PRECONCEITOS
DIFERENÇA
DIVERSIDADE
DESIGUALDADE
Profa. Dra. Celina Camargo Bartalotti
DEFICIÊNCIA
Aspectos históricos:
- Marginalização: marca da antiguidade e início
da Idade Média
- Assistencialismo: final da Idade Média, Idade
Moderna
- Educação e Reabilitação: Final da Idade
Moderna; Idade contemporânea
- Inclusão Social: atualidade
DEFICIÊNCIA
DEFINIÇÃO:
Segundo a Classificação Internacional de
Incapacidade, Funcionalidade e saúde
(CIF – OMS 2001)
Deficiências são problemas na função ou estrutura
do corpo como um desvio significativo ou perda.
http://www.fsp.usp.br/~cbcd/cifWeb.htm
TERMINOLOGIA
Pessoa Deficiente:
Pessoa Portadora de Deficiência:
Pessoa com Deficiência
- As deficiências representam um desvio de
determinados padrões populacionais.
- As deficiências podem ser temporárias ou
permanentes, progressivas, regressivas
ou estáticas, intermitentes ou contínuas.
-As deficiências não têm uma relação causal com a
etiologia ou com a forma como são desenvolvidas.
A presença de uma deficiência implica
necessariamente uma causa, no entanto, a causa
pode não ser suficiente para explicar a deficiência
resultante.
- As deficiências podem ser parte ou uma expressão
de um estado de saúde, mas não necessariamente
indicam a presença de uma doença ou que o
indivíduo deva ser considerado doente.
- As deficiências podem originar outras deficiências.
Deficiência Primária e Secundária
-Primária: refere-se aos aspectos de base, orgânicos, que
determinam a inclusão do sujeito na categoria de pessoa
com deficiência.
-Secundária: refere-se aos aspectos relacionados ao
desenvolvimento da pessoa com deficiência no meio social
– às oportunidades (ou falta delas), o acesso, o
preconceito.... podem ser geradores de deficiências
secundárias.
Portanto, a deficiência secundária não é
inerente à deficiência em si, mas à leitura social
que dela é feita; às significações afetivas,
emocionais, intelectuais, sociais que se atribui
à diferença.
O que impede, mais efetivamente, o
desenvolvimento de uma vida plena é a
deficiência secundária, por aprisionar o sujeito
em uma rede de barreiras físicas, ligadas à falta
de acessibilidade e atitudinais ligadas a
preconceitos, estereótipos e estigmas.
BARREIRAS ATITUDINAIS
Segundo Amaral (1992; 1995):
A deficiência provoca estranheza, desorganiza,
mobiliza
foge do esperado
provoca a hegemonia do
emocional sobre o racional.
O diferente se apresenta a nós como uma ameaça,
pois contraria aquilo que definimos como padrão de
perfeito, belo, harmônico.
*****************************************************
AMARAL, Ligia Assumpção. Conhecendo a deficiência (em companhia
de Hércules). São Paulo: Robe, 1995.
Para que possamos suportar as ameaças é preciso que
tenhamos mecanismos de defesa:
estratégias psíquicas que utilizamos para manter nosso
equilíbrio, eliminado ou minimizando fontes de ansiedade,
insegurança, tensão.
NO ENTANTO:
às vezes esses mecanismos de defesa se tornam tão
rígidos e constantes que podem limitar ou alterar a
dinâmica das relações interpessoais – são esses os que
nos interessam aqui.
Frente à ameaça da DIFERENÇA
observam-se duas formas de reação:
Ataque:
enfrenta-se o inimigo atacandoo e, se possível, destruindo -o
Fuga: rejeição
1. Abandono
- Explícito
- Implícito: falta de investimento (amor, dedicação,
oportunidade) – com o qual no deparamos muitas
vezes na vida profissional
2. Super-proteção
- transforma o afeto em seu contrário – o
protagonista da situação é sempre o protetor,
destituindo o protegido do papel de sujeito.
3. Negação:
destitui o sujeito do direito de ser o que é, pois o que é, é
visto como negativo. Pode aparecer de três formas:
* atenuação: nega-se a questão com a frase do tipo: poderia
ser pior... não é tão grave...
A deficiência é muito ruim, mas como não quero olhála de frente, atenuo a condição
* compensação: “mas” – é uma pessoas com deficiência
física, mas tão inteligente...
A deficiência é muito ruim, por isso preciso atribuir ao
sujeito uma característica desejável compensatória.
