ENADE 2014
FACIT
Visita do MEC
Lei N° 10.861, de 14 de Abril de 2004 – instituiu o SINAES
(Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior)
Consolida definitivamente a ideia de avaliação
Objetivo: aferir a QUALIDADE:
Instituições
Cursos de graduação
Desempenho dos estudantes
Indicadores
de Qualidade:
Instituições
IGC
Cursos de graduação
CPC
Desempenho dos estudantes
ENADE
- Conceitos
de avaliação serão expressos em uma escala
de cinco níveis;
- Nível > 3 INDICAM QUALIDADE SATISFATÓRIA.
Índice Geral de Cursos (IGC):
instrumento construído com base numa
média ponderada das notas dos cursos
de graduação e pós-graduação de cada
instituição. Assim, sintetiza num único
indicador a qualidade de todos os cursos
de graduação, mestrado e doutorado da
mesma instituição de ensino. O IGC é
divulgado anualmente pelo Inep/MEC,
imediatamente após a divulgação dos
resultados do Enade.
Conceito Preliminar de Curso (CPC): é um
indicador prévio da situação dos cursos de
graduação no país. Para que os valores se
consolidem, e representem efetivamente o que
se espera de um curso em termos de qualidade
e excelência, comissões de avaliadores farão
visitas in loco para corroborar ou alterar o
conceito obtido preliminarmente.
O CPC é calculado no ano seguinte ao da
realização do ENADE com base na avaliação de
desempenho dos estudantes, corpo docente,
infra-estrutura, recursos didáticos-pedagógicos.
O Exame Nacional de Desempenho de
Estudantes
(Enade):
avalia
o
rendimento dos alunos dos cursos de
graduação, ingressantes e concluintes,
em
relação
aos
conteúdos
programáticos dos cursos em que estão
matriculados. O exame é obrigatório
para os alunos selecionados e condição
indispensável para a emissão do
histórico escolar.
Como é a prova?
O Enade cobra 40 questões dos estudantes e
serve para medir a qualidade dos cursos de
graduação. Com ele, é possível medir a
evolução de quem está perto da conclusão do
curso em relação a quem acabou de ingressar.
O conteúdo das perguntas – discursivas e de
múltipla escolha – está dividido em duas
partes: formação geral e conhecimentos
específicos da área.
A parte de formação geral é igual para
todos os cursos e cobra atualidades e
conhecimentos gerais. São questões sobre
cidadania, ética, arte, literatura e também
sobre globalização e sustentabilidade.
Já as perguntas com componentes
específicos estão relacionadas à grade
curricular de cada curso. O objetivo é
verificar o aprendizado dos conteúdos, das
habilidades e das competências necessárias
para o exercício da profissão.
No componente de Formação Geral, serão
verificadas as capacidades de:
I - ler e interpretar textos;
II - analisar e criticar informações;
III - extrair conclusões por indução e/ou
dedução;
IV - estabelecer relações, comparações e
contrastes em diferentes situações;
V - detectar contradições;
VI - fazer escolhas valorativas avaliando
consequências;
VII - questionar a realidade;
VIII - argumentar coerentemente.
No componente de Formação Geral os
estudantes deverão mostrar competência
para:
I - projetar ações de intervenção;
II - propor soluções para situaçõesproblema;
III - construir perspectivas integradoras;
IV - elaborar sínteses;
V - administrar conflitos;
VI – atuar segundo princípios éticos.
Primeiro Encontro: dia 03 de março de 2014
Avanços Tecnológicos;
Ciência, tecnologia e
inovação;
Democracia, ética e
cidadania.
Técnica, Ciência e Tecnologia
A invenção e o uso da técnica sempre
estiveram presentes nas sociedades, desde
as épocas mais remotas. Construímos
templos, estudamos os astros e demarcamos
terras por meio da geometria; erguemos
pirâmides e castelos medievais com auxílio
de técnicas criadas e transmitidas de
geração em geração; aproveitamos da “força
bruta” da natureza de maneira técnica,
simples e direta, na construção de diques,
barco a vela, luz solar;
inventamos técnicas de plantio e uso do solo;
pensamos em técnicas de ataque e defesa
com uso de artefatos e animais; etc. Trata-se
de um comportamento que nos é inerente.
Mas, foi a partir da Revolução Industrial do
séc. XVIII que as teorias científicas e a
técnica passaram a estreitar as relações de
dependência mútua. Ciência e técnica deram
origem à civilização tecnológica. Tecnologia é
a junção de técnica (do grego téchne, “arte”,
“ofício”) com ciência (do grego logos, “razão”).
A civilização tecnológica: breve histórico
- Século XVIII: a Revolução Industrial e a inserção
da máquina a vapor no processo de produção;
- Século XIX: a herança Positivista (Auguste
Comte) “previa” que com o progresso técnico os
homens seriam mais éticos e mais racionais: na
política, nos negócios, nas relações entre as
nações, na construção da paz, etc;
Mas, iniciativas como as do russo Leon Tolstói
apontam para a falta de sentido da vida moderna,
visto que, a própria ideia de progresso é
provisória, sempre a ser completada;
-Século
XX
(a
partir
de
1930):
industrialização tardia dos países da América
Latina que haviam pelo processo de
colonização exploração;
- Século XXI: os avanços tecnológicos são
notáveis – veremos à frente.
Só para chamar a atenção: em duzentos
anos, após a Revolução Industrial, a
humanidade superou o progresso técnico
alcançado em mais de 24 séculos.
