O desenvolvimento do
potencial humano
Mônica Gardelli Franco
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Apoio Microsoft
• ERA DA GLOBALIZAÇÃO
•SOCIEDADE DA INFORMAÇÃO E DO
CONHECIMENTO
•MÍDIAS DIGITAIS
•TECNOLOGIAS DA INFORMAÇÃO E
COMUNICAÇÃO
ASPECTOS POSITIVOS DA GLOBALIZAÇÃO:
•INTEGRAÇÃO ENTRE POVOS
•ACESSO QUASE INSTANTÂNEO ÀS
INFORMAÇÕES
•COMUNICAÇÃO QUASE QUE IMEDIATA
SUPERANDO AS BARREIRAS DO TEMPO E DO
ESPAÇO
•“MUNDIALIZAÇÃO DO SABER”
O LADO PERVERSO:
A MESMA GLOBALIZAÇÃO QUE POSSIBILITA
A APROXIMAÇÃO , O ENCONTRO, O ACESSO
AO SABER POR TODOS OS HOMENS E
MULHERES PROVOCA O AUMENTO DE
DIVERSOS TIPOS DE EXCLUSÃO QUE PASSAM
PELA EXCLUSÃO SOCIAL
•Computadores ainda restritos a
universidades, empresas e lares de alta renda
•No Brasil apenas 13 milhões de habitantes
(7,77% da população) têm acesso a rede
O que dizer então com relação àqueles que:
•Não são capazes de ler, escrever, preencher
formulários e interpretar textos?
•No Brasil estima-se que 20 milhões são analfabetos
•35 milhões de pessoas maiores de 14 anos não
completaram os 4 primeiros anos de escolaridade
COMO PENSAR NO DESENVOLVIMENTO
DO POTENCIAL HUMANO A PARTIR
DESTA REALIDADE?
POR ONDE COMEÇAR?
O QUE OFERECER?
QUAIS REFERENCIAIS SUBSIDIARIAM
QUALQUER AÇÃO NO CAMINHO DO
DESENVOLVIMENTO PLENO DO HOMEM?
PROJETO TEIA
Tecnologia, Educação, Inclusão e
Alfabetização
AÇÕES DE LETRAMENTO
DIGITAL
COM POPULAÇÕES
SOCIALMENTE EXCLUÍDAS
HISTÓRICO DA AÇÃO
INÍCIO: 2001- SECRETARIA MUNICIPAL
DE EDUCAÇÃO DE SÃO PAULO
SEMESTRE DE 2002,
•PARTICIPANTES: PROFESSORES E
ALUNOS DO PÓS GRADUAÇÃO
EDUCAÇÃO: CURRÍCULO DA PUC-SP,
PROFESSORES E ALUNOS DE NÚCLEOS
DE ALFABETIZAÇÃO DA PREFEITURA DE
SÃO PAULO
QUAL INCLUSÃO QUEREMOS?
PRIMEIROS PASSOS PARA ORGANIZAÇÃO DO
PROJETO
COMO PAULO FREIRE
PENSARIA A
ALFABETIZAÇÃO
DIGITAL?
•A proposta de formação dos professores e
dos alunos parte dos princípios freireanos
que
compreendem
o
processo
de
alfabetização como a aquisição da
autonomia do educando de fazer uso da
escrita e da leitura para poder interpretar o
mundo, o seu cotidiano, a sua realidade,
enfim a sua vida.
Assim, a intenção da proposta deste projeto
é promover o uso das novas tecnologias na
alfabetização de Jovens e Adultos para que os
educandos possam, utilizando o recurso
tecnológico, se alfabetizar e aprofundar sua
inserção na sociedade do conhecimento.
Alfabetizar-se de modo que possam
ler e escrever o mundo de uma
forma crítica e consciente.
As primeiras atividades nos alertaram que:
•não podemos perder o foco de que qualquer que seja
a atividade que iremos desenvolver no laboratório
deve ser importante para o aluno, deve atender a uma
necessidade dele e ser pensada a partir de sua
compreensão de mundo
•A inclusão digital dos alunos passava necessariamente
pela inclusão digital dos professores.
ANGÚSTIAS E QUESTÕES
•COMO ALGUÉM QUE NÃO SABE LER PODE USAR
O COMPUTADOR?
•NÓS TEREMOS QUE DAR AULA DE
INFORMÁTICA?
•O QUE FAREMOS PRIMEIRO? ENSINAR A
USAR O MOUSE? TECLADO?
•VAMOS PRECISAR DE MUITAS PESSOAS PARA
AJUDAR?
ALGUNS TEMAS GERADORES....
• OS SONHOS
•O BRASIL QUE TEMOS E O
BRASIL QUE QUEREMOS
•LISTAS, RECEITAS, NOMES....
Aos poucos o
computador vai
ganhando sonhos, vai
“conversando” com
aquelas pessoas
cheias de histórias de
vida, vai registrando
idéias... E as pessoas
vão refletindo...
São sonhos de quem
sonha com uma vida
melhor.....
