NA PERSPECTIVA DE UMA NOVA ABORDAGEM DE AVALIAÇÃO MAIS SIGNIFICATIVA E APROFUNDADA DO EDUCANDO UMC/ESCOLA PAULISTA DE NEGÓCIOS PROF. MS. REGILSON BORGES O pressuposto do significado é um dos mais importantes a serem considerados na avaliação. A avaliação só exercerá seu papel de melhoria dos desempenhos do aluno se fizer sentido para ele. IMPRIMIR SIGNIFICADO À APRENDIZAGEM DIAGNOSTICAR OS CONHECIMENTOS PRÉVIOS DOS ALUNOS Necessidade de diagnosticar os conhecimentos prévios e descobrir as representações mentais dos educandos. A representação mental nos leva à ideia de conhecimentos prévios chamados pelos construtivistas de esquemas. Os alunos possuem uma quantidade variável de esquemas de conhecimentos. Conhecimentos exclusivos dos aspectos da realidade com os quais entram em contato. BUSCAR AVALIAR O ESFORÇO PROFUNDO DOS ALUNOS Esforço profundo representa a intenção do educando em compreender, indica forte interação com o conteúdo, a busca da relação de novas ideias com o conhecimento anterior. Necessidade de comparar os conceitos com a experiência cotidiana e o exame da lógica dos argumentos. O enfoque profundo opõe-se ao enfoque superficial, voltado à intenção de cumprir exclusivamente os requisitos da tarefa e a memorização da informação. ENFATIZAR O PAPEL DA METACOGNIÇÃO Os processos metacognitivos incluem as formas pelas quais os educandos planejam os estudos, relacionam a informação aos conhecimentos previamente adquiridos, planejam como aplicarão aquilo que aprenderam e como avaliarão o uso das estratégias de estudo utilizadas. IMPRIMIR À AVALIAÇÃO UMA DIMENSÃO DIAGNÓSTICA, FORMATIVA E MEDIADORA A avaliação diagnóstica objetiva verificar a presença ou não de conhecimentos prévios dos alunos. A formativa possibilita melhorias no processo de ensino e aprendizagem; A somativa tem caráter mais final com relação aos outras duas avaliações. A avaliação mediadora implica o estado de alerta permanente do professor, que deve acompanhar e estudar a história do educando em seu desenvolvimento. EVITAR PREJULGAMENTOS Cuidado importante é evitar que em qualquer avaliação ocorra o complexo edípico da predição. Comentam os avaliadores que se o oráculo não tivesse previsto que Édipo mataria o pai, talvez ele não o cometesse tal ato. Na avaliação dos alunos, às vezes pode ocorrer o mesmo. A chamada profecia autorrealizadora, espécie de preconceito, de crença generalizada. LEVAR EM CONTA A MULTIPLICIDADE DE CRITÉRIOS DE JULGAMENTOS Os critérios e indicadores de avaliação devem levar em conta uma série de fatores, evitando o pensamento dicotômico: sim ou não, certo ou errado. Por exemplo: em um problema de matemática o resultado é quase sempre bem objetivo, mas as estratégias para resolvê-lo devem ser encaradas de modo tão rígido, sem apreciar diversas possibilidades? TER COMO REFERÊNCIA A ABORDAGEM BASEADA EM CRITÉRIOS avaliação referenciada em normas baseia-se no desempenho do grupo de alunos, seguindo um padrão relativo. A avaliação referenciada em critérios baseia-se no desempenho de cada educando, tomando-se como referência os objetivos e os critérios de avaliação. A nota é atribuída em função de sua proximidade com as expectativas que esses objetivos representam em termos de alcance. A INCORPORAR, NA AVALIAÇÃO, O PROCESSO DE NEGOCIAÇÃO Na negociação discute-se os critérios que deverão ser compartilhados pelo avaliador e pelo avaliado. Se o significado da tarefa é negociado, negociados também deveriam ser os objetivos e os critérios dos processos e produtos da aprendizagem, compreendidos como guias orientadores para o aluno e para o professor. DIVERSIFICAR INSTRUMENTOS E QUESTÕES DE AVALIAÇÃO É igualmente importante considerar que a avaliação tem necessariamente certo grau de subjetividade. Para equilibrar esse fator, seria interessante que o julgamento final sobre o educando fosse emitido baseado em: múltiplas situações, diferentes avaliadores e múltiplos instrumentos de avaliação. Além de diversificar instrumentos, o professor deveria também diversificar as questões que o compõem. REFERÊNCIA DEPRESBITERIS, L.; TAVARES, M. R. Diversificar é preciso... Instrumentos e Técnicas para a Avaliação de Aprendizagem. São Paulo: Editora Senac São Paulo, 2009, p.45-58.