Unidade 1 [email protected] Prof° Carmen Lucia Asp de Queiroz Esta apostila foi desenvolvida para ajudar na aprendizagem e desenvolvimento dos alunos na disciplina Gestão do Conhecimento e da Informação, da Universidade Castelo Branco. Seu conteúdo é uma pesquisa de vários autores, sendo em grande parte, transcrições dos mesmos. Ao final, será apresentada a bibliografia utilizada. Ementa da Disciplina O conhecimento como riqueza organizacional. Memória organizacional. Inteligência competitiva. 2 Objetivos da Disciplina • Analisar os conceitos básicos da teoria do conhecimento e da informação. • Conhecer os instrumentos da teoria do conhecimento e da informação e sua aplicabilidade nas organizações contemporâneas. • Reconhecer o papel da gestão do conhecimento no mundo moderno. 3 Conteúdo Programático Unidade 1 – Conceitos básicos: conhecimento e informação. Unidade 2 – Gestão do conhecimento. Unidade 3 – Gestão da informação. Unidade 4 – Tecnologias disponíveis. Unidade 5 – Otimização da tomada de decisão e a gestão do conhecimento. 4 Dados x Informação Dado: é compreendido como um elemento da informação, um conjunto de letras, números ou dígitos, que tomado isoladamente não transmite nenhum conhecimento. Informação: é todo o dado trabalhado, útil, tratado, com o valor significativo atribuído ou agregado e com um sentido natural e lógico para quem o usa. 5 Dados x Informação 331 863 331 524 654 331 Detergente BR Café BL Hill Detergente BR Sabão Brite Chá Ginger Detergente BR Dados 1,29 4,69 1,29 1,49 0,85 1,29 Região de Venda: Noroeste Loja: Superloja nr. 122 Nr. Item Descrição 331 Detergente BR Unid.Vendidas 7.156 Total de Vendas no Ano $ 9.231,24 Informação Figura: Dados e Informação Fonte: adaptado de LAUDON, Kenneth C.; LAUDON, Jane P. Sistemas de Informações Gerenciais. 6 Conhecimento • Sveiby (1998) – Conhecimento é algo extremamente valioso, visto que está próximo da ação ou leva a ela. Conhecimento é a capacidade de agir. • Dixon (2000) – Conhecimento se resume aos elos significativos que as pessoas fazem nas suas cabeças entre informação e sua respectiva aplicação em ação, quando em um dado contexto. 7 Dados x Informação x Conhecimento Conhecimento Quando as informações são interligadas, estas podem ser utilizadas em um campo de atividades específico, e isso podemos chamar de conhecimento. Informação Dados Dados são passíveis de interpretação dentro de um contexto específico, fornecendo, desta forma, informações ao receptor. Figura: Relação entre níveis de hierarquia conceitual (de Rehauser & Kremar) Fonte: adaptado de PROBST, Gilbert. Gestão do Conhecimento: os elementos construtivos do sucesso. 8 Classificação do Conhecimento Segundo Michael Polanyi (1966 apud Nonaka e Takeuchi), o conhecimento pode ser classificado em: Tácito - aquele que é pessoal, que está internalizado e que é difícil de ser formulado e comunicado. Explícito - aquele que já está codificado e, portanto, passível de ser transmitido. 9 Classificação do Conhecimento Conhecimento Tácito Percepções Ideias Experiências Know-how 10 Classificação do Conhecimento Conhecimento Explícito: Melhores Práticas Políticas Procedimentos Informações Documentos 11 Criação do Conhecimento O modelo proposto por Nonaka e TAKEUCHI (1995) assume que o conhecimento tácito e o conhecimento explícito se complementam num processo dinâmico de criação do conhecimento. Esse processo tem os seguintes modos de conversão do conhecimento: (1) socialização; (2) externalização; (3) combinação; (4) internalização. Criação do Conhecimento A externalização é a conversão do conhecimento tácito em conhecimento explícito. A socialização é a conversão do conhecimento tácito em conhecimento tácito. O fundamento está na experimentação, onde torna-se possível incorporar novos modelos mentais ou habilidades técnicas aos já existentes. No entanto, esse processo esbarra nas limitações da linguagem que sempre reduzem a realidade. Dos quatro modos de conversão do conhecimento, a externalização é o mais importante porque “cria conceitos novos e explícitos a partir do conhecimento tácito”. A internalização é a conversão do