AGRICULTURA BRASILEIRA
O Brasil é um país de
contrastes no campo.
 Na figura 1 ao lado
observa-se a agricultura
mecanizada, que utiliza
produtos químicos
produzidos pela
indústria.
 A figura 2 mostra o
trabalhador rural
revolvendo a terra com
enxada.

A industrialização no Brasil
Ultrapassou os limites das cidades e se
alastrou pelo campo.
 A agricultura foi se tornando cada vez
mais industrial, e, portanto, altamente
especializada.
 Antigas fazendas foram ou estão sendo
transformadas em modernas empresas
rurais, movidas pelas necessidades da
produção industrial.


Nas empresas rurais, a prática
agrícola é controlada por
grandes grupos empresariais,
que plantam, coletam,
armazenam, beneficiam e
distribuem os produtos,
fornecem equipamentos e
técnicas necessárias para o
desenvolvimento da
agricultura.
 Essa cadeia de produção
chama-se complexo
agroindustrial.
O processo de modernização
da agricultura ocorreu de
maneira desigual no território
brasileiro.
 Os estados de São Paulo e
Minas Gerais ocupam,
respectivamente, o primeiro e o
segundo lugar em valor de
produção agropecuária no
Brasil. Os estados do Paraná,
Santa Catarina e Rio Grande do
Sul, assim como Goiás e Mato
Grosso, na região CentroOeste, e a Bahia, no Nordeste,
também ocupam posições
importantes.

Veja o gráfico
Brasil: valor da
produção
agropecuária (em %)
SP
RS
MT
MG
GO
SC
24%
PR
BA
outros
15%
12%
5%
12%
6%
7%
12%
7%
O COMPLEXO AGROINDUSTRIAL NO BRASIL
Os estados de São Paulo e Minas
Gerais fornecem bons exemplos de
complexos agroindustriais no Brasil.
 Sozinha, a cana-de-açúcar representava
69% do valor da produção
agropecuária entre as cultuas
temporárias de São Paulo em 2003. Ela
fornece matéria-prima para as usinas
de açúcar e de álcool, situadas no
interior de grandes propriedades
canavieiras.
 Os complexos agroindustriais também
respondem por outros tipos de
produto. É o caso da laranja, ela é
cultivada em pequenas e médias
propriedades, que abastecem as
indústrias processadoras. Com a
implantação de indústrias de suco
concentrado, o Brasil tem participado
ativamente do mercado internacional
de suco de laranja.


Em Minas Gerais, por sua vez,
destacam-se as modernas
fazendas de café.
 Já na região Sul a produção
agropecuária do Paraná, do Rio
Grande do Sul e de Santa
Catarina fornece matéria-prima
para diversos tipos de
indústrias, tais como as fábricas
de óleo vegetal, de vinhos,
ração animal, de massas, de
cigarro e de calçados.
 Na região Centro-Oeste há
uma cadeia produtiva de soja,
principal produto agrícola da
região. A soja avança sobre os
cerrados do Brasil Central. O
Brasil é o segundo maior
produtor de soja do mundo,
atrás apenas dos Estados
Unidos.
A pecuária

O destaque maior fica para Minas
Gerais, que abriga o maior
rebanho bovino do país.
A pecuária sofreu profundas
transformações com a
industrialização do campo. O
desenvolvimento de vacinas e
técnicas de controle de doenças,
a incorporação de tecnologia de
nutrição, reprodução e
melhoramento das espécies pelas
pesquisas de laboratório foram
responsáveis, em parte, pelo
aumento da produção de frangos
e porcos.

O Brasil é o segundo maior
exportador de frango do mundo,
e o estado do Paraná aparece
como um dos grandes
produtores.

