APPCC (HACCP) Análise de Perigos e Pontos Críticos de Controle ENCERRA UM SISTEMA QUE PERMITE: IDENTIFICAR E AVALIAR OS PERIGOS PRESENTES NOS ALIMENTOS DETERMINAR O CONTROLE DOS PONTOS CRÍTICOS (PCCs) FAZER O DIAGNÓSTICO PRESUNTIVO DAS DOENÇAS DE ORIGEM ALIMENTAR O APPCC É EMBASADO PELAS CONDUTAS E CRITÉRIOS CONSTANTES NO MANUAL DE BOAS PRÁTICAS DE MANIPULAÇÃO 1 Usada no BRASIL Sigla oficial do M.A.A. e do M.S. Hazard Analysis and Critical Control Points Usada MUNDIALMENTE Pronunciada como “Rassap” 2 3 PLANO APPCC (HACCP) Constituir a equipe APPCC Descrição do produto, matérias-primas e ingredientes Descrição do uso intencional do produto Construção do diagrama de fluxo Verificação “in loco” do fluxograma Princípio 1: Identificação dos perigos potenciais e as medidas de controle Princípio 2: Determinação dos pontos críticos de controle (PCCs) Princípio 3: Determinação dos critérios Princípio 4: Procedimentos de monitoramento Princípio 5: Ações corretivas Princípio 6: Procedimentos de registros Princípio 7: Procedimentos de verificação e validação 4 SEVERIDADE (SEVERITY) É A M A G N IT U D E D O P E R IG O O U O G R A U D E S U A S C O N S E Q U Ê N C IA S . D E P E N D E N D O D O T IP O D E P E R IG O P R E S E N T E O U D E S IT U A Ç Õ E S À S Q U A IS O S A L IM E N T O S E S T Ã O S U J E IT O S , P O D E M O S T E R : D O E N Ç A S LE T A IS : C lo strid iu m b o tu lin u m V ib rio ch o lera e,V ib rio vu ln ificu s S a lm o n ella typ h i, L isteria m o n o cyto g en es C isticercose V en en o P aralisan te d e M ariscos D O E N Ç A S G R A V E S : B ru cella sp ., C a m p ylo b a cter sp . S a lm o n ella sp ., S h ig ella sp ., E sch erich ia co li, Yersin ia en tero co litica V ib rio p a ra h a em o lyticu s H ep atite A D O E N Ç A S M O D E R A D A S : C lo strid iu m p erfrin g en s B a cillu s cereu s S ta p h ylo co ccu s a u reu s A m in as vasop ressoras V iru s tip o N orw alk M aioria d os P arasitas 5 R I S C O (R I S K ) É A P R O BABIL IDADE E ST IM ADA DA O C O R R Ê NC IA DE UM P E R IG O O U DA SE Q UÊ NC IA DE VÁR IO S P E R IG O S AL T O R ISC O P R E SE NÇ A DAS C O NDIÇ Õ E S Q UE F AVO R E C E M A C O N T A M IN A Ç Ã O , S O B R E V IV Ê N C IA E M U L T IP L IC A Ç Ã O DO S M IC R O R G ANISM O S BAIXO R ISC O A L I M E N T O S M A N I P U L A D O S E P R O C E S S A D O S C O M H IG IE N E , C O C Ç Ã O , R E F R IG E R A Ç Ã O E T E M P O S CORRETOS R E DUZ INDO AO M ÁXIM O A C O NT AM INAÇ ÃO E VIT ANDO A SO BR E VIVÊ NC IA E PR E VE NINDO A M UL T IPL IC AÇ ÃO 6 PERIGO P E R IG O É O C AUSADO R DO P R O BL E M A SEVERIDADE G R A VID AD E É A M AG NITUDE DO P ER IG O RISCO R IS CO É OA CPORRORBEARB IOL IPDEARDI GE OD E 7 P O N T O S C R Í T I C O S (C R I T I C A L P O I N T ) SÃO T O DAS AS SIT UAÇ Õ E S O NDE P O DE M E ST AR P R E SE NT E S O S P E R IG O S E Q UE R E P R E SE NT E M R ISC O À SAÚDE , O U SE J A, SÃO O S F AT O R E S SIG NIF IC AT IVO S Q UE C O NT R IBUE M PAR A: C O N T AM IN AÇ ÃO D O S AL IM E N T O S S O B R E V IV Ê N C IA D O S M IC R O R G AN IS M O S M U L T IP L IC AÇ ÃO D O S M IC R O R G AN IS M O S P O N T O S D E C O N T R O L E (C O N T R O L P O I N T ) SÃO T O DAS AS SIT UAÇ Õ E S P R E VE NT IVAS O U DE C O NT R O L E Q UE SÃO ADO T ADAS P O R Q UE ST Õ E S E ST É T IC AS, P O L ÍT IC A DA C O M P ANH IA O U L E G ISL AÇ ÃO E SP E C ÍF IC A, P O R É M NÃO E ST ÃO IM P L IC ADAS E M R ISC O IM E DIAT O À SAÚDE . 