da informação ou da não informação ? • Uma edição atual do The New York Times em um dia da semana contém mais informação do que o comum dos mortais poderia receber durante toda a vida na Inglaterra do século XVII. • Mas em uma edição do jornal, encontramos: • Notícias “sérias” somam apenas 13% das páginas! O que constitui informação para uma pessoa pode não passar de dados para uma outra. Informação tem a ver com subjetividade. Informação é aquilo que leva à compreensão, cada um precisa dispor de uma medida pessoal para definir essa palavra. 70 Video Aqueduto Romano Arco Aqueduto Conhecimento Relação entre um sujeito consciente e um objeto. É uma relação de apreensão do objeto pelo sujeito e que implica transformação. O conhecimento é relativo, supõe instrumentos, um ponto de vista e limites do sujeito que conhece. Alguns tipos de conhecimento Conhecimento concreto Conhecimento abstrato Conhecimento sensível: obtido pela sensação e percepção Conhecimento inteligível : é conceitual e racional e só pode ser obtido por meio do uso da razão Alguns tipos de conhecimento O conhecimento abstrato nos ajuda a a organizar e a compreender um número imenso de acontecimentos, mas por outro lado ele nos afasta da realidade concreta. O verdadeiro conhecimento se dá dentro do processo dialético de ida e vinda do concreto para o abstrato, processo que jamais tem fim e que vai revelando o mundo humano na sua riqueza e diversidade. Video Ponte Tacoma Em que circunstâncias um fenômeno como esse pode ser encarado como dado, informação ou conhecimento ? Duas formas de conhecimento complementares: Explícito e Tácito Conhecimento Explícito: pode ser facilmente transmitido (exemplo: conteúdo dos livros e manuais) Conhecimento Tácito: difícil de ser articulado, é incorporado à experiência individual (exemplo: crenças pessoais, juízos de valor) Dois tipo de Conhecimento Ikujiro Nonaka e Hirotaka Takeuchi Conhecimento Tácito (Subjetivo) Conhecimento Explícito (Objetivo) Conhecimento da experiência (corpo) Conhecimento da racionalidade (mente) Conhecimento simultâneo (aqui e agora) Conhecimento sequencial (lá e então) Conhecimento análogo (prática) Conhecimento digital (teoria) NONAKA, Ikujiro, e TAKEUCHI, Hirotake. Criação de Conhecimento na Empresa: Como as Empresas Japonesas Geram a DinÊmica. Rio de Janeiro: Campus/; Elsevier, 1997. Conversão do Conhecimento Opostos: Ocidente valoriza explícito Oriente valoriza tácito Conversão é a interação entre o conhecimento tácito e o explícito 80 Quatro Modos de Conversão Conhecimento Tácito Conhecimento Tácito para Conhecimento Explícito Conhecimento Explícito Socialização Externalização Internalização Combinação para Quatro Modos de conversão do Conhecimento Nonaka e Takeuchi Espiral do Conhecimento início indivíduo (pesquisador, analista, operário); campo de interação socialização diálogo externalização rede conhecimento combinação aprender fazendo internalização 90 Espiral do Conhecimento Quatro Modos Socialização: Tácito para Tácito Compartilhamento de experiências, não necessariamente há uso da linguagem Aprendiz e Mestre (observação, imitação) Treinamento no Ambiente Trabalho Valor da Experiência Exemplo : Brainstorming no campus da Honda: Local fora do ambiente de trabalho, descontraído, aberto a todos; "Criticar sem apresentar solução não vale"; eficaz compartilhamento tácito (modelos mentais) pg. 61 (Nonaka) Externalização: Tácito para Explícito Metáfora, analogia, modelo Imagem vira linguagem Criação de conceitos Externalização é a chave do sucesso da criação de novos conceitos. Combinação: Explícito para Explícito - sistema de conhecimento Indivíduos - documentos, reuniões, conversas, rede, intranet. Exemplo: Kraft General Foods: Criação processo, captura de dados no varejista, retorno com auxílio às vendas, tipo apresentação / disposição gôndolas e adequação do tipo de produto. Internalização: Explícito para Tácito ligada ao aprender fazendo; três modos vivenciados, indivíduo; documentos são as fontes; demais pessoas Exemplo: GE - Centro de respostas Clientes reclamam; Registro do problema, Equipe desenvolvimento, Análise fontes de informação explicitadas pelo cliente (metáfora, analogia, percepção, etc.); Produz nova solução / inovação. Interações para Conhecimento Organizacional Interorganizações Conhecimento Explícito Organização Grupo Conhecimento Tácito Indivíduo GC é um processo interativo de conhecimento organizacional , a capacidade que uma empresa tem de criar conhecimento, disseminá-lo na organização e incorporá-lo a produtos, serviços e sistemas (Nonaka e Takeuchi, 1997) NONAKA, I; TAKEUCHI, H. Criação de conhecimento na empresa: como as empresas japonesas geram a dinâmica da inovação. Rio de Janeiro: Campus, 1997. Epistemologia Conhecimento Explícito Conhecimento Tácito Estrutura Indivíduo Grupo Organização Interorganização Nível de Conhecimento Duas dimensões da Criação do Conhecimento Ikujiro Nonaka e Hirotaka Takeuchi Site: http://www.archive.org Site: http://www.sbgc.org.br