I Seminário dos Centros de
Educação de Jovens e
Adultos
“Construção coletiva da seqüência
didática e metodologia de projetos ”
Professora Formadora: Teofanis Teresinha Zabot Anjos
CEFAPRO de Sinop/MT
• Quando analisamos a prática pedagógica de
qualquer professor, vemos que, por trás de
suas ações, há sempre um conjunto de idéias
que as orienta. Mesmo quando ele não tem
consciência dessas, idéias, dessas
concepções, dessas teorias, elas estão
presentes.
Telma Weis.
Tema: “Contribuições de Paulo Freire para a
Educação de Jovens e Adultos”
Objetivos:
• Interpretar as idéias de Paulo Freire e suas
contribuições para a educação de jovens e
adultos.
• Vivenciar uma sequência didática construtiva.
• Identificar aspectos norteadores da metodologia
de aprendizagem por projetos.
Conteúdos:
• Concepções de Paulo Freire.
• Sequência didática.
• Aprendizagem por projetos.
Procedimentos metodológicos
1ª Atividade: Leitura Compartilhada
2ª Atividade:
Leitura do Texto “Novos Caminhos para o
pensamento” - Rubem Alves.
• 3ª Atividade:
• Trabalho em grupos
• Responder os questionamentos.
Questionamentos:
1. Quais foram “as circularidades dos caminhos velhos
da educação” mostrados por Paulo Freire ao longo de
suas obras?
2. O que Paulo Freire queria dizer com “na sala de aula
todos são iguais”?
3. Trabalhar a partir da realidade do aluno significa
apenas a reflexão da realidade imediata e conhecida
dos educandos? Se sim, justifique. Se não, explique
como dever ser o procedimento do educador para
trabalhar a realidade dos alunos?
• 4ª Atividade:
• Socialização das respostas levantadas.
• 5ª Atividade:
• Leitura do Texto “As idéias de Paulo
Freire” – Vera Barreto
• Acrescentar ou modificar as respostas
6ª Atividade:
• Leitura do texto: “A concepção bancária
da Educação como instrumento da
opressão. Seus pressupostos. Sua
crítica.” Paulo Freire.
• Elaboração de síntese.
7ª Atividade:
Socialização da síntese elaborada em
grupo.
8ª Atividade:
• Análise do percurso das atividades.
Avaliação coletiva do percurso das
atividades
1. Atividade para organização mental e
mobilização das representações
2. Atividade para levantamento dos
conhecimentos prévios.
3. Atividade para interação social e
construção do conhecimento em parceria.
4. Atividade para aprofundamento teórico do
conhecimento (sair do senso comum).
5. Estruturação mental do novo
conhecimento.
• 2º Momento:
• Construir coletivamente uma sequência
didática para desenvolvê-la na Sala de
Professor.
CONCEPÇÕES
“Quando se explica de certa maneira
quando se exige um estudo concreto,
quando se propõe uma série de conteúdos,
quando se pedem determinados exercícios,
quando se ordenam as atividades de certa
maneira etc., por trás destas decisões se
esconde uma idéia sobre como produzem as
aprendizagens”.
Antoni Zabala
Sugestões
• Tema: Concepções Norteadoras para o
ensino da Educação de Jovens e Adultos
• Objetivo:
• Reconhecer as contribuições das teorias
socioconstrutivistas para a educação de
jovens e adultos.
• Conteúdo:
• teorias socioconstrutivistas.
Apresentação de possíveis elementos de uma
Sequência Didática Construtiva.
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•
Mobilização das representações
Levantamento dos conhecimentos prévios
Socialização
Aprofundamento teórico
Socialização
Sistematização Avaliação.
Mobilização das representações
• Explicitação dos objetivos e dos
conteúdos;
• O porquê;
• Aplicabilidade;
• Contextualização;
• Motivação.
Levantamento dos conhecimentos prévios
• Conhecimentos prévios são os fundamentos da
construção de significados.
• Uma aprendizagem é mais significativa quanto
mais relações com sentido o aluno for capaz de
estabelecer entre o que já se conhece, seus
conhecimentos prévios e o novo conteúdo
que lhe é apresentado como objeto de
aprendizagem.
Através de:
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Questionamentos;
Cartazes;
Dramatização;
Desenhos;
Pequenos textos (música, poesia);
Exposições orais.
Socialização
Oportuniza ao educando:
• Expressar-se nas mais diferentes
formas de linguagens;
• Emitir sua opinião;
• Ter coragem de dizer o que sabe;
(certezas provisórias, dúvidas
temporárias).
ESCOLA: não prepara o aluno só para o
mercado de trabalho mas também para ser
reflexivo.
Fundamentação teórica
Confronto com o conhecimento do senso
comum ao conhecimento cientificamente
elaborado.
• Trabalho em grupo;
• Entrevistas;
• Leitura de textos: biblioteca, internet;
• Filmes, documentários;
• Aula expositiva;
• Palestra.
