SAÚDE DA CRIANÇA E DO
ADOLESCENTE
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O recém-nascido de alto risco pode ser definido, como
sendo um bebê, a despeito da idade gestacional ou de
peso ao nascimento, que corre risco mais alto que a média
de morbidade e mortalidade em decorrência de distúrbios
ou circunstâncias superpostas ao curso normal de eventos
associados com o nascimento e ajustamento à existência
extra-uterina.
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O período de alto risco envolve o crescimento e o
desenvolvimento humanos desde o momento de
viabilidade até 28 dias após o nascimento e inclui ameaças
à vida e à saúde que ocorrem durante os períodos pré-,
peri- e pós-natal.
DE ACORDO COM O PESO:
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Recém-nascido de baixo peso ao nascimento (RNBP) – RN cujo
peso ao nascimento é menor que 2.500g apesar da idade
gestacional.
Recém-nascido de peso extremamente baixo (RNPEB) – RN cujo
peso ao nascimento é menor que 1000g.
Recém-nascido de peso muito baixo (RNPMB) – RN cujo peso ao
nascimento é menor que 1.500g.
Recém-nascido de peso moderadamente baixo (RNPmB) – RN
cujo peso ao nascimento está entre 1.500g e 2.500g.
QUANTO AO PESO E IDADE GESTACIONAL :
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Recém-nascido apropriado para a idade gestacional (AIG) –
RN cujo peso se encontra entre os percentis 10.° e 90.°
nas curvas de crescimento intra-uterino.
Pequeno para a idade gestacional (PIG) – Rn cujo peso ao
nascimento encontra-se abaixo do percentil 10.° nas
curvas de crescimento intra-uterino.
Grande para a idade gestacional (GIG) – RN cujo peso ao
nascimento está acima do percentil 90.° da curva de
crescimento intra-uterino.
QUANTO À IDADE GESTACIONAL :
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Prematuro (pré-termo) – Rn que não completou 37
semanas de gestação, a despeito do peso ao nascimento.
A termo- àquele nascimento entre o começo da 38ª
semana e o final da 41ª semana.
Pós-termo (pós-maduro) – àquele nascimento após 42
semanas de gestação.
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FATORES MATERNOS
Idade acima de 40 anos
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Idade inferior a 16 anos
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FATORES INDIVIDUAIS:
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o
Pobreza, tabagismo, abuso
de drogas ou álcool
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Dieta imprópria
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Traumatistmo
Anormalidades
cromossômicas,macrossomia, restrição
do crescimento intra-uterino (RCIU),
hemorragia (descolamento, placenta
prévia)
RCIU, prematuridade, negligência ou
maus-tratos
Prematuridade, infecção, RCIU, maior
mortalidade neonatal, síndrome do
álcool fetal, síndrome de abstinência.
RCIU leve a perda fetal em desnutrição
grave
Perda fetal, prematuridade.
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HISTÓRIA MÉDICA
Diabete melito, doenças da
tireóide, infecção do trato
urinário, doença cardíaca ou
pulmonar, hipertensão, anemia,
Incompatibilidade sanguínea.
HISTÓRIA OBSTÉTRICA:
História prévia de RN
prematuro, icterícia, SDR
Medicamentos maternos
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Anomalias congênitas,
natimortalidade, síndrome de
desconforto respiratório,
hipoglicemia, macrossomia,
hipotireoidismo, hipertireoidismo,
prematuridade, sepse, asfixia,
anemia, icterícia, sangramento.
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Prematuridade, anomalias fetais,
natimortalidade
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FATORES FETAIS:
Gestação múltipla, macrossomia,
restrição do crescimento intrauterino, posição fetal anormal,
polidrâmnios
FATORES DO PARTO:
Parto prematuro, parto duas
semanas após o termo, febre
materna, hipotensão materna, parto
rápido,
parto
prolongado,
apresentação
anormal,
líquido
amniótico com mecônio, prolapso do
cordão, analgesia e anestesia
obstétrica,
anormalidades
placentárias
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Prematuridade, RCIU, asfixia,
tocotraumatismo, perda fetal,
anomalias congênitas, asfixia,
hipoglicemia, anencefalia, etc.
