(dos 18 meses aos 3-4 anos) Segundo Erikson, esse é o segundo estágio, a segunda idade, o segundo desafio, o segundo conflito, ou a segunda fase na formação da auto-identidade. COMPREENSÃO DO TERMO Auto + “nomos” (em grego = norma, lei). Autonomia é a norma, a lei que eu estabeleço segundo decisão própria. É o início do processo decisório pessoal, seguindo escolhas e gostos do sujeito. A criança diante do conflito: aprende a decidir de forma adequada, ou amarga a vergonha de não saber tomar suas próprias decisões ou, ainda, vive eternamente o conflito e a dúvida incapaz de decidir. A criança é submetida a um grande desafio: a aprendizagem da higiene pessoal; o controle dos próprios esfíncteres. Precisa aprender: quando “reter” e quando “soltar”. Aprendizagem que depende da modalidade das insistências. Uma luta entre: - um sentido de sã autonomia e - um sentido de vergonha e dúvida. A postura educativa dos pais é fundamental para a sã autonomia. Desafio pode ser fonte de conflito ou fonte de crescimento. O estilo de autoridade suave e dialogante favorece a boa integração. O estilo rígido, a autoridade dura, impositiva dificulta a integração sadia desse padrão. • Auto-suficiência, arrogância e independentismo; • Autonomia orgulhosa e contestadora; • Sentir-se sempre dominado; • Dominar e querer sempre ter a última palavra. A verdadeira autonomia procede da autodeterminação reflexiva. Para isso, é absolutamente necessário um nível otimal de frustrações. São as frustrações sadiamente dosadas e enfrentadas que levam à socialização e ao verdadeiro crescimento. Surgem: da falta de exercício em decidir ou do medo exagerado de errar: nunca decide. Nesta idade a criança descobre a instituição autoridade, também chamada de princípio da lei e da ordem. Em outras palavras, é o princípio dos direitos e dos deveres. A criança manifesta a firme determinação de fazer livremente as próprias escolhas e controlar o próprio desenvolvimento. (3-4 anos até os 6-7) Continua o processo de diminuição da dependência e crescimento da independência. Começa a aparecer o interesse pelos órgãos genitais, sua manipulação e a curiosidade pelas diferenças sexuais. Intrusão no desconhecido: dos porquês. Intrusão nos espaços livres. Intrusão nos olhos e ouvidos: agressão. Intrusão no corpo da outra pessoa pela relação sexual. Todas essas ações geram a iniciativa: equilibrada e sadia ou exagerada e anti-social. Exagerando nas iniciativas, surge a culpa; Cada pessoa precisa descobrir até onde sadiamente pode ir com suas iniciativas. Neste estágio, a vida se resume em: - iniciativas construtivas e benéficas - ou iniciativas abusivas e maléficas. A pessoa precisa aprender a colocar limites tanto em suas próprias iniciativas quanto nas iniciativas dos outros. APRENDER TRÊS VALORES: Direito: conhecer as diferenças sexuais. Dever: aprender a respeitar o outro. Preservar: a intimidade pessoal e a do outro. Esta conduta leva a evitar o uso e a manipulação do(a) outro(a). Primeiros indícios da consciência moral. Descobre a instituição denominada “regra de ouro”. Começa a estruturar a virtude da retidão e do sentido da vida. (6-7 anos aos 11-12) Inicia com a idade escolar quando a criança é submetida a pequenas tarefas. Aprende a assumi-las e leválas adiante, mesmo quando surgem dificuldades. Aprende a saldar os compromissos também quando as responsabilidades causam frustrações. O modo de viver este quarto desafio vai exercer uma influência marcante sobre: - o futuro desempenho profissional e - o desempenho vocacional. Com a forma de trabalhar em si a pessoa: Fortifica o senso de VALIA Ou reforça a inferioridade. Começa a preparar o futuro profissional que: • Acredita em si; • Tem consciência de suas capacidades; • Aprende a assumir responsabilidades; • Aceita e assume desafios. Do Influxo educativo e da auto-educação: • Desenvolve suas potencialidades. • Adquire novas capacidades. • Cultiva a autoestima. • Alimenta a auto-imagem positiva. • Assume responsabilidades; • Prepara o futuro; • Prepara a futura profissão. Fortifica a segurança pessoal; Supera os medos do futuro; Alimenta a autoestima; Deixa de alimentar a inferioridade. IDENTIDADE x CONFUSÃO DE PAPEIS CONFIANÇA AUTONOMIA INICIATIVA APLICAÇÃO DESCONFIANÇA VERGONHA E DÚVIDA CULPA INFERIORIDADE IDENTIDADE CONFUSÃO DE PAPÉIS 11-12 anos até os 18-20 Esta idade é conseqüência direta da “modalidade” da pessoa viver e organizar as 4 idades anteriores. Se essas tiverem sido bem integradas, a pessoa consegue, como resultante, uma boa identidade. Se essas tiverem sido mal integradas, o acento recai no pólo negativo e a pessoa pende para a Confusão de Papéis ou Crise de Identidade. Identidade ou Crise de identidade É o resultado. Um conjunto de boas ou más identificações: valores, atitudes, gestos e modos de ser, agir e reagir bem caracterizados. 1. Até que ponto você tem consciência de que é modelo de identificação para a geração que o(a) sucederá: filhos, educandos, crianças e jovens da sociedade na qual vive e trabalha? 2. Você identifica alguns aspectos ricos, na ESTRUTURA DE SUA IDENTIDADE, que lhe servem de sustentáculo? Igualmente, identifica alguns aspectos que carecem de acabamento para diminuir sua vulnerabilidade e consolidar sua identidade? Quais? Partilhe com seus colegas e descubra pistas de superação. 3. No diálogo e discussão grupal, com os componentes de seu teleposto, procure suscitar elementos concretos (atitudes, posturas, iniciativas, ações...) que podem ser trabalhadas em sua unidade educativa para ajudar a criança e o adolescente a prosseguirem na estruturação de sua identidade. Aprofunde essa reflexão para poder ajudar seus educandos e envie uma síntese grupal ao professor deste bloco? 4. Sugestões para consolidar o aprendizado: a) Assistir o filme o “Menino Maluquino I e II; b) Assistir e discutir grupalmente o vídeo “Duas Vidas”.