10 Novas Competências para Ensinar
Philippe Perrenoud
Curso: Licenciatura em Matemática
Disciplina: Didática Geral
Professora: Paula Reis
Acadêmicos: Claudenir Santos
Jerusa Barros
Capítulo 9 – Enfrentar os deveres
e os dilemas éticos da profissão
Prevenir a violência na escola e
fora dela
 A violência, a brutalidade, os preconceitos, as desigualdades, as
discriminações existem, a televisão exibe isso todos os dias. Não se pode
pedir à escola que seja aberta à vida e fazer crer que todos os adultos
aderem às virtudes cívicas e intelectuais que ela defende.
 Agora, os adolescentes têm as condições propícias para ironizar as
palavras idealistas dos seus professores e dos seus pais.
 Quando se projetou o filme «Sementes de Violência», nos anos 60,
pensava-se que isso só acontecia nos guetos americanos, com
adolescentes abandonados à sua própria sorte. Hoje, todos os países
desenvolvidos sabem que não é assim (desemprego, droga, álcool, tédio).
 É por isso que lutar contra a violência na escola é, antes de mais nada,
falar, elaborar uma significação coletiva dos atos de violência que nos
circundam e reinventar regras e princípios de civilização.
Lutar contra os preconceitos e as
discriminações sexuais, étnicas e
sociais
 Não basta ser individualmente contra os preconceitos e as
discriminações, é necessário sê-lo também socialmente.
 Os valores e o comprometimento pessoal do professor são
decisivos para os alunos irem vencendo preconceitos e se
tornarem mais tolerantes para com a diferença.
Participar da criação de regras de vida
comum referentes à disciplina na escola,
às sanções e à apreciação da conduta
 É importante negociar as regras com os alunos. Mas o professor aberto
a negociações não abandona o seu papel de adulto e de mestre e não
instaura a autogestão, antes, procura constantemente:
• Que a turma assuma de maneira responsável a definição das
regras e a sua aplicação;
• Mas quando a turma não o faz, assume ele inteiramente essa
responsabilidade em favor do respeito pelas regras.
 A competência fundamental do professor é saber viver na ambiguidade
de ser partidário do acordo mas, ao mais pequeno sinal de alarme,
assumir o seu papel de responsável/autoridade.
Analisar a relação pedagógica, a
autoridade e a comunicação em aula
 Sedução, chantagem afetiva, sadismo, amor e ódio, gosto pelo poder,
medos e angústias jamais estarão ausentes da relação pedagógica.
 A primeira competência do professor é aceitar essa complexidade e
reconhecer os implícitos do ofício. Não pode renunciar inteiramente à
sedução, à atração e a uma certa forma de manipulação. Necessita
desses recursos para fazer o seu trabalho.
 A sua competência é saber o que faz, o que supõe um trabalho regular
de desenvolvimento pessoal e de análise das práticas.
 O professor deve dominar as ‘técnicas de justiça’, o que supõe uma
explicitação dos direitos e dos deveres, de alunos e professores, e um
esclarecimento dos procedimentos de justiça na turma e na escola
Desenvolver o senso de
responsabilidade, solidariedade e o
sentimento de justiça
 A solidariedade e o senso de responsabilidade são estreitamente
dependentes do sentimento de justiça
 Quando se pergunta aos alunos do mundo inteiro o que eles esperam
dos professores, eles dizem: “um certo calor e o senso de justiça”
 Além de uma orientação ideológica estável, o professor deve dominar
“técnicas de justiça” globalmente aceitas, sabendo que haverá aqui ou
ali uma nota em falso, mas que, no conjunto, seus alunos reconhecerão
que ele fez o melhor que pode.
SUGESTÃO
Projeto: Combatendo a violência na
Escola
Situação Geradora
O problema que nossas escolas enfrentam atualmente são as ondas de
violência que envolve o ambiente escolar e tem afetado o rendimento dos
educando. As possíveis causas são: falta de afetividade, hiperatividade,
condutas anti-sociais dissimuladas e encobertas, abandono, ambiente familiar
deteriorado, uso de enterpocentes, práticas autoritárias repressoras e
agressivas no interior da própria Escola,regulamentos opressivos da mesma e
currículos de avaliação inadequados com a realidade do meio em que estão
inseridos os educando,conseqüentemente trazendo assim desentendimentos
entre colegas e professores, tornando assim o ambiente escolar hostil e
inseguro
SUGESTÃO
Projeto: Combatendo a
violência na Escola
Justificativa
Segundo dados estatísticos recentes a violência na escola tem afetado as
cinco regiões do País, sendo que a média nacional atinge o índice
preocupante de 56 %. Na região Sudeste, o índice é de 54% das escolas.
Podendo se observar agressividade verbal, por meio de palavras e física,
envolvendo o ataque físico entre colegas e professores.
Objetivo Geral
Investigar o problema da violência na Escola, as causas e as alternativas
para mudar a situação atual.
SUGESTÃO
Projeto: Combatendo a
violência na Escola
Objetivos Específicos
Investigar e refletir em conjunto as causas da violência;
Proporcionar um ambiente de ensino aprendizagem socializador e que
desenvolva a afetividade entre educandos e professores;
Promover atividades que priorizem o dialogo, a paz, o amor, a autoestima,valorização da vida;
Propor intervenções pedagógicas que cultivem valores e tragam a família para
a escola;
Promover mecanismos propositivos como dialogo e participações onde possam
desenvolver relações psicossociais e humanas das crianças;
Proporcionar atividades que construam a paz e a cidadania, buscando
modificar o ambiente e interagir com os alunos;
Aplicação de questionários para educandos e educadores sobre o assunto;
Propor regras justas e flexíveis, educando sem dominar.
SUGESTÃO
Projeto: Combatendo a
violência na Escola
Resultados esperados
Que os objetivos sejam alcançados, a paz volte a Escola, melhorando
assim o rendimento escolar dos educandos e a relação professor e aluno,
onde a autoridade não é renunciada mas conquistada pela afetividade e
competência profissional.
Abrangência
O projeto é destinado aos professores e alunos de todos os níveis
escolares.
Referências:
PHILIPPE, Perrenoud. Dez Novas Competências para Ensinar/Philippe
Perrenoud; trad. Patrícia Chittoni Ramos. – Porto Alegre: Artmed, 2000.
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