8 PONTO CRÍTICO DE CONTROLE (CRITICAL CONTROL POINT) PCC Qualquer ponto, etapa ou procedimento, no qual se aplicam medidas preventivas (de controle) para manter um perigo significativo sob controle, com objetivo de eliminar, prevenir ou reduzir os riscos à saúde do consumidor 9 C R I T É R I O S (C R I T E R I A ) SÃO T O DO S O S VAL O R E S Q UE P O DE M O S AT R IBUIR A UM P R O C E SSO E Q UE T R AZ E M SE G UR ANÇ A C R IT É R IO S O U L IM IT E S C R ÍT IC O S SÃO O S VAL O R E S DE SE G UR ANÇ A E SP E C IF IC ADO S P AR A AS C AR AC T E R ÍST IC AS DE O R IG E M F ÍSIC A, Q UÍM IC A O U BIO L Ó G IC A F Í S I C A : C R IT É R IO S D E T E M P O E T E M P E R A T U R A Q U Í M I C A : C R IT É R IO S D E H IG IE N E , H 2 S, A M Ô N IA B I O L Ó G I C A : C R IT É R IO S M IC R O BIO L Ó G IC O S E SE N SO R IA IS 10 COCÇÃO 74°C 70°C por 2 minutos 65°C por 15 minutos No centro geométrico do alimento 11 REFRIGERAÇÃO DE ALIMENTOS 55°C 2 hs 21°C 6 hs 4°C Poderá ser utilizado: Equipamento para refrigeração rápida, Freezer ( -18°C) ou Gelo Câmara ou geladeira (2°C) Produtos cárneos fatiados ou em peças de até 2 Kg Gastronormes ou assadeiras com altura máxima de 10 cm com circulação de ar Cobertura dos alimentos após atingirem 21°C ou menos 12 DISTRIBUIÇÃO DE ALIMENTOS QUENTES Alimentos a 65°C ou mais: 60°C abaixo de 60°C 12 hs 6 hs 3 hs Mais que 3 hs abaixo de 60: Desprezar 13 DISTRIBUIÇÃO DE ALIMENTOS FRIOS Alimentos frios potencialmente perigosos, que suportam uma rápida multiplicação microbiana (Sobremesas cremosas, maionese, salpicão, etc.) Alimentos a 10°C ou menos: entre 10°C e 21°C: 4 hs 2 hs Alimentos acima de 21°C: Desprezar 14 CRITÉRIOS DE USO Para produtos industrializados em suas embalagens originais, observar as informaçòes do fornecedor; Para produtos manipulados e/ou embalagens abertas, seguir os critérios abaixo: CONGELAMENTO: 0 a -5ºC: 10 dias; -5 a -10ºC: 20 dias; -10 a -18ºC: 30 dias; < -18ºC: 90 dias REFRIGERAÇÃO: Pescados e seus produtos crus: até 4ºC por 24 hs: Carne bovina, suína e aves e seus produtos crus: até 4ºC por 72 hs Hortifruti: até 10ºC por 72 hs Alimentos pós-cocção: até 4ºC por 72 hs Sobremesas, frios e laticínios manipulados: até 8ºC por 24 hs; até 6ºC por 48 hs; até 4ºC por 72 hs Maionese e misturas com maionese: até 6ºC por 24 hs: até 4ºC por 48 hs 15 AL G UNS C R ITÉ R IO S TÉ C NIC O S IM P O R TANTE S : E SPE SSURA DAS CARNE S 1 0 cm P E S O D E C A D A P E Ç A D E C A R N E (E M M É D IA ) 1 ,5 /2 ,0 K g E S P E S S U R A D O S F IL É S (p eixes, ca rn es, etc.) A L T U R A D O S M O N O B L O C O S E A S S A D E IR A S C O B E R T U R A D O S A L IM E N T O S N A R E F R IG E R A Ç Ã O 1 cm 1 0 cm < 2 1 ºC A L IM E N T O S A 6 5 ºC 12 h. A L IM E N T O S A 6 0 ºC 6 h A L IM E N T O S A B A IX O D E 6 0 ºC 3 h. A L IM E N T O S A T É 1 0 ºC 4 h. A L IM E N T O S E N T R E 1 0 ºC E 2 1 ºC 2 h. P R É -P R E P A R O E M T E M P E R A T U R A A M B IE N T E 3 0 m in . P R É -P R E P A R O E M S A L A C L IM A T IZ A D A (1 2 A 1 6 ºC ) 2 h. P O R C IO N A M E N T O S E M T E M P E R A T U R A A M B IE N T