Socialização (resultado final com fim
social)
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•
•
•
Seminário;
Informativos (panfleto, folder, cartaz);
Feira do Conhecimento;
Rádio Escola;
Noite/tarde Cultural;
Oficina pedagógica;
Rodas de experiência.
Avaliação
• Avaliação coletiva.
• Auto avaliação
• Avaliação individual (síntese).
ENSINO CENTRADO NA ATIVIDADE
DO PROFESSOR
ENSINO CENTRADO NA ATIVIDADE
DO ALUNO
Os alunos são passivos e assimilam. Os alunos são ativos e
transformadores de conhecimentos
novos.
Os alunos recebem informações.
Os alunos interagem entre si e
processam informações.
Os alunos são treinados para
passarem em testes e provas.
Os alunos são conduzidos a
aprender a aprender.
Os alunos têm como objetivo a
obtenção do diploma.
Os alunos têm como objetivo a
aprendizagem contínua.
O ensino força o individualismo
O ensino prepara o aluno para o
ambiente cooperativo.
• Segundo Franco 1998, “Assumir uma
posição sociointeracionista construtivista
implica uma mudança de postura frente ao
mundo e à vida.(...) Por conseguinte esta
é uma mudança filosófica , significa
compreender o mundo dialeticamente”.
Área do Conhecimento e Integração
Centrado em Disciplinas
Centrado na Integração
Conceitos disciplinares
Temas ou problemas
Objetivos e metas
Perguntas e pesquisa
Lições
Projetos
Livros didáticos
Diversas fontes
Centrado na Escola
Centrado no mundo real / comunidade
Avaliação em provas
Avaliação em relatórios / portfólios
Professor especialista
Professor mediador
Projeto? O que é?
Como se faz?
Em que aspectos o ensino por projetos se diferencia da aprendizagem por
projetos? Segundo Fagundes et all (1999) defendem que:
Ensino por Projetos
Autoria
Quem escolhe o
tema?
Contextos
Professores e coordenação
pedagógica
Arbitrados por critérios
externos
Aprendizagem por Projetos
Alunos e professores
individualmente e, ao
mesmo tempo em
cooperação
Realidade da vida do aluno
E formais
A quem satisfaz?
Arbítrio da seqüência de
conteúdos do currículo
Curiosidade, desejo,
vontade do aprendiz
Decisões
Hierárquicas
Heterárquicas
Definições de regras,
direções e atividades
Imposta pelo sistema,
cumpre determinações sem
optar
Elaboradas pelo grupo,
consenso de alunos e
professores
Paradigma
Transmissão do
conhecimento
Construção do
conhecimento
Papel do professor
Agente
Estimulador/orientador
Papel do aluno
Receptivo
Agente
O Projeto de Aprendizagem tem sua gênese a
partir dos interesses, curiosidades, desejos,
dúvidas dos educandos.
• Segundo Fagundes, Sato e Maçada (1999)
Nos projetos de aprendizagem, os aprendizes
são motivados a pesquisar temas, dúvidas
decorrentes de suas curiosidades. Por isso, os
temas emergem dos questionamentos, das
indagações dos aprendizes a partir de uma aula
a campo, de um filme, da leitura de um texto, de
um determinado conteúdo abordado pelo
professor ou até mesmo a partir de uma dada
situação do cotidiano que lhe despertou o
interesse ou de um tema da atualidade.
Possíveis elementos que consideramos importantes em
um Projeto de Aprendizagem
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•
Diagnóstico da Realidade;
Escolha do Tema;
Título do Projeto;
Justificativa;
Problemática;
Fundamentação teórica;
Objetivos;
Metodologia;
Cronograma;
Equipe de trabalho e
Avaliação.
1. Diagnóstico da Realidade
• Conhecer o contexto sócio-econômico-político e
cultural onde o CENTRO está inserido, bem como
sua proposta político-pedagógica.
• A pesquisa sócio-antropológica é um instrumento
que possibilita a compreensão de parte da realidade
dos envolvidos no processo educativo.
2. Escolha do Tema
• A escolha do tema surge a partir do
interesse e realidade dos educandos, por
isso tem como base a cooperação entre
professores e educandos.
• Se não houver um problema relevante no
âmbito escolar, poderá listar temas a
partir das discussões fomentadas pelos
alunos e o professor pode direcioná-las
para o currículo oficial.
3. Título do Projeto
• O título se constitui-se de uma
apresentação do tema, em sua
complexidade.
4. Justificativa
• Na justificativa, costumamos mencionar o
porquê da escolha do tema. É nela que
mostramos a relevância social do tema do
projeto, como também sua efetiva contribuição
no processo de ensino-aprendizagem dos
educandos.
• Na elaboração da justificativa, podemos desafiar
os educandos a falarem e/ou escreverem o
porquê da escolha do tema; por que julgam o
tema relevante para ser investigado, quais as
possibilidades de interação do tema com as
áreas do conhecimento.