* simulação: como se: é cega mas é como se não fosse...
A deficiência é muito ruim, por isso preciso “fazer de
conta” que ela não existe.
Os sentimentos são a força
orientadora de inúmeras
situações, e são essencialmente
a força propulsora das ações
relacionadas ao estranho, ao
diferente
Atitude:
postura frente a um determinado
fenômeno; exprime um
sentimento e prepara a ação; a
atitude é, portanto, uma
disposição psíquica
Preconceito:
trata-se de uma atitude anterior ao conhecimento – o
preconceito nos afasta do fenômeno em si, nos impede
de olhar o sujeito a partir do que ele é e nos faz olhá-lo
a partir de suposições pré-concebidas.
“O preconceito diz respeito a um mecanismo
desenvolvido pelo indivíduo para poder se defender
de ameaças imaginárias, e assim é um falseamento
da realidade, a qual o indivíduo foi impedido de
enxergar...”
CROCHIK, José Leon. Preconceito, indivíduo e cultura. 2ª edição.
São Paulo: Robe, 1997.
Estereótipo:
julgamento qualitativo, baseado no
preconceito; generalização indevida; tira
o sujeito de seu lugar e o inclui em uma
categoria. Quando negativo, é a base do
estigma.
Estigma:
Atributo avaliado como negativo por um
grande número de pessoas.
“VALOR”
O estigma se estabelece nas relações
interpessoais, por isso é um atributo,
sempre desvalorizador, sempre
depreciativo.
GOFFMAN, Erving. Estigma: Notas sobre a
manipulação da identidade deteriorada. Rio de
Janeiro: Guanabara Koogan, 1988.
Condições de estigmatização
Desacreditável – aquele que traz em si a potencialidade
do estigma
Desacreditado – aquele que traz o estigma “estampado
na face”
A pessoa com deficiência é o desacreditado, ou seja,
aquele que traz exposta a marca que o coloca na
categoria de estigmatizado; por isso é socialmente
olhado como alguém com menos valor – incapaz,
coitado, dependente...


podemos pensar no impacto da tecnologia
assistiva e no cuidado necessário ao indicála.
concretização da incapacidade?
Aqui pode-se entender a
ambigüidade que observamos em
nossa sociedade:
políticas de inclusão e ações de
transformação movem-se no terreno
do racional (direito, valorização),
enquanto as atitudes e
comportamentos movem-se no
âmbito do emocional...
IMPLICAÇÕES
DISCURSOS E POLÍTICAS
DESENCONTRADAS
DIREITO X ASSISTENCIALISMO
Inclusão/ Exclusão social
Segundo Martins (1997): não existe
exclusão em si –
o que existem são inclusões precárias e
instáveis, marginais. Todos estão incluídos
em algum lugar, embora nem sempre esta
inclusão seja avaliada como
socialmente desejável.

O discurso da exclusão é um discurso de
fetichização –
a exclusão vista como uma palavra mágica que
explicaria tudo – todos lutam pelos excluídos, mas
quem seriam eles de verdade? O que é estar
excluído?

MARTINS, José de Souza. Exclusão Social e a Nova
Desigualdade. São Paulo: Paulus, 1997.
Castel (2000):
Deve-se desconfiar do termo exclusão pela
heterogeneidade de usos que o conceito permite –
designa um número imenso de situações diferentes,
encobrindo a especificidade de cada de cada uma.
Falar simplesmente em exclusão é rotular com uma
qualificação negativa que indica falta,
sem explicitar falta do quê!
“De tanto repetir a ladainha da ausência,
oculta-se a necessidade de analisar
positivamente no que consiste a ausência.
Isto por uma razão de fundo:
os traços constitutivos essenciais das
situações de exclusão não se encontram
nas situações em si mesmas”
CASTEL, Robert. As armadilhas da exclusão. In: CASTEL,
R., WANDERLEY, L. E. W. e BELFIORE-WANDERLEY, M.
Desigualdade e a questão social. São Paulo: EDUSC,
2000.
A exclusão se dá efetivamente pelo estado de
todos que se encontram fora dos circuitos
regulares das trocas sociais.
O excluído é, na verdade aquele cuja cuja
trajetória é feita de uma série de rupturas em
relação a estados anteriores ou
condições esperadas
(por exemplo, uma criança com deficiência, cujo
desenvolvimento vai rompendo as expectativas
do que é esperado).
