Gerenciamento de Risco
em indústrias sujeitas à
Controle Sanitário
Conceito de Qualidade
“ A totalidade de características de um
sistema (produto, serviço, processo,
atividade, organização, etc.) que lhe
confere a capacidade de satisfazer as
necessidades explícitas e implícitas”.
Indústria Farmacêutica x Qualidade
ISO 8402 / 1994 ISO 9000 - 2000
CONCEITOS DE QUALIDADE
* Satisfação do Cliente
* Prevenção
* Produtividade
* Flexibilidade
* Eficiência e Eficácia
* Atributos de qualidade
•Processo de Melhoria
* Investimento
•Preço Compatível ao Valor
É uma ciência em evolução constante como as demais !
Boas Práticas de Fabricação - BPF
conjunto de normativas que visam garantir a
qualidade, eficiência, segurança e reprodutibilidade
de resultados obtidos durante a fabricação de um
produto sujeito a controle sanitário.
Bases principais das BPF:
Evitar misturas acidentais;
Evitar contaminação - externa ou cruzada;
Garantir rastreabilidade do processo global;
Garantir identidade e teor de ativo ou
funcionalidade e estabilidade do produto;
Treinamento.
Boas Práticas de Fabricação - BPF
Histórico: Sulfanilamida; dietilbestrol, talidomida ...... FDA 1967,
WHO 1970, 1988 CEE-FDA .......
5W2H:
–
–
–
–
–
–
–
–
O que é feito (What) ?
Por que deve ser feito (Why)?
Quando deve ser feito (When)?
Onde deve ser feito? (were)?
Quem deve fazê-lo (Who)?
Como deve ser feito (How)?
Quanto custa (How much)?
Como monitorar / demonstrar resultados (Show me)?
1S – Show me Quantificação, melhoria contínua; evolução do
sistema.
Pode se afirmar que as BPF derivam do 5W2H; Porque ela foi
oficializada ???????????? Por que pouco mudou ?????’
Boas Práticas de Fabricação - BPF
1-O que são as BPF ?
 Uma legislação ?
 Uma ferramenta da qualidade?
 Um sistema da Qualidade?
 Um programa da Qualidade?
 Um roteiro?
2- Qual é sua aplicabilidade?
3- O que é validação?
4- Onde se insere a análise e gerenciamento de risco
nas BPF? Uma novidade?
O QUE DIFERENCIA AS BPF DE OUTRAS
ABORDAGENS DA QUALIDADE ?
•
Aspectos legais – positivada em várias portarias e
resoluções;
•
Pouca ênfase na questão da melhoria continua;
•
Otimização ausente ou pouco explorada;
•
Maior relevância do aspecto sanitário – esquecer da
tecnologia?
•
Muito a se ver em pouco tempo;
•
Carência de análises mais técnicas e quantitativas.
Dilema: certificação de BPF e constantes
desvios da qualidade
DESVIOS DA
QUALIDADE
PRODUTO NÃO CONFORME
FALTA DE TREINAMENTO
PROBLEMAS DE
MANUTENÇÃO
MATERIAS-PRIMAS INADEQUADAS
MONITORAMENTO INEXISTENTE OU INEFICAZ
ERROS DE PROCESSO FALTA
DE ROBUSTEZ
EXECESSO DE
FORMALISMO
• BPF
RISCO
Risco = Probabilidade de que um evento ocorra
Evento de importância para saúde → Representa perigo a saúde
humana
“Risco – Função da probabilidade de um efeito
nocivo para a saúde e da gravidade deste efeito,
como conseqüência de um perigo ou perigos nos
alimentos.” (Codex Alimentarius)
Imput – Interno (denúncias, suspeita de etiologia de danos
confirmados, dados epidemiológicos, etc.) e Externo (Alertas
Sanitários, medidas sanitárias, desvios da qualidade etc.).
Análise de Risco: Um processo interativo
Gerenciamento
de Risco
Avaliação
de Risco
Comunicação
de Risco
ANÁLISE DE RISCO
ETAPAS:
• ANÁLISE DE RISCO – Processo que consta de três
componentes: avaliação de risco, gestão ou gerenciamento
de risco e comunicação de risco.