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Síndrome do desconforto
respiratório, natimortalidade,
sepse, asfixia, tocotraumatismo,
síndrome da aspiração de
mecônio, hemorragia
intracraniana, depressão
respiratória, hipotensão,
hipotermia.
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FATORES IMEDIATOS DO
RN
Prematuridade, escore de
apgar baixo aos 5 minutos,
escore baixo aos 10
minutos,
palidez
ou
choque, líquido amniótico
ou membranas com odor
fétido, pequeno para a
idade gestacional e pósmaturidade
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SDR, transição prolongada
(principalmente a
respiratória), insuficiência
cardíaca, insuficiência
renal, lesão neurológica
grave, hemorragia,
infecção).
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ETIOLOGIA: é, em muitos casos, desconhecida. Associam-se
aos seguintes fatores:
o Baixo nível sócio-econômico
o Mulheres abaixo de 16 anos e acima dos 35 anos
o Atividades maternas
o Gestações múltiplas
o Prematuridade em gestações anteriores
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PROBLEMAS DECORRENTES DA PREMATURIDADE:
o Relacionados com dificuldade de adaptação extra-uterina que surge
em decorrência da imaturidade dos sistemas orgânicos.
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1. Respiratórios: depressão perinatal, SDR, apnéia, doenças
pulmonares crônicas.
2. Neurológicas: depressão perinatal, hemorragia intracraniana.
3. Cardiovasculares: hipotensão (hipovolemia, disfunção cardíaca,
vasodilatação secundária a sepse).
4. Hematológicos: Anemia e hiperbilirrubinemia.
5. Nutricionais: cuidados adicionais quanto a via, conteúdo e
quantidade da alimentação.
6. Gastrointestinais: enterocolite necrosante, alimentação com
fórmulas lácteas (fator de risco)
7. Renais: incapacidade de lidar com o manejo de líquidos e eletrólitos.
8. Regulação da temperatura: mais susceptíveis a hipotermia e à
hipertermia
9. Imunológicos: correm maior risco de infecções em decorrência de
deficiência da resposta humoral e celular.
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Regulação térmica
Oxigenoterapia e ventilação assistida
Administração de líquidos e eletrólitos
Nutrição parenteral ou por gavagem
Tratar a hiperbilirrubinemia
Tratar infecções
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Está relacionada aos recém-nascido onde a gestação
excede 42 semanas.
Atinge de 3 a 12% das gestações.
ETIOLOGIA: desconhecida
ASSOCIAÇÕES POSSÍVEIS:
o Anencefalia
o Trissomia do 16 (Abortos espontâneos) e 18 (Síndrome de Edwards)
o Síndrome de Seckel (nanismo com cabeça de ave)
o Estimativa errônea da idade gestacional
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SÍNDROME DA PÓS-MATURIDADE:
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ESTÁGIO I:
o pele seca, rachada, descamativa, frouxa e enrrugada.
o aparência de desnutrição
o redução do tecido subcutâneo
o Pele “grande demais” para o neonato.
o neonato de olhos abertos e alerta
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ESTÁGIO II:
o todas as características do estágio I
o Manchas de mecônio
o Depressão perinatal (em alguns casos)
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ESTÁGIO III:
o Todos os achados do estágio I e II
o Mancha de mecônio no cordão e nas unhas
o Risco mais elevado de morte fetal, intraparto ou neonatal.
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ANTERPARTO:
o Cuidadosa estimativa da idade gestacional, incluindo dados
ultrassonográficos
o Exame do colo uterino e monitorização do estado fetal entre 41 e 42
semanas, pelo menos, duas vezes por semana.
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INTRAPARTO:
o Monitorização fetal e preparo para a possibilidade de depressão perinatal e
aspiração de mecônio.
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PÓS-PARTO:
o Avaliação para as complicações: anomalias congênitas, depressão
perinatal, aspiração de mecônio, hipertensão pulmonar persistente,
hipoglicemia, hipocalcemia, policitemia.
o Atenção ao suporte nutricional adequado.
BIBLIOGRAFIA
SCOTT, Susan Ricci. Enfermagem
materno-neonatal
e
saúde
da
mulher. Rio de Janeiro: Guanabara
Koogan, 2008.
FIM
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RECÉM-NASCIDO DE ALTO RISCO