COMO AVALIAR ATRAVÉS DAS COMPETÊNCIAS E HABILIDADES Prof. Dra. Mônica de Ávila Todaro Salto 2012 O que significa avaliar? • Avaliar significa emitir um juízo de valor. • Avaliar exige optar por critérios claros. • Avaliar = mensurar. 2 AVALIAÇÃO ESCOLAR É O ACOMPANHAMENTO DO PROCESSO DE DESENVOLVIMENTO E TRANSFORMAÇÃO DOS ALUNOS, INSERIDO NO PROCESSO DE TRANSFORMAÇÃO SOCIAL Aspectos psicológicos • • • • • • • Disposição de acolher X julgamento prévio Constatação X expectativa (alta ou baixa) Construtivo X destrutivo (punição) Auto eficácia (alunos e professores) Auto estima (gosta de mim ou não) Vínculo (professor – aluno) Maturidade (tomada de decisão) 4 OS NOVE JEITOS MAIS COMUNS DE AVALIAR INSTRUMENTOS PROVAS OBJETIVAS PROVAS DISSERTATIVAS SEMINÁRIOS TRABALHO EM GRUPO DEBATE RELATÓRIO OBSERVAÇÃO CONSELHO DE CLASSE PORTFÓLIO Buscando nas Diretrizes Curriculares Nacionais no que concerne como concepção de avaliação: “A avaliação é parte integrante do processo de formação, uma vez que possibilita diagnosticar lacunas a serem superadas, aferir os resultados alcançados considerando as competências a serem constituídas e identificar mudanças de percurso eventualmente necessárias”. Para Jussara Hoffmann, “a avaliação é a reflexão transformada em ação, não podendo ser estática nem ter caráter apenas classificatório”. Baseado nas contribuições de Cipriano Carlos Luckesi em “Avaliação da aprendizagem escolar : uma opção de vida”: Hoje, nas escolas brasileiras, públicas ou privadas nos diversos níveis, praticamos exames e provas escolares ao invés de AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM. Historicamente, passamos a denominar a prática escolar de aferição de aprendizagem de “avaliação da aprendizagem escolar”, mas continuamos a praticar “exames”. Os exames escolares, através de prova tem por objetivo julgar, classificar, aprovar ou reprovar o estudante em sua trajetória nas séries escolares e: São seletivos: Na medida que excluímos quem “não sabe” no contexto dos parâmetros considerados aceitáveis pelas próprias provas; São pontuais: a medida que o estudante deve saber responder as questões aqui e agora, no momento das provas, dos testes; Consequentemente são estáticos: enquanto classificam o estudante num determinado nível de aprendizagem, considerando este nível como definitivo . A avaliação da aprendizagem: • Tem por objetivo diagnosticar a situação de aprendizagem do Educando, tendo em vista subsidiar a tomada de decisões para a melhoria de sua qualidade; • É inclusiva: na medida em que não seleciona os educandos melhores dos piores, mas sim subsidia a busca de meios pelos quais todos possam aprender aquilo que necessário para seu próprio desenvolvimento; • Decorrente do fato de se inclusiva é amorosa, na medida em que acolhe o educando como é, para verificar o que pode ser feito para o seu crescimento; • É diagnostica e processual, ao admitir que, aqui e agora, este educando não possui um determinado conhecimento ou habilidade mais depois poderá apresentar conhecimento esperado. • É dinâmica, ou seja, não classifica o educando em um determinado nível de aprendizagem, mas diagnostica a situação para melhora-la a partir de novas decisões pedagógicas. Postura Pedagógica da Prática da Avaliação da Aprendizagem Tendo em vista encontrar caminhos de soluções mais adequadas e mais satisfatórias, exige do educador: Compromisso com a profissão; Formação adequada e consistente; Comprometimento permanente; Atenção plena e cuidados em todas as intervenções; Clareza no relacionamento com os alunos. O ATO DE AVALIAR Processo de diálogo com a realidade de sala de aula, objetivando refletir e posicionar-se sobre o que nessa realidade acontece. Um ato de auto análise e de auto-conhecimento tanto do professor quanto do aluno: o professor precisa conhecer-se; saber de suas escolhas; reconhecer seus preconceitos e falhas; saber da importância de suas decisões na vida dos alunos. O ERRO • Fonte de informação para o professor • Sinal de uma estruturação em construção • Deve direcionar a atuação do professor 14 Algumas sugestões aos professores: 1. Conheça a matéria a ser ensinada. 2. Questione as suas concepções prévias sobre o ensino, a aprendizagem e avaliação. 3. Valorize o conhecimento prévio de cada aluno. 4. Proponha situações problemas, para que o aluno possa construir seu próprio conhecimento. 5. Questione a redução da avaliação a uma mera pontuação dos estudantes, convertendo-a em um instrumento de aprendizagem. 6. Diversifique os instrumentos. 15 O aspecto devolutivo também é importantíssimo! 16 Relação entre Currículo e Avaliação • Revisão do currículo mínimo obrigatório • Prática de justiça na avaliação • Resultados voltam para as práticas curriculares ALGUNS MITOS • Informação (não) é conhecimento • Memória (não) é inteligência • Tecnologia (não) é pedagogia ENEM (exemplo) COMPETÊNCIAS DO SUJEITO I Domínio de Linguagens II Construção de Conceitos III Resolução de Problemas IV Argumentação Consistente 1 Competências 2 3 de Área 4 conforme . Diretrizes do . Ensino Médio . 9 = 45 Habilidades V Intervenção / Criatividade Ideias principais do processo ensino-aprendizagem O aluno como protagonista das suas aprendizagens. O professor como maestro ou mediador e não como detentor do saber. Aponta um projeto pedagógico essencialmente baseado na ação. Implicações na avaliação - Se o aluno é protagonista então deve ser mais envolvido na sua própria avaliação. - Se o projeto pedagógico radica na ação então deve haver maior diversidade de situações e de instrumentos de avaliação. - Olhar a avaliação nas suas várias funções de forma integrada. - Envolver o aluno num trabalho de metacognição. Só é possível avaliar competências se a prática pedagógica for coerente! A ideia de avaliação de competências está subjacente em diferentes níveis interdependentes: - educacional (se em termos de acesso - quantidade ou qualidade – desenvolvimento da cidadania); - curricular (objetivos, desempenho dos docentes, estratégias de ensino, materiais didáticos e as próprias formas de avaliação da aprendizagem); - de aprendizagem (conteúdos, capacidades, habilidades e competências). Sugestão de leitura • LUCKESI, C.C. Avaliação da Aprendizagem Escolar. São Paulo: Cortez, 2000. 23