Gestão do conhecimento: uma ferramenta de gestão Luana Tressoldi Rodrigues1 Thais de Lima Silveira1 Fabiana Pereira Rosa2 Este ensaio teórico apresenta uma pesquisa que teve como objetivo estudar o conhecimento como ferramenta de gestão. O conhecimento sempre foi utilizado, mas a partir dos anos 90, teve um enfoque maior com o surgimento da gestão do conhecimento, que visa melhorar o desempenho organizacional através do conhecimento tácito e explícito, para atingir suas metas e objetivos. Neste contexto, são apresentados conhecimento e no presente gestão do estudo os conceitos fundamentais conhecimento, buscando dar sobre sustentação a implementação e as vantagens e desvantagens da gestão do conhecimento nas organizações atuais. Com essa pesquisa, chegou-se a conclusão de que é preciso que a empresa não perca o conhecimento transmitido por seus colaboradores, fazendo com que fique armazenado, de forma que se possa utilizá-lo na organização. Sem dúvida alguma, sofreu muitas alterações nos últimos anos. Estas mudanças fizeram com que as empresas, de um modo geral, precisassem adequar sua forma de atuação, no intuito de se manterem competitivas em seu mercado (SANTIAGO JUNIOR, 2004). O conhecimento é a matéria-prima mais importante e a fonte mais importante de valor agregado (STEWART, 2002). O novo conhecimento começa sempre com o indivíduo (NONAKA; TAKEUCHI, 2008). Segundo Terra (2005), pode-se dizer que a gestão do conhecimento, como hoje é entendida, foi uma decorrência de algumas mudanças significativas ocorridas na última década. A gestão do conhecimento envolve principalmente, a incorporação de um novo “raciocínio e foco gerencial” na dimensão ou recurso conhecimento. Para Boog (2001), gestão do conhecimento é o processo de criar, captar e utilizar o conhecimento para aprimorar o desempenho organizacional. 1 2 Acadêmicas do curso de Administração – FACOS/CNEC. Professora orientadora. R e v i st a G e st ã o P r e m i u m / C u r so s d e A d m i n i st r a ç ã o e C i ê n c i a s C o n t á b e i s – F A C O S / C N EC O só r i o D EZ/ 2 0 1 2 Página 93 Hoje, o olhar empresarial também está voltado para o capital intelectual, ou seja, para as pessoas. A importância dada a elas – suas capacidades criativas, motivações, competências e conhecimentos – é sentida como um diferencial e uma oportunidade para as empresas crescerem mais. Para as empresas, a gestão do conhecimento pode ser de grande valia, pois contribui para a geração de valor, otimização das operações e para melhora do atendimento ao cliente final (SAITO, 2012). Para Fleury; Oliveira Junior (2002), embora a disseminação e o compartilhamento do conhecimento sejam comuns por todos na empresa, existem também conjuntos de conhecimentos pertencentes somente a alguns indivíduos, a pequenos grupos ou áreas funcionais. Para tornar o conhecimento acessível a toda à organização, as empresas buscam codificá-lo e simplificá-lo. O compartilhamento de conhecimento só ocorre quando os costumes sociais o propiciam, e isso pode tornar-se uma barreira para a gestão do conhecimento, já que o recurso conhecimento é escasso (LARA, 2004). O conhecimento se não for combinado de diversas maneiras, não será possível criar novos conhecimentos a partir de conhecimentos existentes. A gestão do conhecimento trabalha no sentido de explicitar o conhecimento das pessoas, transferindo-o para suportes ou mídias compartilháveis. A gestão do conhecimento busca estimular a criação, a captação, a organização, a difusão, o uso e a exploração do conhecimento organizacional, com isso traz benefícios para as organizações em diferentes dimensões, como a inovação, a continuidade do negócio e o aumento da eficiência e da eficácia (CAMPOS, 2013). O ensaio teórico está estruturado de forma que a fundamentação teórica sobre conhecimento, gestão do conhecimento e prós e contas da gestão do conhecimento, está estruturada no segundo capítulo. Posteriormente, o terceiro capítulo traz as considerações finais do estudo. R e v i st a G e st ã o P r e m i u m / C u r so s d e A d m i n i st r a ç ã o e C i ê n c i a s C o n t á b e i s – F A C O S / C N EC O só r i o D EZ/ 2 0 1 2 Página 94 Conhecimento Para Barros (1996) apud Carbone (2009), o conhecimento é uma preocupação humana desde os tempos mais remotos. Nonaka; Takeuchi (2004) afirmam que em uma economia onde a única certeza é a incerteza, apenas