A Agropecuária no Brasil
O campo brasileiro foi dominado pela
grande propriedade ao longo da história.
 Entre as décadas de 1950 e 1980, a
monocultura e a mecanização foram
estimuladas por sucessivos governos como
modelo de desenvolvimento e
crescimento.
 A agricultura familiar esteve relegada a
segundo plano na formulação de políticas
agrícolas, resultando na expulsão
acelerada de pequenos proprietários.


No Brasil, os fatores de repulsão ( concentração
de terras, baixos salários, desemprego etc)
foram os que mais contribuíram, e ainda
contribuem, para explicar o movimento
migratório rural-urbano.

Uma das consequências da modernização das
técnicas é a completa subordinação da
agropecuária ao capital industrial – além da
valorização das terras agricultáveis -, que
promove a concentração das propriedades e a
intensificação do êxodo rural.
Mesmo com o abandono histórico, por causa do
domínio da grande propriedade, as unidades
familiares são fundamentais no espaço rural. As
grandes propriedades produzem mais soja,
cana, laranja, arroz e carne visando o mercado
externo. Enquanto as pequenas propriedades
produzem batata, milho, feijão, mandioca,
verduras, ovos, legumes...
 Apesar da pequena propriedade ser eficiente
quanto a produção alimentar é importante
ressaltar que nem todas estão na mesma
condição ( Intensiva # Extensiva).

Na zona rural brasileira predominam as seguintes
relações de trabalho:
 Trabalho familiar: mão de obra familiar em
pequenas e médias propriedades.
 Trabalho Temporário: são os boias-frias,
corumbás ou peões (recebem por dia).
 Trabalho assalariado: empregados em fazendas
e agroindústrias representam apenas 10% da
mão de obra agrícola.
 Parceria e arrendamento: alugam a terra de um
proprietário para cultivar alimentos ou criar
gado.
 Escravidão por dívida: trata-se de aliciamento de
mão de obra com falsas promessas.
Posseiros e Grileiros
1.
2.
Posseiros: são trabalhadores rurais que
ocupam terras sem possuir o título de
propriedade. Por causa do descaso histórico do
poder público na administração dos problemas
do campo e na realização da reforma agrária.
Grileiros: são os invasores de terras que
conseguem, mediante corrupção, escritura
falsa. Costumam agir em áreas de expansão
das fronteiras agrícolas ocupadas inicialmente
por posseiros, o que causa grandes conflitos e
inúmeros assassinatos.
Estatuto da Terra
O Estatuto da Terra, como é conhecida a Lei 4
504/64, promulgada no governo de Castelo
Branco, representou a expressão máxima dessa
visão reformista defendida na época.
 O Estatuto propunha uma “solução democrática”
à “opção socialista”. Procurava, dessa forma,
impulsionar o desenvolvimento do capitalismo
no campo. Mas a propalada democratização da
terra não ocorreu.
 Ao contrário da divisão da propriedade, o
capitalismo impulsionado pelo regime militar
promoveu a modernização do latifúndio através
do crédito rural subsidiado e abundante.

Toda a economia brasileira cresceu
vigorosamente, urbanizando-se e
industrializando-se, sem necessitar
democratizar a posse da terra, nem
precisar do mercado interno rural.
 O projeto de reforma agrária foi, assim,
esquecido. O resultado é que as estruturas
agrárias dos países da América Latina,
com o Brasil na liderança, continuaram
extremamente concentradas.


De econômico, o problema da terra virou social.
A industrialização e o crescimento econômico
não precisaram da reforma agrária para se
efetivar.

O inciso II, do art. 4º, do Estatuto da Terra,
define como “Propriedade Familiar” o imóvel
rural que, direta e pessoalmente explorado pelo
agricultor e sua família, lhe absorva toda a força
de trabalho, garantindo-lhes a subsistência e o
progresso social e econômico, com área máxima
fixada para cada região e tipo de exploração.

O conceito de módulo rural é derivado do
conceito de propriedade familiar, e, sendo assim,
é uma unidade de medida, expressa em
hectares, que busca exprimir a interdependência
entre a dimensão, a situação geográfica dos
imóveis rurais e a forma e as condições do seu
aproveitamento econômico.

A propriedade familiar possui áreas de dimensão
variável, levando em consideração três fatores:
localização , fertilidade do solo e tipo de produto
cultivado e a tecnologia empregada.
A Reforma Agrária na Constituição de 1988

Art. 184. Compete à União desapropriar por
interesse social, para fins de reforma agrária, o
imóvel rural que não esteja cumprindo sua
função social, mediante prévia e justa
indenização.

Art. 186. A função social é cumprida quando a
propriedade rural atende, simultaneamente,
segundo critérios e graus de exigência
estabelecidos em lei, aos seguintes requisitos:
Aproveitamento racional adequado;
2. Utilização adequada dos recursos
naturais disponíveis e preservação do
meio ambiente;
3. Observância das disposições que
regulam as relações de trabalho;
4. Exploração que favoreça o bem-estar dos
proprietários e dos trabalhadores.
(...)
1.
O crescimento do comércio exterior de produtos
agrícolas depende de os países desenvolvidos
implementarem mudanças em suas políticas
agrícolas.
 O Brasil e outros países em desenvolvimento
enfrentam restrições que os impedem de
aumentar o volume de exportações por causa de
protecionismo dos países mais ricos: por meio
de uma série de medidas, aplicadas de forma
isolada ou conjunta, eles protegem seu setor
agrícola, além de concederem elevados
subsídios a seus agricultores. Entre essas
medidas, destacam-se:

Barreiras tarifárias: elevados impostos sobre os
produtos importados;
 Barreiras não-tarifárias: geralmente utilizadas
como argumento para restringir importações por
meio de proibições, cotas ou mesmo sobretaxas.
São elas:
*barreiras fitozoossanitárias (contaminação)
*cláusulas trabalhistas (salários baixos...)
*cláusulas ambientais (agressões ao meio
ambiente)
*embargo (regimes ditatoriais, tortura, terrorismo)
*estabelecimentos de cotas de importação (
limitando a quantidade de produtos).


-
-
Além das dificuldades externas para a
exportação, há também fatores internos que
reduzem seu potencial de crescimento e a sua
competitividade:
altos custos e precariedades nos transportes e
armazenagens;
elevada carga tributária;
baixa disponibilidade de crédito e
financiamentos;
falta de incentivos à formação de cooperativas;
baixa oferta de energia elétrica na zona rural,
inibindo investimentos em irrigação e
armazenagem.
Rebanho Brasileiro - 2006
Aves
Bovinos
Suínos
Ovinos
Caprinos
Bubalinos
Nº de cabeças
1 401 340 989
171 613 337
31 189 339
14 167 504
7 107 608
885 119
Censo Agropecuário 2006
Obrigada!!!
Fonte:Geografia Geral e do Brasil
Espaço Geográfico e Globalização 2010.
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A Agropecuária no Brasil