Estresse dos Profissionais da Saúde
Cristiane Werner Alasmar
Psicóloga
Gestão de Saúde do Colaborador
ESTRESSE
O estresse pode ser positivo em sua fase inicial, pois produz
adrenalina, dando ânimo, vigor e energia, fazendo assim a pessoa
produzir mais e ser mais criativa.
Entretanto algumas reações físicas e emocionais podem surgir diante
de uma necessidade maior de adaptação a uma nova situação ou
condição.
Porém, com o passar do tempo, não havendo adaptação e as reações
permanecendo o estresse se caracteriza como agente prejudicial,
podendo interferir na produtividade e nas relações interpessoais,
acarretando sintomas físicos e mentais.
O estresse é cumulativo. Nenhuma situação isolada o transformará
num indivíduo estressado e nenhum contratempo passageiro pode
causar dano real, mas fique de alerta.
Sinais de
Alerta
Sintomas
O que fazer ?
•Apatia
•Insônia
Mudar alguns hábitos como:
•Esquecimento
•Cefaléia
•Alimentação: Repor as energias com alimentos
saudáveis como frutas e verduras, evitando açúcar,
gordura, cafeína, sal e excessos.
•Baixa autoestima
•Dores musculares
•Relaxamento: Em forma de exercícios de respiração,
yoga, massagem como shiatsu e reflexologia e boas
horas de sono
•Tensão
•Dor de estômago / gastrite
•Exercício Físico: praticar esportes individuais como:
caminhada e corrida ou jogos em grupo: futebol, voley e
outros.
•Irritabilidade
•Pressão alta
•Estabilidade Emocional: manter atitude positiva,
procurando ver o lado bom da vida, exercitar a paciência
e controlar os impulsos.
•Dificuldade de
concentração
•Problemas de pele ou
cabelo
•Qualidade de Vida: procurar o equilíbrio na vida:
pessoal, profissional, afetiva, espiritual e social.
•Sensação de
monotonia
•Bruxismo (apertar ou
ranger os dentes
principalmente enquanto
dorme)
•Procurar algum hobby como: tocar instrumento, fazer
teatro, leitura, dança, atividades artesanais, trabalho
voluntário, entre outros.
•Insatisfação
•Aumento colesterol
•Procurar ajuda profissional: médico, psicólogo,
nutricionista, educador físico e outros.
•Tontura
•Falta de libido
“Um
profissional de saúde é uma pessoa que sofreu profundas
modificações como resultado de treinamento especializado, do
conhecimento e da experiência; são pessoas diariamente expostas à
dor, à doença e à morte, para quem essas experiências não são mais
conceitos abstratos, mas sim, realidades comuns. De muitas
maneiras, é como estar sentado na poltrona da primeira fila no teatro
da vida, uma oportunidade inigualável para adquirir um profundo
conhecimento e maior compreensão da natureza humana”.
REMEN (1993, p.180)
Síndrome Burnout
Decreto nº3048/99
Regulamentação da Previdência Social Anexo II
Agentes Patogênicos causadores de Doenças Profissionais, conforme
previsto no Art.20 da Lei nº8.213/91 ,
Transtornos Mentais e do Comportamento relacionado com o trabalho
(Grupo V da CID-10), no inciso XII :
Sensação de Estar Acabado ("Síndrome de Burn-Out", "Síndrome do
Esgotamento Profissional") (Z73.0).
Burnout
O trabalhador perde o sentido da sua relação com o trabalho e faz com que as coisas já não
tenham mais importância, qualquer esforço lhe parece ser inútil. Trata-se de um conceito
multidimensional que envolve três componentes, que podem aparecer associados, mas
que são independentes:
A exaustão emocional caracteriza-se por uma falta ou a carência de energia
acompanhada de um sentimento de esgotamento emocional. A manifestação pode ser
física, psíquica ou uma combinação entre os dois. Os trabalhadores percebem que já não
possuem condições de despender mais energia para o atendimento de seu cliente ou
demais pessoas, como já houve em situações passadas.
Tratar os clientes, colegas e a organização como objeto, "coisificando" a relação, é uma
das dimensões da despersonalização. Ocorre um endurecimento afetivo ou a
insensibilidade emocional, por parte do trabalhador, prevalecendo o cinismo e a
dissimulação afetiva. Nessa dimensão, são manifestações comuns, a ansiedade, o
aumento da irritabilidade, a perda de motivação, a redução de metas de trabalho e
comprometimento com os resultados, além da redução do idealismo, alienação e a
conduta voltada para si.
A falta de envolvimento pessoal no trabalho é uma dimensão na qual existe um
sentimento de inadequação pessoal e profissional. Há uma tendência de o trabalhador se
auto-avaliar de forma negativa, com uma evolução negativa que acaba afetando a
habilidade para a realização do trabalho e o atendimento, o contato com as pessoas
usuárias do trabalho, bem como com a organização.
Síndrome Burnout
QUEM?
Profissionais mais atingidos são os que trabalham diretamente com pessoas.
Personalidades neuróticas.
Pessoas excessivamente críticas, muito exigentes consigo mesmas e com os
outros e que têm maior dificuldade para lidar com situações difíceis.