o conhecimento é fonte segura de vantagem competitiva. Quando os mercados mudam, as tecnologias proliferam, os concorrentes se multiplicam e os produtos se tornam obsoletos da noite para o dia, as empresas de sucesso são aquelas que, de forma consistente, criam novos conhecimentos, disseminam-nos profusamente em toda a organização e rapidamente os incorporam em novas tecnologias e produtos. Ao contrário dos estoques financeiros, de recursos naturais ou mesmo de mão de obra não qualificada, o valor econômico do recurso conhecimento não é tão facilmente compreendido, classificado e medido. É um recurso invisível, intangível, e difícil de imitar. Uma de suas características mais fundamentais, porém, é o fato de esse recurso ser altamente reutilizável, ou seja, quanto mais utilizado e difundido, maior seu valor (TERRA, 2005). O conhecimento é fluido e ao mesmo tempo formal. Também é intuitivo, portanto não é possível capturá-lo ou compreendê-lo em termos totalmente lógicos e racionais. O conhecimento existe dentro das mentes das pessoas, e faz parte da imprevisibilidade e complexidade do ser humano. O conhecimento é ação e pode e deve ser avaliado pelas decisões e ações as quais ele conduz (BOOG, 2001). Para o êxito da gestão da empresa orientada ao conhecimento é decisivo saber como se cria o processo de converter o conhecimento individual em coletivo e o conhecimento coletivo em individual (NORTH, 2010). As contradições, as inconsistências, os dilemas, as dualidades, as polaridades, as dicotomias, e as oposições não são alheios ao conhecimento, pois o conhecimento em si é formado por dois componentes dicotômicos e aparentemente opostos - isto é, o conhecimento explícito e o conhecimento tácito (NONAKA; TAKEUCHI, 2004). R e v i st a G e st ã o P r e m i u m / C u r so s d e A d m i n i st r a ç ã o e C i ê n c i a s C o n t á b e i s – F A C O S / C N EC O só r i o D EZ/ 2 0 1 2 Página 95 Nonaka e Takeuchi (1997) definiram conhecimento tácito e explícito da seguinte maneira: Conhecimento tácito: é altamente pessoal e difícil de formalizar, o que dificulta sua transmissão e compartilhamento com outros. Conclusões, insights e palpites subjetivos incluem-se nessa categoria de conhecimento. Além disso, o conhecimento tácito está profundamente enraizado nas ações e experiências de um indivíduo bem como em suas emoções, valores ou ideais. Conhecimento explícito: pode ser expresso em palavras e números, e facilmente comunicado e compartilhado sobre a forma de dados brutos, fórmulas científicas, procedimentos codificados ou princípios universais. Pode ser facilmente “processado” por um computador, transmitido eletronicamente ou armazenado em banco de dados. A distinção entre conhecimento tácito e explícito sugere quatro padrões básicos de criação de conhecimento em qualquer organização (ELSEVIER, 2000). A espiral do conhecimento é amplificada à medida que passam para os níveis ontológicos, do indivíduo para o grupo e, então, para a organização. Cada modo do processo SECI conforme figura 1, envolve uma combinação diferente das entidades de criação do conhecimento. Esses quatro modos diferentes de conversão do conhecimento são: socialização, externalização, combinação e internalização (NONAKA; TAKEUCHI, 1997): Socialização: de conhecimento tácito em conhecimento tácito, é um processo de compartilhamento de experiências e, a partir daí, da criação do conhecimento tácito, como modelos mentais ou habilidades técnicas compartilhadas. Um indivíduo pode adquirir conhecimento tácito diretamente de outros, sem usar a linguagem. Externalização: de conhecimento tácito em conhecimento explícito, é um processo de articulação do conhecimento tácito em conceitos explícitos. É um R e v i st a G e st ã o P r e m i u m / C u r so s d e A d m i n i st r a ç ã o e C i ê n c i a s C o n t á b e i s – F A C O S / C N EC O só r i o D EZ/ 2 0 1 2 Página 96 processo de criação do conhecimento perfeito, na medida em que o conhecimento tácito se torna explícito expresso na forma de metáforas, analogias, conceitos, hipóteses ou modelos. A externalização articula conhecimento tácito através do diálogo e da reflexão. Combinação: de conhecimento explícito em conhecimento explícito, é um processo de sistematização em um sistema de conhecimento. Esse modo de conversão do conhecimento envolve a combinação de conjuntos diferentes de conhecimento