Quando há inúmeras variáveis empíricas distribuídas segundo um modelo normal e suas distribuições são simétricas em relação à média, temos a chamada distribuição normal. O Teorema do Limite Central diz que esta distribuição é caracterizada pelo fato de haver uma variável aleatória formada por n variáveis independes terá uma distribuição normal quando o n for muito grande. A distribuição normal talvez seja a mais conhecida de todas as distribuições de probabilidade teóricas, cujo desenho em forma de sino é familiar a qualquer um que conheça estatística,a função de distribuição normal serve de base para a definição de outras distribuições importantes como a distribuição de Qui-quadrado, a distribuição t de Student e a distribuição F Além da distribuição normal também pode-se destacar a distribuição do tipo Log-Normal, Exponencial, Gama, Beta e Weibull (CARMO, 2000). Há também uma outra importante distribuição de probabilidade chamada triangular. Tal distribuição é bastante utilizada na análise de risco, por que permite uma boa flexibilidade quanto ao grau de assimetria, o que pode permitir uma característica positiva para a estimação subjetiva da distribuição. Esta é definida por três parâmetros: o valor mínimo da variável X (a), o valor médio (b) e o valor máximo (c) (DILLON e HARDAKER, 1980; NEVES, 1984; AZEVEDO FILHO, 1988). A função densidade de probabilidade da distribuição triangular é dada por: f(x) = se a x b f (x) = se b < x ≤ c dada por: A média da distribuição trian- gular é E(X) = e a variância é σ2(X) = Para ser útil ao máximo, toda análise de risco deve ter um valor definido, uma medida muito importante é o calculo do desvio padrão e da variância. Quanto menor é o desvio padrão e a variância mais reduzida é a distribuição de probabilidade e assim mais reduzido será o fator de risco. Utiliza-se a seguinte fórmula para o cálculo da variância: σ = ∑ Pk (Rk – R)2 Onde: σ = variância Pk = probabilidade de ocorrência do evento Rk = valor de cada evento considerado R = retorno esperado O desvio padrão é dado pela raiz quadrada da variância, é um desvio médio ponderado pela probabilidade do valor esperado que dá uma idéia de quanto acima ou abaixo do valor esperado o valor real provavelmente irá ocorrer. 2.2- O método de Monte Carlo Entre os métodos de simulação que utilizam probabilidade na análise de riscos o método de Monte Carlo é o mais prático e um dos mais usados. Este método é baseado no fato de que a freqüência relativa de ocorrência de um certo fenômeno aproxima-se da probabilidade matemática do mesmo, quando a experiência é repetida várias vezes (CLARK & LOW, 1993). A seqüência dos cálculos proposta no método de simulação de Monte Carlo consta de quatro etapas, que são: a) Identificar a distribuição de probabilidade das variáveis relevantes.No caso desta pesquisa a distribuição usada foi a triangular.