E 3 0 m in . C O C Ç Ã O E R E A Q U E C IM E N T O (T . IN T E R N A D O A L IM E N T O ) 7 4 ºC 16 MONITORAMENTO (MONITORING) É É O T R A B A L H O P R Á T IC O D E O B S E R V A Ç Ã O P A R A A C O M P R O V A Ç Ã O D O S P R O C E D IM E N T O S E D O S C R IT É R IO S E S T A B E L E C ID O S P A R A C A D A P O N T O C R ÍT IC O D E C O N T R O L E D U R A N T E A P R E P A R A Ç Ã O D O S A L IM E N T O S 1. O B SE RVAÇÃO DAS PRO CE SSAM E NT O P R Á T IC A S DE M A N IP U L A Ç Ã O E 2 . M E D IÇ Ã O DOS T E M PO S, T E M PE RAT URAS, pH , AW , C O N C E N T R A Ç Ã O D O S D E S IN F E T A N T E S E A N T I-S É P T IC O S 3 . C O L E T A E A N Á L IS E D A S A M O S T R A S D E A L IM E N T O S , M Ã O S E A M B IE N T A IS . 17 FLU X O G RAM A (D R A W F O O D -F L O W D IA G R A M ) É A D E FIN IÇ Ã O A M P LA D A S E T A P A S D E P R E P A R A Ç Ã O C O M O S R E S P E C T IV O S P E R IG O S , M E D ID A S D E C O N T R O LE , P C C s, C R IT É R IO S E M O N IT O R A M E N T O D IA G R A M A (F O O D -F L O W D IA G R A M ) É U M A D E FIN IÇ Ã O E S Q U E M Á T IC A S IM P LIFIC A D A D A S E T A P A S D A P R E P A R A Ç Ã O , A C O M P A N H A D A S D O S P R IN C IP A IS P E R IG O S E D O S PC C s M A IS IM P O R T A N T E S 18 CARNE ASSADA DESCONGELAMENTO PRÉ-PREPARO 30 MIN COCÇÃO 74°C ESPERA PARA REFRIGERAÇÃO 4°C 55°C 6 hs REFRIGERAÇÃO FATIAMENTO REAQUECIMENTO DISTRIBUIÇÃO SOBRA 2 hs 20°C 4°C 30 MIN 74°C 60°C 19 SOBRA REAQUECIMENTO 74ºC ESPERA PARA REFRIGERAÇÃO 55ºC MANUTENÇÃO A QUENTE 60ºC 2 hs 20º C 6 hs REFRIGERAÇÃO 4ºC REAQUECIMENTO 74ºC TEMPO ? DISTRIBUIÇÃO 60ºC 20 FLUXOGRAMA - PRATOS FRIOS Salada com maionese, salada composta, salada de frutas Recebimento Armazenamento Descongelamento Espera Pré-preparar Armazenamento Cocção Resfriamento Montagem Espera Distribuição 21 FLUXOGRAMA - PRATOS QUENTES Carnes assadas, Ensopados, Fritura, Grelhados Recebimento Armazenamento Descongelamento Pré-preparar espera Armazenamento Cocção Espera Distribuição 22 A Ç Ã O C O R R E T IV A (C O R R E C T IV E A C T IO N ) S Ã O A Ç Õ E S IM E D IA T A S E E S P E C ÍF IC A S A S E R E M T O M A D A S , S E M P R E Q U E O M O N IT O R A M E N T O IN D IC A R Q U E O S C R IT É R IO S N Ã O E S T Ã O S E N D O A T IN G ID O S V E R IF IC A Ç Ã O (V E R IF IC A T IO N ) É O U SO D E TESTES SU PLEM EN TARES O U R E V IS Ã O D O S R E G IS T R O S D O M O N IT O R A M E N T O , P A R A D E T E R M IN A R S E O M É T O D O A P P C C E S T Á F U N C IO N A N D O C O M O P L A N E JA D O O U S E A E S T R A T É G IA D E IM P L A N T A Ç Ã O D O M É T O D O D EV A SER ALTERAD A 23 CONCEITOS DE APPCC RACIONAL É baseado em informações históricas sobre as causas das doenças e deteriorações – utiliza dados epidemiológicos FOCAL Focaliza a atenção nas operações críticas onde o controle é essencial para a segurança do alimento COMPREENSÍVEL Leva em consideração os ingredientes, processos e o uso posterior dos produtos, podendo ser aplicado da produção ao consumo CONTÍNUO Os problemas são detectados assim que ocorrem ou imediatamente após, indicando com objetividade as medidas corretivas a serem tomadas SISTEMÁTICO É um plano completo que cobre as operações e os procedimentos passo-a-passo 24 Q1. O perigo pode ocorrer em