explícito. Os indivíduos trocam e combinam conhecimentos através de meios com documentos, reuniões, conversas ao telefone ou redes de comunicação computadorizados. Internalização: de conhecimento explícito em conhecimento tácito, é o processo de incorporação do conhecimento explícito no conhecimento tácito. É intimamente relacionada ao “aprender fazendo”. Quando são internalizadas nas bases do conhecimento tácito dos indivíduos sob a forma de modelos mentais ou know-how técnico compartilhado, as experiências através da socialização, externalização e combinação tornam-se ativos valiosos. Figura1 - Espiral do conhecimento Fonte: Nonaka; Takeuchi (1997). Nonaka e Takeuchi (1995) apud North (2010) postularam o modelo da “espiral dos R e v i st a G e st ã o P r e m i u m / C u r so s d e A d m i n i st r a ç ã o e C i ê n c i a s C o n t á b e i s – F A C O S / C N EC O só r i o D EZ/ 2 0 1 2 Página 97 conhecimentos”, que tem em conta a criação do conhecimento organizacional como resultado de um processo dinâmico. O ponto de partida do modelo são os empregados, individualmente, e sua capacidade para criar e distribuir conhecimento entre os companheiros de trabalho, em que cada indivíduo valoriza a exteriorização dos saberes. Por outro lado, interioriza as experiências do grupo todo. O conteúdo do conhecimento criado por cada modo de conversão do conhecimento é naturalmente diferente (NONAKA; TAKEUCHI, 1997). A produção de novos conhecimentos envolve um processo que amplifica, organizacionalmente, o conhecimento criado pelos indivíduos e cristaliza-o como parte da rede de conhecimentos da organização. O que impulsiona esse processo de amplificação do conhecimento é a interação contínua, dinâmica e simultânea entre o conhecimento tácito e o conhecimento explícito (NONAKA; TAKEUCHI, 2004). São muitos os sinais de que o conhecimento, em suas várias formas, se tornou determinante para a competitividade tanto das empresas quanto dos países (TERRA, 2005). Para North (2010), a implementação da gestão do conhecimento significa, antes de tudo, conscientização acerca da significação do recurso saber. Deve ser definida uma determinada direção à estruturação e à utilização do conhecimento. Gestão do conhecimento Conforme Falcão e Bresciani Filho (1999) apud Carbone (2009), a gestão do conhecimento pode ser definida como o “processo pelo qual uma organização consciente e sistematicamente coleta, organiza, compartilha e analisa seu acervo de conhecimento para atingir seus objetivos”. É o processo de criar, captar e utilizar o conhecimento para aprimorar a performance organizacional (BOOG, 2001). A gestão do conhecimento está ligada à capacidade das empresas em utilizarem e combinarem as várias fontes e tipos de conhecimento organizacional para desenvolverem competências específicas e capacidade inovadora, que se traduzem, R e v i st a G e st ã o P r e m i u m / C u r so s d e A d m i n i st r a ç ã o e C i ê n c i a s C o n t á b e i s – F A C O S / C N EC O só r i o D EZ/ 2 0 1 2 Página 98 permanentemente, em novos produtos, processos, sistemas gerenciais e liderança de mercado (TERRA, 2005). Ainda para Terra (2005), a gestão do conhecimento adota práticas gerenciais compatíveis com os processos de criação e aprendizado individual e, também, a coordenação sistêmica de esforços em vários planos: organizacional e individual; estratégico e operacional; normas formais e informais. Probst; Raub e Romhardt (2000), dizem que a gestão do conhecimento inclui medidas que afetam principalmente indivíduos e grupos, por exemplo, intervenções na gestão de pessoal, e outras medidas que afetam o nível organizacional, por exemplo, o desenvolvimento da empresa, o planejamento estratégico ou a tecnologia de informação. Dessa forma, ela realiza uma função de ponte entre indivíduos, grupos e estruturas organizacionais. A gestão do conhecimento também une áreas funcionais diferentes sob uma estratégia de intervenção comum. Gestão do conhecimento é identificar o que se sabe, captar e organizar esse conhecimento e utilizá-lo de modo a gerar retornos (STEWART, 2002). Ainda para Stewart (2000) as empresas do conhecimento precisam de um projeto organizacional que converta insight – conhecimento, inteligência, criatividade – em comportamento institucional. Elas necessitam, em outras palavras, de processos do conhecimento. Probst, Raub e Romhardt (2000), identificaram diversas atividades que podem ser consideradas os processos essenciais de gestão do conhecimento e que estão, muito proximamente, relacionadas. Pode-se fazer intervenções em processos isoladamente, mas isso, inevitavelmente afetará os demais. Segundo os autores os processos da gestão do conhecimento são: Identificação do conhecimento: significa analisar e descrever o ambiente de conhecimento da empresa. A gestão eficaz do conhecimento deve, portanto, assegurar transparência interna e externa suficientes e ajudar os funcionários individuais a localizarem o que precisam. R e v i st a G e st ã o P r e m i u m / C u r so s d e A d m i n i st r a ç ã o e C i ê n c i a s C o n t á b e i s – F A C O S / C N EC O só r i o D EZ/ 2 0 1 2 Página 99 Aquisição de conhecimento: se dá quando as empresas importam uma parte substancial de seu conhecimento de fontes externas (clientes, fornecedores, concorrentes). As empresas também podem comprar o conhecimento que não conseguem desenvolver por si mesmas, recrutando especialistas ou adquirindo outras empresas particularmente inovadoras. Desenvolvimento do conhecimento: é um elemento construtivo que complementa a aquisição de conhecimento. Seu foco está na geração de novas habilidades, novos produtos, ideias melhores e processos mais eficientes. O desenvolvimento do conhecimento inclui todos os esforços administrativos conscientemente direcionados para produzir capacidades que ainda não se encontram presentes na organização, ou que ainda não existe, dentro nem fora delas. Compartilhamento e distribuição do conhecimento: em uma organização são uma condição prévia vital para transformar informações ou experiências isoladas em algo que toda a organização possa utilizar. A distribuição do conhecimento é o processo de compartilhar e disseminar conhecimento que já se encontra presente na organização. Utilização do conhecimento: o objetivo integral da gestão do conhecimento é assegurar que o conhecimento presente em uma organização seja aplicado produtivamente em seu benefício. Infelizmente, a identificação e a distribuição bem-sucedidas de conhecimento importante não garantem que ele será utilizado nas atividades diárias da empresa. Portanto, deve-se tomar providências para garantir que habilidades e ativos de conhecimento valiosos sejam totalmente utilizados. Retenção do conhecimento: uma vez adquiridas, as competências não estão automaticamente disponíveis todo o tempo. A retenção de informações, de documentos e de experiência requer gestão. Os processos para selecionar, armazenar e atualizar regularmente um conhecimento de potencial valor R e v i st a G e st ã o P r e m i u m / C u r so s d e A d m i n i st r a ç ã o e C i ê n c i a s C o n t á b e i s – F A C O S / C N EC O só r i o D EZ/ 2 0 1 2 Página 100 futuro devem, portanto, ser estruturados cuidadosamente. A retenção do conhecimento depende do uso eficiente de uma grande variedade de meios de armazenagem da organização A figura 2 apresenta os processos da gestão do conhecimento segundo os autores Probst, Raub e Romhardt (2000): Figura 2 – Processos da Gestão do Conhecimento Fonte: Probst; Raub e Romhardt (2000). O compartilhamento de informações é uma das condições capacitadoras para o processo de criação do conhecimento organizacional (Gonçalves; Kolb, 2010). Entenda-se por processos como o conjunto de atividades que permitirão as organizações alcançarem os seus objetivos e cumprir a sua missão, considerando que as atividades envolvem o trabalho a ser feito (tarefas) e a maneira de como as coisas são feitas (procedimentos) e clientes internos ou externos bem definidos ( TERRA, 2005). Prós e contras da gestão do conhecimento Para Lara (2004), na era pós-industrial, o sucesso das empresas situa-se mais em suas capacidades intelectuais e sistêmicas do que nos ativos físicos. A capacidade de gerenciar o intelecto humano e de convertê-lo em produtos e serviços úteis transforma-se rapidamente na habilidade executiva crítica de nossa era. O patrimônio indispensável para as empresas de hoje não é a fábrica e o equipamento, R e v i st a G e st ã o P r e m i u m / C u r so s d e A d m i n i st r a ç ã o e C i ê n c i a s C o n t á b e i s – F A C O S / C N EC O só r i o D EZ/ 2 0 1 2 Página 101 mas o conhecimento acumulado e as pessoas que o possuem (NONAKA; TAKEUCHI, 2008). Conforme Luchesi (2012), as organizações têm