5. Problemática
• Os educandos são motivados a levantar
hipóteses (certezas provisórias) e questões
(dúvidas temporárias) fundamentais com
referência ao tema do projeto.
• Levantamento das Certezas Provisórias –
Escolhido o tema, os educandos,
organizados em grupos por interesse ou
afinidade, são convidados a registrarem no
caderno, Texto (Word) ou através de um
mapa conceitual, caso estejam em Ambiente
Informatizado, o que já sabem sobre o tema
a ser investigado;
Continuação
• Levantamento das Dúvidas
Temporárias – visto que os educandos já
escreveram as certezas provisórias, estes são
convidados a registrarem suas dúvidas
temporárias, ou seja, neste momento os
alunos vão lançar suas perguntas de pesquisa,
pois são elas que direcionarão a pesquisa.
Esta, por sua vez, só será possível se os
educandos tiverem dúvidas a serem
investigadas.
São as questões que vão orientar as atividades
a serem desenvolvidas.
6. Fundamentação teórica
• Definir os conceitos e as teorias que
darão base a todas as ações
desenvolvidas.
7. Objetivos
• A partir do substrato gerado através das
narrativas orais e escritas dos educandos, o
professor-coordenador do projeto elabora os
objetivos e propõe ao coletivo para
apreciação e tomada de posição.
8. Metodologia
• Na metodologia, definimos coletivamente os caminhos
a serem percorridos, o método a ser utilizado durante a
execução do projeto.
• Para definir a metodologia dos projetos de
aprendizagem, é importante que os professores
discutam com os educandos o planejamento das
aulas, o qual dará suporte ao trabalho coletivo e
interdisciplinar na escola.
•Costumamos descrever na metodologia as
estratégias iniciais que serão desenvolvidas no
processo: pesquisa na biblioteca da escola, em
enciclopédias, em revistas, na internet,
palestras, visitas à instituição filantrópica, no
bairro da escola, na prefeitura, enfim
explicitamos como, quando, quem ficará
responsável pela coordenação/realização de
cada atividade? por que e onde vão buscar
informações, que recursos (materiais e
humanos serão necessários para a efetivação
do projeto?). (NOGUEIRA, 2001)
9. Cronograma
 Elaborar o cronograma de cada
etapa de desenvolvimento e seus
respectivos prazos.
10. Equipe de trabalho
 Definir as áreas de conhecimento
envolvidas, assim como os educadores
participantes e suas respectivas
atribuições.
11. Avaliação
• Na Metodologia de Aprendizagem por Projetos, a
avaliação é construtiva/emancipatória, por isso é
intencional, formativa e processual.
• Nesta perspectiva, a avaliação não se constitui
como um processo descolado da realidade dos
alunos, mas é histórica, uma vez que compreende a
idéia de sujeito em construção, capaz de reflexão,
promove a autonomia e auto-estima do educando, o
sujeito que constrói conhecimento.
• Esse processo culmina com uma produção coletiva
e um relatório de cada educando.
12.Referências Bibliográficas
• Na referência bibliográfica, listamos os
materiais (livros, enciclopédias,
dicionários, revistas, jornais, artigos da
Web, fitas de vídeo, DVDs, CD-Rom,
entre outros) a serem utilizados na
execução dos projetos.
Referência Bibliográfica
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•
FAGUNDES, L.C., Sato, L.S. & Maçada, D. L. Aprendizes do futuro: as
inovações começaram. Coleção Informática para a Mudança na
Educação. ProInfo-MEC, 1999. Disponível em:
<http://mathematikos.psico.ufrgs.br/textos.html>. Acesso em: 05
Dez. 2006.
KLEINAN, Ângela B.. Leitura e Interdisciplinaridade: tecendo redes
nos projetos da escola/ ângela B. Kleinan, Silvia E. Morais. –
Campinas, SP: Mercado de Letras, 1999. – ( Coleção Idéias sobre
aprendizagem).
NOGUEIRA, Nilbo Ribeiro. Pedagogia dos projetos: uma jornada
interdisciplinar rumo ao desenvolvimento das múltiplas
inteligências. 6. ed. São Paulo: Érica, 2001.
OLIVEIRA, Ana Arlinda de. Estrutura de projeto de trabalho. Texto
disponibilizado no III Encontro Regional dos CEFAPROs, ocorrido no
período de 11 a 15 de setembro de 2006 em Barra do Garças-MT.
PROGRAMA DE GESTÃO DA APRENDIZAGEM ESCOLAR - GESTAR
II – Guia Geral, Brasília: Ministério da educação. Secretaria de
educação Básica, 2008. 76p.: il.
Hernández, Fernando. A organização do currículo por projetos de
trabalho/Fernando Hernández e Montserrat Ventura; Tradução
Jussara Haubert Rodrigues. – 5.ed. – Porto Alegre: Artmed, 1998. 200
p.; 23 cm.
• DESEJOS
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