Aumentando a produção



A expansão das atividades agropecuárias vem ocorrendo
no Brasil pelo aumento da produtividade e pelo avanço da
fronteira agrícola, ou seja, pelo avanço das terras agrícolas
sobre terras com cobertura vegetal natural.
O aumento da produtividade acontece quando se consegue
produzir mais em uma mesma quantidade de terras e com
um menor número de empregados. A produtividade
aumenta pelo uso de máquinas, adubos químicos e
sementes selecionadas e mais resistentes às pragas.
Os principais responsáveis pela expansão da fronteira
agrícola, e portanto pelo desmatamento, são os grandes
produtores rurais que objetivam produzir cada vez mais.
Eles estimulam a ocupação das áreas limítrofes às naturais e
depois as ocupam para criar gado ou plantar soja.
A propriedade rural no Brasil

A produção agrícola pode ser
diferenciada pelo tipo e pelo
tamanho da propriedade rural.
Os donos das empresas rurais
(grandes propriedades modernizadas)
têm prioridade à produção de canade-açúcar, soja, laranja e à pecuária
bovina para corte ou produção de
leite. Esses produtos, muitas vezes,
destinam-se aos mercados externos.
Esses empreendimentos recebem a
maior parte dos incentivos e
empréstimos do governo.


Os pequenos proprietários são os
responsáveis pelos principais cultivos
de alimentos, como o milho, o feijão
e a mandioca
Os donos da terra e os sem-terra

A distribuição de terras
no Brasil sempre foi
muito desigual. Desde o
início de sua formação
territorial, o Brasil foi
marcado pela
concentração de terras
nas mãos de poucos e
poderosos
proprietários.
Os conflitos no campo
Os conflitos e a luta pela
terra produziram o
Movimento dos Trabalhadores
Rurais Sem Terra (MST).
Originado no Rio Grande do
Sul, o MST criou uma forma
de luta em que se ocupam
terras improdutivas de
grandes propriedades para
pressionar o governo a
distribuir terras para a
agricultura.
 As terras conquistadas pelos
trabalhadores rurais, quando
reconhecidas pelo governo,
são chamadas de
assentamentos.


Os pequenos proprietários que
conseguem obter empréstimos
nos bancos os riscos são
enormes. Na maior parte dos
casos, suas terras servem como
garantia do pagamento da dívida.
Quando não conseguem um bom
preço para sua produção, acabam
perdendo a propriedade.

A expulsão de trabalhadores
rurais da terra tem sido um dos
processos mais violentos no
Brasil

A agricultura no Brasil é um
tema político de grande destaque
nos meios de comunicação.
Produtores rurais costumam
organizar, por exemplo,
manifestações públicas nas
cidades para chamar atenção
para suas reivindicações.
A REFORMA AGRÁRIA



Segundo a Constituição brasileira, o governo pode desapropriar as
terras improdutivas – ou seja, aquelas pouco aproveitadas para a
produção – e realizar uma reforma agrária, beneficiando os
trabalhadores rurais sem terra.
Entretanto, não é nada simples provar que uma propriedade rural é
improdutiva. Muitos latifundiários, donos de grandes extensões de
terra, protegem-se da lei “tomando emprestadas” algumas cabeças
de gado das propriedades vizinhas. Quando chega a fiscalização, o
pasto está cheio: assim, a fazenda é considerada produtiva e o
governo não pode fazer nada.
Outros exigem que o governo pague grandes somas em
indenizações pelas benfeitorias construídas em suas terras, tais
como açudes, moradias e mesmo desmatamentos.
Além de buscar a distribuição justa de terras, a reforma agrária busca
descentralizar e democratizar a estrutura fundiária, favorecer a produção de
alimentos e a partir deles obter-se comida e renda, diversificar o comércio
rural, reduzir a migração e promover a cidadania e a justiça social. O governo
através de desapropriações e compras de terras tenta erradicar os latifúndios
(propriedades improdutivas) para distribuí-las de forma que se tornem fonte
de sustento e renda.


Cabe ao governo todo o processo de reforma agrária através de um
órgão federal chamado INCRA (Instituto Nacional de Colonização e
Reforma Agrária). Ao contrário do que muitos pensam, a reforma
agrária é realizada em nosso país dentro das leis vigentes, respeitando
a propriedade privada e os direitos constituídos. Não visa apenas
distribuir terras, mas sim garantir, aos pequenos agricultores,
condições de desenvolvimento agrário e produtividade, gerando
renda e melhores condições de vidas para as famílias assentadas.
 Você sabia?
- No dia 30 de novembro comemora-se o Dia da
Reforma Agrária
Download

Trabalhar e viver no campo