reconhecido que o conhecimento é necessário para mantê-las competitivas no mercado e melhorar significativamente seu desempenho. Assim, para implantar a gestão do conhecimento as empresas devem se ver como uma comunidade humana, onde o conhecimento coletivo representa o maior diferencial. É no conhecimento coletivo que se baseiam as competências essenciais ao desenvolvimento do trabalho. Nesse contexto, a gestão do conhecimento se transforma em um valioso recurso estratégico para a vida das empresas (LUCHESI, 2012). Gerir o conhecimento numa organização implica em criar um ambiente de aprendizagem contínuo, e quando isso acontece estabelece-se as condições para que sejam desenvolvidas as competências profissionais (VIEIRA; GARCIA, 2004). A gestão do conhecimento possibilita, com a ajuda de usuários e sistemas, identificar, classificar e disseminar ativos intelectuais, gerados a partir e tarefas executadas numa empresa (GONZAGA JUNIOR, 2009). Diversos são os casos de organizações que, além de procurar as melhores escolas, fundações e outras instituições para a educação continuada, capacitação e treinamento, desenvolvem as “universidades empresarias internas”, onde buscam gerar e compartilhar o seu próprio conhecimento organizacional, estando alinhados com suas estratégias e culturas, no intuito de aumentar a probabilidade de atingir e mesmo superar seus objetivos (FRANCINI, 2002). Por outro lado, um dos principais problemas na gestão do conhecimento é a tendência de as pessoas guardarem seus conhecimentos. Mesmo as que não o fazem intencionalmente podem simplesmente não estar motivadas a mostrar o que sabem. Isso acontece particularmente quando se trata de conhecimentos tácitos, que não podem ser articulados facilmente (LARA, 2004). Os custos da implantação de um projeto de gestão do conhecimento dependem do tamanho da empresa e do R e v i st a G e st ã o P r e m i u m / C u r so s d e A d m i n i st r a ç ã o e C i ê n c i a s C o n t á b e i s – F A C O S / C N EC O só r i o D EZ/ 2 0 1 2 Página 102 volume de informações a serem coletadas. A implementação de uma solução de gestão do conhecimento ajuda as corporações a reconhecer novas oportunidades (GONZAGA JUNIOR, 2009). A gestão do conhecimento eficaz só poderá ocorrer com a ampla mudança comportamental, cultural e organizacional (LARA, 2004). A gestão do conhecimento deve ser considerada com a devida atenção pelos gestores das empresas, porque seu impacto no futuro do negócio pode ser decisivo, principalmente com o crescente aumento da competição globalizada (VELOSO; TREVISAN, 2005). Considerações finais O conhecimento sempre nos auxiliou ao longo dos tempos, porém nas últimas décadas tonou-se fundamental para as organizações, por isso, é necessário que as empresas saibam reconhecê-lo e utilizá-lo da melhor forma, para que possam se tornar mais competitivas no mercado. Para um uso eficaz do conhecimento encontrado nas empresas é preciso geri-lo e disseminá-lo por todos os setores organizacionais. O surgimento da gestão do conhecimento em meados dos anos 90, colaborou de forma significativa para a implementação do conhecimento, fazendo com que as empresas detectassem o conhecimento em seus colaborados e o distribuísse por toda a organização, transformando o conhecimento pessoal em coletivo, na busca de melhores resultados e obtenção de objetivos. Nos processos sugeridos pela gestão do conhecimento, acreditamos que a retenção e o armazenamento do conhecimento sejam de suma importância, já que cada vez mais são comuns aos colaboradores que buscaram melhores condições de trabalho e melhores salários, e com isso é preciso que a empresa não perca o conhecimento transmitido por esses colaboradores, fazendo com que fique armazenado, de forma que se possa utilizá-lo na organização. R e v i st a G e st ã o P r e m i u m / C u r so s d e A d m i n i st r a ç ã o e C i ê n c i a s C o n t á b e i s – F A C O S / C N EC O só r i o D EZ/ 2 0 1 2 Página 103 Podem-se encontrar dificuldades na busca pelo uso da gestão do conhecimento, como colaboradores desmotivados a transmitir o que sabem custos elevados, ou a resistência dos trabalhadores ao novo, mas é preciso que as empresas invistam em conhecimento para que possam evoluir e aumentar a produtividade, para assim buscar um caminho de sucesso inseridas no mercado. 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