Problema-Exemplo 3.1 Calcule o volume de uma célula unitária CFC em termos do raio atômico R. Na célula unitária CFC ilustrada, os átomos se tocam uns nos outros ao longo de uma diagonal da face, cujo comprimento equivale a 4R. Uma vez que a célula unitária é um cubo, seu volume é a3, onde a representa o comprimento da aresta da célula unitária. A partir do triângulo reto na face, a2 + a2 = (4R)2 ou, resolvendo para a, a = 2R 2 O volume da célula unitária CFC, Vc pode ser calculado pela expressão Vc = a3 = (2R 2)3 =16R3 2 aula05 pompeu 1 Problema – Exemplo 3.2 Mostre que o fator de empacotamento atômico para a estrutura cristalina CFC é de 0,74. O FEA: é definido como sendo a fração do volume que corresponde às esferas sólidas em uma célula unitária. FEA V volume total de esferas E volume total da célulau nitária VC Tanto o volume total das esferas como o volume da célula unitária podem ser calculados em termos do raio atômico R . O Volume para uma esfera é de 4/3R3, e uma vez que existem quatro átomos por célula unitária CFC, o volume total na CFC é de : VE =(4) 4/3 R3 = 16/3 R3 De acordo com o problema 3.1, o volume total da célula unitária é de: VC = 16 R3 2 Portanto, o fator de empacotamento atômico 16 é de: 3 ( ) R VE 3 FEA= = VC 16 R 3 2 aula05 pompeu = 0,74 2 3.5 Cálculos da Densidade Um conhecimento da estrutura cristalina de um sólido metálico permite o cálculo da sua densidade verdadeira que é obtida através da relação Onde: n = número de átomos associados a cada célula unitária A = peso atômico VC = volume da célula unitária NA = número de Avogadro (6,023 x 1023 átomos/mol) nA VC N A Problema – Exemplo 3.3 O cobre possui um raio atômico de 0,128nm ( 1,28 Å ), uma estrutura cristalina CFC, e um peso atômico de 63,5 g/mol. Calcule a sua densidade e compare a resposta com sua densidade medida experimentalmente. CFC n = 4 (n° de átomos Por células) ACu = 63,5 g /mol (peso atômico) Vc ( volume da célula unitária) para a CFC determinado em 3.1 = 16 R3 2, onde R, o raio atômico, é de 0,128 nm aula05 n ACu (4 átomos / célulaunit ária ) (63,5 g / mol ) VC N A [16 2 (1,28 x108 cm)3 / célula unitária ] /( 6,023 x1023 átomos / mol ) 8,89 g / cm 3 pompeu = 8,94 g /cm3 (literatura) 3 3.6 Polimorfismo e Alotropia Dois cristais são ditos polimorfos quando, embora tenham estruturas cristalinas diferentes, apresentam a mesma composição. Quando encontrado em sólidos elementares, esta condição é freqüentemente conhecida por alotropia. A estrutura cristalina que prevalece depende tanto da temperatura como da pressão externa. Exemplo; • Carbono: a grafita é o polimorfo estável nas condições ambientes, enquanto o diamante é formado a pressões extremamente elevadas. •Ferro puro: possui uma estrutura cristalina CCC à temperatura ambiente, que se altera para uma estrutura CFC à temperatura de 912° C. Na maioria das vezes, uma mudança da densidade e de outras propriedades físicas acompanha uma transformação polimórfica. aula05 pompeu 4 Problema 3.4 Determine os índices para a direção mostrada na figura abaixo. O vetor conforme representado passa através da origem do sistema de coordenadas, portanto, não é necessário qualquer translação. As projeções deste vetor sobre os eixos x, y e z são, respectivamente, a/2, b e 0c, que se tornam ½, 1 e 0, em termos dos parâmetros da célula unitária( isto é quando a, b e c são descartados A redução destes números ao menor conjunto de números inteiros possível é acompanhada pela multiplicação de cada um deles pelo fator 2. Isto produz os números inteiros 1, 2 e 0, que são então colocados entre colchetes ns forma aula05de [1 2 0]. pompeu 5 Problema 3.5 Esboce uma direção [1 1 0] dentro de uma célula unitária cúbica. 1° construa uma célula unitária e um sistema de eixos apropriados. 2° Na figura a seguir, a célula unitária é cúbica, e a origem do sistema de coordenadas, o ponto O, está localizada em um dos vértices do cubo. - 3° Para a direção [1 1 0 ], as projeções ao longo dos eixos x, y e z são a –a e 0a, respectivamente. 4° Essa direção é definida por um vetor que vai desde a origem até o ponto P, que é posicionado movendo-se primeiramente a unidades ao longo do eixo x, e a partir desta posição, paralelamente ao eixo y, -a unidades, conforme está indicado na figura. 5° Este vetor não possui uma componente paralela ao eixo z, uma vez que a projeção aula05 pompeu 6 sobre o eixo z é igual a zero. Problema 3.6 Determine os índices de Miller para o plano mostrado na figura (a) abaixo. 1° Uma vez que o plano passa através da origem que foi selecionada, O, uma nova origem deve ser escolhida, localizada no vértice de uma célula unitária adjacente, sendo esta nova origem chamada de O,’mostrada na figura (b). 2° Este plano é paralelo ao eixo x, e a interseção pode ser considerada como sendo a. 3° As interseções com os eixos y e z, em relação a nova origem O’ , são –b e c/2, respectivamente. 4° Dessa forma, em termos dos parâmetros de rede a, b e c, estas interseções são, respectivamente, , -1 e ½. 5° Os inversos desses números são 0, -1 e 2; e uma vez que todos são números inteiros, nenhuma redução adicional se torna necessária. Finalmente, colocando entre parênteses, obtêm-se (0 1 2). aula05 pompeu 7