Os recursos do computador devem ser
introduzidos
de
acordo
com
a
significação e o interesse dos alunos.
RELATOS E REFLEXÕES A PARTIR DA
INTERAÇÃO COM OS EDUCANDOS
O ERRO, A AUTO-ESTIMA, A
LEITURA...
Aos poucos os
alunos vão
aprendendo os
cliques que os
ajudam a rever
seus erros, vão
descobrindo os
recursos da
máquina que os
ajuda a
aprender....
“Ficam mais atentos à forma de
escrever e essa preocupação está sendo
transferida para as atividades de sala e
os erros ortográficos diminuíram. Eles
mesmos procuram corrigir os erros
apontados pelo recurso do
computador”.
Muitos despertaram para a
leitura através das aulas.
“Hoje mesmo, na sala, três
que não liam, leram. É
porque eu estou tomando a
leitura individual, então
antes de vir para aula
eles fizeram o texto para
poder digitar, tomei a
leitura deles e os que não
conseguiam ler, leram,
inclusive uma senhora de
60 e poucos anos... a Dona
Conceição, leu hoje”.
“...está sendo importante,
porque o teclado traz as letras
grandes, bem legível, tudo
“individualzinho” assim e para
eles é ótimo”.
AÇÕES E REAÇÕES DOS EDUCANDOS NO
LABORATÓRIO DE INFORMÁTICA
DOIS EDUCANDOS E UM COMPUTADOR
...a dinâmica da classe se alterou , de
individualistas, sozinhos, isolados,
começaram a se relacionar muito melhor,
por terem que trabalhar em duplas...
Esse companheirismo
do laboratório está
sendo transferido para
sala de aula, eles
estão mais solidários
com aqueles que têm
dificuldade, estão
mais espontâneos e
lidando melhor com o
erro.
A FALA DOS EDUCANDOS SOBRE A
EXPERIÊNCIA
O que o computador ajuda?
Nossa... ajuda a praticar, escrever. Não tá
certo? A gente vê a letra, testa, escreve
direitinho. A gente aprende mais, não é?
Aprende na sala de aula
também?
Isso, a professora
perguntou... quem
conhece as letras? Eu
conheço, conheço
todas. Que nem é D I A
– dia. Tá certo, né? É
gostoso, é bom demais.
E quando você volta, no outro dia, ta aí
ainda o que você escreveu...
É mesmo! Muito bom, maravilhoso.
Obrigado, senhor!
“Isso aí é legal, é
porque é o sonho de
todo mundo, né? Todo
mundo quer ter um
computador na sua
casa né, porque hoje
em dia ce vê que as
coisas tão aumentando
100%, todas as coisas
que você vai num
banco, tudo é
computador”.
E é a primeira vez que você tem contato com o
computador?
Foi aqui. Eu só via, mas para operar... Pra você ver, eu
arrumei um desse aqui (e aponta para o teclado) só para
ficar treinando em casa. (...) Eu não preciso mais ficar
olhando a onde está a letra. Tem muitas pessoas que
ficam com o dedo assim, procurando aonde é que está o
L, onde está O . Então, eu já não faço isso. Se for para
eu escrever qualquer coisa eu sei onde as letras tá tudo.
É legal por isso, as vezes eu chego em casa, eu termino
de jantar e fico....
MOMENTO ATUAL
O PROCESSO DE
FORMAÇÃO CONTINUADA E
EM SERVIÇO DOS
EDUCADORES COM A
UTILIZAÇÃO DO AMBIENTE
VIRTUAL TELEDUC
O diálogo é um eixo orientador na formação do grupo.
A promoção de um projeto direcionado à inclusão digital
dos educandos deve se encaminhar na direção da inclusão
digital das educadoras.
Não se pode estar ao lado do outro num processo
de inclusão se o ponto de partida não for a própria
história de inclusão.
A prática de formação dos
professores está pautada no
levantamento de temas
geradores. É importante que
possam emergir da prática
vivenciada e discutida
coletivamente a partir de
dois pólos:
• qual a ligação desse tema
com a alfabetização de
adultos?
•como a tecnologia pode me
ajudar em relação a esse
tema?
O ouvir o outro e com ele dialogar
é de suma importância para o
redimensionamento da prática, no
grupo de formadores e de
educadores.
O desenvolvimento do potencial humano passa por
muitas portas, muitos caminhos.
Se passa pelos direitos básicos de sobrevivência,
passa também pelo direito de poder fazer escolhas
conscientemente.
Escolhas que só são possíveis se tiverem acesso as
diversas formas de comunicação desenvolvidas pela
humanidade.
A inclusão digital de jovens e adultos não
alfabetizados é uma exigência ética
O Projeto TEIA é coordenado pelos Profs Drs.
Fernando José Almeida
e Mª Elizabeth Bianconcini de Almeida
(PUCSP)
Site: www.pucsp.br/teia/
E-mail: [email protected]
Agradecimentos especiais a Microsoft pelo apoio a esta apresentação
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Desenvolvimento do Potencial Humano