conhecimento explícito em conhecimento tácito. A internalização pode se dar através da vivência de experiências próprias ou de experiências alheias, transmitidas através de documentos, imagens, música, etc. Quando um conhecimento explícito altera os modelos mentais do indivíduo ou o seu know-how técnico, está ocorrendo a sedimentação do conhecimento. A combinação é a conversão do conhecimento explícito em conhecimento explícito, ou seja, é um processo de sistematização do conhecimento. Figura: Espiral do Conhecimento Fonte: NONAKA, I.; TAKEUCHI, H.. Criação do Conhecimento na Empresa – Como as empresas japonesas geram a dinâmica da inovação. São consideradas todas as formas de comunicação existentes para transferência do conhecimento já estruturado. Socialização – Tácito -> Tácito O ensino e a aprendizagem se dão de forma subjetiva, pelo contato e observação entre dois ou mais sujeitos. Um colega de trabalho ensina ao outro os “gostos” do chefe. Um novato observa e aprende o jargão da empresa. 14 Externalização – Tácito -> Explícito O conhecimento de um ou mais indivíduos sistematizado, formalizado e documentado. é Um processo decisório é estruturado. Um procedimento é documentado. O registro da “experiência” e da “sensibilidade” de um funcionários antigo é realizado. 15 Combinação – Explícito -> Explícito Os conhecimentos explícitos podem ser combinados entre si produzindo novos conhecimentos explícitos ou melhorando a qualidade do existente. Data mining. Combinação de BD’s para produção de um BD mais consistente e/ou completo. 16 Internalização – Explícito -> Tácito O conhecimento sistematizado em livros, registros, apostilas, BDs, etc, é absorvido e utilizado por um colaborador. Um colaborador estuda registros, manuais e livros e aprende como se realiza determinado procedimento ou como se toma determinada decisão. 17 A Ótica Japonesa Enfatiza a combinação do conhecimento explícito com o tácito e as transformações entre eles. Preocupada com a intervenção das pessoas sobre as informações. 18 A Ótica Americana Enfatiza o conhecimento explícito. Preocupada com processos, sistemas e documentação. Formulários, rotinas e sistemas de informação são o foco. 19 Gestão do Conhecimento Um dos objetivos da Gestão do Conhecimento, compreendida também como gestão para o conhecimento, capacitação para o conhecimento ou promoção do conhecimento é favorecer ou criar condições para que a organização possa sempre utilizar a melhor informação e conhecimento disponíveis. 20 Trabalho 1 Com base no texto “T1 - A gestão de conhecimento e a TI” e nesta apostila, responda: 1. 2. Qual a diferença entre dado, informação e conhecimento? 3. Quais são os modos de conversão do conhecimento segundo o modelo proposto por Nonaka e TAKEUCHI? Explique o que cada um deles representa. 4. Dê um exemplo para cada um dos modos de conversão do conhecimento. 5. 6. O que é gestão do conhecimento? Qual a diferença entre conhecimento tácito e conhecimento explícito? Em relação à gestão do conhecimento, qual a principal diferença entre a ótica amaricana e a ótica japonesa? 21 Trabalho 2 Com base no texto “T2 - O valor do conhecimento nas organizações”, responda: 1. Qual a diferença entre processo e operação? 2. Por que o autor afirma que “Informação em si não vale nada”? 3. Em relação à gestão do conhecimento, qual a importância de reter as pessoas na empresa? 22 Referências Bibliográficas ALVARENGA NETO, Rivadávia Correa Drumond de. Getstão do Conhecimento em organizações: proposta de mapeaento conceitual integrativo. São Paulo: Saraiva, 2008. LAUDON, Kenneth C.; LAUDON, Jane P.. Sistemas de Informações Gerenciais. São Paulo: Pearson Prentice, 2007. NONAKA, I.; TAKEUCHI, H.. Criação do Conhecimento na Empresa – Como as empresas japonesas geram a dinâmica da inovação. Rio de Janeiro: Campus, 1997. PROBST, Gilbert. Gestão do Conhecimento: os elementos construtivos do sucesso. Porto Alegre: Bookman, 2002. ROSSINI, Alessandro Marco. Administração de Sistemas de Informação e a Gestão do Conhecimento. Cengage Learning, 2012. SILVA, Antônio José Dias da. Apostila – Gestão do Conhecimento. Rio de Janeiro: 2011. 23