As vantagens da inovação tecnológicas
Não se pode deixar de reconhecer as vantagens
dessa civilização que se inova tecnologicamente
tendo em vista desvendar os fantásticos mistérios
do universo. Algumas vantagens da inovação
tecnológica podem assim ser descritas:
a) síntese de drogas e medicamentos para alongar
a viva ou controlar o nascimento humano;
b) descoberta de vacinas que previnem as
moléstias desde a primeira infância;
c) na biotecnologia, invenção de produtos sintéticos
vegetais que auxiliam nos enxertos de pele;
d) controle da genética animal que altera ciclos
reprodutivos e promove a seleção das raças para
aumentar a qualidade e produtividade;
e) em genética humana pode-se permitir a
prevenção de malformações futuras;
f) desenvolvimento de colônias de larvas que
combatem as pragas nas lavouras agrícolas;
g) em projetos de equipamentos, inovações que
auxiliam na organização do trabalho e da gestão
empresariais (leitura ótica de produtos, por
exemplo);
h) precisão em intervenções cirúrgicas (bisturi a
laser, programas computacionais, câmaras de
filmagem endoscópica, etc.);
i) expansão da comunicação: televisão, rádio,
telefone, computador (internet);
j) organização da informação e otimização do
processo de trabalho por meio do uso do
computador que sintetiza e organiza as
operações;
k) lucratividade advinda de inovação
tecnológica pela automação dos processos
produtivos;
l) aumento e controle da matriz energética;
m)
inovação
e
expansão
de
informações em som e imagem por
meio do desenvolvimento do setor de
telecomunicações;
n) otimização dos sistemas de
transporte;
o) desenvolvimento da robótica e
mecatrônica;
p) cibercultura e troca de informações
e conhecimento, etc.
As implicações da civilização tecnológica
“Sem dúvida, com a nossa criatividade e
engenhosidade, ganhamos a tecnologia,
mas perdemos a nossa liberdade, pois, sob
o influxo do materialismo científico e
tecnológico, tornamo-nos prisioneiros de um
mundo mecânico – frio, sem alma e sem
vida. Criamos uma espécie de cultura da
morte, num mundo dominado pela violência
e pelos nossos deuses mecânicos”
(SIMÕES, 2001, p. 12).
Nem tudo o que se refere ao desenvolvimento
tecnológico, como bem sabemos, está
associado com as benesses da inovação
tecnológica. Existem restrições sérias para as
quais compete reflexão – e o Engenheiro deve
estar atento a isso. Eis algumas dessas
restrições:
a) aceleração da destruição da vida na terra
pelo desequilíbrio dos ecossistemas e uso
desordenado dos recursos naturais;
b) excesso e produção e desperdício de
energia;
c) corrida armamentista;
d) produção de energia nuclear capaz de liquidar
dezenas de vezes a vida no planeta terra;
e) exploração do homem pelo homem e
dominação de nações por nações;
f) produção de riqueza pela destruição da
sociedade;
g) estresse e desequilíbrio entre o material e o
espiritual;
h) manipulação de material genético humano
para fins antinaturais;
i) tecnologias dietéticas favorecendo a cultura do
humano perfeito em prejuízo da própria saúde;
j) especialização e fragmentação
dos campos do saber científicos
desvinculadas do contexto social;
k) invenção laboratorial de microorganismos
para
testes
de
medicamentos;
l) surgimento de micro-organismos
resistentes;
m)
globalização
sem
equacionamento do desequilíbrio
entre países ricos e pobres;
n) macropoluição em escala
planetária;
o) efeito estufa e colapso do clima
mundial;
p) miséria dos países pobres;
q) isolamento intersubjetivo e
exclusão digital.
Caminhos para a realização
As contradições e os paradoxos gerados
pela tecnologia atual podem ser superados
por meio de um processo de conhecimento
da realidade, bem como, pela tomada de
consciência individual e coletiva. Aqui
apontamos alguns caminhos para a
realização em uma sociedade que cada vez
mais se instrumentaliza com recursos
tecnológicos; são eles:
a) adoção de um modo de vida que nos
permita
coexistir
com
a
natureza,
preservando o equilíbrio dos ecossistemas;
b) distribuição dos recursos materiais entre as
nações (entre os quais a tecnologia);
c) mudança do estilo de vida adotado pelas
sociedades de consumo do Primeiro Mundo,
amenizando dos efeitos sobre os recursos
naturais e a justiça social;
d) invenção de tecnologias alternativas com
uso racional dos recursos disponíveis;
e) promoção do desenvolvimento sustentável
que não comprometa a capacidade de
sobrevivência das gerações presentes e
futuras;
f) mudanças profundas na economia, na
forma de transformar a natureza, de ocupar o
espaço físico, de multiplicar e deslocar
populações;
g) adoção de uma nova atitude perante a
natureza e a organização das sociedades;
h) construção de uma nova subjetividade
integrada com o cosmo;
i) fundação de uma sociedade planetária onde
máquinas “pensem”, mas operacionalizadas pelo
homem;
j) promoção de uma sociedade onde, por meio da
informatização, o indivíduo determine seu próprio
tempo de trabalho, podendo usufruir do convívio da
família, dos amigos e do ócio criativo;
k) utilização da criatividade e da tecnologia na
construção de uma solidariedade planetária.
Tudo isso, trata-se de um efeito benéfico quando
do convívio entre ética, tecnologia e sociedade que
pode gerar cidadania em sociedades democráticas.
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