O que está em questão é reconstruir
o continuum de posições que ligam
os in e os out,
e compreender a lógica a partir da
qual os in produzem os out
(Preconceito, Estereótipos, Estigma...)
As ações em relação aos out
podem ter caráter:
- Compensatório
- Transformador
Compensatório (OU DE REPARAÇÃO):
Luta contra a exclusão como um
“pronto-socorro social”,
intervenções pontuais
para tentar reparar as rupturas do tecido
social.
Nas ações compensatórias delimitam-se as
zonas de intervenção, caracterizando
populações-alvo a partir de um déficit
preciso.
Assim, criam-se cuidados focados, que
não consideram a estrutura social –
tratando o déficit como pessoal,
algo que torna o sujeito inapto para seguir
o regime comum.
São os que Castel chama de
“incapazes pela conjuntura”
-esse olhar gera ações de
busca de reparação da incapacidade
pessoal
ao invés de ações de transformação social.
Parece mais fácil intervir sobre os
efeitos de um disfuncionamento
social do que controlar os processos
que o acionam
agir de um modo técnico e não
político
deslocar o problema do centro para
a periferia.
Quando falamos de deficiência, no
âmbito do pensamento sobre exclusão
social, falamos de uma categoria da
população que se vê obrigada a um
status especial que lhe permita coexistir
na comunidade, mas com privação de
certos direitos e da participação em
certas atividades sociais – subcidadãos.
Às pessoas com deficiência, historicamente,
tem se buscado a garantia do direito à
participação social, a partir de certos
mecanismos institucionalizados de acesso,
quais sejam, os programas de reabilitação, as
instituições especializadas, as classes
especiais.
Com base nessa idéia, consolidada por uma
prática socialmente instituída e por um
conhecimento científico academicamente
aceito, legitima-se os
“lugares especiais para pessoas especiais”
A exclusão
não é arbitrária ou acidental,
mas fruto de uma
ordem social que a justifica
– no caso da deficiência, a
valorização do perfeito, do
belo, do “inteligente”, do
rápido etc.
Falar em Inclusão Social implica falar em
democratização dos espaços sociais,
em crença na diversidade como valor,
na sociedade para todos.
Incluir não é apenas colocar junto, e,
principalmente, não é negar a diferença, mas
respeitá-la como constitutiva do humano.
O valor – positivo ou negativo – que se atribui à
diferença é algo construído nas relações
humanas.
O vetor da exclusão/inclusão não está, portanto,
na diferença em si, mas no valor a ela atribuído.
INCLUSÃO SOCIAL
“As ações estão
deixando de dar ênfase em reabilitar pessoas
para se ‘enquadrarem’ na sociedade e adotando uma
filosofia mundial de modificação da sociedade
a fim de incluir e acomodar as necessidades de todas
as pessoas, inclusive das pessoas com deficiência.
As pessoas com deficiência estão exigindo
oportunidades iguais e acesso a todos os recursos da
sociedade, ou seja, educação inclusiva, novas
tecnologias, serviços sociais e de saúde, atividades
esportivas e de lazer, bens e serviços ao consumidor.”
(Declaração de Madri, aprovada em 2002, no Congresso Europeu de
Pessoas com Deficiência.)
O movimento pela inclusão social
tem suas raízes nas reivindicações
das próprias pessoas com
deficiências, que rejeitam,
enfaticamente, tutelas
desnecessárias e
desvalorizadoras.
Conceitos pré-inclusivistas
“O modelo médico (tradicional) considera a
deficiência como um problema da pessoa
diretamente causado por uma doença, trauma
ou condição de saúde, que requer cuidados de
saúde prestados na forma de tratamento
individual por profissionais.
O tratamento da deficiência tem como meta
conseguir a cura, ou uma melhor adaptação da
pessoa e mudanças em sua conduta.”
(OMS/CIF, 2001)
Encarando-se a
deficiência como doença,
ou como defeito, as diferenças que este
indivíduo apresenta, em relação a um
padrão considerado normal, são
avaliadas como sintomas que precisam
ser tratados para que a diferença seja
superada
Deste modelo deriva a maioria dos
conhecidos trabalhos de reabilitação que,
fundamentalmente, investem na tentativa
de “minimizar” a diferença para que estas
pessoas possam ser aceitas na sociedade.
Este processo se dá, geralmente, de
maneira segregada, nas instituições
especializadas.