Idealismo elevado, excesso de dedicação, alta motivação, perfeccionismo,
rigidez.
Fatores Emocionais do Profissional da Enfermagem
HOSPITAL
As exigências psicológicas que são feitas, paciente e familiar, vão além
do simples cuidado físico, das tomadas de pressão e temperatura e das
aplicações terapêuticas
O hospital é um espaço mítico que deve conter e administrar os
problemas emocionais provocados pelo doente e sua doença e toda a
rede de relações sociais que eles se vinculam.
Gestão Saúde do Colaborador
Missão
Cuidar bem também de quem cuida.
Empregador
Conflito
Segurança do Trabalho
Medicina do Trabalho
Empregado
Confronto
SESMT
Riscos físicos
Indicadores de saúde
Riscos químicos
Riscos biológicos
Riscos ergonômicos
Riscos de acidentes
P
P
R
A
Medidas de proteção
coletivas e individuais.
Subsídios.
P
C
M
S
O
Exames médicos
Prevenção de doenças
Promoção de saúde
Programas Qualidade de Vida
AM B I E N T E LAB O RAL
Paulo R. Leal
“Cuidar bem também de quem cuida”
Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional
RH
Medicina
do
Trabalho
R
E
C
O
N
H
E
C
E
R
Segurança
do
Trabalho
I
N
F
O
R
M
A
R
Qualidade
de
Vida
C
A
P
A
C
I
T
A
R
C
Psicologia
do
Trabalho
Programa de Prevenção de Riscos Ambientais
C
I
H
Psicologia Ocupacional
Consta na base
de dados do INSS
134 colaboradores
09/04/2010
Transtorno mental
30% (41)
45% benefícios ativos.
88% auxílio-doença comum.
7 auxílio-doença acidentário – 4 por transtorno mental
Transtorno
Osteoarticular
29% (39)
Psicologia no trabalho
Atividades em curso:
Orientação e aconselhamento individual
Triagem para tratamento psiquiátrico e/ou Psicológico
Orientação e acompanhamento ao Programa de Prevenção e
Tratamento do Tabagismo
Orientação ao dependente químico
Atendimento clínico
Orientação e acompanhamento aos afastados do trabalho
Acompanhamento e orientação no retorno ao trabalho
Grupos com equipes multidisciplinares
Psicologia no Trabalho
Como o colaborador chega?
Iniciativa própria;
Encaminhado pelo médico do trabalho;
Encaminhado por médico de fora;
A pedido da chefia;
Por indicação de um colega.
Psicologia no Trabalho
MOTIVOS:
Depressão;
Dependência Química;
Ansiedade / Pânico / Fobia Social;
Estresse / Transtorno de Adaptação / TEPT / Luto;
Relacionamento – com colegas, chefia, família;
Transtornos Alimentares – anorexia, bulimia, obesidade;
Transtorno Bipolar – fase depressiva/ euforia;
Físicos (tireóide, hormonais, diabetes, lupus, pressão alta).
Ações Qualidade de Vida
Ginástica Laboral – atinge mais de 1500 colaboradores.
Treinamento de caminhada e corrida – treinos duas vezes na
semana e subsídio para a inscrição em corridas urbanas.
Teatro, Banda e Coral – conduzidos por profissionais contratados
apresentando-se em eventos festivos ao longo do ano.
Programa de Prevenção e Tratamento do tabagismo –
fornecimento de medicamento gratuitamente.
Programa de integração do portador de deficiência –
fisioterapia para cadeirantes, passeio cultural.
Atendimento Nutricional – Nutricionista uma vez por semana para
atender os casos encaminhados pelos médicos do trabalho
“Procurando o bem para os nossos
semelhantes encontramos
o nosso.”
Platão
Ações pontuais de Qualidade de Vida
Promoções de época – produtos à disposição do colaborador por preços
menores debitado parceladamente em folha.
Workshop de artesanato – orientação e materiais fornecidos
gratuitamente.
“ENCONTRO COM PROFISSIONAIS” (multidisciplinar)
Objetivos:
Cuidar da saúde mental dos colaboradores
Prevenção do esgotamento emocional
Identificação precoce de transtornos e encaminhamento
Troca de experiências entre profissionais de saúde
A experiência de cada um é compartilhada com os demais,
serve como referência para quem ouve e cada um se
aprimora com a vivência dos outros.
Demanda voluntária – expectativas apresentadas pelo grupo e consensadas.
Como lidar com a dor e sofrimento ?
Qual o limite do envolvimento?
Primeiro grupo – UTI pediátrica e Pediatria
Perfil do grupo – 75 pessoas
• 60% enfermagem
• 10% médicos
• Demais profissionais – Fisioterapeutas, Fonoaudiólogos,
Copeiras, Nutricionistas, Auxiliares de higiene, Auxiliares
administrativos, Voluntárias, Concierge.
Formados oito grupos
Reuniões mensais – 1 hora de duração
Temas previamente escolhidos pelo grupo.
Próximos grupos: início previsto até julho
– Equipe de cuidados paliativos
– Equipe Hospitalidade
OBRIGADA!!!
[email protected]
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Estresse dos Profissionais da Saúde