• GERENCIAMENTO DE RISCO – Processo de
ponderação das distintas opções normativas à luz dos
resultados da avaliação de risco e, se for necessário, da
seleção e aplicação das possíveis medidas de controle
apropriadas, incluídas as medidas regulamentares.
• COMUNICAÇÃO DO RISCO – Intercambio interativo de
informações e opiniões sobre os riscos, entre as pessoas
encarregadas da avaliação dos riscos e do gerenciamento
dos riscos, os consumidores e outras partes interessadas.
ANÁLISE DE RISCO
Avaliação ou Análise de Risco
Um processo que identifica sistematicamente
• recursos valiosos do sistema
• ameaças a aqueles recursos
• quantifica as exposições de perda
recomenda como alocar recursos às
contramedidas no para minimizar a
exposição total
ANÁLISE DE RISCO
Risco e Perigo
O perigo tem duas importantes características
• a gravidade (algumas vezes denominada de dano)
• probabilidade da ocorrência
A gravidade é definida como o pior acidente possível
de ocorrer
• A probabilidade de ocorrência pode ser
especificada quantitativamente e qualitativamente
ANÁLISE DE RISCO
Alternativas para o gerenciamento da
qualidade em ambientes sujeitos à
controle sanitário
APPCC;
6 SIGMA;
PAT;
POKA YOKE;
TQM.
TQM
• Gestão Estratégica da Qualidade (TQM)
– Busca o compromisso de toda a organização com a qualidade,
através do envolvimento da alta gerência e de todo o corpo
funcional e do estabelecimento prioritário da relação entre a
qualidade e os objetivos básicos e estratégicos da empresa.
– Fatores fundamentais:
•
•
•
•
•
Educação
Treinamento
Formação de equipes
Pesquisa de mercado
Análise dos produtos e estratégia dos concorrentes
– Incorpora elementos de outras estratégias como: Controle
Estatísticos da Qualidade, o Ciclo de Deming e o Zero Defeito.
Fato: o CEP deve ser considerado como fonte de
informações fundamental: no mínimo para se avaliar a
capabilidade do sistema
SEIS- 
Seis Sigma: 3,4 defeitos em 1.000.000 (99.99966%);
4 Sigma 1 defeito em 100 - benchmarking;
Sistema complexo envolvendo
metodologias já conhecidas;
várias
ferramentas
e
Como medir; Analisar, melhorar e controlar (estatística e
benchmarking); Definir o problema, medir seu desempenho,
analisar onde começa e como se conserta o problema,
incrementar e controlar o novo produto.
(DMAIC) x DMAIC ; dumb managers always ignore clients;
Analise, medida de desempenho (nível sigma), quantificação x
Voz do cliente e ferramentas quantitativas constantes no
DMAIC incluindo o FMEA
PAT
 Medidas online;
 Integração com softwears de monitoramento e
controle;
 Avaliação estatística constante;
 Automação elevada.
Medidas em tempo real com controle direto são mais
efetivas no controle de riscos; salas de estabilidade
tipo walk in!
APPCC
Princípio 1: Avaliar os perigos associados ao processo de
fabricação;
Princípio 2: Determinar os pontos críticos de controle
Princípio 3: Estabelecimento dos limites críticos
Princípio 4: Determinação do procedimento de
monitoramento dos pontos críticos de controle
Princípio 5: Determinação das ações corretivas
Princípio 6: Determinação dos procedimentos de
verificação do sistema
Princípio 7: Preparação da documentação de qualidade
associada ao processo.
BPF comuns a ambos; Validação e APPC são “ irmãos”
.
Ferramentas úteis para gerenciar riscos
• Diagrama de Pareto
– Quantidade de Problemas x Tipo de Problemas; Lei do 80/20
• Diagrama de Causa e Efeito (Ishkawa)
Material
Mão de obra
Problema
Método
Máquina
Ferramentas úteis para gerenciar riscos
• CEP, medidas em tempo real com
condutivímetros, dureza indireta, TOC,
umidade relativa e temperatura e POKAYOKES com Laetus, Células de Carga,
termopares, travas de segurança e similares.
• Análise de causa raíz;
• Brainstrom;
• Benchmarking.