Há uma nítida centralização na pessoa
com deficiência, que se prepara para a
inserção social. Espera-se então que, após
a reabilitação, o indivíduo (reabilitado)
esteja pronto para assumir seu lugar na
sociedade.
“preparar para integrar”
Integração Social
O que a prática mostra é que raramente esta
integração se efetiva, até porque as pessoas
não deixam de ser pessoas com deficiência, ou
seja, não “saram”; a diferença permanece, embora
muitas vezes mascarada por desempenhos mais
próximos ao considerado normal.
Assim, as pessoas com deficiência nunca estariam
prontas para se adaptar totalmente à sociedade
(ou às exigências que esta apresenta) ou para nela
competir em pé de igualdade.
O princípio, então, é o de que, se não é
possível integrar as pessoas à sociedade,
“sociedades” parecidas, o mais possível,
com a sociedade real precisam ser
criadas para que, nelas, as pessoas com
deficiência tenham experiências de vida
o mais possível próxima das “normais” –
temos aí as oficinas abrigadas, as
colônias-residência etc.
Estas propostas têm como base dois princípios
fundamentais:
1. o de que as situações protegidas são, em
termos de desenvolvimento, mais adequadas
para estas pessoas, na medida em que podem
receber as intervenções específicas
necessárias.
2. o de que a situação segregada seria protetora
para a própria pessoa com deficiência, pois esta
se sentiria infeliz em uma sociedade na qual
não pode competir em pé de igualdade.
Ou seja, esta postura trata a deficiência
não só como doença, mas como algo que
diminui o indivíduo e de que ele deve se
envergonhar. Entre pares, todos iguais
na desigualdade, não haveria razão para
sofrimento: ninguém se sentiria
diminuído.
A tentativa de avançar no processo
de construção de uma sociedade que
respeite a diversidade firma o
movimento de
Inclusão Social,
que busca suas bases no chamado
“modelo social de deficiência”
“O modelo social de deficiência considera o
fenômeno fundamentalmente como um
problema de origem social e principalmente
como um assunto centrado na completa
integração das pessoas na sociedade.
A deficiência não é um atributo da pessoa, mas
um complexo conjunto de condições, muitas
das quais são criadas pelo contexto/entorno
social.”
(OMS/CIF, 2001)
A inclusão é uma proposta de
construção de cidadania.
A inclusão social é um processo
de mão dupla, ou seja, tanto a
pessoa com deficiência como a
sociedade precisam se modificar.
Cidadania das
Pessoas com
Deficiência
Cidadania:
Esse é um conceito associado à vida em
sociedade e pressupõe uma condição de
igualdade política. Falar em cidadania é
falar em direitos e deveres.
Direito a ter direitos
Direitos sociais – aqueles assegurados pelo
Estado (moradia, trabalho, saúde, lazer,
educação etc.
Direitos Civis – Dizem respeito à pessoa
(liberdade de pensamento, expressão,
escolha, locomoção etc.)
Direitos Políticos – participação em
associações políticas, religiosas, direito a
votar e ser votado etc.
BARCHIFONTAINE, C. P. Bioética, cidadania e controle social. O
Mundo da Saúde. Ano 28, v.28, n. 3. Jul/set 2004.
“...ela inclui a invenção/criação de
novos direitos,
que surgem de lutas específicas e de suas
práticas concretas (...).
Essa redefinição inclui não somente o direito
à igualdade, como também o
direito à diferença,
que especifica, aprofunda e amplia o direito
à igualdade.”
DAGNINO, Evelina. ¿Sociedade civil, participação e cidadania:
de que estamos falando? In: MATO, Daniel (org.) Políticas de
ciudadanía y sociedad civil em tiempos de globalización.
Caracas: Faces/Universidad Central de Venezuela, 2004. pp 95110.
Cidadania, então, envolve e
define o
direito de ser diferente,
por mais marcante que
essa diferença possa ser
A construção da verdadeira
cidadania passa também, e
fortemente, pelas relações que se
estabelecem no interior da
sociedade, nas relações sociais que
dentro dela se desenvolvem.
São as transformações das
relações sociais, mais do
que os decretos legais, que
permitirão a real inclusão
das pessoas com
deficiência.
As leis derrubam as barreiras
concretas,
as atitudes derrubam ou fortalecem
as invisíveis, essas muitas vezes mais
fortemente lacradas.
o cidadão é mais do
que aquele que tem
direitos e deveres, mas
que tem consciência
destes.
