PROFª FÁTIMA CRISTINA
AS DIMENSÕES DO CONCEITO DE EDUCAÇÃO INCLUSIVA
“ Há o sofrimento do corpo, em si mesmo: dores, incapacidades.
Limitações. Mas há a dor terrível do olhar das outras pessoas. Se não
houvesse olhos, se todos fossem cegos, então a diferença não doeria tanto.
Ela dói porque, no espanto do olhar dos outros, está marcado o estigmamaldição: “você é diferente”. Rubem Alves
O PRECONCEITO, O ESTIGMA E OS ESTEREÓTIPOS
•Preconceito é um "juízo" preconcebido, manifestado geralmente na forma de
uma atitude "discriminatória" perante pessoas, lugares ou tradições considerados
diferentes ou "estranhos". Costuma indicar desconhecimento pejorativo de
alguém, ou de um grupo social, ao que lhe é diferente. As formas mais comuns
de preconceito são: social, "racial" e "sexual".
•Estigma social é uma forte desaprovação de características ou crenças
pessoais que vão contra normas culturais. Estigmas sociais freqüentemente
levam à marginalização.
•Estereótipo é a imagem preconcebida de determinada pessoa, coisa ou
situação. São usados principalmente para definir e limitar pessoas ou grupo de
pessoas na sociedade. Sua aceitação é ampla e culturalmente difundida no
ocidente, sendo um grande motivador de preconceito e discriminação.
Histórico da Educação Especial no Brasil – HELENA ANTIPOFF
•Educação Pública excludente. Alunos “especiais” fora da escola ou
segregados em “turmas especiais” ou “escolas especiais”.
•Movimento “escolanovista” – classes homogêneas para atendimento às
necessidades individuais. Segregação ainda maior, criação das turmas de
alunos “AE”
•Helena Atipoff desejava a inclusão das crianças especiais no sistema público
de ensino e na sociedade, e não a segregação tal como acabou por acontecer.
•LDB 9394/96 – Cap. V, Art. 58:
“Entende-se por educação especial, para efeitos desta Lei, a modalidade de
educação escolar, oferecida preferencialmente na rede regular de ensino,
para educandos portadores de necessidades especiais.”
• Educação Especial – atendimento pedagógico especial para crianças e
adolescentes portadores de deficiência física, mental, visual, auditiva ou
doença mental.
NORMALIDADE X ANORMALIDADE
De acordo com teóricos da Psicologia do Desenvolvimento, um
comportamento normal, é aquele que apresenta as respostas característica
de um grupo de pessoas em determinada fase, caso o indivíduo se afaste das
regras ou normas sociais estabelecidas, isto é, dos padrões do grupo, seu
comportamento é considerado anormal.
Qual é o papel do professor? Reconhecer as dificuldades da criança e
identificar as causas de forma ampla, procedendo com medidas que visem a
minimizar seus efeitos e evitar que se instale um processo de exclusão.
Lei nº 10.172/2001 – Plano Nacional de Educação
Objetivos e Metas para a Ed. Especial
Quem é o aluno com dificuldades?
As dificuldades escolares não são patologias e sim sintomas que revelam o
comportamento de uma pessoa.
A dificuldade escolar deve ser encarada como obstáculo que deve ser evitado
com uma política de prevenção.
O que pode interferir no processo de aprendizagem ?
•Causas orgânicas
•Causas psicológicas
•Causas Sociais
Distúrbios de aprendizagem mais comuns:
A – Distúrbios da fala – prejudicam muito a aprendizagem,
principalmente da leitura.
Gagueira
Dislogia
Disfasia
Disfrasia
Disartria
Dislalia
Mutismo
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B – Distúrbios psicomotores
Atrasos na
maturação
Hiperatividade
Esquema
corporal
Percepção visual
Percepção
figura-fundo
Percepção da
constância
Percepção da
constância
Percepção da
posição no
espaço
Percepção das
relações
espaciais
Orientação e
estruturação do
es e d-----o
tempo
Organização
temporal
C – Condutas Típicas
Transtornos invasivos do desenvolvimento ( autismo e sindromes);
Psicoses
Personalidades Psicopáticas
D- Transtornos de Conduta – padrões repetitivos e persistentes de comportamento do
qual são violados os direitos básicos dos outros ou normas ou regras sociais importantes
apropriadas à idade. Ex: agressão, destruição, furtos.
E – Altas Habilidades – características excepcionais de personalidade, ou um talento
criativo em um ou mais campos do conhecimento humano.
F – As Deficiências : Mental, Física, Visual e Auditiva
“Nós, os delegados da Conferência Mundial de Educação Especial , acreditamos e proclamamos que:
•toda criança tem direito fundamental à educação, e deve ser dada a oportunidade de atingir e
manter o nível adequado de aprendizagem,
• toda criança possui características, interesses, habilidades e necessidades de aprendizagem que são
únicas,
•sistemas educacionais deveriam ser designados e programas educacionais deveriam ser
implementados no sentido de se levar em conta a vasta diversidade de tais características e
necessidades,
•aqueles com necessidades educacionais especiais devem ter acesso à escola regular, que deveria
acomodá-los dentro de uma Pedagogia centrada na criança, capaz de satisfazer a tais necessidades,
•escolas regulares que possuam tal orientação inclusiva constituem os meios mais eficazes de
combater atitudes discriminatórias criando-se comunidades acolhedoras, construindo uma
sociedade inclusiva e alcançando educação para todos; além disso, tais escolas provêem uma
educação efetiva à maioria das crianças e aprimoram a eficiência e, em última instância, o custo da
eficácia de todo o sistema educacional.” Declaração de Salamanca, 1994
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EDUCAÇÃO INCLUSIVA - Universidade Castelo Branco