Por que uma nova abordagem
• Recursos humanos e financeiros reduzidos;
• Aumento do número de empresas;
• Desenvolvimento de novas tecnologias e produtos
? como tratar um complexo enzimático para o
tratamento da celulite ?
• Globalização – produtos importados no Brasil;
• A velocidade das inspeções não acompanham os
desvios de qualidade que surgem a cada momento;
• Inspeção de BPF extremamente cartorial,
restringindo a boa atuação do auditor,
• Evolução da ciência da qualidade
JUSTIFICATIVA DE USO DE UMA NOVA
ABORDAGEM
• Avaliação da experiência prévia do FDA em
inspeções de produtos médicos e medicamentos
biotecnológicos;
• Possibilidade de compatibilizar com as BPF e
rotinas de inspeções sanitárias;
• Maior compatibilidade com a baixa automação das
empresas que fabricam produto sujeitos a controle
sanitário;
• Similaridade com a validação de processos, prevista
inclusive na ISO 9001/2000;
• Versatilidade e aplicabilidade em diferentes
seguimentos de bens e serviços;
ADAPTAÇÃO DAS ATUAIS
ESTRATÉGIAS
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
1- Montar uma equipe de inspeção;
2- Descrever os prováveis desvios (se não relatados), produto e o processo;
3-Identificar o uso previsto
4- Preparar o planejamento da inspeção
5-Construir um fluxograma
6-Confirmação do fluxograma in situ
7-Relacionar todas os perigos potenciais associados a cada etapa, conduzir
uma análise de perigos, e considerar medidas para controlar os perigos
identificados
8-Determinar pontos críticos de controle
9-Estabelecer limites críticos para cada PCC
10-Estabelecer um sistema de monitoramento para cada PCC, observar
medidas in line e CEP
11- Estabelecer ações corretivas e medidas legais
12-Estabelecer procedimentos de verificação
13- Avaliar a documentação e manutenção de registros
14- Fechar relatório e determinar novas ações pró ativas
CONSIDERAÇÕES SOBRE O PROBLEMA
• 1- Deve se excluir aspectos formulativos como efeito da
solubilidade do ativo, matéria-prima, estabilidade e
adequação da formulação; análise da fórmula padrão e
documentos de CEP e estabilidade.
• 2- Racionalizar o processo fabril de forma a se buscar causa
raiz do problema;
• Mudou o fornecedor de matéria-prima?
• A água e utilidades estavam dentro das especificações?
• Os equipamentos estavam qualificados/PMP?
• Os operadores são treinados para a tarefa?
• Existe um sistema da qualidade efetivo;
• A limpeza é adequada?
• O que se faz em termos de estabilidade ?
• Existem medidas “ in process” ?
Plano para inspeção – partículas em suspensão
(medicamento e contrastes radiológicos)
PONTO DE
CONTROLE
PERIGO
INERENTE
LIMITE
CRÍTICO
OBSERVAR DURANTE A INSPEÇÃO
QUE
COMO
REGISTROS
AÇÃO
CORRETIVA
REGISTRO
Matéria-prima
Troca
Qualificação
Solubilidade
Oxitetraciclina
Piloto
Antes da troca
Galênica
Testar a MP
Relat. Lote
piloto
Água
>10UFC/100ml
Biofilme
contagem
Gram (-)
Análise micro
semanal
Micro
Sanitizar o
sistema
Laudo
Fluxo laminar
Partículas em
susp.