A consciência é uma
característica
eminentemente humana,
construída através da ação
do homem sobre o mundo
(humano ou material) e pela
sua reflexão sobre essa
ação.
É esse processo contínuo de
agir
refletir
agir
leva à evolução da consciência,
permitindo que nos tornemos
cada vez mais donos de nossas
ações, ou seja,
autônomos.
Ter autonomia, portanto, é ser capaz de
agir de maneira consciente e
responsável (respeitando direitos e
deveres), ter capacidade de
tomar decisões apropriadas,
baseadas em nossos desejos,
necessidades e na compreensão de que
a vida se dá em sociedade
Cidadania pressupõe autonomia
e esta pressupõe consciência.
Essas são questões
fundamentais para a discussão
sobre inclusão social, uma vez
que estar incluído implica
participação plena e cidadã.
Não é possível falar
em cidadania para as
pessoas com
deficiência como algo
dado, uma concessão
da sociedade aos
“desvalidos”.
Cidadania não é apenas uma concessão
dos poderes instituídos – que têm por
obrigação garanti-la através de
legislação que defina direitos e de
políticas públicas que os garantam.
É, também, uma conquista de cada
membro da sociedade, que se faz
cidadão exercendo de maneira
consciente e responsável seu papel
social.
Falar em cidadania das
pessoas com deficiência vai
além, então, da garantia de
direitos civis, pois implica
em ocupação, por essas
pessoas, dos espaços
sociais
É fundamental que possamos
compreender que promover a
inclusão é promover o
desenvolvimento de autonomia,
a possibilidade e a capacidade
de fazer escolhas apropriadas.
A conquista da cidadania é um
processo ativo, assim como o é a
construção da sociedade
inclusiva.
ACESSO À INFORMAÇÃO
CONHECIMENTO SOBRE OS
DIREITOS
(saber é poder...)
(RE)CONSTRUÇÃO DO
SENSO DE COMPETÊNCIA
qualidade de vida
Santos e colaboradores (2002)
Qualidade de vida não é um conceito simples de
ser definido, pois implica muitos elementos
subjetivos.
SANTOS, Sérgio Ribeiro dos, SANTOS, Iolanda Beserra da Costa,
FERNANDES, Maria das Graças M. et al. Calidad de vida del anciano en
la comunidad: aplicación de la Escala de Flanagan. Rev. Latino-Am.
Enfermagem. [online]. nov./dic. 2002, vol.10, no.6 [citado 21 Abril
2006], p.757-764. Disponível em
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S010411692002000600002&lng=es&nrm=iso>. ISSN 0104-1169
a definição de qualidade de vida se
baseia em três princípios
fundamentais:
1.a capacidade funcional, que é a
capacidade da pessoa de realizar
suas atividades cotidianas,
2. o nível sócio econômico e
3. a satisfação pessoal.
O conceito de qualidade de vida proposto
pela Organização Mundial de Saúde
(OMS), a define como
“a percepção do indivíduo de sua posição
na vida no contexto da cultura e sistema
de valores nos quais ele vive e em relação
aos seus objetivos, expectativas, padrões
e preocupações"
(WHOQOL GROUP, 1994).
Se pensarmos nos aspectos já
discutidos – exclusão social,
preconceito, cidadania – podemos
entender que a construção de uma
vida de qualidade passa por
aspectos muito mais amplos do que
o oferecimento de serviços de
qualidade, sem desconsiderar que
essa oferta é uma necessidade
premente e inquestionável em nossa
sociedade
Ter qualidade de
vida, portanto, é ser
cidadão, membro da
sociedade, ser
autônomo,
consciente.
Uma sociedade que não provê aos seus
membros a possibilidade de acesso a
condições dignas de vida e,
fundamentalmente, à oportunidade de
construir conhecimento, de receber
informações que lhes permitam refletir
sobre a realidade, é uma sociedade
geradora de situações de exclusão
social.
Essa será uma sociedade que,
provavelmente, calcará suas ações em
políticas de reparação, cuja perpetuação é
alimentada pela falta de consciência que
é, em última instância, a vitória da
ideologia sobre o conhecimento
(lembrando que já definimos ideologia
como um mecanismo de ocultamento da
realidade e de dominação).






Acesso à tecnologia?
Quando indicar?
Quanta tecnologia indicar?
Que significado tem para a pessoa?
Diminui ou aumenta a vulnerabilidade
social?
É instrumento de inclusão?
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Preconceitos, Diferença, Diversidade, Desigualdade