níveis inaceitáveis? SIM NÃO Não é crítica SIM Q2. O processo ou o consumidor eliminará o perigo ou o reduzirá a um nível aceitável? Não é crítica Repetir Q1 para outras matérias-primas ou ingredientes. NÃO É crítica Avaliar introdução de medida preventiva (de controle) no processo ou mudança de ingrediente 25 FORMULÁRIO H – DETERMINAÇÃO DAS MATÉRIAS – PRIMAS / INGREDIENTES CRÍTICOS Produtos Perigos Identificados (Biológicos, Químicos e Físicos) Questão 1 O perigo ocorre acima de níveis aceitáveis? Questão 2 O processo eliminará ou reduzirá o perigo a um nível aceitável? Crítica / Não Crítica Carne bovina crua Hortifrutis crus Óleo Sal 26 SIM O perigo é controlado pelo programa de pré-requisitos O controle é efetivo NÃO Existem medidas preventivas Para o perigo ? NÃO SIM NÃO Modificar etapa, processo ou produto SIM Esta etapa elimina ou reduz o perigo em níveis aceitáveis ? SIM NÃO O controle desta etapa é necessário para a segurança ? SIM O perigo pode aumentar em níveis inaceitáveis ? NÃO SIM NÃO SIM PC NÃO É PCC PCC Uma etapa subseqüente eliminará ou reduzirá o perigo em níveis aceitáveis ? NÃO 27 FORMULÁRIO I – DETERMINAÇÃO DO PCC – PROCESSO Etapa do Processo Perigos identificados (Biológicos, Químicos e Físicos) O perigo é controlado pelo programa de prérequisitos? Se sim, é efetivo? Questão 1 Existem medidas preventivas para o perigo? Questão 2 Esta etapa elimina ou reduz o perigo a níveis aceitáveis? Questão 3 O perigo pode aumentar a níveis inaceitáveis? Questão 4 Uma etapa subseqüent e eliminará ou reduzirá o perigo a níveis aceitáveis? PC / PCC Recebimento Armazenamento Descongelamento Pré-preparo 28 FORMULÁRIO F – ANÁLISE DE PERIGOS - MATÉRIAS-PRIMAS E INGREDIENTES PERIGOS BIOLÓGICOS (B) / QUÍMICOS (Q) / FÍSICOS (F) Lista dos perigos biológicos, químicos e físicos relacionados com as matérias-primas, com aplicação do diagrama decisório Matéria-Prima / Ingrediente Carne crua Perigo Biológico Perigo Físico Perigo Químico Justificativa Medidas de Controle bovina Hortifrutis crus Óleo Sal 29 FORMULÁRIO G – ANÁLISE DE PERIGOS - PROCESSO - PERIGOS BIOLÓGICOS (B) / QUÍMICOS (Q) / FÍSICOS (F) Lista dos perigos biológicos, químicos e físicos relacionados com as etapas de preparo, com aplicação do diagrama decisório Etapa do Preparo Perigos Justificativa Medidas de Controle Recebimento Carnes Hortifrutis crus Armazenamento Carnes Hortifrutis crus Descongelamento Carnes Pré-preparo Carnes Hortifrutis crus Tratamento térmico Envase Manutenção Distribuição 30 FORMULÁRIO I – DETERMINAÇÃO DO PCC – PROCESSO Etapa do Processo Perigos identificados (Biológicos, Químicos e Físicos) O perigo é controlado pelo programa de prérequisitos? Se sim, é efetivo? Questão 1 Existem medidas preventivas para o perigo? Questão 2 Esta etapa elimina ou reduz o perigo a níveis aceitáveis? Questão 3 O perigo pode aumentar a níveis inaceitáveis? Questão 4 Uma etapa subseqüente eliminará ou reduzirá o perigo a níveis aceitáveis? PC / PCC Tratamento térmico Envase Manutenção Distribuição 31 FORMULÁRIO J - RESUMO DO PLANO Etapa do Processo PC ou PCC Perigos Medidas de controle Limite Crítico Monitorização Ação Corretiva Registro Verificação Recebimento Armazenamento Descongelamento Pré-preparo Tratamento térmico Envase Manutenção Distribuição 32