Classe 100
Mos e
partículas
Monitoramento
e qualificação
Semanal e anual
Validação
Qualificar ou
troca filtro
Etiqueta e
laudo
Filtro
Soltar partículas
ausência
Partículas da
matriz
Controlar a
esterilização
Ponto de bolha
Ao uso
Produção
Troca da
unidade
Controle de
uso
Mangueiras
Liberar partículas
Ausência
Partículas da
mangueira
Teste com wfi
Rejeição > 97%
CQ
Troca
Validade de
mangueiras e
pistão
Bio filme
Ranhuras
Media fill
Bio filme
Contagem
Positivo contagem
CQ
Polimento ou
troca
Etiqueta ou
relat de
qualificação
Plano para inspeção – água oxigenada 20 vol
fundo estufado
PONTO DE
CONTROLE
PERIGO
INERENTE
LIMITE
CRÍTICO
OBSERVAR DURANTE A INSPEÇÃO
QUE
COMO
REGISTROS
AÇÃO
CORRETIVA
REGISTRO
Matéria-prima
Teor e resíduos
Ausência de
metais teor
acima de
100%
Laudos de
análise;
estrutura para
análise
Monitorar a
estabilidade
da MP e se
existe ferro e
MOs
Laudo, controle
micro e retenção
Testar a MP
Laudo,
controle
micro e
retenção
Água
>100UFC/ml
Biofilme
contagem
Sistema de
tratamento
Análise micro
Algo como
validação
Planilhas de controle
de água semanal
Ajustar o
sistema e seu
funcionamento
Laudo
Equipamentos
Ferro e
contaminação
Sanitização e
aço de
qualidade
Mos e
resíduos de
Mg, Fe e Cr
Monitorament
oe
qualificação
PMP e algo como
Validação
Qualificar ou
trocar
equipamento
Etiqueta e
laudo,
planilha do
PMP
Frasco
Sem resistência
mecânica
Estufa a
temperatura
de 40o C
com o
produto
Controle de
material de
embalagem
Dimensões e
peso
Controle de material
de embalagem
Aumentar
densidade e
peso do frasco
Master de
embalagem
e fichas de
controle
Mangueiras
Contaminação
Ausência de
MOs
Limpeza da
mangueira
Sanitização e
controle de
limpeza
Analise micro
Troca
Validade de
mangueiras
Bio filme
Ranhuras em
equipamentos
ausência
Bio filme
Contagem
Positivo contagem
CQ
Polimento ou
troca
PMP e
corretiva ou
relat de
qualificação
Plano para inspeção – amálgama que demora
a endurecer
PONTO DE
CONTROLE
PERIGO
INERENTE
LIMITE
CRÍTICO
OBSERVAR DURANTE A INSPEÇÃO
QUE
COMO
REGISTROS
AÇÃO
CORRETIVA
REGISTRO
Matéria-prima
Prata de baixa
qualidade
Ausência de
outros metais
teor dentro das
especificações
Laudos de
análise;
contrato de
terceiro
vistado
Monitorar a a
qualidade da
MP
Laudos
Testar a MP
Laudo
Mistura
Falta de
homogeneidade
Tempo de
mistura
Algo como
Validação
controle de
tempo
Testes piloto
Planilhas de controle
“ Validar a
mistura”
Protocolo/
relatório
Desvio de
matéria prima
Roubo de prata
Dureza de 140
KgF após 6,0
min de mistura
com Hg
Dureza
após 1,0 h.
Controle em
processo
Monitoramento
e teste de
preparação
Laudo de CQ e
cartas de CP
Monitorar o
processo de
forma mais
efetiva
Etiqueta da
balança PCP
informatizado
Tensiômetro
não calibrado
Falso resultado
no teste/
empresa não
pertencente a
RBC
Calibração não
feita mas
realizada
Registro da
empresa na
RBC. Como
a calibração
foi feita.
Padrões na
empresa
Checar laudos
e estrutura do
CQ. Checar
dados do
terceirizador
PMP e registros de
testes
Mudar a
empresa de
calibração ou
trocar o
equipamento
Planilhas do
PMP
Analisar a validade dos pontos críticos determinados
INÍCIO
Identificar os perigos
existentes no
processo de
produção
sim
Existem medidas
preventivas para o perigo
identificado?
não
Esta etapa foi
projetada especificamente para
eliminar ou reduzir o perigo a
níveis aceitáveis?
não
sim
não
Existe uma etapa
posterior que elimine
os perigos ou reduza os
mesmos a níveis
aceitáveis?
PONTO
CRÍTICO
DE CONTROLE
sim
Modificar a
etapa,
processo ou
produto
não
O Controle nesta etapa
é necessário para garantir a
inocuidade?
NÃO É UM
PONTO CRÍTICO
DE CONTROLE
não
sim
O perigo poderia atingir
níveis aceitáveis?
sim
PARE
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Gerenciamento de Risco em indústrias sujeitas à Controle